Nova convocação de Queiroga deixa quarto ministro da Saúde de Bolsonaro na corda bamba e CPI agora mira no gabinete paralelo

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Da Redação

O senador Otto Alencar (PSD-BA), disse que a Capitã Cloroquina, a Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, teve treze inconsistências em seu depoimento à CPI da Pandemia.

Depois das falas do ex-ministro Eduardo Pazuello, general do Exército sem formação médica, e de Mayra, ficou claro que a secretária integrava um “gabinete paralelo” da Saúde, fazendo cumprir as determinações do presidente Jair Bolsonaro de, na falta de vacinas, vender as curas falsas através da cloroquina, da ivermectina e de outros remédios inúteis.

O ofício incriminador

A Folha de S. Paulo publicou cópia de ofício que Mayra enviou à Secretaria de Saúde de Manaus praticamente forçando o órgão a adotar o pseudo tratamento, no auge da crise de janeiro deste ano — quando na verdade a cidade precisava era de oxigênio nas UTIs para salvar vidas.

No documento, Mayra, que não é infectologista, se refere à cloroquina como “antiviral”, o que é contestado por infectologistas de todo o planeta — no vídeo do topo, o senador Otto Alencar, que é médico, explica.

Hoje a CPI aprovou a convocação do bilionário Carlos Wizard, de Arthur Weintraub — irmão do ex-ministro Abraham Weintraub —  e do assessor internacional Filipe G. Martins.

Os dois primeiros teriam financiado o negacionismo, inclusive com a tentativa de mudança da bula da cloroquina. Arthur é suspeito de se articular com Mayra e outros negacionistas dentro da estrutura do Ministério da Saúde.

Filipe Martins, apesar do cargo, participou de uma reunião sobre a compra de vacinas e será questionada sobre a campanha de fake news para culpar a China por “criar o vírus em laboratório”.

A CPI também quer ouvir novamente o ex-ministro Pazuello e o atual, Marcelo Queiroga — além de nove governadores.

A pedido do senador Humberto Costa (PT-PE), foi convocada para depor a infectologista Luana Araújo, indicada para uma das secretarias do Ministério da Saúde, mas que teve a nomeação freada por Jair Bolsonaro por discordar do uso de cloroquina e do pseudo “tratamento precoce”.

Luana foi indicada pelo ministro Queiroga, chegou a discursar ao lado dele, mas foi abatida em pleno vôo pelo bolsonarismo.


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