A morte de Manoel, que denunciou a farsa dos “arrependimentos”

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por CN, via e-mail

Morreu Manoel Henrique Ferreira.

Um herói, que participou do sequestro do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, em 1970, e de outras ações armadas durante a ditadura. Era integrante do MR8. Ficou cerca de dez anos preso. A doença que ele teve foi consequência da tortura que sofreu.

Em janeiro de 1976, ainda preso, Manuel escreveu uma longa carta ao então Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, relatando as torturas que sofreu e denunciando o violento processo de cooptação que enfrentou para tornar-se um dos “arrependidos políticos”, que a ditadura usou como instrumentos de propaganda.

Em ato de enorme coragem, Manoel foi a primeira voz a denunciar a farsa grotesca dos atos de “arrependimento político”, revelando como o aparelho de propaganda da ditadura apoiava-se na tortura. Ele mostrou a ligação direta entre os chamados “porões” e a Aerp – Assessoria Especial de  Relações Públicas da Presidência da República, o braço de propaganda da ditadura.

Pela riqueza de detalhes, este longo depoimento permanece como um depoimento vivo que pode ajudar a esclarecer uma das páginas trágicas da nossa História.

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Comentários

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Mário SF Alves

“Ou aparecerá alguém para dizer que os índios mereceram porque “queriam implantar a ditadura do marxismo-leninismo”…”

Aí, Francisco, e você ainda tem dúvida?

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Veja bem, a sina do Brasil é essa mesma. E, decerto, não aparecerá alguém, aparecerão uma legião de “alguéns”.
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A sina do Brasil é o subdesenvolvimentismo capitalista, e, qualquer um, índio, preto, puta ou petista que se arvorar contra os desígnios do Tio Sam de calçola vai ser rotulado assim mesmo: marxista-leninista-fidel-castrista-bolivariano. Não. Melhor, o rótulo preferido em tempos neoliberalinescos é terrorista. De esquerda, claro.

nigro

Sequestrador do embaixador… Isso se justifica?
Não.
Realmente faltam heróis no Brasil.

    Mário SF Alves

    E o sequestro de um país inteiro se justifica?

    E a colonização de um país inteiro se justifica?

    E dez milhões de seres humanos escravizados se justifica?

    E a intervenção dos EUA/CIA em questões de política interna do Brasil se justifica?
    _____________________________
    O que vale mais, o bem estar de um embaixador ou a superação da injustificada e desumana condenação de todo um povo?

mineiro

e o pior de tudo é que a ditadura nunca acabou, esta ai viva e forte na pele do pig golpista, da burguesia maldita e dos poderosos. todos apoiaram a ditadura e lucraram com ela e ninguem pagou por crime nenhum. isso é o pior de tudo, o brasil foi imposto uma lei de enganaçao anistia que absolveu todo criminoso do regime militar. é por isso que a ditadura nunca acabou ninguem foi condenado. e a mesma turma tai viva e forte para outro golpe se tiver chance. porque o governo covarde tem medo de enfrentar o passado do brasil , por isso ficamos na corda banba.

    Mauro Assis

    Mineiro, a lei absolveu os criminosos dos dois lados, inclusive esse aí de cima. E como temos uma Comissão da Meia Verdade funcionando, não vai ser dessa vez que as coisas vão ser passadas a limpo.

    Paulo Guedes

    A Lei. Não a justiça…

    Mário SF Alves

    “…a lei absolveu os criminosos dos dois lados, inclusive esse aí de cima.”

    Peraí. Você está incluindo um guerreiro na lista de criminosos?

    E ainda vem criticar a Comissão da Verdade?

    Apavorado com a cara-de-pau humana.

    Ao menos em São Paulo edita até jornal.

ricardo silveira

E depois de tudo o que fizeram ainda temos que aceitar o nome dos responsáveis pelas torturas em logradouros públicos do país.

    FrancoAtirador

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    O nome oficial da Ponte Rio-Niterói:

    “Ponte Presidente Costa e Silva”

    !!! SIC !!!
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    Francisco

    Equivale à Alemanha ostentar uma ponte (uma grande ponte…) com o nome Ponte Josef Goebbels ou Erwin Rommel.

    O que me preocupa é que tendo tanto pichador no país para empestiar a cidade com todo tipo de garrancho e baboseira, não tem um para ir nesse tipo de lugar e “reinventar” o nome do lugar.

    Arrebentam prédios de prefeitura por 0,20 centavos diante das câmeras e diante de um monumento a assassinos, nada.

    Aguardo com o que me resta de esperança pelo parecer da Comissão de Verdade sobre o genocídio dos índios brasileiros durante o regime militar. Quem sabe a palavra “genocídio” faça as pessoas acordarem para o que tivemos aqui.

    Ou aparecerá alguém para dizer que os índios mereceram porque “queriam implantar a ditadura do marxismo-leninismo”…

José Carlos

Quem participou das torturas, como vemos tantos, em tantos depoimentos, devem ser levados a julgamento. Se quem pegou em armas contra a ditadura pagou ao ser torturado ou morto, ou mesmo preso. Quem também utilizou-se da tortura deve ser levado aos tribunais. É muito cômodo, sobre pressão e coação aprovar a Lei da Anistia, para serem absolvidos juridicamente e sob uma ditadura. A Lei da Anistia tem valor de impunidade, pois foi votada sob o regime violento, e quem votou, a favor ou contra, foi forçado a fazê-la para livrar o Brasil da ditadura militar e da tortura. Quer dizer, a Lei da Anistia não tem valor, em direito, nenhum; é oca. Não dá para conviver com pessoas que foram torturadores, estarem livres e soltas por aí, como nada tivessem acontecido. A tortura era totalmente dispensável, e os militares agiram como assassinos e não como militares, contra uma população civil. O Brasil precisa transpor certas situações para poder avançar e ser um país de primeiro mundo, e a punição aos torturadores, e a liberdade democrática da imprensa, ou o surgimento de uma imprensa livre da ditadura, pois a que aí está é parte dela, é dos requisitos que devemos transpor para seguir para uma próxima fase para o desenvolvimento do país. Sem passar, por isso, vamos ficar somente carregando fantasma, como quem arrasta bolas de ferro presas aos pés, e eles querem seguir em frente com suas memórias de impunidade, tanto militares torturados, como essa imprensa golpista, querem seguir um modelo mental de impunidade e saudosos do tempo que tinham poder, hoje arrotam para quem quer enquadrá-los na luz do direito.

Mauro Assis

Um herói que sequestrou embaixador? Um terrorista, isso sim.

Antes que os apressadinhos se animem a me chamar de filhote da ditadura: eu não acho que um crime justifica outro, o Estado brasileiro não poderia ter cometido as atrocidades que cometeu com esse senhor. Deveria tê-lo julgado e condenado pelos crimes que cometeu, apenas.

O que o movimento ao qual pertencia queria era apenas trocar uma ditadura por outra, e se tivessem ganhado a gente teria muuuuuito mais histórias do “pau cantando” prá relatar hoje, isso se já tivéssemos nos livrado do regime que essa turma do barulho queria nos impor.

    Mário SF Alves

    Dois pesos e nenhuma medida. É isso! Raciocínio e argumento absolutistas.
    Entendeu, Mauro Assis?

    Respeite ao menos a dor do cão sofrida por aqueles que resistiram, meu caro.

Antonio

Fora de pauta, mas ainda sobre ditadura, a do Judiciário

Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/carta-aberta-de-joao-paulo-cunha-ao-ministro-joaquim-barbosa#comment-211086

Carta aberta de Joao Paulo Cunha ao ministro Joaquim Barbosa

dom, 02/02/2014 – 07:29 – Atualizado em 02/02/2014 – 07:32

do Brasil 247

Sugerido por Nilva de Souza

Por João Paulo Cunha

Caro ministro Joaquim Barbosa, há poucos dias, em entrevista, o senhor ficou irritado porque a imprensa publicou a minha opinião sobre o julgamento da ação penal 470 e afirmou que não conversa com réu, porque a este só caberia o ostracismo.

Gostaria de iniciar este diálogo lembrando-lhe da recente afirmação do ex-ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal: “O Judiciário tende a converter-se em um produtor de insegurança” e que “o que hoje se passa nos tribunais superiores é de arrepiar”. Ele tem razão. E o julgamento da ação penal 470, da qual V.Exa. é relator, evidencia as limitações da Justiça brasileira.

Nos minutos finais do expediente do último dia 6 de janeiro, o senhor decretou a minha prisão e o cumprimento parcial da sentença, fatiando o transitado e julgado do meu caso. Imediatamente convocou a imprensa e anunciou o feito. Desconsiderando normas processuais, não oficializou a Câmara dos Deputados, não providenciou a carta de sentença para a Vara de Execuções Penais, não assinou o mandato de prisão e saiu de férias. Naquele dia e nos subsequentes, a imprensa repercutiu o caso, expondo-me à execração.

Como formalmente vivemos em um estado democrático de direito, que garante o diálogo entre o juiz e o réu, posso questionar-lhe. O caso era urgente? Por que então não providenciou os trâmites jurídicos exigidos e não assinou o mandato de prisão? Não era urgente? Por que então decretou a prisão de afogadilho e anunciou para a imprensa?

Caro ministro, o senhor pode muito, mas não pode tudo. Pode cometer a injustiça de me condenar, mas não pode me amordaçar, pois nem a ditadura militar me calou. O senhor me condenou sem me dirigir uma pergunta. Desconsiderou meu passado honrado, sem nenhum processo em mais de 30 anos como parlamentar.

Moro na periferia de Osasco há 50 anos. Trabalho desde a infância e tenho minhas mãos limpas. Assumi meu compromisso com os pobres a partir da dura realidade da vida. Não fiz da fortuna minha razão de existir, e as humilhações não me abatem, pois tatuei na alma o lema de dom Pedro Casaldáliga: “Minhas causas valem mais do que minha vida”.

O senhor me condenou por peculato e não definiu onde, como e quanto desviei. Anexei ao processo a execução total do contrato de publicidade da Câmara, provando a lisura dos gastos. O senhor deve essa explicação e não conseguirá provar nada, porque jamais pratiquei desvio de recursos públicos. Condenou-me por lavagem de dinheiro sem fundamentação fática e jurídica. Condenou-me por corrupção passiva com base em ato administrativo que assinei (como meu antecessor) por dever de ofício.

Por que me condenou contra as provas documentais e testemunhais que atestam minha inocência? Esclareça por que não aceitou os relatórios oficiais do Tribunal de Contas da União, da auditoria interna da Câmara dos Deputados e da perícia da Polícia Federal. Todos confirmaram que a licitação e a execução do contrato ocorreram em consonância com a legislação.

Desafio-lhe a provar que alguma votação tenha ocorrido na base da compra de votos. As reformas tributária e previdenciária foram aprovadas após amplo debate e acordo, envolvendo a oposição, que por isso em boa parte votou a favor.

Um Judiciário autoritário e prepotente afronta o regime democrático. Um ministro do STF deve guardar recato, não disputar a opinião pública e fazer política. Deve ter postura isenta.

Despeço-me, senhor ministro, deixando um abraço de paz, pois não nutro rancor, apesar de estar convicto – e a história haverá de provar – que o julgamento da ação penal 470 desprezou leis, fatos e provas. Como sou inocente, dormirei em paz, nem que seja injustamente preso.

    Mário SF Alves

    Com todo o respeito à dor e à história do deputado João Paulo Cunha, aproveito a ocasião para enaltecer a iniciativa. Por mais esdrúxula que tal atitude possa parecer em uma democracia, cartas como essa deveriam ser rotina de todo aquele que se sente injustiçado e amordaçado na defesa de sua integridade política.

    Parabéns pela iniciativa, deputado.

    Em tempo: esta carta foi dirigida ao chefe do supremo, mas bem poderia ter sido dirigida aos chacais e lacaios norte-americanos que vivem de extorquir e humilhar esse imenso, rico, belo e generoso país.

FrancoAtirador

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GERALDO VANDRÉ, O NOSSO VICTOR JARA

O processo de cooptação ideológica executado pela Ditadura Militar, através das técnicas de tortura física e psicológica, foi aplicado e muito bem-sucedido em Geraldo Vandré, quando retornou ao Brasil, em 1973, depois de quase 5 anos de exílio no exterior.

Vandré se popularizou definitivamente perante o Povo Brasileiro, em 29 de setembro de 1968, com a épica ‘Prá Não Dizer que Não Falei das Flores’ (Caminhando) que ficou em segundo lugar no III Festival Internacional da Canção, transmitido ao vivo pela TV direto do Maracanãzinho lotado por mais de 20 mil pessoas. (http://jornalggn.com.br/blog/jota-a-botelho/o-dia-em-que-vaiaram-chico-buarque-e-tom-jobim-a-era-dos-festivais)

Porém, pouco antes desse Canto de Desabafo Coletivo contra os militares sanguinários, ainda no início daquele mesmo ano fatídico, ao mesmo tempo, terrível de repressão e morte, e, dualisticamente, catalisador da coragem de luta por vida e liberdade, Geraldo Vandré havia gravado o disco ‘Canto Geral’, talvez o álbum de música popular brasileira mais revolucionário de todos os tempos, até hoje escondido da maioria da população no Brasil, pois esta obra mostrava e mostra verdadeiramente o espírito político contestador e libertário deste grande poeta, compositor musical e cantor paraibano.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_Geral)
(http://www.youtube.com/watch?v=srfbxftYtk4)

Mas, tragicamente, alguns dias após o 13 dezembro de 1968, data da decretação do AI-5 pelo General-Ditador Costa e Silva, Vandré teve de fugir às pressas do Brasil para nunca mais voltar espiritualmente ao seu próprio País.

Fato histórico incontroverso é que, em julho de 1973, assim que fisicamente pisou novamente em solo brasileiro, Geraldo Vandré foi conduzido por um agente policial do DOPS e ficou confinado entre 14/07/1973 e 11/09/1973, para um “processo de readaptação” ou “tratamento psiquiátrico”, sob supervisão das Forças Armadas, então sob comando do General-Ditador Emílio Garrastazu Médici.

O que efetivamente ocorreu com Vandré nesse período de 58 dias é parcialmente desvendado em alguns artigos publicados no blog Náufrago da Utopia por Celso Lungaretti, ex-preso político também torturado pela Ditadura Militar:

domingo, 26 de setembro de 2010

VANDRÉ: DILACERANTE

“Quando eu estava preso na PE da Vila Militar, ouvi de cabos e sargentos relatos terríveis sobre as humilhações e indignidades a que submeteram Caetano Veloso e Gilberto Gil. Orgulhavam-se de haver colocado ‘no seu lugar’ aquelas ‘bichas choronas’…

Mas, as torturas brutais não eram decididas por cabos da guarda e carcereiros entediados, e sim pelos oficiais, que as reservavam para os casos em que havia informações a serem arrancadas.

Então, Vandré só haverá sido massacrado se os ressentimentos contra ele, de tão exacerbados, tiverem feito com que recebesse tratamento diferente do habitual.

Pode ser, os militares nunca engoliram a estrofe famosa da ‘Caminhando’:

‘Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos, de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão’

É estranha a seletividade de sua memória, ao reconhecer, p. ex., que se refugiou na casa da viúva do Guimarães Rosa, mas omitir que o então governador de São Paulo, Abreu Sodré, o escondeu no próprio Palácio dos Bandeirantes.

Quem me revelou isto, um companheiro jornalista que então atuava na imprensa palaciana, é totalmente confiável.

O certo é que, ou fugiu do País ao receber aviso da Dedé, mulher do Caetano (conforme alega) ou foi preso e depois despachado para o exterior (a versão mais plausível), vagou pelo Chile e pela França, sentiu-se infeliz e amargurado, teve problemas com drogas.

Seu disco francês (Das Terras de Benvirá) é pungente, inventário das dores de uma geração que viu seus sonhos destruídos e pagou altíssimo preço pela derrota.
Chega a chorar nitidamente no meio da interpretação.

Mas, ainda era Vandré:

‘Eu canto o canto
Eu brigo a briga
Porque sou forte
E tenho razão’
(‘Vem Vem’)

Acabou não agüentando a barra do exílio e, como era usual, teve de negociar com a ditadura as condições de sua volta, para ‘não ter na chegada/ que morrer, amada/ ou de amor, matar’ (‘Canção Primeira’).

Indagado sobre a entrevista que concedeu de imediato, na qual declarou a intenção de só fazer dali em diante canções de amor, ele agora diz:

‘Gostaria de rever as imagens. Houve a gravação. O que foi para o ar, não sei. Queriam que fizesse uma gravação. Não lembro mais. Mas nada disse que não tenha querido dizer. Aquela declaração foi feita a pedido de alguém que se apresentou como policial federal. Fiz um depoimento aqui, no Rio. Depois disseram que tinha que ir para Brasília. Cheguei ao Brasil em 14 de julho. Em 11 de setembro de 1973, apareço como se estivesse chegando em Brasília. O depoimento foi gravado antes. Gravaram minha imagem descendo do avião em Brasília. Tudo muito manipulado. Tive que passar por um processo de readaptação ao voltar’.
A gravação era sempre parte do acordo, previamente combinada, e não ‘feita a pedido de alguém que se apresentou como policial federal’.

Com Gilberto Gil aconteceu o mesmo. Foi mostrado em pleno aeroporto, declarando: ‘Não tenho mais compromissos com a História’. Uma variante de ‘agora só farei canções de amor’. Os serviços de guerra psicológica das Forças Armadas não eram lá muito sutis…

Também não acredito que o depoimento tenha sido prestado a uma produtora independente. Quem costumava cumprir tais tarefas para a ditadura era a própria Globo.

E está inteiramente confirmado que o alegado “processo de readaptação” foi algo bem diferente: Vandré recebeu tratamento psiquiátrico, sob controle da ditadura, nesse período entre 14 de julho e 11 de setembro de 1973.

Pode-se, sim, levantar a hipótese de lavagem cerebral.

De que, nesses quase dois meses em que o tiveram indefeso em suas mãos, extremamente fragilizado, hajam nele incutido a bizarra devoção pela Força Aérea Brasileira, a ponto de ele compor uma canção homenageando a FAB e de dar agora entrevista em instalações da Aeronáutica, trajando abrigo da Academia da Força Aérea.

Que o tenham condicionado a gostar do policial bom faz mais sentido do que uma síndrome de Ícaro num homem com sua idade e história de vida.

Mas, é claro, trata-se apenas de uma hipótese.”

(http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2010/09/vandre-dilacerante.html)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

VANDRÉ: DE REI A TRAPO EM 58 DIAS

“… sua transformação de rei em trapo se deu na volta para o Brasil, quando a ditadura dele se apossou em 14/07/1973 e só o liberou em 11/09/1973, anunciando então sua chegada como se tivesse acabado de desembarcar.

Eis duas declarações de 2004, em entrevista que Vandré então concedeu a Ricardo Anísio, do Jornal do Norte (http://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/entrev%202004/02%20geraldovandre/geraldovandre.htm):

‘…eu voltei [do exílio] doente e meio perdido em meu país, quando justamente os militares me acolheram (!) e me deram tratamento médico (!!), e me alojaram (!!!)’.

‘… havia escrito a canção [“Fabiana”] porque sempre fui um apaixonado por aviões. Agora, a minha relação com as Forças Armadas hoje, é de muito respeito mútuo (!). Eles me tratam com dedicação (!!) e sabem das minhas questões existenciais (!!!)’.

Na verdade, Vandré foi internado numa clínica psiquiátrica e, em depoimento que li na internet, uma companheira que também estava lá relatou que ele se encontrava sob vigilância de agentes da ditadura, impedido de falar com os outros pacientes.

Há também referências a uma internação em 1974, numa clínica do bairro de Botafogo (RJ), depois de uma crise de nervos durante a qual teria ameaçado esfaquear a irmã.

Mas é a do ano anterior que realmente importa. Pode-se dizer que se constituiu num divisor de águas. Vandré era um antes e se tornou outro depois.

Vale citar o Timothy Leary, aquele mesmo do LSD, que foi também uma das mais respeitadas autoridades científicas no estudo das lavagens cerebrais:

‘O trabalho de lavagem cerebral é relativamente simples, consistindo basicamente na troca de alguns circuitos robóticos por outros. Assim que a vítima passa a encarar o reprogramador como a criança encara seus pais – fornecedores de segurança vital e de apoio para o ego – qualquer nova ideologia pode ser inculcada no cérebro.

‘Durante o estágio de vulnerabilidade, qualquer pessoa pode ser convertida a qualquer sistema de valores.
Facilmente podemos ser induzidos a entoar: -Hare Krishna! Hare Krishna!, como -Jesus morreu por nós!, ou a bradar -Abaixo o Vaticano!; aceitando plenamente as ideologias que estão por trás desses temas’.

Fragilizado por tudo que sofrera, incluindo problemas com drogas, Vandré pode muito bem ter, naqueles suspeitíssimos 58 dias, sido induzido a bradar: -Viva a FAB!, retratando a morte.

Enquanto não soubermos no que realmente consistiu o tal tratamento médico proporcionado pelos militares quando acolheram e alojaram o Vandré, não poderemos, em sã consciência, descartar a hipótese de lavagem cerebral.

Com a palavra, os jornalistas investigativos e os historiadores.’

(http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2010/09/geraldo-vandre-de-rei-trapo-em-58-dias.html)
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Leia também:

Canção da Despedida: A única parceria de dois Geraldos (Vandré e Azevedo)

No blog Música em Prosa

Detalhe interessante narrado nesse post:

Em entrevista ao ClickMusic, no ano 2000,
Vandré negou que tenha composto ‘Canção de Despedida’
em parceria com Geraldo Azevedo.
(http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/geraldo-vandre-rompe-silencio)

No entanto, em dezembro de 1968, no período em que estava foragido, uma das pessoas que tinha acesso a Geraldo Vandré era Geraldo Azevedo, que compunha o “Quarteto livre”, banda que o acompanhara na turnê do Show “pra não dizer que não falei de flores”, cujo título, censurado, passou a ser “Socorro – a poesia está matando o povo”.

Geraldo Azevedo disse que, para ver Vandré, tinha que se comportar “como um militante de organização clandestina; entrava num carro, mudava para outro, fazia tudo para despistar pessoas da repressão que pudessem estar me seguindo para, por meu intermédio, chegar a Vandré”.

Nesse clima compuseram em parceria, Vandré e Azevedo, a “Canção da Despedida”, cuja letra é absolutamente clara e explícita.
(http://www.youtube.com/watch?v=3KO4g3XrmrA)
(http://letras.mus.br/geraldo-azevedo/169417)

(http://musicaemprosa.musicblog.com.br/497605/Cancao-da-despedida-A-unica-parceria-de-dois-Geraldos-Vandre-e-Azevedo)
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GERALDO VANDRÉ: O MORTO-VIVO DA DITADURA DO BRASIL

Por Abílio Neto, no OverMundo

(http://www.overmundo.com.br/banco/geraldo-vandre-o-morto-vivo-da-ditadura-do-brasil-1)
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Uma análise de Geraldo Vandré

Por Adriana Tanese Nogueira, no Psicologia Dialética

(http://www.psicologiadialetica.com/2010/09/uma-analise-de-geraldo-vandre.html)
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O amestrado Geraldo Vandré

Por Urariano Motta, no Direto da Redação

(http://www.diretodaredacao.com/noticia/o-amestrado-geraldo-vandre)
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Documentário com testemunhos históricos
(inclusive da ex-companheira de Vandré):

O QUE SOU NUNCA ESCONDI (2009)

Um filme sobre Geraldo Vandré

Projeto experimental em Videojornalismo – PUC-SP.

Orientação de Renato Levi.

Dirigido por Alexandre Napoli, Helena Wolfenson e William Biagioli.

56 minutos / São Paulo- SP / 2009

(http://www.youtube.com/watch?v=S8vHfwoofu4)

(http://www.youtube.com/results?search_query=geraldo+vandr%C3%A9+196&page=1)
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(http://letras.mus.br/geraldo-vandre/discografia/canto-geral-1968)
(http://www.youtube.com/watch?v=EGyb11knYYo)
(http://www.youtube.com/watch?v=srfbxftYtk4)
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    FrancoAtirador

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    Geraldo Vandré no Chile 1969

    Caminando (en español)

    Grabación de Geraldo Vandré hecha en Chile, 1969, lanzada en compacto en el año 1982.
    Este es el Lado A, el Lado B “Desacordonar”.
    La canción es “Caminando”, traducción para el castellano de “Caminhando”, que ganó el segundo premio del Festival Internacional de la Canción (TV Globo, 1968), que fue incluso censurada en Brasil en noviembre del mismo 1968.

    (http://www.youtube.com/watch?v=UJhDQJNERZM)
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    Geraldo Vandré – Homenagem a Che Guevara

    (http://www.youtube.com/watch?v=rPlvyD4Zul8)
    (http://www.youtube.com/watch?v=6iIdle8Is5c)
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    FrancoAtirador

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    TERRA PLANA
    (Geraldo Vandré)

    Meu Senhor, minha Senhora…

    Me pediram pra deixar de lado
    toda a tristeza,
    pra só trazer alegrias
    e não falar de pobreza.
    E mais, prometeram
    que se eu cantasse feliz
    agradava com certeza.

    Eu que não posso enganar,
    misturo tudo o que vi.
    Canto sem competidor,
    partindo da natureza
    do lugar onde nasci.
    Faço versos com clareza:
    à rima, belo e tristeza.
    Não separo dor de amor.

    Deixo claro que a firmeza
    do meu canto
    vem da certeza que tenho
    de que o poder que cresce
    sobre a pobreza
    e faz dos fracos riqueza
    foi que me fez cantador.

    Meu Senhor, minha Senhora…
    Vou indo esse mundo afora
    Num canto que é tão valente
    Que mesmo se está contente
    Fala sempre e a toda hora
    quase num tom de quem chora

    Eu sou de uma terra plana
    De um céu fundo e um mar bem largo
    Preciso de um canto longo
    Pra explicar tudo o que digo
    Pra nunca faltar comigo
    E lhe dar tudo o que trago

    Aos pés de muitas igrejas
    Lá você vai encontrar
    Esperança e caridade
    Querendo se organizar
    Mil cegos pedindo esmola
    E a Terra inteira a rezar

    Se um dia eu lhe enfrentar
    Não se assuste capitão
    Só atiro pra matar
    E nunca maltrato não
    Na frente da minha mira
    Não há dor nem solidão

    E não faço nenhum castigo
    Que a Deus cabe castigar
    E se não castiga ele
    Não quero eu o seu lugar
    Apenas atiro certo
    Na vida que é dirigida
    Pra minha vida tirar.

    (http://www.youtube.com/watch?v=uy7kTTZe0m8)
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    FrancoAtirador

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    Entrevista com Audálio Dantas (Jornalista e Escritor)

    Por Jeane Vidal*, no blog ‘Vandré: Tempo de Repouso’

    JV – O senhor chegou a participar do CPC da UNE?

    AD – Não, não cheguei a participar do CPC da UNE não. O CPC da UNE teve um papel importantíssimo no início da década, depois houve tudo aquilo que a gente sabe. Agora claro que, não diretamente, mas dos eventos, das coisas sim, porque tinha muito a ver com o Teatro, com Música e tudo isso aí. Os espetáculos, a gente tava sempre lá. Eu quero dizer que eu não participei da instituição, do organismo.

    JV – Entendi… Mas, ele (o Vandré) chegou a comentar alguma coisa com senhor da época que ele participou? Porque, pelo que consta, ele saiu do CPC da UNE porque considerava muito panfletária. Não concordava com algumas coisas.

    AD – Nunca. Ele nunca me comentou isso. Eu estranho ele falar “panfletária”, porque essa música dele (Pra não dizer que eu não falei das flores) é um panfleto (risos).

    JV – Então, muita coisa que ele diz é contraditória.

    AD – Você falou com ele agora?

    JV – Falei algumas vezes por telefone, ele me concedeu uma entrevista por escrito.

    AD – Digamos que o Vandré de hoje não é o Vandré dos anos 60 e 70. Não é, positivamente não é.

    JV – O senhor teve contato com ele depois do exílio?

    AD – Tive poucos contatos. O que ele viveu, em minha opinião, é uma tragédia. Ele viveu a tragédia, primeiro do exílio – Eu não sei exatamente o que aconteceu com ele no exílio, há várias versões – e viveu a tragédia da volta ao país. Quando ele voltou ao País ele foi, você sabe disso claro, né? Ele foi a televisão dizer que tava arrependido… E não foi o primeiro, todo mundo sabe aquilo como acontecia. Eram pessoas que eram reféns do regime e eram obrigados. Outros… Pode ser que realmente acreditassem que estavam.

    JV – O que foi dito nos jornais da época, é que quando ele voltou, em Julho de 73, somente depois de um mês é que ele apareceu publicamente no Jornal Nacional dizendo que nunca havia se envolvido com partidos políticos e que a partir daquele momento só iria fazer canções de amor. De certa forma, renegando tudo aquilo que antes ele…

    AD – Não, claro, de certa forma não! Então ele dizer que isso, aquilo, é panfletagem, hoje pra mim não vale. Eu continuo tendo a maior admiração pelo artista Vandré, pelo homem Vandré, mas, o que ele diga hoje, o que ele pensa, eu não concordo. Eu não acredito que ele julgasse alguma coisa panfletária, porque ele era um panfletário em si.

    JV – Uma das perguntas que eu fiz a ele foi sobre o episódio do Jornal Nacional, e na sua resposta ele deixa claro que aquilo foi uma armação da Globo. Segundo ele, ele estava falando sobre os acontecimentos no Chile, sobre a queda do Allende, e foi feito uma montagem relacionando o que ele estava dizendo com a situação dele no Brasil.

    AD – Tudo é possível, tudo é possível porque, não só do ponto de vista da ditadura, como da Globo, porque a Globo naquele momento ela estava estritamente ligada a ditadura, ao governo. Mas o que houve em outros casos é que, todo mundo sabe, que os militares obrigavam o cara ir à televisão e dizer.

    JV – Mas ele foi o único que fez isso, não?

    AD – Não!

    JV – Eu não li em nenhum jornal que isso tenha acontecido com outros artistas.

    AD – Artista eu não sei, mas outras pessoas. Eu não me lembro agora…

    JV – Tanto o Vandré como o Chico Buarque voltaram antes do fim da Ditadura e com o Chico Buarque não houve essa pressão toda.

    AD – Sim! Por isso cada pessoa… Cada cabeça é uma cabeça. Mas houve com outras pessoas. Artistas que eu me lembre não, mas, outros participantes da resistência a ditadura fizeram declarações de arrependimento na televisão. Fizeram sim, não foi só o Vandré. Eu não me lembro agora, mas certamente sim. Bom. Aí depois o outro contato que eu tive depois da volta dele… Essa coisa no Jornal Nacional deixou muita gente irritada, né?.

    JV – Tem gente que até hoje o considera um traidor…

    AD – Eu não chego a isso. Pra mim… Também pode ser. Eu não acho que ele seja um traidor, mas, pode também, não pode deixar de ser. Há aquela indignação porque, todo mundo, você vai para o exílio e os outros ficam brigando aqui dentro. Foi o meu caso, ai depois o cara volta, era seu companheiro, depois diz isso… Você claro, no mínimo você se decepciona. Foi meu caso. Mas também no meu caso eu considerei essa hipótese muito provável dele ter sido chantageado, obrigado a fazer aquilo pra se livrar talvez de coisas piores, de tortura, coisa que o valha, prisão, coisas que o valha. Porque ainda não havia anistia né, e o regime estava cada vez mais, 73 era o Médici, era o período mais duro do governo militar.

    JV – Segundo ele, quando voltou, não foi pelos militares que ele foi preso e levado pra depor, foi pela Polícia Federal.

    AD – Sim, mas a Polícia Federal ficava no aeroporto pegando as pessoas que estavam voltando. Tinha a lista completa. Eu mesmo, quando fui Deputado, fui várias vezes esperar pessoas que voltavam pra evitar a prisão. Não sei se conseguia evitar ou não, mas muitas vezes eu fui e dizia: olha estou aqui esperando fulano, pra ver se livrava pelo menos o tal de…. Aquilo era mais ou menos clandestino. Bom, aí eu fui eleito presidente do sindicato dos jornalistas em 75 e um dia o Vandré, um dia não, mais de um dia, ele apareceu lá. Apareceu um dia, depois outras vezes, ele apareceu. Mas, ele já era outra pessoa. Outra pessoa. Ele não pensava aquilo que pensava, não dizia nada sobre aqueles…

    JV – Sobre o que aconteceu?

    AD – Antes… Dizia coisas mais ou menos desencontradas. Aí começaram as versões: o Vandré perdeu a memória, o Vandré isso, o Vandré aquilo, etc… E eu confesso que isso me entristeceu muito. A pessoa que eu conheci não era mais, não era mais aquela. Aí ele pedia pra escrever numa máquina. Tinha lá várias máquinas de escrever, não tinha computador ainda, isso foi em 75, 76. E ficava lá escrevendo, dizia umas coisas, ia embora. Isso não foi muito além. Também ninguém o hostilizou, eu não permitiria que alguém o hostilizasse, claro. E depois, muito tempo depois eu o encontrei junto com o Assis Ângelo que é amigo dele. É um jornalista também, eles são muito amigos, talvez seja bom você entrevistá-lo. Bom, mas então, a outra vez, isso faz, sei lá, uns 6, 7 anos ou mais que eu o encontrei, fui a casa dele aí na Martins Fontes. Aí ele desceu, ele veio até… Não sei se ele desceu ou se a gente já encontrou na rua…
    Aí eu disse: ô Vandré!
    Perder uma carreira brilhante como aquela é uma coisa trágica…
    – Pó, cadê a música?
    – Não, eu tenho aqui uma nova música.
    – Aí eu tive um misto de decepção e também de… Sei lá, de lástima. Porque ele me mostrou uma letra de música…

    JV – Fabiana?

    AD – É. E eu digo… Porque ele escreve bem né?
    -Você nota alguma coisa aí? [perguntou Vandré]
    Ele tava querendo que eu… O título é Fabiana…
    Aí tem uma estrofe, uma coisa que nem é grave, mas, tem um ligeiro erro de concordância.
    – Tem essa concordância aqui.
    – Filho da puta, é mesmo!
    – A Fabiana é sua nova namorada?
    – Não. É a Força Aérea Brasileira.
    
    Aí realmente, ficou um misto assim de engraçado, trágico e cômico. Eu não vejo razão pra um sujeito escrever uma música pra Força Aérea Brasileira, entendeu? É isso.

    JV – Parece que ele tem uma afinidade muito grande com a FAB.

    AD – Tudo é possível. Não é o fato do pessoal da Aeronáutica de participado do golpe também que a FAB… A FAB é uma instituição.

    JV – Ele diz que é um sonho de criança…

    AD – Não, mas ele não é normal. Eu não escreveria jamais uma música pro exército pô, jamais. Não porque eu não goste do exército, é porque eu sou uma pessoa que não tenho nada a ver! Pode ser que ele tenha, tenha esse sonho.

    JV – A época que ele saiu do Brasil, o senhor acompanhou?

    AD – Não, não. Por que as coisas aconteciam, tudo era vertiginoso, não dava pra… De repente fulano sumiu. Ou sumiu, tinha sido preso e morto como aconteceu com vários, Jornalistas mesmo foram mais 20 jornalistas mortos ou desaparecidos. Então na verdade essas coisas a gente sabia depois. Cadê fulano? Tá no exílio.

    *Jeane Vidal é jornalista. Autora do livro ‘Vandré: Tempo de Repouso’.

    Íntegra da entrevista em:

    (http://vandretempoderepouso.blogspot.com.br/2011/05/entrevista-com-audalio-dantas.html)


    http://vandretempoderepouso.blogspot.com.br/2010/10/em-2007-conclui-o-curso-de-jornalismo-e.html

Jader

“Um herói, que participou do sequestro do embaixador…”
O

Luís Carlos

Nossa história e conquistas, dos trabalhadores brasileiros se devem a pessoas como Manoel. Seu compromisso inabalável será sempre exemplo para todos. A resistência à ditadura que derrubou governo trabalhista. alguns resistem, outros cedem e se põem a reclamar que deveria ser melhor.

Maria Apafrecida Jube

A maior homenagem que o povo brasileiro pode prestar ao herói Manoel, é não votar nesses desgraçados que apoiaram a ditadura, mesmo aqueles que se fingiam de perseguidos para delatar companheiros. O Brasil desses canalhas nunca mais.

irineu

E tem uma meia duzia de acéfalos que pede a volta do militarismo.Como bem fala a musica do RAPPA :paz sem voz,não é paz,é medo.

Hélio Pereira

A Ditadura Militar e seus apoiadores não tem nenhuma credibilidade!
Meus sentimentos a Familia deste grande Brasileiro que teve coragem de lutar e denunciar as manipulações dos Torturadores e daqueles que consideram a Ditadura como “Dita-branda”.

    Marta Helena de Almeida Moraes

    Muito obrigada por suas palavras Hélio Pereira, sou irmã do Manuel Henrique
    e tenho muito orgulho por tudo que ele fez.

    Petista que ama Tuma

    Ditadura mesmo é que estão agora vivendo Genuino, Dlúbio, Dirceu,

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