Pedro Augusto Pinho: A humanidade está mais mais sujeita a acabar por explosão de fenda geológica do que pela queima de todo combustível fóssil do mundo; vídeo

Tempo de leitura: 11 min

Da Redação

Energia: aspectos físicos, culturais e políticos é o título do novo artigo de Pedro Augusto Pinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), para o Viomundo.

“Nele, procuro demonstrar fundamentalmente que as agressões dos combustíveis fósseis à humanidade não são nada diante da realidade da geologia”, expõe.

Por combustíveis fósseis, entenda-se petróleo e seus derivados, carvão mineral e gás natural.

“Estamos mais sujeitos de acabar devido à explosão de uma fenda geológica do que pela queima de todo o combustível fóssil existente no mundo”, diz.

Ou seja, é um contraponto à ideia de que os combustíveis fósseis são catastróficos e levarão inexoravelmente a humanidade à destruição.

“Nós somos uma casquinha no planeta Terra”, ele prossegue.

”Qualquer evento geológico que arrebente essa casquinha, que é fragílima diante do magma, pode determinar o fim da humanidade”, explica.

Em seu artigo, Pedro Augusto apresenta estatísticas que mostram que 70% a 80% da energia usada nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Itália, entre outros países, é proveniente dos combustíveis fósseis.

“Esses países sempre usaram e continuam usando combustíveis fósseis. Só que não querem que outros países utilizem”, observa.

— Por quê?

Um dos motivos é evitar um custo elevado dos combustíveis fósseis.

Mas o principal é que EUA e Europa perderam o controle dos países que concentram os combustíveis fósseis que são América do Sul, Oriente Médio e Federação Russa.

”Por isso, inventaram que os combustíveis fósseis levarão à destruição da humanidade”, diz o presidente da Aepet.

”Só que isso não tem sentido diante do que se conhece do planeta Terra e da realidade geológica”, afirma.

É o caso de importantes fendas ou falhas geológicas, como a da África Oriental e a de San Andreas, nos EUA.

O homem não tem o que fazer em relação a ambas, mas elas podem modificar a geografia do mundo.

Energia: aspectos físicos, culturais e políticos

Por Pedro Augusto Pinho*, especial para o Viomundo

O dia 21 de abril lembra a morte do protomártir da independência nacional, Joaquim José da Silva Xavier, patrono cívico da Nação Brasileira.

O Brasil, desde 29 de março de 1549, quando foi constituído por Tomé de Sousa como país, um estado colonial, até os dias atuais, só foi soberano, verdadeiramente independente, durante menos de 50 anos.

A cada época, um poder colonizador governou o nosso País, diretamente ou por seus prepostos.

Atualmente, são as finanças apátridas que nos governam e impingem seus interesses, entre eles a subordinação cultural.

Hoje, abordarei o caso da energia que o Brasil dispõe e tem capacitação tecnológica para produzir e necessidade de consumir.

Imposições ideológicas

Na introdução do livro Filosofias Africanas (Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2021),  Nei Lopes (compositor, cantor, escritor e doutor honoris causa pela UERJ) e Luiz Antônio Simas (escritor, professor, historiador, compositor e mestre pela UFRJ) escrevem:

“a compreensão da cultura africana deve começar, de uma vez por todas, com o descarte da noção de que, em todos os aspectos, a Europa é a mestra e a África, a discípula.

Esse é o ponto central do nosso argumento: denunciar o imperialismo da tradição intelectual e sua obra epistemicida – que extermina saberes e tecnologias – buscando afirmar uma ‘fala’ africana, na contramão dos teóricos em geral, que tendem frequentemente a generalizar a partir de uma base eurocêntrica”. 

Se pelas mãos desses dois intelectuais brasileiros trouxemos um exemplo da África, berço da humanidade, poderíamos igualmente nos referir ao pensamento asiático, à filosofia chinesa, “mais espiralada que linear”, onde “os pensadores estavam preocupados com as questões específicas do seu tempo” (Anne Cheng, “Histoire de la pensée chinoise”, 1997) e onde se encontram registros de dois milênios anteriores à Era Cristã.

Mas existe uma questão que não está explícita na História: um pequeno continente, relativamente pouco populoso, tinha o espírito bélico, de dominação, que não se encontrava na África nem na Ásia, verdadeiros berços da existência física e do pensamento humano.

E este pequeno continente fez de suas necessidades materiais os objetivos do planeta, pela dominação militar e pelo raciocínio místico.

Hoje vivemos o período da decadência euro-estadunidense.

Como brasileiros ou como sul-americanos, é necessário que façamos a leitura correta e não a leitura  europeia adaptada de nossas necessidades, riquezas, civilização miscigenada e pacífica, malgrado os permanentes incentivos colonizadores para as lutas fratricidas.

Planeta Terra

Existimos há 4,5 bilhões de anos, nos asseguram os cientistas da Terra.

Em artigo publicado em 2015, no site do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o geólogo Pércio de Moraes Branco, afirma (os negritos são meus):

”a Terra, uma esfera ligeiramente achatada, não é homogênea. O furo de sondagem mais profundo que já se fez na crosta terrestre atingiu 12 km de profundidade, um valor insignificante para um planeta que tem mais de 6.000 km de raio.

Mas, dispomos de informações obtidas por medições indiretas, através do estudo de ondas sísmicas, medidas na superfície, que mostram que nosso planeta é formado por três camadas de composição e propriedades diferentes, a crosta, o manto e o núcleo.

Essas camadas, por sua vez, possuem algumas variações e são, por isso, subdivididas em outras, como mostra a figura 1″.

A crosta terrestre

Existem duas crostas: a continental e a oceânica.

“A crosta é a porção externa da Terra, a mais delgada de suas camadas e a que conhecemos melhor. Ela é tão fina em relação ao restante do planeta que pode ser comparada à casca de uma maçã em relação à maçã inteira”. 

“A crosta continental é formada essencialmente de silicatos aluminosos e tem composição global semelhante à do granito. As ondas sísmicas primárias nela propagam-se a 5,5 km/s.

A crosta oceânica é composta essencialmente de basalto, formada por silicatos magnesianos. É mais densa que a crosta continental por conter mais ferro. As ondas sísmicas têm nela velocidade de 7 km/s”.

A crosta terrestre, por sua vez, está dividida em muitos fragmentos, as placas tectônicas:

“Há 250 milhões de anos, todos os continentes estavam unidos, formando uma só massa continental, a Pangea.

Essa massa começou a se fragmentar e ao longo de algumas centenas de milhões de anos deu origem aos continentes e oceanos atuais.

As placas flutuam sobre o manto, mais precisamente sobre a astenosfera, uma camada plástica situada abaixo da crosta.

Movimentam-se continuamente, alguns centímetros por ano. Em algumas regiões do globo, duas placas se afastam uma de outra e em outras, elas se chocam”.

Como podem verificar na figura 2, logo abaixo, as placas tectônicas têm diferentes nomes: Norte-americana, Juan de Fuca, Caraíbas, Cocos, Nazca, Sul-americana, Euroasiática, Anatólia, Arábica, Africana, Australiana, Filipinas e Pacífico.

O manto e o núcleo

“Logo abaixo da crosta, está o manto, que é a camada mais espessa da Terra. Ele possui a espessura de 2.950 quilômetros e formou-se há 3,8 bilhões de anos”.

“Na passagem da crosta para o manto, a velocidade das ondas sísmicas primárias sofre brusca elevação.

Essa característica é usada para marcar o limite entre uma camada e a outra, e a zona onde ocorre a mudança é chamada de Descontinuidade de Mohorovicic, em homenagem ao cientista que a descobriu, em 1910”.

“O manto divide-se em manto superior e manto inferior. O superior tem, logo abaixo da crosta, uma temperatura relativamente baixa (100 °C) e uma consistência similar à da camada acima, com velocidade de ondas sísmicas de 8,0 km/s”.

No manto inferior, porém, esta velocidade aumenta para 13,5 km/s, com temperatura bem mais alta, chegando a 2.200º C ou 3.500° C, perto do núcleo.

Essa diferença na velocidade sísmica traduz uma mudança na composição química das rochas.

De fato, os minerais que compõem o manto são muito ricos em ferro e magnésio, destacando-se os piroxênios e as olivinas. As rochas dessa porção da Terra são principalmente peridotitos, dunitos e eclogitos, pobres em silício e alumínio quando comparadas com as rochas da crosta.

Abaixo de 100 km de profundidade, o manto mostra sensível redução na velocidade das ondas sísmicas.

Como não há grande variação na composição química das rochas, essa redução da velocidade significa que abaixo de 100 km as rochas estão parcialmente fundidas, o que diminui bastante sua rigidez”.

“A crosta, juntamente com a porção rígida do manto, é chamada de litosfera (esfera rochosa).

Já a parte do manto de baixa velocidade e bem mais quente (até 870º C) é chamada de astenosfera (esfera sem força). É ela quem permite às placas tectônicas se movimentarem. Essas placas são, portanto, pedaços de litosfera, não de crosta apenas”.

“O núcleo é a mais profunda e menos conhecida das camadas que compõem o globo terrestre.

O manto e o núcleo estão separados pela Descontinuidade de Gutenberg, que fica a 2.700-2.890 km de profundidade. Acredita-se que o núcleo terrestre seja formado de duas porções, uma externa, de consistência líquida e outra interna, sólida e muito densa, composta principalmente de ferro (80%) e níquel”.

“O núcleo externo tem 2.200 quilômetros de espessura e velocidade sísmica um pouco menor que o núcleo interno. Deve estar no estado líquido, porque nele não se propagam as ondas S, e as ondas P têm velocidade bem menor que no manto sólido.

O núcleo interno deve ter a mesma composição que o externo, mas, devido à altíssima pressão, deve ser sólido, embora com uma temperatura de até 5.000 °C (um pouco inferior à temperatura da superfície do Sol). Tem 1.250 km de espessura. Estudos recentes mostram que o núcleo interno gira um pouco mais depressa que o resto do planeta”.

Fontes primárias de energia

As rochas que compõem a litosfera são divididas em: sedimentares, formadas no processo de sedimentação; ígneas ou vulcânicas, que se originam-se da solidificação da lava ou do magma; e metamórficas, que surgem da transformação físico-química de outras rochas preexistentes.

A espessura dessa camada varia de região para região, sendo que, nas zonas oceânicas, sua profundidade oscila entre 5 e 15 km; nas zonas continentais, entre 20 e 70 km.

Ao todo, o seu volume contempla cerca de 2,7% de toda a estrutura interna do nosso planeta.

Pois é nesses 2,7% que estão as fontes primárias de energia: a água — dos rios e dos mares; os ventos; o carvão mineral; o petróleo — nas formas líquidas e gasosas; e os minerais, como o urânio, que produz a energia nuclear.

Cada fonte desenvolve tecnologias para se apropriar da fonte primária e a converter em produtora de energia, como eletricidade e derivados do petróleo.

A queima de madeira e a produção de matéria vegetal para energia não podem ser denominadas fontes primárias, pois elas dependem de processos produtivos independentes para que se transformem em fontes de energia.

Por exemplo, o biodiesel, vai exigir uma atividade agrícola, já consumidora de energia, para produzir o que será transformado industrialmente no diesel.

Daí, utilizarmos a expressão “potencialmente renovável”, pois elas exigem atividade econômica independente da produção de energia, mas indispensável para que se venha alcançá-la.

Cada fonte primária produz diferente quantidade de energia.

Com o fim de permitir as comparações, todos os tipos de energia são expressos numa mesma unidade.

Esta pode ser o Joule (J), o megawatt-hora (Mwh) ou a tonelada equivalente de petróleo (tep).

Existe a seguinte convenção para passar de uma unidade energética para outra: 1 tep = 41,855 GJ = 11,628 MWh = 1 000 m3 de gás = 7,33 barris de petróleo.

Um barril de petróleo contém 159 litros.

1 MMBTU = 26,8 metros cúbicos (m³) de gás natural.

A energia contida em 1 kWh é igual a 3,6 milhões de joules.

Um painel de energia solar de 1 kWp funcionando por 1 hora produzirá 1 kWh.

O caro leitor poderá fazer as diversas conversões para concluir o que os países europeus já concluíram: o petróleo é o mais eficaz produtor de energia.

A BP, originalmente Anglo-Persian Oil Company e depois British Petroleum, é uma empresa multinacional sediada no Reino Unido que opera no setor de energia, sobretudo de petróleo.

Fez parte do cartel conhecido como Sete Irmãs, formado pelas maiores empresas exploradoras, refinadoras e distribuidoras de petróleo e gás do planeta.

Após fusões e incorporações, as sete irmãs reduziram-se a quatro: ExxonMobil, Chevron, Shell, e a própria BP, que há 71 anos edita a BP Statistical Review of World Energy.

Abaixo transcrevo os dados da edição 2021 da BP, relativos a 2020, para o consumo de energia per capita.

Para efeitos de cálculos, as energias estão em exajoules;  o tamanho das populações dos países é o que figura na Wikipedia para 2021, multiplicados por um milhão.

Segue a composição de consumo de energia de 13 países.

Estados Unidos da América (EUA)

Petróleo (óleo e gás), 71,2%; carvão mineral, 10,5%; nuclear, 8,3%; potencialmente renováveis, 7%; hidroeletricidade, 3%. Energia per capita: 264,87

Reino Unido

Petróleo, 72,5%; potencialmente renováveis, 17,4%;  nuclear, 6,5%; carvão mineral, 3% hidroeletricidade, 0,6%.  Energia per capita: 101,49

Alemanha

Petróleo, 60,5%; potencialmente renováveis, 18%; carvão mineral, 15%; nuclear, 5%; hidroeletricidade, 1,5%. Energia per capita: 144,54.

Bélgica

Petróleo, 70%; nuclear, 14%; potencialmente renováveis, 10%; carvão mineral. 6%. Energia per capita: 188,96.

Espanha

Petróleo, 68%; potencialmente renováveis, 15%; nuclear, 11%; hidroeletricidade, 5%;  carvão mineral, 1%. Energia per capita: 106,30.

França

Petróleo, 47,6%; nuclear, 36%; potencialmente renováveis, 8%; hidroeletricidade, 6,2%; carvão mineral, 2,2%. Energia per capita: 133,29.

Itália

Petróleo, 78%; potencialmente renováveis, 11%; hidroeletricidade, 7%; carvão mineral, 4%. Energia per capita: 96,92.

Holanda

Petróleo, 84%; potencialmente renováveis, 10%; carvão mineral, 5%; nuclear, 1%. Energia per capita: 196,67.

Suécia

Hidroeletricidade, 30%; petróleo, 27%; nuclear, 22%; potencialmente renováveis,18%; carvão mineral, 3%. Energia per capita: 217,84.

Federação Russa

Petróleo (majoritariamente gás natural), 75%; carvão mineral, 11 %; nuclear, 7%; hidroeletricidade, 7%, cada; as potencialmente renováveis têm participação inexpressiva. Energia per capita: 193,99.

Índia

Carvão, 55%; petróleo, 35%; hidroeletricidade, 4%; potencialmente renováveis, 4%; nuclear, 2%. Energia per capita: 22,43.

República Popular da China

Carvão, 56%; petróleo, 28%; hidroeletricidade, 8%; potencialmente renováveis, 5%; nuclear, 3%. Energia per capita: 103,03.

Brasil

Petróleo, 48%; hidroeletricidade, 29%; potencialmente renováveis, 17%; carvão mineral, 5%; nuclear, 1%. Energia per capita: 55,64.

É como disse o ex-ministro das Minas e Energia e ex-presidente da Petrobrás Shigeaki Ueki na XVI Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE), realizada em 2012, em Natal (RN): “Somos [os brasileiros] PhD [doutores] na geração de energia limpa”.

Faltou dizer ele  dizer que temos padrão subdesenvolvido de consumo energético por habitante.

Questão cultural e política

Na tradição filosófica da África Subsaariana, o universo é um organismo em constante transformação.

Daí, para a praxe africana, a ética não se basear em decisões divinas, no “pecado”, na “culpa” dos monoteísmos adotados na Europa e nos EUA.

“Na praxe africana, o mal é o que prejudica os outros, o que ameaça a paz e a sobrevida do grupo” (apud Lopes e Simas, citados).

Há uma “força vital”, fenômeno comum a diversas linguagens, que varia de acordo com as condições da geografia física onde vivem as nações. É a dominância do local, do nacional sobre o global, sobre o universal.

Descrevendo o caminho para a independência de Gana, um grupo de pesquisadores relata quando as Forças de Expedição Punitiva Britânica entraram em Kumasi, sede do Reino Ashanti, em 1874, sob o comando de Sir Garnett Wolseley: “eles incendiaram a cidade e a saquearam”.

A isso denominavam ação civilizatória e levar a mensagem cristã ao mundo (“The Gold Coast – Her March to the Independent State of Ghana”, The Ghana Information Service Department, Accra, s/data).

Religião e colonialismo andaram de braços dados pelas Américas, África, Ásia e Oceania.

Deixaram marcas profundas, principalmente nas Américas, onde também promoveram o genocídio das populações existentes.

Hoje, quando o petróleo saiu do controle euro-estadunidense e os países colonizadores não produzem combustíveis fósseis — carvão, óleo, gás e principalmente petróleo na forma líquida — para as suas necessidades, eles são demonizados como maléficos à civilização.

Qual civilização? A que restou do extermínio colonial?

Vimos acima que os insumos energéticos estão numa porção ínfima do planeta, que, por sua vez, está em permanente transformação.

Pois bem,  no Grande Vale do Rifte da África Oriental uma separação de placas está ocorrendo e, a partir da Etiópia (placa arábica), um novo oceano surgindo.

Tendo em vista que a África está sendo dividida em duas devido à fenda gigantesca, que se estende por quase 5.000 quilômetros e pega 12 países.

A velocidade de separação das duas partes está por volta de 2,5 a 5 cm por ano.

Outra separação importante de placas acontece nos EUA.

É a falha de San Andreas, ou falha de Santo André (em portugues).
Trata-se de uma gigantesca rachadura visível, que tem aproximadamente 1.300 quilômetros de extensão  e 3.000 quilômetros de profundidade.
Ela marca os limites entre duas maiores placas tectônicas do planeta: a Norte-americana e a do Pacífico.

Tem dado origem a diversos terremotos na costa oeste estadunidense.

Mas elas não são as únicas placas tectônicas que existem no Planeta.

Há outras:

Zona de Rifte de Baikal, na região sudeste da Rússia, próxima à Mongólia.

Sistema de Rifte do Oeste da Antártica. É um dos maiores, porém um dos menos conhecidos. Estende-se por área de mais de 3.000 km de comprimento e 750 km de largura; está em área amplamente coberta por gelo.

Rifte do Golfo de Corinto, ao sul da Grécia. Possui cerca de 100 km de comprimento e 30 km de largura. Corresponde a uma bacia sedimentar ativa, que iniciou sua deformação há cerca de 5 milhões de anos.

Atualmente, o rifte de Corinto está se abrindo de maneira contínua, à taxa entre 10 a 15 mm por ano e se distanciando da placa tectônica Euroasiática.

Qualquer desses riftes destruirá uma parte do planeta Terra que toda a queima de óleo combustível não conseguirá igualar.

O Reino Unido teve a experiência da poluição, com o carvão mineral, no início da industrialização. Mas, graças ao desenvolvimento científico e tecnológico que ela possibilitou, hoje até o rio Tâmisa está limpo.

O discurso da transição energética, da ênfase na energia limpa, “renovável”, é o novo modelo colonizador, que os países europeus e os EUA adotaram para impedir o crescimento dos BRICS.

Como as áreas mais pobres do mundo dispõem de combustíveis fósseis, elas podem elevar rapidamente o consumo de energia per capita, que é o melhor indicador de desenvolvimento socioeconômico.

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado, atual presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás – AEPET.

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Comentários

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Lari

Que interessante, não publicaram meu comentário.

Lari

Matéria paga por alguma petrolífera? Quer dizer que um risco maior de extermínio da humanidade através de uma “explosão” de fenda geológica, minimiza o fato de que combustíveis fósseis aumentam consideravelmente a poluição do ar e suas consequências, como o derretimento de geleiras e aumento da temperatura global? Se a temperatura do planeta aumentar apenas 1,5° C nas próximas décadas, haverá uma devastação generalizada do planeta! Surgirão desertos imensos, teremos carência de água doce, mais fome e mais mortes.

Dan Moche

Negacionismo científico. Caramba, Viomundo!

Elionor junior

É más o James web e Elon Musk está ai para nos salvar, um vai encontrar e o outro vai nos levar a um planeta habitável 😂😂😂

João Carlos Nolasco

Porque o mundo vai acabar (hoje, amanhã ou daqui a milhões de anos), então justifica-se cair na gandaia ? Justifica-se não fazer o dever de casa ?
A tecnologia pode ajudar a resolver problemas, mas não traz necessariamente o bom senso. A inteligência nunca supera a sabedoria.
Disfarçado de conhecimento este artigo destila negacionismo. É pena, as maiores inteligências podem cometer as maiores burrices…

Gabriel

Como já citado por outros leitores, considero uma vergonha o site dar espaço a uma matéria absurda como essa. Perfeitamente bem colocado pelo Fábio Silva em seu comentário anterior. Assino embaixo.

Paulo

Sugiro uma ação positiva imediata em prol do meio ambiente. Abasteça seu carro com 100% etanol. Além de ser um combustível renovável imagine que usando etanol e dirigindo o carro normalmente com mais um passageiro, durante um ano você produz o equivalente ao peso de vocês dois em CO2. Comparativamente, usando gasolina o ano inteiro, você produz o equivalente ao peso do seu carro em CO2.

Rogério Bernardes Justino

Então um engenheiro da Petrobras, que tem interesse direto no assunto, sabe mais de climatologia do que os 11 mil cientistas do IPCC!

Paulo

Prezados, comento apenas para contribuir. Esse vídeo incluso para ilustrar essa excelente matéria, ao que tudo indica, é de uma filmagem realizada no Planalto de Loess na região central da China onde a maior preocupação, segundo o que pesquisei, é com a erosão, não com eventos geológicos. Favor verificar.

    Redação

    Obrigada pelo alerta, Paulo. Vamos verificar, sim. Abraço

Fabio Silva

É o corporativismo de quem está receoso com o fim da profissão? É um abraço forte no Tradicionalismo de Dugin, homólogo russo de Banon e Olavo de Carvalho? Ou simplesmente negacionismo científico? Pq pode encher de citações e números para parecer sério, mas se o cabra diz que milhares e milhares de cientistas no Brasil e no mundo são meros bobalhões com pesquisas manipuladas pelo governo estadunidense, ele assina atestado de tiozão do zap espalhador de fake news. Talvez mais ridículo e infeliz seja o site dando espaço para absurdos como esse. Caçar cliques com mentiras como essa é incrivelmente perigoso.

George Lima

Não é porque existe uma ameaça por essas fendas, ou por super vulcões ou pela possibilidade de um meteoro gigante nos atingir que tenhamos que continuar poluindo o ar que respiramos, causando o aquecimento global e tornando o planeta um verdadeiro lixão de plástico.
A argumentação desse defensor dos combustíveis fósseis, cheia de “argumentos cientifivos”, mais parece coisa de negacionistas.

Rose Araujo

Assim que li sobre a fenda na África, imaginei que poderia se transformar num extenso vulcão, que liberaria tanta energia que poderia “rachar” a terra. Fiquei com medo dos meus próprios pensamentos. Agora leio essa matéria e meu medo aumentou…

Silvio Alves

Acorda brasileiro e fala pra esse imbecil que, ninguém nesse momento, está preocupado se a raça humana ou o planeta vão acabar… nós não queremos é pagar esse absurdo de preço, em combustivel para se locomover. Que venha a eletrificação automotiva e outras formas, pra mandar a Petrobras ao inferno!

Olésio

Os EUA “defendem” a chamada energia limpa, mas não há um lugar sequer no mundo onde haja petróleo em abundância em que tal país não promova desestabilização e guerra, vide Oriente Médio, Venezuela, Líbia e outros mais. O que querem é energia para manter sua hegemonia, o resto é conversa fiada…

Jair Pinheiro

O autor coloca dois temas em paralelo (placas tectônicas e fonte de energia), diz que a primeira é uma ameaça maior que a segunda e… eis a questão: o que fazer em relação a isso? Podemos continuar da consumir combustíveis fósseis sem nos preocupar?

Emerson Pessoa

Em quem devo acreditar? Um empregado da indústria petrolífera defendendo a indústria petrolífera ou 99% dos cientistas do clima?…

Vagner

Eu imagino que sejam alcances diferentes.
Um efeito estufa (não sei se por ação do homem ou não) também é “geológico”, tem alcance muito mais pulverizado que um terremoto ou tsuname ou fenda. O calor ou o frio atinge a todos pois é global, outros fenômenos são mais locais, excetuando-se um corpo extraterrestre impactando a superfície da Terra.

Mircea Ion Muscalu Rubayo

Concordo com tudo o que foi exposto. Na realidade o ser humano é ínfimo perante a natureza. Apenas existimos por uma conjugação de fatores favoráveis.

Anabi

Sem tirar nem por, Pedro. Brilhante!

Neli

Bom dia. Como tornar esse conhecimento ,que não me parece mera informação, acessível para um número maior e qualificado de pessoas. Quando eu falo com meus netos sobre a fenda africana eles riem de mim. Não tinha conhecimento.da.existenciadas outras. Muito menos da situação real demonstrada.

Ibsen

Vale lembrar que a poluição do petróleo não se resume aos combustíveis. Os derivados são altamente poluentes e pouco se faz para substituí-los. O plástico e suas variantes contribuem enormemente para festeiros nosso meio ambiente, bem como o consumo de derivados animais.

Ibsen

O Brasil não está tão distante dos países desenvolvidos quando o assunto é o consumo de combustíveis fósseis, sem contar que nossa população é a soma das populações da Alemanha, França e Reino Unido e, não importa qual país está consumindo mais combustível fóssil, o que importa é que caminhamos visivelmente para o fim. Pode ser que ele ocorra antes de conseguirmos esse feito com nossas próprias mãos. Essa é uma decisão que cabe aos poderosos: Vamos ser destruídos por eventos naturais ou vamos nós mesmos garantirmos a extinção.

Zé Maria

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48942881

Zé Maria

Faz tempo que os Estados da Costa Oeste dos EUA,
principalmente a Califórnia, estão esperando o “Big One”,
o MegaTerremoto que irá dizimar as Cidades Norte-
Americanas do Litoral do Oceano Pacífico, notadamente
San Francisco e Los Angeles, se estendendo até a Fronteira
com o México.

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