Pedro dos Anjos: A “guerra” às drogas sofre desonestidade de propósitos e quem paga é a população
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Militares fazem operação na favela da Rocinha após guerra entre quadrilhas rivais de traficantes pelo controle da área. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil, via Fotos Públicas
SE NÃO AGORA, QUANDO?
por Pedro dos Anjos, especial para o Viomundo
Hora de reflexão para ação.
Hora de chacoalhar a classe média e interpelá-la. Haja vista que ela dá apoio automático e irrefletido à barbárie de Estado como antídoto para o veneno da
criminalidade.
Hora de denunciar que a dita “Guerra às Drogas” é um fracasso inegável!
Esta violenta estratégia, na verdade, tem um vício de origem: desde sempre, sofre de desonestidade de propósitos.
Hora de dizer que nesta “guerra”, há vários objetivos, menos o combate efetivo ao tráfico de drogas.
Fins políticos (interferir na política no país e nos estados, tal como a revanchista proposta de “intervenção militar”) e comerciais (venda ilegal de armas), para não dizer realocação das próprias drogas, são os principais objetivos deste autonomeado combate a elas.
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Em consequência, a violência se perpetua em um movimento sem fim, transbordando para toda a sociedade e segue vitimando, de um lado, moradores das comunidades e, de outro, usuários, traficantes pés descalços e policiais.
Hora de solidarizar-se com os mais vulneráveis nesta guerra insana – os trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias inocentes, que têm o direito humano inalienável de ter paz e justiça para si e para todos!
Hora de dizer que o povo da Rocinha e das outras comunidades não pode ser refém da “Guerra às Drogas”, nem tampouco de guerras a seu favor!
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