Pepe Escobar: Africom ganha base; OTAN, um “lago” no Mediterrâneo

Tempo de leitura: 7 min

Bem-vindos à ‘democracia’ líbia

23/8/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online

O Grande Gaddafi nem bem deixou o complexo de Bab-al-Aziziyah, e os abutres ocidentais já sobrevoam o local, disputando o “grande botim” – o petróleo e o gás da Líbia [1].

A Líbia é peão muito mais crucialmente importante num tabuleiro ideológico, geopolítico, geoeconômico e geoestratégico mais sério, do que deixa ver o reality show moralista vendido como noticiário pelas redes de televisão: ‘rebeldes’ idealistas vencem o Inimigo Público n.1. Tempo houve em que o inimigo público n.1 foi Saddam Hussein; depois, Osama bin Laden; hoje é Muammar Gaddafi; amanhã será o presidente Bashar al-Assad da Síria; um dia será o presidente do Irã Mahmud Ahmadinejad. Só uma coisa é certa: a ultra reacionária Casa de Saud nunca é o inimigo público n. 1.

Como a OTAN venceu a guerra

Apesar do reaparecimento espetacular do filho de Gaddafi, Saif al-Gaddafi, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) virtualmente já venceu a guerra civil líbia (“atividade militar cinética”, como insiste a Casa Branca). As massas do “povo líbio” foram, no máximo, espectadoras, ou atores com papel pequeno, mostrados sob a forma de poucos milhares de ‘rebeldes’ armados com Kalashnikovs.

Inicialmente, apostaram em “R2P” (“responsabilidade de proteger”). Mas, logo no início, essa “R2P”, manobrada por França e Grã-Bretanha e apoiada pelos EUA, já apareceu convertida, por passe de mágica, em “mudança de regime”. Daí em diante, as estrelas do show nessa produção foram “conselheiros”, “empresas contratadas” ou “mercenários” ocidentais e monárquicos.

A OTAN começou a ganhar a guerra, ao iniciar a Operação Sirene no Iftar – sirenes que soaram interrompendo o jejum do Ramadan – no sábado à noite. “Sirene” foi o nome código para invadir Trípoli. Foi o gesto final – e desesperado! – da OTAN, para mostrar força, quando ficou claro que os “rebeldes” caóticos nada haviam conseguido, nem depois de cinco meses de luta contra as forças de Gaddafi.

Até aquele momento, o ‘plano A’ da OTAN era assassinar Gaddafi. O que os garotos-propaganda da R2P – de direita e de esquerda – chamavam de “pressão continuada pela OTAN” acabou com a OTAN pedindo a Deus que acontecesse um de três milagres: que conseguissem assassinar Gaddafi; que Gaddafi se rendesse; ou que sumisse.

Não que qualquer desses resultados tivesse impedido a OTAN de bombardear residências, universidades, hospitais e até áreas bem próximas do Ministério do Exterior. Tudo – e todos – virou alvo da OTAN.

A “Operação Sirene” mostrou elenco colorido de “rebeldes da OTAN”, fanáticos islâmicos, jornalistas alugados ‘incorporados’, grupos sempre voltados para as câmeras de televisão e jovens da Cyrenaica manipulados por desertores oportunistas do governo Gaddafi, de olho nos gordos cheques das gigantes Total e BP, do petróleo.

Para a operação “Sirene”, a OTAN trouxe armamento (literalmente) novinho em folha: helicópteros Apache atirando sem parar e jatos bombardeando furiosamente tudo que havia à vista. A OTAN supervisionou o desembarque de centenas de soldados de Misrata na costa leste de Trípoli, enquanto um navio de guerra da OTAN distribuía armamento pesado para os ‘rebeldes’.

Só no domingo, o número de civis mortos pode ter chegado a 1.300 em Trípoli, com pelo menos 5.000 feridos. O Ministério da Saúde anunciou que os hospitais estão superlotados. Quem, àquela altura, ainda acreditasse que o furioso bombardeio pela OTAN tivesse algo a ver com “responsabilidade de proteger” e Resolução n. 1.972 da ONU merecia internamento em hospício.

Antes de iniciar a “Sirene”, a OTAN bombardeou furiosamente Zawiya – cidade chave, de grande refinaria de petróleo, 50km a oeste de Trípoli. Com isso, a população de Trípoli ficou sem combustível para os carros. Segundo a própria OTAN, pelo menos metade das forças armadas líbias foram “degradadas” – em língua do Pentágono, significa que a OTAN destruiu metade do exército líbio, entre soldados mortos ou muito gravemente feridos. Foram dezenas de milhares de mortos. Esse massacre explica também o misterioso desaparecimento dos 63 mil soldados encarregados de defender Trípoli. E também explica que o regime de Gaddafi, que se manteve no poder durante 42 anos, parece ter caído em menos de 24 horas.

O toque da “Sirene” macabra da OTAN – depois de 20 mil missões e mais de 7.500 ataques contra alvos no solo – só foi possível por causa de uma decisão crucial do governo Barack Obama no início de julho, como se lê hoje no Washington Post: os EUA passaram [em julho] a “partilhar material mais sensível com a OTAN, inclusive imagens e sinais interceptados, que passaram a ser fornecidos, além de aos pilotos no ar, também a soldados de equipes britânicas e francesas de operações especiais no solo” [2].

Quer dizer: sem a contribuição do descomunal poder de fogo dos EUA e correspondentes agentes, satélites e aviões-robôs (drones) tripulados à distância, a OTAN ainda estaria atolada na Operação Pântano Eterno Sem Saída na Líbia –, e o governo Obama jamais conseguiria extrair desse drama “militar cinético” nem, que fosse, algum simulacro de grande vitória.

Quem são essas pessoas?

Quem são essas pessoas que, de repente, irromperam em festas nas telas de televisão dos EUA e Europa? Depois de sorrir para as câmeras e disparar tiros de Kalashnikovs para o alto… preparem-se para, em breve, outros fogos explodindo na noite: fogos fratricidas.

Conflitos étnicos e tribais estão a ponto de explodir. Muitos dos berberes das montanhas do oeste, que entraram em Trípoli vindos do sul no fim de semana, são salafitas linha (muito) dura. O mesmo se deve dizer da ‘nuvem’ salafitas/Fraternidade Muçulmana da Cyrenaica – que recebeu instrução diretamente de agentes da CIA-EUA que estão na região. Dado que esses fundamentalistas ‘usaram’ os europeus e norte-americanos para aproximar-se do poder, ninguém duvide que se organizarão rapidamente como furioso grupo guerrilheiro, caso sintam-se marginalizados pelos chefões da OTAN.

A tal grande ‘revolução’ com base em Benghazi, que foi vendida ao ocidente como movimento popular, sempre foi mito. Há apenas dois meses, os ‘revolucionários’ armados mal chegavam a 1.000. A OTAN então decidiu construir ela mesma um exército mercenário – que reuniu os tipos mais assustadores, de ex-membros de um esquadrão da morte colombiano a pessoal recrutado no Qatar e nos Emirados Árabes Unidos, associados a tunisianos desempregados e membros das tribos inimigas da tribo de Gaddafi. O pessoal é esse, acrescido de esquadrões de mercenários alugados pela CIA – salafitas em Benghazi e Derna – e a gangue da Fraternidade Muçulmana, gente da equipe da Casa de Saud.

É difícil não lembrar da gangue da droga do UCK (Ushtria Çlirimtare e Kosovës, Exército da Libertação do Kosovo) – na guerra que a OTAN ‘venceu’ nos Bálcãs. Ou dos paquistaneses e sauditas, com apoio dos EUA, que armaram “combatentes da liberdade” no Afeganistão nos anos 1980s.

E há também o muito suspeito grupo de personagens que compõem o Conselho Nacional de Transição [ing. Transitional National Council (TNC)], de Benghazi.

O chefe, Mustafa Abdel-Jalil, foi ministro da Justiça de Gaddafi de 2007 até desertar, dia 26/2/2011, estudou direito civil e sharia na Universidade da Líbia. Talvez esteja habilitado a cruzar lanças retóricas com os fundamentalistas islâmicos em Benghazi, al-Baida e Delna –, mas pode usar seus conhecimentos para fazer avançar seus interesses em algum novo arranjo do poder.

Mahmoud Jibril, presidente do conselho executivo do TNC, estudou na Universidade do Cairo e, depois, na University of Pittsburgh. É a principal conexão com o Qatar: trabalhou na gestão do patrimônio de Sheikha Mozah, esposa super poderosa do emir do Qatar.

Há também o filho do último rei da Líbia, rei Idris, que Gaddafi derrubou há 42 anos (em golpe sem derramamento de sangue). A Casa de Saud adoraria ver nascer uma nova monarquia no norte da África. E o filho de Omar Mukhtar, herói da resistência contra o colonialismo italiano – figura mais secular.

O novo Iraque?

Esperar que a OTAN vença a guerra e entregue o poder aos ‘rebeldes’ é piada. A Agência Reuters já noticiou que uma “força-ponte” de cerca de 1.000 soldados do Qatar, Emirados e Jordânia chegará a Trípoli para atuar como polícia. E o Pentágono já começou a ‘vazar’ que militares norte-americanos atuarão “em terra” para “auxiliar na segurança dos equipamentos”. Toque sutil, que diz bem claramente quem realmente estará no comando: os neocolonialistas ‘humanitários’ e seus asseclas árabes.

Abdel Fatah Younis, o comandante ‘rebelde’ assassinado pelos próprios ‘rebeldes’ era homem do serviço secreto francês. Foi morto por uma facção da Fraternidade Muçulmana – exatamente quando Sarkozy, o Grande Libertador de Árabes, tentava negociar algum acordo com Saif al-Islam, filho de Gaddafi formado pela London School of Economics e, ontem, renascido dos mortos.

Tudo isso para dizer que os grandes vencedores são Londres, Washington, a Casa de Saud e o Qatar (que mandou jatos e “conselheiros” e já estão administrando as vendas de petróleo). Com especial menção para o conjunto Pentágono/OTAN – posto que o Comando dos EUA na África (Africom) conseguirá afinal sua primeira base africana no Mediterrâneo; e a OTAN, que está um passo mais próxima de declarar o Mediterrâneo “um lago da OTAN”.

Islamismo? Tribalismo? Esses são pequenos problemas, ante a nova terra da fantasia que se escancara para o neoliberalismo. Já praticamente ninguém duvida que os novos mestres do ocidente tentarão reviver versão amigável da nefasta, rapace, nefanda Autoridade Provisória da Coalizão [ing. Coalition Provisional Authority (CPA)], convertendo a Líbia em delírio neoliberal hardcore à custa de 100% das propriedades líbias, com repatriação de lucros, corporações ocidentais com os mesmos direitos que as empresas locais, bancos estrangeiros comprando os bancos locais, renda baixa para os pobres e impostos idem para as empresas.

Simultaneamente, a fissura profunda que separa o centro (Trípoli) e a periferia, pelo controle dos recursos de energia, se aprofundará. BP, Total, Exxon, todas as gigantes ocidentais do petróleo serão fartamente recompensadas pelo Conselho de Transição – em detrimento de empresas chinesas, russas e indianas. E soldados da OTAN “em terra” certamente ajudarão a impedir que o Conselho saia da linha.

Executivos da indústria do petróleo estimam que demorará no mínimo um ano para que a produção de petróleo volte ao nível de antes da guerra civil, de 1,6 milhões de barris/dia, mas dizem que os ganhos anuais do petróleo renderão aos novos governantes cerca de US$50 bilhões de dólares/ano. Muitos estimam que as reservas líbias alcancem 46,4 bilhões de barris de petróleo, 3% do petróleo do mundo, equivalendo a cerca de $3,9 trilhões aos preços de hoje. As reservas conhecidas de gás líbio chegam a 5 trilhões de pés cúbicos.

No frigir dos ovos, “R2P” vence. O imperialismo humanitário vence. As monarquias árabes vencem. A OTAN como Robocop global vence. O Pentágono vence. Mas nem tudo isso satisfaz os suspeitos de sempre – que já pedem o envio de uma “força de estabilização”. E tudo isso enquanto os progressistas categoria ‘perderam-o-rumo-e-o-prumo’ em várias latitudes, continuam a louvar a Sacra Aliança entre neocolonialismo ocidental, monarquias árabes ultra reacionárias e salafitas hardcore.

Ainda não terminou. Só terminará quando a onça árabe aparecer p’rá beber água [3]. Seja como for, próxima parada: Damasco.

NOTAS

[1] “O Grande Gaddafi”, Pepe Escobar, 20/8/2011, Asia Times Online (em português em http://www.tlaxcala-int.org/article.asp?reference=5522).

[2] 22/8/2011, Washington Post, http://www.washingtonpost.com/world/national-security/allies-guided-rebel-pincer-assault-on-tripoli/2011/08/22/gIQAeAMaWJ_story.html

[3] Orig.  It ain’t over till the fat Arab lady sings. É um ‘dito’ popular: nada acaba antes de terminar. O autor introduziu nesse dito popular o adjetivo “árabe”, introdução que mantivemos na tradução aqui proposta [NTs].


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Comentários

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Ozeias Laurentino

É isso ai, o processo cilizador cristão ocidental, os propriétarios destas empresas estarão nas missas e escolas dominicais com o perdão de Deus. Mais aqui os nossos ditadores legisladores continuam no poder a mais de 40 anos, não há ataques da OTAN que os tirem. Pelo fim da Reeleição Legislativa, é urgente o limite de mandato no legislativo para se firmar a república, e fortalecer a democracia. __ Aparecida de Goiânia.__

Paulo C.

Por pior que seja o novo regime da Líbia, deverá ser melhor que a ditadura sanguinária do Kadafi.

G. Benetti

Kadafi é um bandido. Nessa história só tem bandidos. Mas seguramente Bush, Obama, Sarkozy e Cameron são bandidos piores do que o Kadafi. Uns torcem para os bandidos maiores, outros para os menores. É o que resta. Eu, sendo brasileiro, e nunca tendo sido prejudicado pelo bandido menor, e tendo já sido prejudicado pelos bandidos maiores, torço para o menos bandido, que nunca me prejudicou….

Robert Fisk: “Eles só conseguem sobreviver pendurados em nossos umbigos ocidentais” | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Pepe Escobar: O Mediterrâneo como lago da OTAN   […]

Paulo

não importa o que dizem, eu jamais vou defender algo (ou alguém) como esse Armadinejad.

    HMS TIRELESS

    Finalmente uma opinião de bom senso…..

Bonifa

É a escalada do descaramento global, já que não dá mais para esconder a verdade nem fingir crer na propaganda ocidental sem passar por débil mental. Descaramento. Tomar na cara dura, sem justificativa alguma, sem outor objetivo que não seja a rapinagem mesmo à custa de milhares de vidas. Esta escalada de descaramento tem um nome. Boa parte do mundo já está acariciando as franjas da bandeira do nazismo.

HMS TIRELESS

Pepe Escobar não consegue esconder em suas linhas a profunda decepção que sente! Estou muito longe de aprovar o que aconteceu na Líbia, em especial o temerário modus operandi da OTAN, mas não tem preço ver um hipócrita da classe do autor do artigo, que demoniza a Arábia Saudita ao mesmo mesmo tempo em que demonstra amor infinito e incondicional ao regime fascista dos aiatolás iranianos, cair do cavalo. Quer ser respeitado caro Pepe? seja justo e escreva com coerência!

    Bonifa

    Tenha respeito, comentarista. Pepe Escobar, hoje repórter da Russian News, não é para seu bico de extrema-direita!

    HMS TIRELESS

    E desde quando falar a verdade é falta de respeito meu caro Bonifa? Digo e reafirmo: Se Kadafi tivesse de ser removido do poder que o fosse pelas mãos do povo líbio em um processo democrático, e não por um saco de gatos nebuloso apoiado por uma aliança militar alienígena. Mas a verdade precisa ser dita: Pepe Escobar não é justo e não escreve com coerência. Ele adota o mesmo método da dita mídia hegemônica mas com sinal trocado. Vitupera contra a Casa de Saud (um regime medieval e odioso) mas não consegue esconder seu amor incondicinal por outro regime odioso e medieval, mas que ainda possui forte componente fascista,e que vilipendia há trinta anos o povo iraniano. Isso é ser coerente? tenho certeza que não, e ainda ofende qualquer postulado sobre o bom jornalismo. Por fim gostaria que o ilustre amigo apontasse onde em meu posicionamento foi de extrema direita( se é que é possível). Sds!

FrancoAtirador

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WSJ

Turquia revela que financiou rebeldes líbios

Por SAM DAGHER, DE BENGASI, LÍBIA

A Turquia revelou que financiou os líderes dos rebeldes líbios no último mês e prometeu apoiá-los incondicionalmente no futuro, o que ressalta a disputa por influência na Líbia pós-conflito que já surge entre os integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

A mensagem da Turquia foi emitida pelo ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, durante uma visita surpresa a Bengasi. Ele é a autoridade de mais alto escalão de um país da Otan a visitar a capital rebelde desde que o regime de Muamar Gadafi começou seu rápido colapso na semana passada, causado pela ofensiva rebelde apoiada pela Otan contra a capital Trípoli e arredores na metade oeste do país.

Davutoglu disse que a Turquia deu aos líderes rebeldes US$ 100 milhões em dinheiro e outros US$ 100 milhões como "presente", e está realizando projetos de natureza humanitária avaliados em US$ 100 milhões, embora não quisesse dar mais detalhes.

A autoridade turca disse que participou de uma teleconferência na segunda-feira com colegas do grupo de contato da Líbia, que inclui os Estados Unidos e outros países da Otan. Ele disse que o grupo vai fazer uma reunião de emergência em Istambul nos próximos dias e que o principal assunto a ser discutido será a possível decisão de liberar, para os líderes rebeldes ativos do regime de Gadafi avaliados em dezenas de bilhões de dólares e que foram congelados depois de sanções da ONU no início do ano.

A Turquia, que tem um papel importante nas questões do Oriente Médio, usufruía de laços estreitos com o regime de Gadafi e suas empresas controlavam boa parte do lucrativo setor de infraestrutura no país norte-africano, rico em petróleo.

No início, em março, Ankara relutou em apoiar o início das operações da Otan contra Gadafi, mas logo trocou de lado e reconheceu os rebeldes depois que fracassaram suas tentativas de alcançar uma solução pacífica.

http://online.wsj.com/article/SB10001424053111903

Marat

Soldados da OTAN no solo? Bem, eles enviarão a quinta coluna, os netos e bisnetos daqueles que sempre foram perseguidos, subestimados e sofrem preconceitos, para servirem de alvo da resistência líbia!

Marat

Caros amigos, as coisas continuam iguais:
1) Um país africano, de maioria muçulmana, militarmente fraco e rico em petróleo foi massacrado e será recolonizado pelos ocidentais. A impren$$$a respaldará as ações, tergiversará quando necessário, mentirá quando os patrões ordenarem e sofismarão constantemente, para que os incautos creiam na "bondade" e na eficiência dos ocidentais;
2) Um país árabe, militarmente forte, atrasado, muçulmano e rico em petróleo, que massacra seu povo, tem sinal verde para prosseguir com seu regime sanguinário, uma vez que tal país é uma colônia de fato dos EEUU (Arábia Saudita);
3) Um estado hebreu, que tem um povo, por um lado, maravilhoso, e por outro, políticos locais terroristas e assassinos, tem carta branca para massacrar seus vizinhos e roubar seus territórios;
4) China e Rússia acuados e com medo, tais como coelhinhos, aguardando, pacientemente o Ocidente gastar seus recursos em guerras, para um dia dar o bote (esse dia pode chegar tarde demais);
5) O resto, que, se não se cuidar, será invadido e massacrado pela Organização Terrorista do Atlântico Norte.

Marat

Que os líbios matem os ratos e os sujos estadunidenses que tiverem coragem de colocar ali suas imundas patas. Para vivermos em paz, necessariamente os EEUU têm de ser eliminados. Ou eles, ou o "resto"…

Werner_Piana

Ditadura ocidental vencerá sempre. Até quando se suportará tanta iniquidade em nome de interesses tão vís?

Comecei mal a quarta-feira. Nauseante "comunidade Internacional" do Oceidente Assassino Impune. Asco!

:/

    Marat

    Werner, espero que não seja sempre… Sempre haverá a possibilidade de alguma retaliação muçulmana nas reservas de petróleo do Império do IV Reich, ou mesmo uma quebra financeira – temos que ter esperanças de um mundo melhor!

Marcio H Silva

Mais uma iugoslávia. Vai ser uma carnificina total. Queria ver a China, Russia e India se meter.

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