Wagner Freitas: Progressividade não resolve o problema das contas das Previdência

Tempo de leitura: 2 min
Foto: Roberto Parizotti/CUT

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CUT considera regra 85/95 uma conquista, questiona a progressividade e quer discutir a sustentabilidade da Previdência Social

da Assessoria de Imprensa da CUT, via e-mail

Para a CUT, a Medida Provisória 676/2015, que institui a fórmula 85/95 para concessão de aposentadorias, é um fruto da mobilização da classe trabalhadora.

A CUT luta, desde 1998, contra o fator previdenciário, implantado por FHC, que forçava os/as trabalhadores/as a atrasar as aposentadorias e reduzia os valores dos benefícios em até 40% para os homens e 50% para as mulheres. Em 2007, a CUT participou da articulação para construção da regra 85/95 como alternativa ao fator e considera sua entrada em vigor um avanço.

A partir de hoje, quem tem direito à aposentadoria já não terá mais parte de seus direitos confiscados, pode de imediato utilizar a fórmula 85/95.

O modelo de progressividade incluído na MP 676, no entanto, não resolve as contas da Previdência Social e, entre 2017 e 2022, atrasará o acesso dos/as trabalhadores/as à previdência. Esse debate é mais amplo e requer mais informações. O modelo previdenciário não é só uma questão econômica é, principalmente, uma questão de projeto de país, da sociedade que queremos. Não existe um modelo definitivo e, sim, o modelo mais adequado, que requer um profundo debate sobre o seu financiamento.

A CUT vai manter a campanha em defesa do 85/95, garantindo a aposentadoria integral a quem é de direito e vai manter as negociações para que o Brasil tenha uma Previdência viável, sustentável e justa.

Quem trabalha para construir o Brasil merece uma aposentadoria digna!

A CUT sempre estará com a classe trabalhadora e com o Brasil.

Juntos, somos muitos; juntos, somos fortes.

São Paulo, 18 de junho de 2015.

Vagner Freitas

Presidente Nacional da CUT

 Leia também:

Altamiro Borges: Dilma leu a Folha sobre o fator previdenciário 


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Comentários

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Romanelli

Esta correta a conclusão ..mas 3 coisinhas
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– Num mundo aonde o HOMEM vive BEM MENOS que as mulheres ..no mesmo em que as mulheres se conseguem cada vez mais de direitos e assistência ..acho uma TREMENDA duma injustiça a mulher conseguir se aposentar 5 anos mais cedo que seus companheiros ..isso, fora a pensão por morte do cônjuge que muitas delas recebem.
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– De qq forma, em que pese ser muito difícil conseguir se manter formalmente empregado por 30 ou 35 anos em trabalho formal, convenhamos, pelas perspectivas de vida, permitir ainda com que a mulher se aposente aos 55 anos de idade e o homem aos 60 anos, é uma extravagância e uma temeridade.
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– O sistema previdenciário teria que ser observado e analisado à parte dos programas assistências conquistados e financiados conjuntamente, ao longo do tempo, pela nossa Seguridade Social.
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Resumidamente, as pessoas precisam aprender a poupar (e aqui há que se ter estabilidade e previsibilidade econômica, coisa que Dilma não deu) ..E antes de tudo, aprenderem a planejar e COMPRAR ..e pra isso compras feitas no IMPULSO, com empréstimos carregados de juros, ou a crediários a perder de vista, precisam ser melhor regulados ..caso contrário continuarão a ser um sorvedouro do bolso dos incautos que, ao final de suas vidas, percebem que estão num mato sem cachorro, e dependentes ou necessitados de qq tipo de bolsa ajuda.

    Fernanda Gomes

    Prezado Sr. Romanelli,

    Respeito seus pontos de vista e sua pertinente preocupação com a sustentabilidade da Previdência brasileira.
    Permita-me, entretanto, discordar quanto á questão do tempo diferenciado da aposentadoria para a mulher, o que é absolutamente justo e necessário já que historicamente sobre ela recai a dupla jornada de trabalhadora e de mãe. Por outro lado, não penso que a sustentabilidade da Previdência no Brasil passe pelo aumento da idade exigível que se incompatibilize com a dignidade do idoso (deve trabalhar até estar com o pé na cova?) principalmente o de baixa renda que não vive, apenas sobrevive. Têm que ser unificadas as regras para os trabalhadores da iniciativa privada e do setor público (o que no momento atual é uma absoluta utopia) e as alíquotas de desconto têm que ser progressivas para quem ganha acima de 5.000 reais.

FrancoAtirador

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Resumo dos Nove Capítulos do Relatório Preliminar
da Comissão de Auditoria e Verdade sobre a Dívida Grega
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(http://www.infogrecia.net/2015/06/leia-aqui-as-conclusoes-da-auditoria-a-divida-grega)
(http://cadtm.org/Executive-Summary-of-the-report)
(http://cadtm.org/Synthese-du-rapport-de-la)
(http://cadtm.org/Resumen-Ejecutivo-Informe)
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