71 mil brasileiros concentram quase 23% de toda a riqueza

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Elite de 71 mil pessoas possui 22,7% da riqueza do Brasil

Valor Economico, via blog do Zé Dirceu, 31 de julho de 2015

O topo da pirâmide social brasileira é formado por 71.440 pessoas com renda mensal superior a 160 salários mínimos, totalizando rendimentos de R$ 298 bilhões e patrimônio de R$ 1,2 trilhão em 2013.

Os dados foram divulgados na quinta-feira, dia 30, pela primeira vez, pela Receita Federal e publicado hoje no Valor Econômico.

Essa elite de 0,3% dos declarantes do Imposto de Renda ou 0,05% da população economicamente ativa concentra 14% da renda total e 22,7% da riqueza do país em bens e ativos financeiros.

Quando escreveu seu livro O Capital Século XXI, o economista francês Thomas Piketty pediu acesso aos dados brasileiros e não recebeu.

Os números mostram a necessidade urgente de uma reforma tributária progressiva no imposto de renda, com a aprovação do imposto de grandes fortunas e aumento das alíquotas nas heranças e doações, sobre o lucro extraordinário. E principalmente sobre os ganhos financeiros.

Em junho, a bancada do PT na Câmara entrou com um requerimento de urgância para votação sobre a tributação de grandes fortunas, um projeto de lei complementar apresentado pelo deputado Paulo Teixeira (PT/SP) que tramita há três anos na Casa.

O projeto de lei de Teixeira, o PL 130/2012, prevê uma alíquota de 0,5 % a 1% sobre patrimônio líquido de alto valor que exceda 8 mil vezes o valor do limite mensal de isenção do Imposto de Renda, o que corresponde a R$ 14.302,160 milhões.

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Comentários

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FrancoAtirador

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Nas Eleições de 1962, foram Eleitos 140 Parlamentares,
Financiados pela CIA, via IBAD/IPES, para derrubar Jango
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(http://www.viomundo.com.br/denuncias/as-surpresas-na-lista-do-ibad-o-instituto-millenium-de-1964.html)
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‘Jogadas Políticas lembram 1964’, diz João Vicente Goulart, filho de Jango
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Mídia e Financiamento Empresarial em Eleições Marcam Crises Políticas:
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Várias Manchetes de Jornais e Convocações por Rádios foram decisivas
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para Aumentar a Adesão às Marchas contra o Governo Trabalhista (PTB)
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Por Érica Aragão, no Portal da CUT, via Carta Maior
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“Hoje nós estamos vendo aí jogadas políticas que nos lembram muito 1964”,
afirma o filho do ex-presidente Jango, João Vicente Goulart.
Para ele as semelhanças são reconhecíveis.
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João Vicente está se referindo à comparação do momento que estamos vivendo
com aquilo que seu pai, João Goulart, viveu no processo da derrubada do governo.
Para ele o Financiamento Empresarial é a Grande Conexão entre hoje e 1964.
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Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), uma campanha
para eleger um deputado não sai por menos de R$ 2 milhões,
e a de senador, por menos de 5 milhões.
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“É onde entram as grandes empresas.
Financiam campanhas em formas de doações
e seus benefícios garantidos através de acordos.
Aí que se criam as bancadas de interesses empresariais.
A bancada da bala, a bancada evangélica, a bancada ruralista,
entre outras que criam segmentações de bancadas
que fazem políticas por interesses daqueles que os financiaram.
Temos aí uma semelhança muito grande com a eleição em 1962,
ano que iniciou o processo do golpe”, explica João Vicente.
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João Goulart ficou conhecido como o presidente que propôs reformas estruturais
e aprovou direitos trabalhistas como o 13º salário e direitos eleitorais
como o voto para analfabetos. Isso agradou uma grande parte da população,
mas não agradou muito a elite, que teria menos lucros com os benefícios dados aos trabalhadores.
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Segundo João Vicente, João Goulart, conhecido popularmente como Jango,
teve seu mandato de Presidente da República interrompido por um golpe parlamentar
financiado pela CIA, agência de inteligência norte americana,
com interesses baseados nos grandes lucros.
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Jango substituiu Jânio Quadros, que renunciou em 1961.
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“A eleição para o Congresso em 1962, financiada pela CIA,
elegeu mais de 140 parlamentares entre deputados e senadores
para derrubar Jango”, observa ele.
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O ex-embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon,
quando esteve no Brasil em 2002 para lançar um livro sobre o período de 1964,
afirmou no programa Roda Viva que usou a CIA, com dinheiro americano,
para depor o presidente João Goulart.
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“Lincoln falou que foram usados 5 milhões de dólares de verba secreta
para derrubar Jango, que já era presidente na época e propunha várias reformas
que atingiriam os privilégios das elites, que é o que está acontecendo hoje”,
afirma João.
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A mídia também teve Grande Participação no Golpe.
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“Jango ficou taxado pela grande mídia de comunista,
porque quando o presidente Jânio Quadros renunciou,
ele, que era vice e deveria assumir o poder, estava na China.
Na época quem era amigo da China era comunista”,
explica João Vicente.
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Várias manchetes foram decisivas para aumentar a quantidade
de pessoas nas marchas que aconteciam naquela época,
tudo articulado para o golpe.
Uma marcha bem conhecida e que contribuiu para a derrubada de Jango
foi a ‘Marcha da Família com Deus pela Liberdade’
que reuniu mais de 500 mil pessoas na Praça da Sé.
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Eventos considerados aparentemente “desconexos” foram tomados
como reações espontâneas de segmentos da população.
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Na verdade, essas manifestações apresentavam uma sólida coordenação
por parte da Elite [*] através da Imprensa.
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Para o sociólogo e jornalista, Laurindo Lalo leal Filho,
a mídia sempre esteve ao lado das forças das elites mais conservadoras
contra os movimentos populares, contra os governos que têm origens mais populares.
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“Isso se mantem até hoje quase que de forma indistinta.
Talvez até em 64, a gente pode dizer que a força da imprensa,
apesar de poderosa, inclusive teve participação decisiva no golpe,
era ainda naquela época menor do que é hoje”, afirma o jornalista.
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Naquela época a televisão não estava em todas as casas.
Hoje, mais de 90% têm televisão em casa
e 95% das pessoas se informam pela TV.
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“A televisão é mais concentrada ainda, no ponto de vista político e ideológico,
do que os jornais, que ainda abrem um espaço ou outro
para um comentário alternativo, para falarem que são imparciais.
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A televisão não. A televisão é monolítica e faz esse papel com muita força
e é ela que encabeça o processo golpista no Brasil, isso sem dúvida”,
destaca Lalo.
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O DIAP também cita em sua publicação “Radiografia do Novo Congresso,
Legislatura 2015-2019”, que o Congresso Nacional é hoje o mais conservador
desde a redemocratização do país, no final da década de 1980.
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“Esse congresso eleito em 2014
está comprometido com o dinheiro
no qual eles foram financiados.
É por isso que eles não têm
nem um pouco de responsabilidade
com o povo brasileiro, sequer obrigação”,
diz emocionado João Vicente
ao comparar com a história em 1964.
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“Esse presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por exemplo,
é unha e cara lavada do então presidente do Senado, Aldo Moura de Andrade,
que decretou vaga a Presidência da República em 1964,
legitimando o golpe civil e militar com o presidente dentro do país,
em Porto Alegre, tentando resistir”, destaca o filho do Jango.
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“As elites [*] não aguentam mais perder eleição.
Estão se articulando tipo um cavalo de corrida paraguaio,
como aconteceu com o presidente Lugo, com um congresso comprometido
com estas elites, comprometido com grandes financiamentos,
e isso é uma consequência da falta de uma reforma política,
assim como Jango queria na época, reformas estruturais para o país.
Nós estamos falando de reformas há 50 anos e até hoje não houve”,
critica João Vicente.
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“As semelhanças que estão aí, apesar da grande diferença temporal,
são semelhanças muito cognitivas: o congresso da época,
o golpe que estava sendo preparado em 64 e as movimentações de traições políticas
como as que vêm acontecendo hoje, principalmente na base parlamentar
de sustentação ao governo”, lembra João Vicente.
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“Hoje nós estamos na mesma situação tanto no que se refere à mídia
quanto ao congresso e ao financiamento empresarial.
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Está na Hora de uma Grande Frente Nacional.
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Acho que os partidos de esquerda, sindicatos, movimentos sociais e populares
deveriam fazer essa frente e lutar por alguns pontos comuns, que são:
não ao retrocesso, não ao ajuste fiscal, e para exigir mais direito para os trabalhadores
e mais conquistas sociais”, finaliza João Vicente,
que também é diretor do Instituto João Goulart, no Rio de Janeiro.
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[*] Elite braZileira:
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71.440 pessoas (0,035% da População do Brasil),
com renda mensal superior a 160 salários mínimos,
totalizando rendimentos de R$ 298 bilhões
e patrimônio de R$ 1,2 trilhão, no de 2013,
que em conjunto possuem 22,7% da Riqueza do País.
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(http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2F-Jogadas-politicas-lembram-1964-diz-filho-de-Jango%2F4%2F34106)
(http://www.cut.org.br) (https://www.facebook.com/cutbrasil)
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Bacellar

Boa meu deputado!

Urbano

Gostaria muito de saber qual o percentual honesto dessa riqueza…

Lafaiete de Souza Spínola

“Os números mostram a necessidade urgente de uma reforma tributária progressiva no imposto de renda, com a aprovação do imposto de grandes fortunas e aumento das alíquotas nas heranças e doações, sobre o lucro extraordinário. E principalmente sobre os ganhos financeiros.”

Precisamos muito mais que isso!

Para transformar o Brasil o caminho é esse: https://www.facebook.com/LafaieteDeSouzaSpinola/posts/501948729962540

Por quê não se mobiliza em torno da educação?

Será possível mudar o Brasil sem que o povo seja o ator principal das mudanças?

Quem continua considerando que meia dúzia, uma dúzia ou centenas de pessoas conseguirão realizar as mudanças para tornar nosso país em um lugar com menos injustiças?

Você considera que será possivel conquistar transformações sólidas e duradouras dentro do Sistema atual?

Nossa proposta não prevê mudanças bruscas nem maquiadas!

Ela apresenta a necessidade de um Partido muito diferente dos atuais! É uma mudança de rumos com foco nas gerações futuras, através da educação não voltada, apenas, para o mercado. É a formação de uma nova geração livre dos cacuetes e deformações amalgamadas, através de séculos, nas gerações adultas.

Essa é uma tarefa árdua! Muitos taxarão de visão utópica e pela lei do menor esforço continuarão apegados às ideias de líderes salvadores. Essa etapa que vivemos a história está colocando a sete palmos.

Precisamos sair dessa mesmice, participando e orientando nosso povo manipulado na direção de criar novas gerações sem nossos vícios egoistas. Isso não é messianismo nem farisaísmo. É o inexorável caminho das mudanças!

FrancoAtirador

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E raramente um desses 71 Mil sai à Rua para Protestar contra o Governo,
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mas certamente são os que Mandam os Muares Fascistas e os Repórteres
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às Praças e Avenidas para Zurrar PêluImpíxi da Presidente da República.
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