Mulheres de Curitiba fazem vídeo para facilitar denúncia de violência doméstica no isolamento: Silêncio salva vidas

Tempo de leitura: 3 min

Que esta mensagem chegue a cada mulher que precise saber e a cada pessoa que possa salvá-la. COMPARTILHE!!

Um silêncio que salva

Thea Tavares, perfil em rede social

Inspirado na iniciativa do *MoviELAS*, coletivo que reúne profissionais das áreas de som e imagem do audiovisual do Distrito Federal, e diante da escalada da violência doméstica e familiar contra as mulheres com o isolamento imposto pela pandemia do novo coronavírus – segundo os dados da Polícia Militar, foi registrado um aumento de 15% nas denúncias nesse período na capital do Paraná -, um grupo de mulheres de Curitiba também criou e está divulgando um *vídeo silencioso* para ajudar as mulheres em situação de violência na cidade.

O material copia praticamente toda a sequência do conteúdo formulado pelas mulheres do DF, mas adapta as informações dos contatos da rede de atenção voltada às moradoras da cidade de Curitiba.

No último domingo (3), quando circulou nas redes sociais o vídeo original, o grupo de curitibanas logo percebeu a importância daquele trabalho, a praticidade de montar e a urgência de espalhar uma informação tão necessária para a proteção da vida das mulheres.

Espontaneamente, elas se prontificaram a fazer igual. Montaram seus cartazes, suas fotos, editaram e publicaram o vídeo em três dias. Tudo sem sair de casa.

Agora, contam com a solidariedade da comunidade para espalhar esse conteúdo e fazer com que a mensagem chegue onde mais precisa: dentro dos lares ameaçados, ofendidos e agredidos por essa violência.

Elas assinam a iniciativa de “*#TMJ, uma ação espontânea e voluntária de mulheres que se importam*”. Nas fotos, rostos e atitudes de amigas também de outras cidades do Paraná e do próprio Distrito Federal.

O grupo reúne profissionais liberais, jornalistas, servidoras públicas, enfermeiras, artistas populares, educadoras, estudantes e ativistas sociais.

Quem também encampou a ideia, como convidada para emprestar “seu cartaz” a essa importante ação das curitibanas, foi a ex-secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República entre os anos de 2010 e 2016, *Aparecida Gonçalves*, residente em Campo Grande, MS, que ainda é muito engajada na pauta.

O vídeo mostra mulheres em diversas faixas de idade: “Todas jovens, umas há mais tempo que as outras”, comentam, para reforçar o fato de que essa bárbara e covarde violência não escolhe outro fator nas vítimas, senão o fato delas serem mulheres.

As informações sobre os telefones e contatos de urgência para as mulheres buscarem socorro na rede de atenção de Curitiba foram extraídos das postagens institucionais da Casa da Mulher Brasileira, centro integrado de serviços públicos voltados a esse enfrentamento, que funciona com acolhimento 24h desde que foi inaugurada em 2016.

A ideia do coletivo do DF também está inspirando a iniciativa de outra curitibana, residente hoje no estado de Rondônia, que também prepara uma versão adaptada à realidade local.

O vídeo silencioso é a forma ideal de levar a informação até a mulher que sofre a violência doméstica e familiar e que está, nesse ambiente de pandemia, isolada em casa com seu agressor, sem poder fazer a denúncia e ser flagrada enquanto conversa com os atendentes dos serviços de proteção.

Também incentiva vizinhos, amigos e parentes a denunciarem as agressões e socorrerem as mulheres antes que seja tarde demais. *Um silêncio que salva e que quebra com o outro silêncio, o que permite ferir e matar.*

*Por favor, compartilhe esse vídeo!*

Mulheres

Lorena Aubrift Klenk

Sandra Barbosa

Thea Tavares

Lêda Klenk

Adriana Claudia Kalckmann

Victória Reneé Kalckmann

Susi Monte Serrat Kéfera Monte Serrat

Simone Belkis

Anaís Monte Serrat Magalhães

Josy Grossklaus

Christina Bittencourt

Aparecida Gonçalves

Livia Maciel Faleiro

Marina Tavares Faleiro

Raquel Meira

Denise Soares

Giuliana Teles

Claudia Soria

Alessandra Consoli

Gléri Mangger

Beatriz Werner Nogarotto

Adriane Werner

Eliane Bueno

Manuela Bittencourt Kuerten

Ana Carolina Carneiro Zilma Padilha

Juliana Escher

Maria Julia Escher Skowronski

Islany Silva

Agradecimentos adicionais

Cíntia Bruno

Juh MOraes (Montagem) – www.juhmoraes.com

Casa da Mulher Brasileira de Curitiba Sandra Praddo

#MoviELAS (Inspiração).

Mapa do Acolhimento

Instituto Maria da Penha – IMP


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