“Todos os palestinos espalhados pelo mundo têm o direito de retorno à Palestina”

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20 de junho: Dia Mundial do Refugiado

Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

Os palestinos são o maior grupo de refugiados do mundo.

Quase metade da nossa população, cerca de 6 milhões de pessoas, incluindo descendentes, foi expulsa por Israel de suas terras, negócios e casas e obrigada a buscar refúgio em outros países.

Embora sejamos apenas 0,2% de toda a população global, representamos cerca de 8% de todos os refugiados do mundo.

Neste ano, o Dia Mundial do Refugiado, instituído pela ONU, celebra as contribuições que as pessoas forçadas a deixar os seus lares levam aos países que as acolhem.

Somos muito gratos a tudo que o Brasil nos proporcionou, a nós e às nossas famílias.

Mas não basta celebrar; precisamos LEMBRAR da dor viva e do sofrimento de todas essas pessoas, vítimas de perseguições e limpezas étnicas promovidas por estados criminosos como Israel.

Mais do que buscar asilo no exterior ou viver em condições precárias em acampamentos, como refugiados, queremos ter garantido o direito de retorno às nossas terras, usurpadas pelos estrangeiros sionistas na Nakba de 1948, processo que segue hoje com a expansão dos assentamentos ilegais em toda a Palestina, sobretudo nas Jerusalém e Cisjordânia ocupadas.

Todo judeu no mundo tem garantido pelo regime israelense o direito de viver em Israel com direitos plenos de cidadão.

Enquanto isso, palestinos que vivem em locais habitados há incontáveis gerações por seus antepassados, naquele que passou a ser considerado o território de Israel, são tratados como cidadãos de segunda classe.

Que tipo de democracia é essa que se vende sobre Israel aqui no Ocidente?

Todos os palestinos espalhados pelo mundo – inclusive nós, palestino-brasileiros, nossos filhos e netos – temos de ter assegurados nossos direitos de retorno à Palestina, devolução do que nos foi tomado e compensações pelas perdas que sofremos, para que se faça a mínima reparação ao sofrimento causado ao longo das últimas sete décadas.

Sem o direito de retorno não há justiça de verdade. Sem o direito de retorno não há paz.


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