O tsunami das cepas da África do Sul e do Reino Unido, a caminho

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Uma avalanche chamada Covid-19 e o retorno de Auschwitz

Por Armando Januário dos Santos*

“Vamos todos morrer mesmo, então eu vou é aproveitar”.

Conforme o site Uol, essa frase foi dita no último domingo, 31/1, por Eduardo Gomes dos Santos, que, como muitos, descumpriu as medidas sanitárias tomadas pelo Governo de São Paulo e foi à praia de Santos.

Essa frase revela a angústia e o desespero presentes na psique de muitos brasileiros!

Segundo artigo de Fernando Reinach, biólogo e PHD em Biologia Celular e Molecular, intitulado O tsunami se aproxima, duas cepas da Covid-19 chegarão ao Brasil, uma proveniente da Inglaterra e outra da África do Sul.

Em sua opinião, de acordo com os testes laboratoriais, a cepa sul-africana causa maior inquietação para os especialistas, haja vista ser resistente aos anticorpos originados pelas vacinas da Pfizer e Moderna.

Um detalhe que não deve passar despercebido: segundo Reinach, os estudos realizados não analisaram a mutação do vírus encontrada em Manaus, a qual é próxima da cepa sul-africana, tampouco avaliaram o potencial das mutações inglesa, manauara e sul-africana de resistir às vacinas AstraZeneca e Coronavac.

Na prática, isso significa que, até o momento, não se tem conhecimento da eficácia dessas vacinas em relação a mutação da Covid-19 em Manaus.

Anterior a esse estudo, em 21/1, o boletim Direitos na Pandemia – Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil, produzido pelo Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Conectas Direitos Humanos, comprovou, através da análise de portarias, medidas provisórias e demais instrumentos utilizados pelo Governo Federal, uma ação programada de disseminação do vírus: está comprovado cientificamente que a máquina pública federal foi utilizada, de maneira consciente e planejada, para facilitar o avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil.

Exceto por não haver uma pandemia à época, esse projeto genocida possui semelhança com aquele realizado na Alemanha nazista, sob o comando de Adolf Hitler, especialmente no campo de concentração de Auschwitz que matou entre 1,3 a 3 milhões de pessoas, morticínio programado e potencializado quando o campo passou a se chamar Auschwitz-Birkenau, aumentando a quantidade de gás letal e matando mais pessoas.

Não gostaria de ter escrito esse texto.

Mas, como ser humano e profissional da saúde tenho compromissos e responsabilidades.

Sem o desejo de provocar alardes, é necessário tomar consciência e seguir as normas sanitárias propostas pela Organização Mundial da Saúde: utilizar máscaras, álcool gel 70%, evitar aglomerações e cuidar dos nossos familiares, especialmente quem pertence a grupos de risco.

Sigamos adiante! Isso também passará…

*Mestrando em Psicologia pela UFBA. Psicólogo graduado pela UNEB e Graduado em Letras com Inglês pela mesma instituição. Pós-graduado em Psicanálise; em Gênero e Sexualidade; e em Literatura. Autor do livro Por que a norma? Identidades Trans, Política e Psicanálise. Instagram: @januario.psicologo


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