Vladimir Safatle: Tentando apagar a história da ditadura

Tempo de leitura: 7 min

Vladimir Safatle: certos setores da sociedade querem apagar a ditadura da história do Brasil

por Gilberto Costa

conforme reprodução no site da Boitempo [o artigo, de 31.01.2010, foi publicado pela Agência Brasil]

Após a Segunda Guerra Mundial, os judeus sobreviventes revelaram que seus carrascos asseguravam que ninguém acreditaria no que havia ocorrido nos campos de concentração. A história, no entanto, não cumpriu o destino previsto pelos nazistas, muitos foram condenados e o episódio marca a pior lembrança da humanidade.

Crimes cometidos em outros momentos de exceção também levaram violadores de direitos humanos a serem interrogados em comissões da verdade e punidos por tribunais, como na África do Sul, em Ruanda, na Argentina, no Uruguai e Paraguai.

Para filósofo Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo (USP), há um lugar que resiste à memória do horror e a fazer justiça às vítimas: o Brasil. Nenhum agente do Estado ditatorial (1964-1985), envolvido em crimes como sequestro, tortura, estupro e assassinato de dissidentes políticos, foi a julgamento e preso.

Em março, será lançado o livro O Que Resta da Ditadura (editora Boitemço), organizado por Safatle e Edson Teles. A obra tenta entender como a impunidade se forma e se alimenta no Brasil. Para Safatle,o Brasil continua uma democracia imperfeita por resistir a uma reavaliação do período da ditadura militar (1964-1985) e por manter uma relação complicada entre os Três Poderes.

Agência Brasil: O Brasil tem alguma dificuldade com o seu passado?

Vladimir Safatle: Existe um esforço de vários setores da sociedade em apagar a ditadura, quase como se ela não tivesse existido. Há leituras que tentam reduzir o período à vigência do AI-5 [Ato Institucional nº 5], de 1968 a 1979. E o resto seria uma espécie de democracia imperfeita, que não se poderia tecnicamente chamar de ditadura. Ou seja, existe mesmo no Brasil um esforço muito diferente de outros países da América Latina, que passaram por situações semelhantes, que era a confrontação com os crimes do passado. É a ideia de anular simplesmente o caráter criminoso de um certo passado da nossa história.

ABr: Há quem diga que o Brasil não teve de fato uma ditadura clássica depois de 1964, mas sim uma “ditabranda” se comparada à da Argentina e a do Uruguai, por exemplo.

Safatle: Essa leitura é do mais clássico cinismo. É inadmissível para qualquer pessoa que respeite um pouco a história nacional. Afirmar que uma ditadura se conta pela quantidade de mortes que consegue empilhar numa montanha é desconhecer de uma maneira fundamental o que significa uma ditadura para a vida nacional. A princípio, a quantidade de mortes no Brasil é muito menor do que na Argentina. Mas é preciso notar como a ditadura brasileira se perpetuou. O Brasil é o único país da América Latina onde os casos de tortura aumentaram após o regime militar. Tortura-se mais hoje do que durante aquele regime. Isso demostra uma perenidade dos hábitos herdados da ditadura militar, que é muito mais nociva do que a simples contagem de mortes.

ABr: Qual o reflexo disso?
Safatle: Significa um bloqueio fundamental do desenvolvimento social e político do país. Por outro lado, existe um dado relevante: a ditadura de certa maneira é uma exceção. Ela inaugurou um regime extremamente perverso que consiste em utilizar a aparência da legalidade para encobrir o mais claro arbítrio. Tudo era feito de forma a dar a aparência de legalidade. Quando o regime queria de fato assassinar alguém, suspender a lei, embaralhava a distinção entre estar dentro e fora da lei. Fazia isso sem o menor problema. Todos viviam sob um arbítrio implacável que minava e corroía completamente a ideia de legalidade. É um dos defeitos mais perversos e nocivos que uma ditadura pode ter. Isso, de uma maneira muito peculiar, continua.

ABr: Então, a semente da violência atual do aparato policial foi plantada na ditadura?
Safatle: Não é difícil fazer essa associação, pois nunca houve uma depuração da estrutura policial brasileira. É muito fácil encontrar delegados que tiveram participação ativa na ditadura militar, ainda em atividade. No estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin indicou um delegado que era alguém que fez parte do DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna]. Teve toda uma discussão, mas esse debate não serviu sequer para ele voltasse atrás na nomeação. Se você levar em conta esse tipo de perenidade dos próprios agentes que atuaram no processo repressivo, não é difícil entender por que as práticas não mudaram.

ABr: Estamos atrás de outros países, como Argentina e África do Sul, na investigação e julgamento de crimes cometidos pelo Estado?
Safatle: Estamos aquém de todos os países da América Latina. Nosso problema não é só não ter constituído uma comissão de verdade e justiça, mas é o de que ninguém do regime militar foi preso. Não há nenhum processo. O único processo aceito foi o da família Teles contra o coronel [Carlos Alberto Brilhante] Ustra, que foi uma declaração simplesmente de crime. Ninguém está pedindo um julgamento e sim uma declaração de que houve um crime. Legalmente, sequer existiram casos de tortura, já que não há nenhum processo legal. E levando em conta o fato de que o Brasil tinha assinado na mesma época tratados internacionais, condenando a tortura, nossa situação é uma aberração não só em relação à Argentina e à África do Sul, mas em relação ao Chile, ao Paraguai e ao Uruguai.

ABr: Que expectativa o senhor tem quanto ao funcionamento da Comissão Nacional da Verdade, prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), para apurar crimes da ditadura?
Safatle: Uma atitude como essa é a mais louvável que poderia ter acontecido e merece ser defendida custe o que custar. O trabalho feito pelo ministro Paulo Vannuchi [secretário dos Direitos Humanos, da Presidência da República] e pela Comissão de Direitos Humanos é da mais alta relevância nacional. Acho que é muito difícil falar o que vai acontecer. A gente está entrando numa dimensão onde a memória nacional, a política atual e o destino do nosso futuro se entrelaçam. Existe uma frase no livro 1984, de George Orwell, que diz: “Quem controla o passado controla o futuro”. Mexer com esse tipo de coisa é algo que não diz respeito só à maneira que o dever de memória vai ser institucionalizado na vida nacional, mas à maneira com que o nosso futuro vai ser decidido.

ABr: Mas, antes mesmo da criação da Comissão da Verdade, os debates já estão muito acalorados.

Safatle: O melhor que poderia acontecer é que se acirrassem de fato as posições e cada um dissesse muito claramente de que lado está. O país está dividido desde o início. Veja a questão da Lei da Anistia. O programa do governo [PNDH 3] em momento algum sugeriu uma forma de revisão ou suspensão da lei. O que ele sugeriu foi que se abrisse espaço para a discussão sobre a interpretação da letra da lei. Porque a anistia não vale para crimes de sequestro e atentados pessoais. A confusão que se criou demonstra muito claramente como a sociedade brasileira precisa de um debate dessa natureza, o mais rápido possível. Não dá para suportar que certos segmentos da sociedade chamem pessoas foram ligadas a esses tipos de atividades de “terroristas”. É sempre bom lembrar que no interior da noção liberal de democracia, desde John Locke [filósofo inglês do século 17], se aceita que o cidadão tem um direito a se contrapor de forma violenta contra um Estado ilegal. Alguns estados nos Estados Unidos também preveem essa situação.

ABr: O termo “terrorista” é usado por historiadores que não têm qualquer ligação com os militares e até mesmo por pessoas que participaram da luta armada. Usar a palavra é errado?
Safatle: Completamente. É inaceitável esse uso que visa a criminalizar profundamente esse tipo de atividade que aconteceu na época. A ditadura foi um estado ilegal que se impôs através da institucionalização de uma situação ilegal. Foi resultado de um golpe que suspendeu eleições, criou eleições de fachada com múltiplos casuísmos. Podemos contar as vezes que o Congresso Nacional foi fechado porque o Executivo não admitia certas leis. O fato de ter aparência de democracia porque tinham algumas eleições pontuais, marcadas por milhões de casuísmos, não significa nada. No Leste Europeu também existiam eleições que eram marcadas desta mesma maneira.Um Estado que entra numa posição ilegal não tem direito, em hipótese alguma, de criminalizar aqueles que lutam contra a ilegalidade. Por trás dessa discussão, existe a tentativa de desqualificar a distinção clara entre direito e Justiça. Em certas situações, as exigências de Justiça não encontram lugar nas estruturas do Direito tal como ele aparecia na ditadura militar. Agora, existem certos setores que tentam aproximar o que aconteceu no Brasil do que houve na mesma época na Europa, com os grupos armados na Itália e na Alemanha. As situações são totalmente diferentes porque nenhum desses países era um Estado ilegal. E não há casos no Brasil de atentado contra a população civil. Todos os alvos foram ligados ao governo.

ABr: Os assaltos a banco não seriam atentados às pessoas comuns que estavam nas agências?
Safatle: Todos os que participaram a atentados a bancos não foram contemplados pela Lei da Anistia e continuaram presos depois de 1979. Pagaram pelo crime. Isso não pode ser utilizado para bloquear a discussão. Dentro de um processo de legalidade, de maneira alguma o Estado pode tentar esconder aquilo que foi feito por cidadãos contra eles, como se fossem todos crimes ordinários. Se um assalto a banco é um crime ordinário, eu diria que a luta armada, a luta contra o aparato do Estado ilegal, não é. Isso faz parte da nossa noção liberal de democracia.

ABr: Que democracia é a nossa que tem dificuldades de olhar o passado?

Safatle: É uma democracia imperfeita ou, se quisermos, uma semidemocracia. O Brasil não pode ser considerado um país de democracia plena. Existe uma certa teoria política que consiste em pensar de maneira binária, como se existissem só duas categorias: ditadura ou democracia. É uma análise incorreta. Seria necessário acrescentar pelo menos uma terceira categoria: as democracias imperfeitas.

ABr: O que isso significa?
Safatle: Consiste em dizer basicamente o seguinte: não há uma situação totalitária de estrutura, mas há bloqueios no processo de aperfeiçoamento democrático, bloqueios brutais e muito visíveis. Existe uma versão relativamente difundida de que a Nova República é um período de consolidação da democracia brasileira. Diria que não é verdade. É um período muito evidente que demonstra como a democracia brasileira repete os seus impasses a todo momento. O primeiro presidente eleito recebeu um impeachment, o segundo subornou o Congresso para poder passar um emenda de reeleição e seu procurador-geral da República era conhecido por todos como “engavetador-geral”, que levou a uma série de casos de corrupção que nunca foram relativizados. O terceiro presidente eleito muito provavelmente continuou processos de negociação com o Legislativo mais ou menos nas mesmas bases. Chamar isso de consolidação da estrutura democrática nacional é um absurdo. Os poderes mantêm uma relação problemática, uma interferência do poder econômico privado nas decisões de governo. Um sistema de financiamento de campanhas eleitorais que todos sabem que é totalmente ilegal e é utilizado por todos os partidos sem exceção.


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Comentários

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Luís

Enquanto isso tem blogueiro golpista (não gosto de usar essa palavra, mas o caso é excepcional) que escreveu um texto pregando loas à "Revolução democrática de 1964". O texto é esse abaixo:
http://www.visaopanoramica.com/2011/03/31/direto-

Que tal prestarmos homenagens a esse grande blogueiro? Eu já prestei a minha, mas acho que o comentário foi removido. Um típico diretista democrático.

helena catin

As diferencas entre Brasil e Argentina são imensas e genéticas:
A Argentina tem HOMENS e povo CIDADÃO e o Brasil tem POLÍTICOS, MILITARES E POVO COVARDES E RATOS, a MIDIA é só mais uma RATAZANA GORDA E CORRUPTA, nós nos merecemos!

Pall Kunkanen

Nesta data todos deveriam ver o documentário: Cidadão Boilesen

Vencedor do mais importante festival de documentários da América Latina (É Tudo Verdade 2009) “Cidadão Boilesen” revela como o empresariado brasileiro financiou a tortura durante o regime militar. Através da surpreendente vida de Henning Boilesen, o documentário revela a ligação política e econômica entre civis e militares no combate à luta armada durante o regime militar.

“Cidadão Boilesen” é um documentário que foca a vida e o tempo de Henning Albert Boilesen, ex-presidente da Ultragaz, assassinado pela guerrilha em São Paulo, no dia 15 de abril de 1971. Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, estava intimamente ligado a Operação Bandeirante (Oban), grupo paramilitar criado pelo II Exercito para combater os guerrilheiros que lutavam contra a ditadura militar brasileira.

Dirigido por Chaim Litewski, chefe do departamento de cinema e vídeo da ONU, o filme traz revelações inéditas e históricas através de entrevistas com Fernando Henrique Cardoso, Celso Amorim, Jarbas Passarinho, Erasmo Dias, Dom Paulo Evaristo Arns, Coronel Brilhante Ulstra, Eugenio da Paz (guerrilheiro que deu o tiro de misericórdia em Boilesen), Henning Boilesen Jr. e muitas outras pessoas, entre militares, historiadores e ex-combatentes. “Cidadão Boilesen” conta também com imagens do acervo particular da família, documentos do SNI, da CIA e da embaixada britânica, revelando fatos guardados a sete chaves até hoje.
http://www.youtube.com/watch?v=9TrocKiappo

Vladimir Safatle: Tentando apagar a história da ditadura « CartaCapital

[…] *Matéria publicada originalmente no Viomundo […]

ZePovinho

Lá em casa,depois de mais de 25 anos do fim da ditadura,o velho milico assumiu que trabalhou para uma "dentadura",na jocosa avaliação dele.Já é um progresso…..

ZePovinho

Digite o texto aqui![youtube tpLwgrTYUnY http://www.youtube.com/watch?v=tpLwgrTYUnY youtube]

Rafael

Acredito que morreram muito mais pessoas na Argentina do que no Brasil porque não aceitaram tão passivamente o golpe como grande maioria no Brasil, com todo respeito aqueles que foram torturados e mortos lutando contra a ditadura. Esses sim são exemplos.
Lamentável é a postura que tem em relação aos que lutaram contra ditadura, não pode colocar no mesmo patamar que os criminosos da ditadura. A globo teve um papel crucial para ditadura que foi de ocultar toda a roubalheira e mortes. Se criou um sistema podre no judiciário e na política, com respaldo da globo.

Victor

Estou de acordo com o texto do prof. Safatle, que a meu ver pode ser resumido em duas palavras: interesses + hipocrisia. A ditadura militar, o controle da mídia por um punhado de famílias, o apoio dessas famílias ao regime opressor e a necessidade de negar o passado estão imbricados à luz desse binômio. Pode-se dizer que ideologicamente o Brasil é um país liberal, que prega o respeito à livre iniciativa e aos direitos humanos, mas a grande verdade é que é assim até que isso atinja "meus interesses". Enquanto o Brasil não verificar a verdade em relação ao regime militar, não conseguirá construir um futuro mais transparente e isonômico para sua população.

humberto

Vivi de 1949 a 1964
Em 31 de março de 1964 os milicos me mataram
Estou vivendo?
Estou de luto por mim mesmo?

Marcelo Fraga

A ditadura continua mais viva do que nunca na cabeça de alguns.

Quem se deu ao trabalho de olhar a caixa de comentários da reportagem da Folha sobre o Bolsonaro viu. Vários diziam "Bolsonaro para presidente", "esse é o único político que presta", "tem que acabar mesmo com esses petralhas", etc.

Se ir mais adiante, verá no Orkut dezenas de comunidades de apologia à tortura, de saudosistas da ditadura.

Já passou da hora da ditadura ser passada a limpo, exemplarmente.

Euler

Infelizmente a política de governabilidade do PT com seus aliados é de conciliação, e não de enfrentamento. Isso ocorre em todos os setores, sem exceção. É por isso que continuam mandando mais grana para banqueiros via superávit primário, e pouca grana para os pobres via salário mínimo e bolsa-família. É por isso também que não mexem na estrutura das Forças Armadas, não criam um núcleo democrático e arejado que pudesse fazer frente aos resquícios da ditadura. É por isso, ainda, já entrando na minha área – que é a Educação pública -, que se investiu tão pouco no ensino básico, cujos professores recebem salário de fome.

Mas, a geração da esquerda armada pecou em não ter conseguido transferir o julgamento dos carrascos torturadores num fórum internacional. Só recentemente o genocídio da Araguaia foi palco de julgamento e condenação ao Brasil.

Uma vez que as elites judiciárias, políticas e tecnocráticas do Brasil já demonstraram, sobejamente, não ter qualquer compromisso com a memória e com a história recente do país, seria o caso de apelar para instâncias internacionais para fazê-lo. O Brasil demonstrou não ter maturidade e maioridade jurídica e política para fazê-lo. Somente organismos internacionais, sem as chantagens internas de militares da ativa e da reserva, da mídia golpista, de juízes comprometidos com a repressão e de uma elite bandida, poderiam, com alguma chance, julgar e condenar as dezenas de pessoas envolvidas em crimes lesa-humanidade, que não cabem em quaisquer tratados internos, como a Lei da Anistia.

O Brasil vive a ironia de ter uma esquerda no poder refém da direita que teria sido supostamente derrotada com o retorno da democracia. Que bela democracia!!!

Geraldo Carvalho

Hoje, 31 de Março, é dia de vestir-se de preto, em luto pelas vítimas da Ditadura Militar.

waleria

O Brasil, dentre as nações que emergem, é a que mais faz vistas grossas para a impunidade.

Para livrarmos da impunidade introjetada em nosso sistema, precisamos exorcisa-la na politica.

O exorcismo da impunidade no Brasil passa pela impunidade na politica – necessariamente.

Ou acabamos com a impunidade no Brasil, ou a impunidade acaba com o futuro do Brasil.

Começamos a acabar com a impunidade, acabando com ela investigando e punindo os crimes no período do regime militar do golpe de 64.

SILOÉ

Não tem borracha que apague essa vergonha,essa covardia, essa mancha de sangue na nossa História.
Só se eles usarem de novo da mesma violência.

Alvaro Tadeu Silva

A Anistia perdoou "crimes políticos e conexos"; Estupro, tortura e assassinato de inimigos sem ser em combate não é crime conexo, é apenas crime de imensa covardia. O General que assassinou Lamarca dormindo não cometeu "crime conexo", foi apenas um baita dum covarde que enlameia nossas Forças Armadas.

Roberto

Sem querer ser chato, mas só agora perceberam isso? É só ver as comunidades do Orkut infestadas de gente de extrema-direita fazendo apologia da ditadura e demonizando a esquerda e a democracia diariamente, com ajuda de certos "esquerdistas"(entre aspas pois me recuso a achar que um bando de idiotas metidos a "Lênins de internet" sejam qualquer coisa além de idiotas, idólatras de um tempo que ficou pra trás, morreu com o término da Guerra Fria) dementes que lidam com essa gente perigosa e que quer solapar a democracia, na base da brincadeira ao invés de falar duro e sério com eles.

Se o país avançou economicamente nos 8 anos do Lula, politicamente o país está regridindo, o avanço da candidatura Serra com aquele discurso de terror religioso já foi um indício claro dessa mudança feita principalmente por doutrinação na internet. As formiguinhas da extrema-direita aos poucos vão colhendo o resultado de anos de pregação de ódio na internet e nas ruas.

william mendes

Belo texto! Obrigado, William Mendes

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