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FrancoAtirador

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20/03/2015
SpressoSP
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Paralisar Construção de Ciclovias é uma Decisão
“Arbitrária e Irresponsável”, afirma especialista
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Meli Malatesta, urbanista especialista em ciclovias
que trabalhou por mais de 20 anos na CET,
garante que, ao contrário do que diz o MP-SP,
houve, sim, planejamento para a construção
das vias para bicicletas na cidade de São Paulo.
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Prefeitura afirmou que vai enviar os estudos
à Justiça para retomar as obras das Ciclovias
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Por Ivan Longo
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Ainda que as ciclovias que vêm sendo implantadas pela gestão de Fernando Haddad (PT) sejam aprovadas pela maior parte da população, há aqueles ainda que insistem em buscar argumentos para desqualificar a medida.
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Uma dessas pessoas é a promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira, que teve o seu pedido de interromper as obras de ciclovias em andamento acatado pela Justiça nesta quinta-feira (19).
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A decisão em caráter liminar expedida pela 5ª Vara da Fazenda Pública impede que a prefeitura dê continuidade à construção das ciclovias em andamento, sob o argumento de que não foram feitos planejamentos e estudos necessários para a implantação da malha cicloviária, que hoje ultrapassa os 200 km na capital.
O objetivo da atual gestão é chegar aos 400 km.
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A promotora Camila Mansour também havia pedido a paralisação da obra da ciclovia da avenida Paulista, mas essa parte foi rejeitada pela Justiça, que entendeu que houve, nesse caso, estudo prévio.
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A Prefeitura, no entanto, garante que há, sim, estudo e planejamento para a construção das vias e prometeu enviá-los à Justiça para, assim, retomar as obras.
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“A Procuradoria Geral do Município irá apresentar todos os dados
e relatórios que se fazem necessários para esclarecer a questão.
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Com isso, a Prefeitura espera em breve poder retomar as obras e ajustes viários para dar continuidade ao projeto cicloviário da cidade, um marco importante no desenvolvimento da mobilidade de São Paulo”, disse em nota.
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Decisão Arbitrária
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Meli Malatesta entende do assunto. Além de ter trabalhado por mais de 20 anos na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na área de planejamento, ela é urbanista e doutorada em mobilidade cicloviária.
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Questionada sobre como avalia a decisão da Justiça, Meli foi direta.
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“Entendo que não foi uma decisão puramente técnica, uma vez que os argumentos utilizados pela promotoria podem ser considerados primários e fáceis de serem derrubados, inclusive pelas várias ciclovias já implantadas na cidade antes da gestão do Haddad com situação urbana similar, como, por exemplo, a ciclovia Faria Lima, Radial Leste, Rio Pinheiros, ciclofaixa de Moema”, afirmou.
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Para a urbanista, não há cabimento argumentar que não houve planejamento para implantar as ciclovias, uma vez que ela mesma fez parte de inúmeros projetos cicloviários elaborados pelas prefeituras em São Paulo que, em grande parte, só começaram a sair do papel agora.

“Houve planejamento, sim. Posso afirmar com tranquilidade que, antes de sair da CET, onde coordenava o Departamento de Planejamento Cicloviário, listei no final de 2012 mais de 600 km de estudos de planejamento e projetos de rede cicloviária oriundos do Plano Diretor de 2012,novas avenidas e eixos de transporte, corredores de ônibus, todas elas em atendimento à Lei Municipal de 2009, que obriga a cidade a estruturar uma rede cicloviária em toda nova avenida ou intervenção de qualquer natureza em avenida existente”, revelou.
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Outro argumento utilizado pela promotoria é de que as vias para bikes estão esburacadas, com tinta desbotada e trechos sobre a calçada, o que, para ela, oferece risco a pedestres, motoristas e ciclistas.
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Meli rebate:
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“Com este argumento, será necessário interditar toda e qualquer via
que tenha algum tipo de buraco para o tráfego motorizado também.
Quanto aos pedestres, a argumentação é no mínimo cínica,
pois o que mais se vê são calçadas esburacadas,
invadidas por rampas de garagens sem que o MPE
tenha emitido algum parecer para a interdição de alguma delas”,
completando ainda que esse tipo de atitude
configura um “retrocesso” para a cidade.
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“Enquanto a maioria das metrópoles já acordou para a realidade da mobilidade não motorizada como a mobilidade do futuro, aqui ainda se teima em fazer prevalecer conceitos ultrapassados e que já se mostraram absolutamente fracassados”, analisou.
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Como forma de protesto contra a decisão da Justiça, centenas de ciclistas fizeram uma pedalada na noite desta quinta-feira (19) e pararam o trânsito na avenida Paulista.
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Enquanto isso, diversas ONGs e entidades ligadas à mobilidade urbana
estão se articulando para derrubar a medida.
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(http://spressosp.com.br/2015/03/20/paralisar-construcao-de-ciclovias-e-uma-decisao-arbitraria-e-irresponsavel-afirma-especialista)
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FrancoAtirador

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MP-SP: MINISTÉRIO PÚBLICO OU PRIVADO DE SÃO PAULO?
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(http://imgur.com/XSSwnxl)
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São Paulo – A Justiça [SIC] Paulista acolheu o pedido de interrupção das obras das ciclovias na cidade de São Paulo feito pelo Ministério Público [ou Privado] Estadual (MPE).
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Decisão publicada na tarde desta quinta-feira (19) estabelece
que a Prefeitura deve paralisar “todas as implantações de novas ciclovias,
ciclofaixas e ciclorrotas de caráter permanente no Município de São Paulo,
sem prévio estudo de impacto viário global e local”.
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O Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital ,
no entanto, recusou estender a proibição à ciclovia
que está sendo construída na Avenida Paulista,
e que deve ficar pronta em junho deste ano.
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CICLISTAS FIZERAM ATO DE PROTESTO NA AVENIDA PAULISTA
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Ciclistas fizeram um ato na noite desta quinta-feira, 19, na Avenida Paulista
contra a paralisação da implementação de ciclovias na capital.
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O grupo se concentrou na Praça do Ciclista por volta das 19 horas e percorreu toda a avenida.
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Depois, os ciclistas foram até a sede do Ministério Público, onde gritaram palavras de ordem
e colaram cartazes contra a decisão. “Vai ter ciclovia”, gritavam os manifestantes.
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“A gente precisa se mobilizar. É um momento importante para demonstrar
nosso sentimento de indignação”, diz o engenheiro Tiago Barufi, de 41 anos.
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Pesquisador de políticas públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renê Fernandes,
de 30 anos, participou do ato e destacou que as ciclovias são importantes
para a segurança de quem utiliza as bicicletas.
“A ciclovia não precisaria existir se houvesse respeito, mas é o que temos para proteger vidas.”
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O ponto alto do protesto foi na porta do Ministério Público [ou Privado?] Estadual,
quando os ciclistas levantaram as bicicletas e gritaram:
“Se não tem ciclovia, a gente ocupa a via”.
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“Queremos a melhor distribuição do espaço de circulação pública,
que é totalmente dominado pelos automóveis”,
afirma o urbanista Rafael Siqueira, de 31 anos.
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Cerca de 100 pessoas compareceram ao ato.
Motoristas chegaram a buzinar para apoiar os manifestantes.
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(http://imgur.com/HA1nz5D)
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(http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2015/03/cicloativistas-fazem-ato-contra-paralisacao-das-ciclovias-em-sao-paulo.html)
(http://jornalggn.com.br/noticia/a-pedalada-erratica-do-mp-e-do-juiz-da-5%C2%AA-vara-paulistas)
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caocaca

A imagem fala dia 20, sexta-feira, portanto. Acho bom corrigir o título.

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