Brasileiros: Cade condena cartel multinacional por desviar energia elétrica no Brasil por 16 anos
Tempo de leitura: 2 min
Multinacionais são condenadas por desviar energia elétrica por 16 anos no Brasil
Além dos prejuízos causados a concessionárias de energia e empresas privadas, a prática impactou um dos elementos que compõem o custo da energia elétrica paga pelo consumidor brasileiro
em Brasileiros, 31/12/2015 9:36, sugerido por Carlos Ferreira
Após investigação iniciada em 2006, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou hoje (30) a condenação de 11 empresas por formação de cartel internacional com atuação no mercado de venda de equipamentos eletroeletrônicos para o setor de transmissão e distribuição de energia no Brasil. Além dos prejuízos causados a concessionárias de energia e empresas privadas, a prática impactou um dos elementos que compõem o custo da energia elétrica pago pelo consumidor brasileiro.
As empresas comercializavam equipamentos de direcionamento de fluxo de energia elétrica com isolamento a gás, conhecido como GIS (do inglês – gas-insulated switchgear), utilizados para proteção e isolamento de equipamentos elétricos, sendo o principal elemento de uma subestação de força.
As investigações apontam que o cartel causou prejuízo para o sistema elétrico brasileiro e também para empresas concessionárias de energia como a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, Companhia Energética de Minas Gerais, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Companhia de Energia Elétrica do Paraná, LIGHT – Serviços de Eletricidade S/A, Eletropaulo, Eletrosul, dentre outras. Também foram afetadas pela prática criminosa a Petrobras, a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.
De acordo com o Cade, o cartel atuou com “impressionante profissionalismo” no período compreendido entre os anos de 1988 a 2004. Segundo o órgão, o grupo atuava fixando preços e reservando áreas geográficas específicas para cada uma das empresas que participavam do esquema, com o objetivo de permitir que seus integrantes conquistassem e preservassem as participações de mercado previamente estipuladas.
“Durante os 16 anos seguintes, 1988 a 2004, os grandes fabricantes de GIS coordenaram a concessão de projetos numa base internacional, de acordo com as regras e princípios acordados, respeitando quotas estimadas do mercado, fixando níveis de preços e reservando alguns territórios aos membros específicos do cartel”, diz trecho do processo de investigação do Cade.
As empresas integrantes do cartel são Alstom Holdings S.A., Alstom Hydro Energia Brasil Ltda, Areva T&D S.A, Alstom Grid Energia Ltda, Japan AE Power Systems Corporation, Mitisubishi Eletric Corporation, Siemens AG, Siemens Ltda, Toshiba Corporation, VA Tech Transmission & Distribuition GmbH & Co, VA Tech Transmissão e Distribuição Ltda.
Ainda de acordo com o órgão, o grupo também atuava em outros países, tendo sido julgado e condenado em países membros da Comissão Europeia e Estados como a Nova Zelândia, Hungria, Israel e República Tcheca.
O processo administrativo segue agora para julgamento pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final. Caso sejam condenadas, as empresas deverão pagar multa que pode alcançar até 20% de seu faturamento no ano anterior ao de instauração do processo nos ramos afetados pela atividade.
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Comentários
Anônimo
O consórcio chinês arrematou apenas duas grandes usinas no leilão de usinas ocorrido em 25 de novembro de 2015.
Por este investimento eles terão que pagar 13Bi ao governo em duas parcelas. Ainda na mudança deste modelo proposto pelo governo a remuneração para este Consórcio será por meio da RAG (Receita Anual de Geração) que será composta pelo GAG O&M(Gestão de Ativos + Melhorias). O consórcio terá direito ao retorno de bonificação de outorga pagos em duas parcelas ao governo que será remunerado ao novo agente de geração no prazo de 30 anos.
Apenas 30% da energia gerada por estes empreendimentos poderá ser comercializada livremente pelos dententores da concessão os demais 70% é da união.
A exploração de um empreendimento de energia em modelos antigos permitia que os investidores explorassem um bem da nação (no caso a água) por duas ou três concessões consecutivas recebendo por toda energia gerada acrescidos dos demais itens que compunham a RAG (GAG, Custos de Transmissão, etc…).
Rogério Bezerra
Participei de reuniões num setor de serviços nos anos de 1980 e 90 (onde um grupo francês detinha 50% do mercado). Nessas reuniões eram acertados preços e prazos que as 31 associadas entrariam em concorrências públicas. Testemunhei e gravei uma dessas reuniões. Com o país infestado de multinacionais os acertos nem mais ocorrem no Brasil. Quem mandou acreditar que tudo aqui não vale nada. Em breve, nem cobrar do empresário brasileiro podemos mais… Tudo é de gringo!
Zepovim
Se órgãos estrangeiros não fazem o serviço a gente nem fica sabendo.
Zepovim
Temos uma agência, não?
Claudio
Infelizmente são todos vendidos até a ANEEL
Orlando Freitas
Ontem houve; hoje há e sempre haverá corrupção. E a cada ano que passa os métodos se sofisticam. O combate é que tem que ser sistemático. As multinacionais envolvidas, são velhas conhecidas no mundo da corrupção. Infelizmente é assim que a roda gira. Quando a imprensa não divulga é porque não se descobriu. E não se descobriu porque não se investigou. E vi
Julio Silveira
E agora, como fica? Os responsáveis serão criminalizados no Brasil, responsáveis nacionais, internacionais e quem sabe os que levaram bola desses grupos? Esses grupos vão ser proibidos de operarem no Brasil, ou essa será mais uma daquelas situações criadas apenas para arrecadação e portanto inconsequentemente para a má cultura de que esse Brasil é terra devoluta? De que aqui faz- se de tudo quando se tem grana, desde possuir grandes terras capazes de formar outro país, até possuir seu próprio povo que já vem no pacote?
Espero um melhor ano a todos.
Julio Silveira
E agora, como fica? Os responsáveis serão criminalizados no Brasil, responsáveis nacionais, internacionais e quem sabe os que levaram bola desses grupos? Esses grupos vão ser proibidos de operarem no Brasil, ou essa será mais uma daquelas situações criadas apenas para arrecadação e portanto inconsequentemente para a má cultura de que esse Brasil é terra devoluta? De que aqui faz- se de tudo quando se tem grana, desde grandes terras capazes de formar outro país, até possuir seu próprio povo que já vem no pacote?
Espero um melhor ano a todos.
Urbano
E viva o capitalismo selvagem e escroque desde sempre…
FrancoAtirador
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UTOPIA
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Bem que o Cartel da Mídia Jabáculê do PSDB
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poderia ser o Próximo Condenado pelo CADE.
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Edson
Começou lá no PSDB ok, a gestão PT já está a 12 anos… Recentemente a concessão de 29 hidreelétricas foram PRIVATIZADAS pra China… e agora cara pálida?
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