Neila Batista: Só a eleição de uma grande bancada progressista barrará retrocessos na Educação de BH

Tempo de leitura: 2 min
Foto: Luiz Rocha

A educação na mira dos retrocessos

Por Neila Batista*

Belo Horizonte não é uma ilha, o tempo de retrocessos que atinge o Brasil também afeta a população da capital mineira e o desenvolvimento da cidade.

Uma das áreas mais prejudicadas é a educação. Há candidaturas ao executivo e à vereança que defendem a militarização das escolas.

Para piorar, BH é a primeira capital do país a aprovar, mesmo que em primeiro turno, o obscuro projeto “Escola sem Partido”, que, na prática, criminaliza o ensino e censura educadoras e educadores.

A próxima legislatura da Câmara Municipal terá a importante missão de barrar a aprovação em segundo turno deste projeto que, em casos semelhantes, o STF (Superior Tribunal Federal) declarou inconstitucionalidade.

Infelizmente, o desprezo pela educação não para por aí.

A história já nos mostra que o principal alvo em tempos de retrocessos são justamente as educadoras e os educadores, pois governos ditatoriais odeiam a comunidade escolar e o pensamento crítico.

Os governos de Bolsonaro e de Zema vão nessa mesma linha ao propor políticas genocidas e corte no investimento da educação. BH, claro, é fortemente atingida.

Com isso, outros desafios são colocados.

A curto prazo, é preciso garantir que educadoras e educadores, mães, pais e alunas e alunos sejam ouvidos sobre a volta às aulas presenciais em meio a pandemia do novo coronavírus. Essa decisão não pode ficar nas mãos de quem é claramente contra a educação.

Professoras e professores enfrentam, também, o desprezo na carreira e no piso salarial, além da precarização no serviço e a falta de concursos públicos para qualificar o ensino nas escolas do país, de Minas e de BH.

Os retrocessos estão em todas as partes, mas principalmente na educação. Já fui presidenta do Clube de Leitura quando cursei o ensino fundamental, e sei que o livro é a principal arma contra o retrocesso.

Para enfrentar esses desafios, é necessário uma grande bancada progressista em todas as cidades que esteja alinhada à defesa da educação, aos interesses de desenvolvimento das alunas e alunos e à liberdade de ensino das professoras e dos professores.

A deputada estadual Beatriz Cerqueira e o deputado federal Rogério Correia criaram a Bancada do Livro, com representações na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e nas Câmaras Municipais.

Belo Horizonte precisa ser representada para barrar os retrocessos na Câmara Municipal.

*Neila Batista é assistente social. Já foi diretora no Ministério do Desenvolvimento Social e vereadora de BH por dois mandatos. É candidata (número 13.147) a um novo mandato na Câmara Municipal. 


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