Tacla Duran sugere que Moro sabia que doleiro dos doleiros Messer foi poupado no caso Banestado

Tempo de leitura: 2 min

Panela de Curitiba fervendo… tudo estava combinado com o Russo… Rodrigo Tacla Duran, no twitter

Da Redação

O advogado Rodrigo Tacla Duran, réu na Operação Lava Jato e refugiado na Espanha, sugeriu em sua conta no twitter que a delação de um parceiro de Dario Messer, um dos envolvidos no escândalo do Banestado, foi combinada com o juiz federal Sergio Moro para poupar o doleiro dos doleiros.

Sergio Moro foi o juiz do caso Banestado, no qual atuou com procuradores que hoje servem à Operação Lava Jato.

Três procuradores agora são suspeitos de poupar Messer.

A suspeita foi levantada pelo próprio Ministério Público Federal do Paraná.

“Clark Setton, apontado como sócio de Messer, teria omitido crimes atribuídos ao seu parceiro em suas confissões”, informa hoje o UOL.

A delação de Setton foi fechada com integrantes da Lava Jato em 2005, quando três deles trabalhavam no caso Banestado: Deltan Dallagnol, Orlando Martello Junior e Januário Paludo.

Messer já afirmou ter pago propina a Paludo em troca de mensagens com sua namorada Myra Athayde.

As mensagens foram interceptadas pela Polícia Federal durante a Operação Patrón, deflagrada pela Lava Jato no Rio.

Messer foi alvo desta operação dentre outros motivos por sua ligação com o ex-presidente do Paraguai, o hoje senador Horácio Cartes.

Ambos são suspeitos de lavar dinheiro proveniente do contrabando de cigarros e que poderia ter ligação, ainda que indireta, com o tráfico de drogas.

Durante o escândalo do Banestado, Messer teria feito pagamentos mensais a Paludo para frear investigações.

O procurador da Lava Jato nega.

O caso foi encaminhado à Procuradoria Geral da República.

Na mensagem à namorada, Messer diz que “esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.

Os meninos são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, parceiros de negócios de Messer.

Em depoimento à Justiça, eles disseram que pagavam U$ 50 mil mensais ao advogado Antonio Figueiredo Basto para garantir proteção a Messer no MPF e na PF.

O advogado nega. Messer, chamado a depor sobre a denúncia, calou-se.

De acordo com o UOL, o MPF-PR quer anular a delação que omitiu informações sobre a atuação de Messer no caso Banestado.

O UOL cita a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o escândalo e concluiu:

A soma de indícios é tão numerosa que não deixa qualquer dúvida. Dario Messer comanda uma rede de operadores de mercado paralelo (doleiros). Dentre eles, está o Kiko, Clark Setton.

Setton, em sua delação, através da qual obteve benefícios variados, simplesmente omitiu Dario Messer.

Messer nunca foi preso pelos crimes dos quais era suspeito no caso do Banestado. Ele só “caiu” em 2018, quase uma década e meia depois.

Quando depuseram à Justiça, Tony e Juca “afirmaram que, durante o período em que Setton confessava crimes do caso Banestado, Messer pagava o advogado Figueiredo Basto para que estivesse protegido em investigações”, de acordo com o UOL.

O UOL afirma ter procurado os três procuradores que negociaram a delação de Setton.

Deltan Dallagnol, Januário Paludo e Orlando Martello Jr. não quiseram se pronunciar.


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Comentários

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Geraldo Ferreira

Concordo plenamente com você Marcos???

Zé Maria

Foi o Doleiro Alberto Youssef quem apresentou o “Mécer”
ao então juiz Sergio Moro, no Escândalo do BANESTADO, conforme reportagem de Mario Cesar Carvalho, na Folha:

‘Em 2003, ao ser interrogado por um jovem juiz federal
chamado Sergio Moro, o doleiro Alberto Youssef
desfilou uma lista dos principais doleiros do país’:

“Um era eu [Youssef], a Tupi Câmbios, a Acary, a Câmbio Real, o Mecer…”[SIC]

[…]
‘O fato de Dario Messer [filho do também doleiro Mardko Messer, espécie de mentor de Vinicius Claret (Juca Bala) e Claudio Barbosa (Tony) na década de 1980] continuar
sendo o maior doleiro do país 15 anos depois desse
interrogatório sugere que investigações desse tipo são
episódicas, com resultados que parecem espetaculares
q+uando deflagradas, mas que viram poeira no final do
processo. [“Delações a la Carte”? Fraudes Judiciais?
Lembram do Procurador “Marcelo Miller” do dindo “Zucolotto” e do “DD”?]*

Youssef revelou os nomes dos doleiros porque havia feito um acordo de delação premiada, que ele DESRESPEITARIA
até ser preso novamente pela Operação Lava Jato, em
março de 2014 [quando foi novamente “contratado” para
o “serviço de Delator”, à revelia da Lei como sempre foi
e é praxe na Lava Jato (https://youtu.be/MJL1ytyYEo4)].

Além de Messer, mencionou Kiko, apelido de Clark Setton, preposto de Marco Matalon.
Messer e Matalon foram os maiores doleiros do país,
segundo os delatores Vinicius Claret [o Juca Bala]
e Cláudio Barbosa [Claudio Barboza de Souza, o Tony] ,
e funcionavam como uma espécie de Banco Central
de doleiros, a quem os menores recorriam em busca
de dólares ou reais.

Eles são conhecidos da Polícia Federal e do Ministério Público
há 15 anos, mas conseguiram escapar com uma estratégia
que era conhecida por todas as autoridades: …
Os grandes doleiros mudaram seus negócios para Montevidéo [em 2003] …

Em 2004, na “Operação Farol da Colina” [da Polícia Federal]
o juiz Moro autorizou [“pro forma”] a prisão de 63 doleiros, acusados pela remessa ilegal de US$ 24 bilhões entre 1998
e 2002 [!!!].

“Farol da Colina” era a tradução [do inglês] do nome da
conta (“Beacon Hill”) [aberta em New York] usada por
doleiros brasileiros [que operavam para os Tucanos]
para fazer remessas para os EUA a partir de uma agência
do BANESTADO [Banco do Estado do Paraná], em Foz de Iguaçu.
Como a lei autorizava remessas a partir de certas contas [CC5],
os doleiros criaram milhares de contas falsas nessa agência
para enviar o dinheiro para fora do país, [valores dos quais
se beneficiaram Tucanos do Alto Comando do PSDB
durante o Governo FHC (1995-2002), o “Melindrado”].

A investigação sobre o Banestado foi uma espécie de
curso avançado para a Operação Lava Jato.
Foi ali que os procuradores e policiais aprenderam
a usar dois dos principais instrumentos da Lava Jato:
os acordos de delação e a cooperação com outros países,
sobretudo EUA e Suíça …

Há, porém, uma herança nada positiva.
Criminosos confessos como Alberto Youssef,
Patrícia Matalon e Clark Setton [Kiko] fizeram
acordos de delação na década passada, mas
voltaram a cometer crimes …

Talvez fosse melhor batizar a operação atual com o nome do filme “De Volta para o Futuro”, no qual o personagem
viaja ao passado para tentar consertar um erro que
cometera 30 anos atrás. Porque os procuradores do Rio estão concluindo uma investigação que começou
há 15 anos em Curitiba [com o Juiz Moro] e ficou inconclusa [pois nenhum Tucano foi preso. Afinal,
é “questionável pois melindra alguém cujo apoio
é importante” (https://theintercept.com/2019/06/18/lava-jato-fingiu-investigar-fhc-apenas-para-criar-percepcao-publica-de-imparcialidade-mas-moro-repreendeu-melindra-alguem-cujo-apoio-e-importante)]

*(https://exame.abril.com.br/brasil/marcello-miller-fazia-delacao-a-la-carte-diz-advogado)
(https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/zucolotto-e-a-panelinha-de-curitiba-um-prato-cheio-para-a-cpi-da-delacao)
(https://www.viomundo.com.br/denuncias/meu-contato-vai-conseguir-que-dd-entre-na-negociacao-veja-as-conversas-de-tacla-duran-com-o-compadre-de-sergio-moro-periciadas-na-espanha.html)
(https://jornalggn.com.br/justica/padrinho-de-casamento-de-moro-me-pediu-5-milhoes-de-dolares-em-propina-diz-tacla-duran-duran)
(https://www.conjur.com.br/2018-jun-14/ricardo-tacla-duran-poder-paralelo-lava-jato)
(https://brasil.elpais.com/brasil/2019-12-10/secretaria-ameacou-dario-messer-usando-o-nome-do-procurador-januario-paludo.html)

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/05/nova-operacao-expoe-heranca-negativa-do-caso-banestado.shtml

marco

Essa denúncia está quase dois anos atrasada.
Romulos Maia denunciou esse fato em seu blog “Duplo Expresso”, á muito tempo, monstrando que o motivo da blindagem a Messer e assemelhados é a existência de um dossiê sobre o ex-juíz Moro.
Interessante ; talvêz ,dessa disputa entre a “Lava-jato do RJ e a Lava-jato de Curitiba, surja a possibilidade da verdade aparecer.

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