Vargas Llosa: Israel, uma “difícil amizade”

Tempo de leitura: 4 min

A difícil amizade com Israel

MARIO VARGAS LLOSA – O Estado de S.Paulo – 13.06.2010

A cada dia que passa, fica mais difícil ser amigo de Israel, exceto para aqueles que acreditam incondicionalmente que tudo o que as autoridades israelenses fazem é bom, que todos os palestinos são terroristas e as críticas à política de Israel são sempre produto do antissemitismo. Continuo amigo dos israelenses, apesar da repugnância que me inspira o governo atual, a intransigência fanática dos seus colonos, os abusos e, às vezes, os crimes que Israel comete nos territórios ocupados, em Gaza, ou fora das suas fronteiras, como vimos com os nove mortos e as dezenas de feridos da frota da liberdade.

Essa última é somente uma das facetas de Israel. Há uma outra, admirável e exemplar, diluída pela primeira, contudo mais permanente e representativa: a de um país democrático e pioneiro, que, no meio do deserto e ao mesmo tempo em que travava três guerras, conseguiu formar uma sociedade do primeiro mundo, próspera, moderna, pluralista, com instituições sólidas, na qual se integraram pessoas com hábitos, línguas e tradições de todo o mundo.

Embora não o seja para os árabes, é uma sociedade absolutamente livre, na qual as pessoas exercem seu direito, de maneira sistemática, de criticar o poder com tamanha beligerância e virulência como jamais se observou em qualquer país do Oriente Médio, e é raro até mesmo nas democracias do Ocidente. Para mim, o trágico é que aqueles que se opõem à política de Benyamin Netanyahu e brigam por uma solução negociada do problema palestino são uma minoria eleitoral. No entanto, eles estão lá, desmoralizados.

Passei nove dias com alguns deles e, por isso, creio que há esperanças de que os falcões de Israel e os terroristas do Hamas acabem perdendo terreno e seja ressuscitado o espírito de Oslo, quando a paz esteve tão próxima, mas foi frustrada pelo assassinato de Yitzhak Rabin.

Esta foi a quinta vez que estive em Israel. Cheguei poucos dias depois da imbecilidade cometida pelas autoridades, impedindo Noam Chomsky de entrar no país – ninguém como elas para, com suas medidas equivocadas, contribuir para o desprestígio da imagem internacional do seu país.

Parti três dias depois de os comandos israelenses tomarem de assalto, em águas internacionais, o Mavi Marmara, um ato violento inútil que fez tanto dano para a imagem de Israel no mundo quanto a invasão do Líbano. Que também lhe valeu a inimizade da Turquia, seu único aliado entre os países muçulmanos, e uma avalanche de condenações que estão longe de cessar. Mas, ao que me consta, houve em Israel protestos enérgicos por essa minoria de “justos” – no sentido que Albert Camus dava à palavra.

No dia em que proferi uma conferência na Universidade Hebraica de Jerusalém, presenciei uma manifestação de estudantes árabes e israelenses, portando cartazes condenando a ocupação de casas pelos colonos judeus em Sheikh Jarrah. No dia seguinte, estive na praça vizinha a esse bairro onde, todas as sextas-feiras, reúnem-se centenas para protestar contra as tentativas do movimento colonizador extremista Gush Emunim, de ocupação de áreas palestinas. Encontrei-me com velhos amigos, como Meir Margalit, líder de uma organização de voluntários israelenses que reconstrói casas dos palestinos dinamitadas pelo Exército com a justificativa de que pertencem a parentes de acusados de terrorismo.

Também fazia parte do grupo Yehuda Shaul, fundador da organização Quebrando o Silêncio, integrada por ex-soldados do Exército empenhados em “abrir os olhos de israelenses e estrangeiros sobre os excessos e violências cometidos contra os palestinos”.

Passei o dia todo com Yehuda percorrendo as grutas do Monte Hebron, um espetáculo deplorável de camponeses e pastores árabes que, desalojados de suas terras pelos colonos de Gush Emunin, aferram-se a um território cercado de postos militares, onde os poucos poços de água que existiam foram fechados pelos invasores para forçá-los a partir. A maioria dos israelenses, que alcançou um nível de vida tão alto como o dos países mais avançados, nem mesmo suspeita que, a pouca distância das suas casas, vive uma sociedade miserável condenada ao desaparecimento.

Mas é ainda pior o espetáculo em Gaza, para onde voltei um dia depois do assalto ao navio Mavi Marmara. As casas bombardeadas nos bairros de Beit Lahiya, ao norte da Faixa, e de Ezbt Abed Rabbo, exibem interiores dilacerados, pedaços de ferro e escombros por toda a parte. O pior não é a desolação, mas ver que, sob essas ruínas, vivem famílias inteiras, crianças esfarrapadas e descalças brincando, inconscientes do perigo que correm.

Num artigo publicado em 8 de junho no El País, Bernard-Henri Levy nega que exista fome em Gaza pois Israel, diz ele, permite a entrada de caminhões de alimentos, diariamente. Ele está muito mal informado. Existe fome em Gaza, desnutrição, doenças que não podem ser curadas e gente que morre por falta de remédios e material para as equipes médicas, como qualquer pessoa pode ver ao visitar o hospital Al-Shifa, conversar com os médicos e se horrorizar com as condições em que trabalham.

O bloqueio de Gaza não tem desculpa, pois condena um milhão e meio de habitantes a uma morte lenta. As principais vítimas não são os terroristas, mas os seres mais desvalidos: idosos, mulheres, doentes e crianças. O bloqueio não lhes permite importar ou exportar, nem pescar, já que só podem fazê-lo dentro das três milhas marítimas da praia, “onde não há quase peixes”. Quem vive sob essas condições dificilmente não abrigaria o ódio e o ressentimento que tornaram possível a vitória eleitoral dos fanáticos do Hamas.

A organização terrorista voltaria a vencer as eleições? Quase todas as pessoas com quem falei em Gaza me garantiram que a decepção é muito grande com as autoridades atuais e que o Fatah recuperou a popularidade que tinha nos tempos de Arafat. Isso se deve ao apogeu econômico que se observou na Cisjordânia, graças à política do primeiro-ministro Salam Fayad.

Um dos grandes paradoxos do que ocorre agora em Israel é que, pela primeira vezes nestes 35 anos que venho visitando o país, todos os israelenses com quem conversei – e foram muitos – aceitam como princípio, alguns com alegria, outros com resignação, a fórmula de dois Estados independentes como solução do problema regional.

Qual é a razão, então, para não haver negociações? Os colonos. São apenas 400 mil, mas são ativos, fanáticos. Entretanto, num jantar com o jornalista Gideon Levy, do qual participavam dois escritores que admiro, A.B. Yehoshua e Amos Oz, este último assegurou-me que apenas uma fração de alguns poucos milhares de colonos resistiria pelas armas a um acordo israelense-palestino. O que falta não são ideias, nem boa vontade, mas um líder lúcido e corajoso que atue. Ah! Se os justos de Israel estivessem no poder!

TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO




Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Pedro

Mensaje de una madre al embajador israelí en España [continuação]
09/06/10

Israel está repitiendo las mismas pautas de odio, de muerte, de deshumanización del contrario, de ocupación de territorios, de construcción de muros y alambradas, de soberbia racial. La diferencia es que, ahora, las víctimas ya no llevan una estrella de David cosida en la ropa, ni el gueto está en Varsovia. Está en Gaza y Cisjordania. No quiero contarle el infierno personal por el que he transitado estos días; sería ridículo al lado del continuo y diario dolor de las madres palestinas. Yo soy una afortunada, pues mi hijo David vuelve sano y salvo. Ustedes le habrán podido destrozar su única arma letal, la cámara de vídeo. Pero lo que en su ciego odio olvidan es que los seres humanos tienen ojos, oídos, boca y memoria para contar al mundo todo el horror del que fueron testigos. Y contra eso, señor Schutz, toda su poderosa propaganda no puede hacer nada.

Viernes, 4 de junio del 2010
Cristina Soler Crespo (Valencia)

Pedro

Tomo a liberdade de reproduzir aqui esta "mensagem de uma mãe" aos governantes democráticos de Vargas LLosa.
Mensaje de una madre al embajador israelí en España
09/06/10
Señor [Raphael] Schutz, embajador de Israel en España: soy la madre de David Segarra Soler [fotógrafo que iba en el convoy atacado por el Ejército israelí en aguas del Mediterráneo]. Son las cinco de la mañana del 2 de junio, amanece en Valencia y acabo de enterarme de la liberación de todos los secuestrados en territorio israelí, entre ellos, mi hijo. Debo confesarle que en estos momentos no siento ningún odio ni hacia usted ni hacia el Estado que representa, pero no por un motivo altruista, ni noble, ni religioso, sino por puro egoísmo: el odio destruye. Y un buen ejemplo de ello lo está dando su país al mundo, un país nacido del sentimiento de culpabilidad colectiva de una Europa cobarde que no supo defender a sus ciudadanos judíos de otro odio monstruoso y autodestructivo, el odio nazi. Parece, sin embargo, que la historia no le ha enseñado nada.

Pedro

Este artigo do Vargas LLosa é uma lástima. Próprio de quem chama Fidel de ditador. Acho que não considerar o Estado de Israel um Estado nazista é repetir o mesmo comportamento das chamadas democracias ocidentais quando da ascensão de Hitler ao poder: neutralidade! Nazista só sabe ser nazista. E o Estado de Israel é mestre no assunto.

Sergio

Esse povo que ja deu a humanidade grandes personagens tambem dá os maiores covardes que o mundo ja produziu verdadeira vergonha aos seres humanos.

william porto

Tem razao o grande romancista peruano, ele lamenta que os justos de Israel nao estejam no poder. Mas logo isso vai acontecer, Israel nao pode indefinidamente copiar os metodos nazistas. or far no romancisrta peruano que hoje e um arauto do neoliberalismo, ha muito tempo que ele merece ganhar o Nobel de leratura, e um dos maiores rescritores do mundo. E priu.

HÉLIO TATTU

Acabei de ver o vídeo postado pelo Milton Hayek, e confesso não ter palavras diante de tamanha barbárie. Creio que israel (em letras minúsculas como sinal de protesto) usa a filosofia de algumas polícias brasileiras: atira primeiro e depois conta porque atirou. Nada justifica tal atitude. Que ação tomou o Prêmio Nobel da Paz diante disso tudo? Será que o sr. Obama está subjugado às ordens da sra, Clinton?
Quem deveria sofrer sanções econômicas é Israel, um estado terrorista.

Marcelo Silber

A estratégia de "certa esquerda"aliás, é criticar os criticos da demonização, costumeiramente agraciado com os epípetos destinados aos hereges (estou acostumado, sou judeu !!)-reacionário, direitista, imperialista (um tanto demodé)
neo liberal (mais atual) ou a palavra senha sionista (como se fosse uma ofensa). Nada mais coerente!!!!
A calunia tem sempre uma virtude importante, a brevidade
Nada de análise, nada de dialogo, nada de debate, mas sim de ofensas!!!
Nada de explicar as escolhas desastrosas dos palestinos, nada de explicar que eles não declararam seu Estado em 1948, nada de explicar que eles não aceitaram nunca a partilha proposta pela ONU, sob a liderança do BRASIL.
Pra que explicar?? anti-sionismo, anti Israel, anti judaismo é mais fácil, né!!!!

    priscila presotto

    Não ,Marcelo ,é muito difícil,em ambos os lados ,existem posturas erradas ,mas Israel está exagerando,desculpe,mas exstem fatores mais complicados e tensos ,do que pensamentos simplistas.

    Zeno

    Quais?

    LuisCPPrudente

    Israel e somente Israel está criando essa imagem de Estado Terrorista e Genocida de si mesmo.

    Acredito que muitos judeus já nem mais se identificam com o Estado de Israel, tem tanto medo de Israel quanto os judeus tinham do Estado Nazista alemão.

    O Estado Terrorista de Israel está fazendo de tudo para se parecer com o Estado Nazista alemão.

    M.A.P

    Caro Marcelo
    Anti- sionismo sim.
    Anti-judaismo, jamais.
    O resto é tololo´, papo furado.

    Leider_Lincoln

    A culpa é das vítimas! Que jênio você é, Marcelo Silber. Quyem mandou os mil palestinos em Gaza se atirarem nas balas, no fósforo branco e nas bombas, não é? Nada de explicar que a terra era DELES e foi dada aos judeus por pessoas que NÃO ERAM AS DONAS DAS TERRAS, não é mesmo?

    Ed.

    Silber, talvez a grande questão seja perguntar porque há todo esse seu mencionado histórico "anti-sionismo, anti Israel, anti-judaísmo" (não mencionou a palavra anti-semitismo?) . O que será que "pode" estar errado? … O M.A.P. colocou algo interessante: antisionismo não é diferente de antijudaismo?!… Eu coloco algo mais: depois do holocausto nazista, criticar Israel é tabu? é automaticamente taxado como antisemitismo? Podemos criticar a França ou a Venezuela ou os católicos, ou as loiras, mas não a política do governo israelense onde, pra ficar igual aos nazistas, só faltam os fornos, em Gazachwitz? Pense, amigo. seja feliz como judeu, mas não demonize os muçulmanos e procure ajudar a resolver o longo e gigantesco conflito criado com a "volta da diáspora" a um local desértico, eminentemente por motivos religiosos, que causa problemas para o mundo inteiro. Que não é obrigado a ter as mesmas crenças que vc.

Marcelo Silber

O interesse dos "defensores"dos nazi-islâmicos ditos "moderados" (cada vez mais nazi) é tentar fazer-nos crer que o problema existe somente por causa do "sionismo" e do" imperialismo judaico"
Nada mais falso, maroto e mal intensionado. Os árabes palestinos sempre fizeram "péssimas escolhas.
-Apoiaram o derrotado Império Otomano na I guerra mundial (os judeus apoiaram a Inglaterra)
-Apoiaram a Alemanha de Hitler na II Guerra (os judeus apoiaram Inglaterra/URSS/EUA) Stalin, Molotov e Churchill lamentaram muito não poder julgar os criminosos de guerra Haj Amin Al Husseini (esta jogando truco com Hitler no inferno) e Fawzi el Kautjii
-Apoiaram o nazi-islamismo do Hamás…
O chanceler Abba Eban dizia: Os palestinos nunca perdem a oportunidade de perder a oportunidade…..
Que saudade de Itschak Rabin e de Yasser Arafat, lideres gigantes perto dos anões atuais…

    Jairo_Beraldo

    Mas Dr. Marcelo, como judeu, bem sabe que a teoria criada por Theodore Herzl, era de exterminar os palestinos, e finalmente, tomar "posse" das terras palestinas. Não quero mais acirramento com o Sr., já debatemos. Mas pense sobre a teoria Herzl.

    Dr Marcelo Silber

    Caro Jairo
    Certamente o jornalista hungaro Herzl pouco sabia sobre a população árabe que habitava a Palestina.
    Agora nunca li, em nenhum lugar (e olha que já li " O Estado Judeu de Theodor Herzl " umas dez vezes !!!)
    nenhum, nenhum paragrafo sobre expulsão de populaçao, violência, etc…
    Agradeceria muito se você me dizesse onde leu isto…
    Todos podemos (inclusive eu e você) aprender mais sobre este assunto (sem idéias preconcebidas)
    Shalom e grande abraço a você

    Jairo_Beraldo

    Theodor Herzl propôs um programa de emigração forçada do povo palestino, executado por uma política de estrita separação entre os imigrantes judeus e a população nativa palestina. A idéia era que, após colonos sionistas comprarem vastas áreas de terra, automaticamente tomariam posse dos principais setores da economia local. Dessa forma, ao proibir que os palestinos tivessem empregos e direitos de posse de terra nesse sistema de economia judaica, eles seriam forçados a abandonar a Palestina. Sua visão se resumia à transferência forçada da população nativa, prática conhecida como “limpeza étnica”. Essa política sionista sugeria que a transferência do povo se seguiria naturalmente após a separação. Mais do que isso, Herzl acreditava que com o sucesso dessa estratégia, o processo de limpeza étnica pareceria voluntário, como se fosse uma escolha das vítimas, evitando assim qualquer forma de condenação internacional pela prática colonialista.

    Dr Marcelo Silber

    Jairo
    As "vastas areas de terra" em sua maioria eram pantanos cheios de dengue, malária e outras doenças.
    Não pertenciam a palestinos e sim a "sheiks otomanos". Todas as areas dos kibutzim e moshavim eram desertas e seu desenvolvimento provocou intensa emigração de árabes para a Palestina a partir de 1880.
    Neste ano, a população árabe da Palestina era de 400.000 e na época da partilha era de 1.200.000 em 1948.
    Não precisa ser nenhum gênio, é só fazer as contas…
    Só no ano de 1935, 35.000 halurim-muçilmanos sunitas vieram da Siria para trabalhar em Haifa e Tel Aviv…Eram eles nativos?? obviamente que não….
    Quanto ao sonho sionista,ele nunca esteve tão vivo…
    Moram em Israel hoje cerca de 8 milhoes de pessoas, 6,3 milhões de judeus.
    O pais é militarmente e economicamente muito forte, portanto…

    Jairo_Beraldo

    Dr. Marcelo, me pediu paramostar onde tive tal informação…tenho sido colocado como moleque, em colocações no site. Não sou irresponsável, nos meus 48 anos querer brincar com coisa seria. E mesmo em debates anteriores, mesmo em animosidaes, nos respeitamos. Porque agora de novo?

    dukrai

    os auto-intitulados doutores são duros como a rocha, pelo menos no que consta a sua caixa encefálica.

    Jairo_Beraldo

    DESISTO!

    patricia souza

    vai pra lá então

    Dr Marcelo Silber

    Continuando
    Nos próximos anos, se os palestinos optarem pela moderação e pragmatismo do movimento Fatah, dirigidos pelos competentes Salam Fayad e Mahmud Abbas o mundo verá o nascimento de uma Palestina livre e desenvolvida. Varios projetos econômicos foram desenvolvidos em parceria com Israel (industria química de magnésio e potássio,telefonia, etc…)
    Logo o povo de Gaza verá o equívoco, atraso e a miséria que é o Hamas, que ao contrário do Fatah só produz ódio,foguetes e homem bomba. Agora não se iluda, Gaza nunca se transformará num porto iraniano, jamais !!!!
    "Os árabes podem escolher viver em guerra ou viver em paz , mas sempre com o Estado de Israel" (David Ben Gurion) Egito, Jordânia e a Palestina-Fatah já fizeram sua escolha…

    Jairo_Beraldo

    Em 1895, Theodor Herzl, fundador do sionismo político, confidenciou em seu diário pessoal que era absolutamente contra a partilha de terras com o povo palestino, os nativos da região. “Para tentar expulsar a paupérrima população [palestina] para o outro lado da fronteira, negando-lhes qualquer forma de emprego em nosso país, tanto o processo de expropriação como o de eliminação dos pobres [palestinos] devem ser cumpridos de maneira discreta e controlada”, escreveu Herzl. Mas o sonho da causa sionista parece estar se aproximando do fim, com a ameaça da “derrota demográfica” resultante do crescimento da população palestina nos Territórios Ocupados.

    Jairo_Beraldo

    FONTE: Jornal Oriente Médio Vivo – http://www.orientemediovivo.com.br Edição nº110 –

    Leider_Lincoln

    Então ele imaginou que a Palestina era uma terra onde só havia camelos? Ou que os palestinos, comovidos, abandonariam seus lares de pois de 1200 anos morando lá? Haja paciência!

    Ed.

    Siber: citar "jornalista húngaro" sem citar JUDEU é o mesmo que citar Einstein judeu sem citar Einstein ALEMÃO, não? Uma questão de marketing? É só pra lembrar que somos uma só raça, a HUMANA…

Ana

Llosa foi um bom escritor e agora é só mais um neo liberal sem crdibilidade para falar de nada!

    Jairo_Beraldo

    Um Zé à esquerda…que um dia ainda pedirá que esqueçamos tudo que escreveu.

mariazinha

A única solução são sanções pesadas, contra o estado terrorista de israel/eua que infringe todas as recomendações do órgão maior que regula as ações de todos os países.

    Jairo_Beraldo

    Como, Mariazinha…eles são os detentores do poder no mundo.

    mariazinha

    Podemos fazer barulho. Assinar petições para que o Brasil corte relações com israel.
    É um estado fora da lei.

Jair de Souza

O interesse dos nazi-sionistas ditos "moderados" (cada vez mais nazi) é tentar fazer-nos crer que o problema existe somente por cuasa doa tual governo de Israel. Não, nazi-sionistas "moderados", o problema é toda a concepção racista, neo-nazista que é a base de Israel desde antes de sua fundação. Como já nos alertava Ilan Pappe, os maiores crimes contra o povo palestino foram cometidos sob o comando da chamada "esquerda" de Israel, a começar pelo próprio Ben Gurion. Não há como demonizar o estado de Israel. Ele se demoniza a si próprio, para a infelicidade do judaísmo humanista em todo o mundo. Claro que os nazi-sionistas (mesmo os "moderados") nada têm a ver com esse humanismo.

Paulo

Que absurdo. Uma declaração racista. Cidadao arabe-israelense não tem os mesmos direitos. Sabemos disso. Mas aqui ele é direto. "Embora não o seja para os arabes."

"…Israel. Há uma outra, admirável e exemplar, diluída pela primeira, contudo mais permanente e representativa: a de um país democrático e pioneiro, que…conseguiu formar uma sociedade do primeiro mundo, próspera, moderna, pluralista, com instituições sólidas, na qual se integraram pessoas com hábitos, línguas e tradições de todo o mundo.

Embora não o seja para os árabes, é uma sociedade absolutamente livre…"

A Africa do Sul tambén não o era para os negros. Por que tenho a impressão que todos os que defendem Israel são racistas?

hari seldon

Vargas Llosa é um direitista convicto, do nível de Olavo de Carvalho, isto é, um palhaço. "Fica difícil ser amigo de Israel"? Ah, qualé, ninguém é para ser amigo de um estado como aquele… Liberdade em Israel?!?! Vai tentar, mesmo sendo judeu, fazer um protesto contra Israel lá… chama o Noam Chomsky… faz qualquer coisa não sansionada pelas autoridades, ou pelos mais ortodoxos… você apanha fácil, é preso fácil!
Acho que este artigo deveria ser excluído do site, Vargas Llosa pode ser ótimo na literatura mas, politicamente, é um equívoco!

    francisco.latorre

    'isto é, um palhaço.'

    té agora.. o gol da copa..

    __

    'direitista convicto.. isto é.. um palhaço.'

    __

    hari seldon.. leva o prêmio.

    __

Neilton Cavalo

Ou esse senhor Tá mal intecionado ou ele tá mal informado sobre a liberdade existente em israel.

    Marcos C. Campos

    Ser mal informado, hoje em dia, com internet e tudo mais, é uma questão de opção …

Marcelo Silber

Parabens a Mario Vargas Llosa por se colocar totalmente contrário as políticas irresponsáveis do governo de Benjamin Netaniahu,sem DEMONIZAR o povo judeu ou DESLEGITIMAR o Estado de Israel.
Todos sitam sempre Noam Chomsky, Norman Finkelstein, Neve Gordon como judeus que não se identificam com Israel.
Mas podemos citar Pilar Rahola, Richard Kemp, Mario Vargas llosa como "não judeus"defensores do direito de Israel existir em fronteiras seguras, com um justo acordo de paz. Shalom para eles!!!
Enquanto a Palestina dirigida por Salam Fayad e Mahmud Abbas faz a Palestina crescer 8% ao ano!!!! O movimento Nazi-Islâmico Hamas acabou com a faixa de Gaza. Enquanto a Palestina-Cisjordânia prospera com industrias e desenvolvimento o Hamás fabrica homens e mulheres bombas e lança 8000 foguetes em Israel…
Sem dúvida o movimento nazi-islâmico Hamás e seu correspondente Likud se merecem….

    ana cruz

    Sempre achei que não podíamos responsabilizar o povo alemão, que votou e elegeu Hitler, pelos crimes praticados pelo facínora. Até porque, naquela época, o povo alemão podia dizer que não sabia, diferentemente, do que hoje ocorrem em Gaza, com a internet, TV, celular mostrando TUDO. Agora ninguem pode dizer que não sabia. Nem os judeus, nem a comunidade internacional.

Christian Schulz

Enquanto isso, o BinLaden Group levanta o 2º maior prédio do mundo:
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia

Não sei bem por que, mas sempre vejo com ironia esse ramo empresarial desta família…

Jair de Souza

Quando até um bandido totalmente vendido ao imperialismo como Vargas Llosa diz que é quase impossível continuar defendendo o estado assassino de Israel, imagine o que vai pela mente das pessoas de bem pelo mundo afora.

dukrai

ah, bão, então é por causa de 400 mil colonos, 5% da população de israel, que os nazi-sionistas montaram um campo de concentração em Gaza, trucidam famílias de "terroristas" e atacam barcos civis de ajuda humanitária em águas internacionais.
israel e vargas llosa se merecem.

    francisco.latorre

    se merecem. dois.

    ..

Wendel

Tudo o que for dito sobre o estado terrorista de Israel, ainda será pouco, pois se somos contra as atrocidades cometidas pelos alemães contra os judeus na II Guerra, e repetimos o slogam "Holocausto Nunca Mais", também repetiremos à exaustão:
Holocausto Palestino Nunca Mais"! e FREEEEEEEEEE GAZAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Jairo_Beraldo

    O problema é que ninguém escuta…ontem vi um debate no Painel da Globonews, e estranhei a postura do economista Gustavo Iochpe, da revista veja. Rapaz jovem, já com idéias antiquadas, como ocidente e oriente, terroristas e cidadãos, direita serena e esquerda raivosa. Por aí a gente ve o que vem para as futuras gerações…a implosão do planeta Terra.

    priscila presotto

    Wedel,
    Faço de suas palavras , as minhas.
    Perfeito…

    patricia souza

    porque eles não fazem o que fazem em gaza na alemanha eles não são macho

Milton Hayek

http://blogdomello.blogspot.com/2010/06/quer-sabe

domingo, 13 de junho de 2010
Quer saber como foi o covarde ataque de Israel à Frota Humanitária? Assista ao vídeo de 1h feito por quem estava lá

[youtube vwsMJmvS0AY http://www.youtube.com/watch?v=vwsMJmvS0AY youtube]

Deixe seu comentário

Leia também