Vocalista de lendária banda de punk rock: Lula simboliza a luta por dignidade humana e soberania nacional

LULA LÁ!

Por Mao (José Rodrigues Mao Júnior)*, especial para o Viomundo

Pela reconquista da soberania e o direito à autodeterminação dos povos!

Arrancar pele do povo brasileiro é o objetivo dos EUA e da nefasta burguesia brasileira.

É por esse motivo que Washington articulou o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016, e o de 2018, marcado pela prisão do presidente Lula.

Apesar de dirigir governos extremamente moderados, o Partido dos Trabalhadores era inequívoco empecilho aos interesses geopolíticos dos EUA.

Para estes, controlar uma das maiores reservas de petróleo do mundo (Pré-Sal), paralisar o Programa Nuclear Brasileiro (com a prisão do almirante Othon), golpear os BRICS e eliminar a influência brasileira na inflexão de “esquerda” na América Latina eram os objetivos essenciais.

Para a burguesia dita “brasileira”, eliminar a maior parte dos direitos dos trabalhadores foi a pedra fundamental das ditas “reformas” Trabalhista e Previdenciária.

Igualmente as privatizações das empresas do povo brasileiro – entre elas, o fatiamento e privatização da Petrobras – muito bem representam a política de rapina da nossa nefasta burguesia que se comporta como “sócia minoritária” do imperialismo estadunidense.

Para levar adiante este projeto e, assim dilapidar as riquezas do país, era necessário estabelecer as mais cruéis condições de exploração do povo brasileiro. Por esse motivo o Partido dos Trabalhadores foi afastado do Poder.

Para realizar estas atrocidades contra o povo, a grande “mídia” realizou uma intensa campanha de propaganda, desinformação e intoxicação ideológica.

“Demonizou” o PT que defendia minimamente os interesses nacionais e populares. Uma camada média reacionária foi insuflada e utilizada como “massa de manobra” em manifestações de rua contra o partido que estava implementando algumas moderadas reformas progressistas.

O Brasil é um país que foi moldado por mais de três séculos de trabalho escravo. E a grande mídia soube transformar todo o preconceito racial e social em “ódio ao PT”.

Setores ressentidos das camadas médias foram galvanizadas como ponta-de-lança das mobilizações proto-fascistas.

Essa pequena burguesia não via com “bons olhos” os pequenos avanços sociais daqueles que julgavam pertencer ao “andar de baixo”.

Espaços até então privativos da camada que majoritariamente “branca” passaram a ser compartilhados por aqueles “não tão brancos”.

Foi assim nos aeroportos, nas universidades, etc. As políticas de cotas passaram a serem vistas como “ameaça” aos privilégios desta pequena burguesia.

Da mesma forma, os direitos trabalhistas concedidas às empregadas domésticas foram vistos como a eliminação de um “justo privilégio”, por parte daqueles que estavam acostumados a ter à sua disposição trabalhadores em regime que remonta aos tempos da escravidão.

O pequeno aumento do poder de consumo das camadas populares fez com que aumentassem as filas nos supermercados. Pobres começavam a comprar automóveis populares financiados em 60 meses, aumentando o trânsito nas ruas.

O simples fato de os pobres não estarem passando fome como antes foi visto como uma ameaça ao status quo de uma camada média que vestiu a camisa amarela da CBF e bateu panelas nas sacadas gourmets de seus apartamentos.

Na época do golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff, a participação dos generais ficou evidenciada pelo diálogo de Romero Jucá (então senador por Roraima_: “ … Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras diz (sic) que vão garantir…”).

A partir de então, a escalada desses traidores no regime golpista cresceu exponencialmente.

No golpe de 2018, o então comandante do Exército, general Eduardo Vilas Boas, ameaçou o Supremo Tribunal Federal, exigindo que o presidente Lula fosse mantido preso ilegalmente, com o intuito de impedir a sua eleição. Este ato de traição foi fundamental para a concretização do golpe de 2018.

Muitas coisas estavam em jogo nas eleições de 2018. Entre outras, o controle de uma das maiores reservas de petróleo do mundo (o Pré-Sal).

Do que não seria capaz o imperialismo estadunidense para garantir o controle sobre tais reservas?

Na véspera do feriado da Independência de 2018, o capitão Jair Bolsonaro – então candidato à Presidência – sofreu um suspeitíssimo atentado à faca. A comoção causada por tal acontecimento garantiu a sua vitória.

Recém-eleito, Bolsonaro fez questão de demonstrar a sua total e completa submissão neocolonial em relação ao imperialismo.

Em visita aos EUA, fez questão de bater continência à bandeira daquele país, ir à sede da Central Intelligence Agency (CIA) e declarar publicamente o seu incondicional amor a Donald Trump, então dirigente daquele país: “I Love You”.

Foi a forma que Jair Bolsonaro encontrou para patentear a sua canina devoção e subserviência ao Império.

Entretanto, Bolsonaro não chegou ao poder sozinho. Antes de mais nada, ele foi o “cavalo de troia” que trouxe ao governo o mais reacionário grupo de generais a serviço de uma potência estrangeira hostil.

Hoje, eles ameaçam desfechar – ou apoiar – um novo golpe para dar continuidade ao massacre do povo brasileiro, impedindo com que seja eleito um governo soberano em nosso país.

O diretor da CIA esteve recentemente no Brasil e reuniu-se com os generais do Bolsonaro. Depois deste encontro, houve aumento das ameaças de golpe contra a democracia no Brasil.

Muitos podem não nutrir “simpatias” pelo presidente Lula ou pelo Partido dos Trabalhadores.

Mas uma verdade não pode ser negada: hoje, a candidatura do PT representa a luta pela dignidade humana contra a bestialidade fascista.

Hoje, a candidatura Lula é o símbolo de luta de todo o povo brasileiro pela conquista da soberania nacional e do direito a autodeterminação dos povos!

LULA LÁ!

*Mao (José Rodrigues Mao Junior) é historiador e vocalista da lendária banda de punk rock Garotos Podres