Noronha, 87% governista, solta Queiroz, desfaz possível delação premiada e dá prisão domiciliar para foragida!

Tempo de leitura: 2 min
José Cruz fotografou Noronha com Bolsonaro

Como o Estadão mostrou no mês passado, Noronha tem perfil governista: em decisões individuais, atendeu aos desejos da Presidência da República em 87,5% dos pedidos que chegaram ao tribunal. Nos bastidores, colegas de Noronha veem o ministro tentando se cacifar para uma das duas vagas no STF que serão abertas no mandato de Bolsonaro. Noronha nega. Bolsonaro já disse que “ama” o presidente do STJ. “Confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. O senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário”, afirmou o presidente em abril. Do Estadão.

Ministro do STJ concede prisão domiciliar a Fabrício Queiroz e à mulher dele, que está foragida

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso em operação que apura ‘rachadinhas’. Habeas corpus chegaram ao STJ no dia 7, e cabe ao presidente do tribunal decidir questões no recesso.

Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília

O ministro João Otávio Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta quinta-feira (9) conceder prisão domiciliar a Fabrício Queiroz e à mulher dele, Márcia de Aguiar.

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Queiroz está preso desde 18 de junho, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Anjo.

O relator do caso é o ministro Felix Fischer, mas coube a Noronha analisar o tema porque, pelas regras internas do tribunal, o presidente do STJ é o responsável por decidir sobre questões urgentes no recesso.

Queiroz é alvo de investigação sobre o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Márcia Aguiar, cuja prisão foi determinada na mesma operação, é considerada foragida.

A defesa de Queiroz informou à GloboNews que ele cumprirá a prisão na casa dele no Rio de Janeiro, na Taquara.

Os pedidos de liberdade de Queiroz e de Márcia chegaram ao STJ no dia 7, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter decidido enviar o caso ao tribunal superior.

Pedido de Queiroz

No pedido de liberdade, a defesa de Queiroz usou como argumento o “atual estágio da pandemia do coronavírus”. Os advogados disseram que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu a cirurgia de próstata”.

Outro argumento utilizado pela defesa diz respeito à documentação que comprovaria que Queiroz passou por uma cirurgia há dois meses.
Os advogados, porém, dizem não ter conseguido “prontuários, laudos e relatórios médicos” porque a Santa Casa da cidade paulista de Bragança Paulista exigiu que houvesse “determinação legal” para a entrega dos documentos.

Em 2019, Queiroz fez um tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele pagou R$ 133,5 mil em espécie por uma cirurgia.

Relembre o caso

Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, cidade a 80 km da capital. A casa onde ele estava pertence a Frederick Wassef, então advogado da família Bolsonaro.

Ao ser preso, Queiroz disse que estava “muito doente”. O caseiro afirmou que ele estava no local havia mais de um ano.

As autoridades suspeitam que Queiroz recebia parte do salário pago pela Alerj a funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o senador era deputado estadual. Flávio nega a acusação.


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Comentários

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Zé Maria

De acordo com a decisão do Noronha, a concessão da conversão da
prisão preventiva em domiciliar para o Queiroz foi motivo de saúde,
e para a Márcia foi para que ela cuide bem do Queiroz em casa.
A única dúvida é em saber se quem mandou matar Marielle Franco
não vai também ordenar que apaguem a dupla de arquivos vivos.

Por conta da saúde debilitada, a decisão [de conceder a prisão domiciliar
ao Queiroz] foi estendida a Márcia Aguiar, “por ser presumir que sua
presença ao lado dele seja recomendável para lhe dispensar as atenções
necessárias”, segundo nota do STJ.

https://www.conjur.com.br/2020-jul-09/noronha-concede-domiciliar-fabricio-queiroz-mulher

Zé Maria

QUEM É MÁRCIA AGUIAR, COMPANHEIRA DE FABRÍCIO QUEIROZ

Aos 48 anos, Márcia Aguiar é personagem-chave
para a investigação do caso Queiroz.
A última informação sobre seu paradeiro era
em um apartamento no bairro da Taquara,
no Rio de Janeiro, onde ela nunca foi encontrada.

O que se sabe sobre a mulher que está com o ex-PM
há 20 anos e hoje é foragida da Justiça (https://t.co/cX1bdqzmpe)

| Reportagem: Juliana Dal Piva | Época/Globo | 03/7/2020 atualizado em 04/7 |

Desde o final de 2018, quando a Operação Furna da Onça se dispôs a desfiar
o novelo de corrupção nos gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj), nunca se soube com segurança o paradeiro de Fabrício Queiroz,
ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, e um dos alvos da investigação.
Hoje, com a prisão de Queiroz em Atibaia, sabe-se que os investigadores tentavam monitorar, também sem muito sucesso, sua esposa Márcia Aguiar.
Queiroz foi encontrado dormindo na casa do advogado de Flávio e Jair Bolsonaro, Frederick Wassef.
Márcia sumiu.
Com prisão decretada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal
de Justiça do Rio, ela hoje é foragida da justiça.
Em 20 anos de relacionamento com o ex-PM, Márcia é testemunha dos laços
que o unem à família Bolsonaro e também à milícia do Rio de Janeiro,
além de ter sido funcionária do gabinete de Flávio na Alerj no período em
que corria de vento e popa a “rachadinha”.

ÉPOCA descobriu ainda que, nesse período, ela e Queiroz fraudaram
as informações sobre seus endereços e relacionamento para obter
um total bruto de R$ 376,3 mil somente em auxílio educação da Alerj.

Carioca, Márcia tem 48 anos e passou a viver com Fabrício Queiroz,
então sargento do 18º Batalhão da Polícia Militar, em 2001.
O relacionamento, porém, começara no ano anterior, quando nasceu Felipe,
o único filho do casal.
Queiroz é pai de três meninas de seu primeiro casamento, com Débora:
Nathália, a mais velha [que foi assessora de Jair Bolsonaro na Câmara],
Evelyn e Melyssa, a caçula.
E Márcia era mãe de Fernando e Evelyn Mayara.
Em depressão, Fernando suicidou-se em 2011, com um tiro de uma arma
de Queiroz.
No clã, além do casal, Nathália, Evelyn e Evelyn Mayara eram funcionárias
do gabinete de Flávio e também são investigadas no caso da “rachadinha”
na Alerj.

Queiroz e Márcia foram viver juntos numa casa de fachada modesta, de paredes
pintadas de verde, localizada numa pequena vila na Taquara, bairro de periferia
na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Foi nesse endereço que, numa operação de busca e apreensão em dezembro
do ano passado, a polícia encontrou Márcia e apreendeu seu celular — o que
permitiu a localização do ex-PM em Atibaia.
Soube-se, depois, que ela se dividia entre Atibaia e o Rio de Janeiro, com algumas
escapadas a Astolfo Dutra, em Minas Gerais, para passar recados à “amiga”
Raimunda Veras, mãe de Adriano da Nóbrega [ex-Capitão do BOPE-PM/RJ],
o miliciano matador de aluguel que, segundo a investigação, ajudaria num
plano de fuga de Queiroz.
Adriano foi morto pela polícia na Bahia, em fevereiro deste ano. Raimunda
e Danielle Mendonça, ex-mulher do miliciano, também foram funcionárias
do gabinete de Flávio.
[…]
Como companheira de Queiroz, Márcia também conviveu com o presidente
Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, nos últimos 20 anos.
Mineiro de Belo Horizonte, Queiroz conheceu Bolsonaro na Brigada Paraquedista
da Vila Militar do Exército, no Rio de Janeiro, em 1984.
Os anos passaram e a amizade se aprofundou.
As redes sociais de Queiroz e de seu clã registram um relacionamento
frequente entre as duas famílias.
Estiveram juntos em pescarias, jogos de futebol, atos de campanha e churrascos
de confraternização.
Alguns desses eventos foram registrados pela própria Márcia, que hoje parece
ter abandonado o hábito de postar.
Em 2015, quando Bolsonaro já se dizia candidato a presidente, ela acompanhou
Queiroz à festa de aniversário dele, no restaurante Fratelli, em 21 de março.
O local fica a 500 metros do Condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro
tem casa, no Rio.
Márcia também postou fotos a caminho do aniversário de Michelle e na festinha
de Laura, de 9 anos, a caçula do presidente.

Localizar Queiroz e Márcia era tarefa difícil porque, segundo os investigadores,
eles ocultavam de modo proposital seu real endereço e davam informações
contraditórias para não serem encontrados.
No depoimento entregue por escrito por Queiroz, no ano passado, ele declarava
um endereço diferente ao Ministério Público, um apartamento também
na Taquara, apesar de sua família ainda viver na casa verde da vila.
Ele estava escondido em São Paulo.
Os investigadores também encontraram um terceiro imóvel, novo, de alto padrão,
a cerca de 6 quilômetros da casa verde, que foi comprado por Queiroz
e entregue no ano passado como outro endereço do casal.
Foi para lá que foi expedido um mandado de prisão contra Márcia, mas ela
não foi encontrada.
Essa foi a última informação que os investigadores tiveram sobre seu possível
paradeiro.

A confusão domiciliar não é novidade quando se trata de Queiroz e Márcia.
Mesmo antes do caso da “rachadinha”, o casal já ocultava seu endereço
em comum e a condição de união estável para obter benefícios junto à Alerj.
Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência
mostram que o casal chegou a receber R$ 376.300 entre 2007 e 2018
graças a essa omissão.
Sem a fraude de documentação, eles teriam direito a cerca de metade disso.

Num processo administrativo interno da Alerj, Queiroz foi questionado sobre se vivia com Márcia, já que os dados mostravam que eles tinham um filho em comum. Para não precisar devolver o dinheiro, o casal enviou declarações, a despeito de toda a vida pública que tinham, negando viver em união estável. Com isso, receberam o benefício total. Em nota, a Alerj afirmou que, para abrir
uma investigação para apurar desvios de Márcia e Queiroz, precisa haver
um pedido da administração pública do estado.
“Como se trata de ex-servidores, a atribuição constitucional de nova investigação
e cobrança de valores recebidos ilegalmente é do Poder Executivo.”
Procurado, o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que representa o casal,
não respondeu.

Da mesma Repórter, leia também: https://t.co/MnMoQgI07M
“Queiroz e Marcia receberam R$ 376 mil em auxílio-educação da Alerj,
com documentos fraudados”
https://twitter.com/julianadalpiva/status/1279028509390897152

Marco Vitis

Noronha – o juiz sem-vergonha.
Esse é o preço que Bolsonaro cobrou para indicá-lo ao STF ?
E a Rosa Weber mantém na prisão um cara que roubou um xampú de R$ 10,00.

Zé Maria

O Noronha tem “QI” forte nos Palácios.

    Zé Maria

    Aliás, se o nosso Lendário Arquiteto Comunista Oscar Niemeyer
    – Honrado Patriota Brasileiro que foi – soubesse a Vilanagem
    que se instalaria no Plano-Piloto do Distrito Federal do Brasil
    por certo não teria projetado tão Suntuosos Palácios em BSB.

    https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.147/4668

Henrique Martins

https://www.midiamax.com.br/mundo/2020/presidente-do-burundi-morre-com-suspeita-de-coronavirus

Morre o presidente negacionista do Burundi de ataque cardíaco e com suspeita de coronavírus.

Resta saber se como negacionista estava fazendo uso da hidroxicloriquina né.

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