Guido Mantega: Mínimo superior a 545 reais causará inflação

Tempo de leitura: 4 min

15 de fevereiro de 2011 às 18:09h

Mínimo superior a 545 reais causará inflação, defende Mantega

da Redação Carta Capital

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o valor proposto pelo governo para o reajuste do Salário Mínimo em 2011, de 545 reais, durante reunião de comissão geral da Câmara dos Deputados. A presença de Mantega objetiva explicar a proposta governista para deputados, empresários e centrais sindicais. O projeto de lei do Salário Mínimo será votado pelos deputados nesta quarta-feira 16.

O ministro destacou que a aprovação de um valor maior poderia gerar inflação e descontrole fiscal das contas públicas. Para Mantega, o descumprimento do acordo estabelecido em 2007 entre governo e centrais sindicais – que reajusta o piso com base na inflação e no crescimento do PIB de dois anos antes – possibilitaria que futuros acordos também fossem questionados. Caso seja mantida a regra, o aumento de 2012 será “de pelo menos 7,5%”, ultrapassando os 600 reais, devido ao expressivo crescimento do PIB em 2010.

O valor de 545 reais é questionado pela oposição e pelas centrais sindicais. Membro da base aliada, o PDT também é contra esse valor. O PSDB retomou a proposta do candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, José Serra, de 600 reais. Já os Democratas e o PDT defendem 560 reais, enquanto que as centrais querem 580 reais. Apesar disso, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), está confiante na aprovação dos 545 reais. Segundo ele, entre a base aliada apenas o PDT é contra o valor. O PSB, por sua vez, realizará mais uma reunião para decidir se vota unido com o governo. Vaccarezza aposta na expressiva maioria dos deputados governistas na Câmara, 388 (incluindo o PDT), sendo que são necessários 257 votos (caso todos os deputados estejam presentes). O jornal O Globo, entretanto, informou nesta terça-feira 15 que os líderes partidários admitem que a adesão não será de 100% e que, na avaliação mais pessimista, a proposta será aprovada com pelo menos 300 votos.

Sindicalistas
Dezenas de representantes das centrais sindicais protestaram no plenário do Congresso por um valor superior aos 545 reais propostos pelo governo. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força, disse na última segunda-feira 14 que quer evitar que o governo vote a questão “na marra”.

Na semana passada, CartaCapital ouviu o economista Francisco Vignoli, o deputado Devanir Ribeiro (PT) e Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Veja o que disseram e opine.

Francisco Vignoli, professor da FGV e especialista em Finanças Públicas

Existe uma regra posta já há três anos. Tivemos, nos anos passados, ganhos reais, tanto é que houve uma recuperação do Salário Mínimo, sensivelmente maior do que a inflação acumulada no período. Esse reajuste (545 reais) é o correto porque é factível para o governo concebê-lo e é o pactuado. Mantida esta regra, no ano que vem vamos ter uma correção do salário mínimo por volta de 11%, contando o crescimento do PIB de 2010. O valor é afetado para baixo nesse presente momento em função da taxa de crescimento do PIB de 2009, que foi de -0,2%.

Se não tivesse ocorrido em momentos passados esse crescimento real, acho que se justificaria o conflito entre governo e centrais. Agora, nestas circunstâncias, eu acho que essa polêmica está totalmente deslocada, porque se mudar a regra do jogo agora, significaria mexer em 2012.

Além do mais, a eleição já acabou. Não dá para ficar brincando com coisas extremamente sérias. Nas eleições do ano passado surgiu a proposta de 600 reais e os jornais deram recentemente que existe um movimento inclusive de levar o candidato derrotado à Brasília para apresentar sua ideia. Eu acho isso um absurdo e, do ponto de vista da responsabilidade fiscal, uma coisa grosseira. Abrir essa discussão novamente, para mim, não é produtível.

Deputado Federal Devanir Ribeiro (PT-SP)

Eu venho da área sindical e defendo que todos os acordos sejam cumpridos. Quando assinava um acordo com empresários, eu tinha que cumpri-lo e exigir que ele cumprisse sua parte. Nós fizemos um acordo que resultou numa recuperação e acréscimo o poder do salário mínimo, que vai até 2023. O Lula apresentou esse projeto que foi até 2010, fim do seu mandato, e agora a Dilma apresenta um novo que vai até o final do seu governo, 2014, para que esse acordo seja mantido. Se no meio de 2009 houve uma crise mundial e o crescimento do PIB não foi o esperado, o acordo tem que ser cumprido. Isso porque o ano que vem o aumento vai ser bem melhor, já que 2010 foi ótimo e esperamos que 2011 seja ainda melhor.

O governo não pode fazer demagogia, porque quem vai pagar essa conta? Se a inflação não for controlada e ela corroer o salário, quem vai perder: aquele que ganha 50 salários mínimos ou quem ganha um? Não podemos embarcar na canoa de aventureiros. Defender 560 ou 600 reais trata-se de pretensão eleitoreira para 2012, é uma plataforma. Quando eles (oposição) foram governo, quanto deram de aumento?

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

A UGT tem a seguinte percepção: fizemos um acordo no passado, cujo valor seria de 545 reais, o mesmo que o governo está insistindo. Nós não estamos argumentando as questões econômicas que levaram ao valor do reajuste, mas sim que o governo considere os mesmo mecanismos utilizados em 2008 e 2009, como a liberação dos compulsórios para os bancos, a renúncia fiscal para montadoras e para material de construção, para o salário mínimo. Não queremos romper o acordo que construímos, que considera a inflação e o crescimento do PIB de dois anos. Só que houve uma crise mundial e o Brasil sofreu. Não foi uma marolinha, houve decréscimo de 0,2% do PIB. .

Ai está o impasse: o governo acha que nós queremos romper o acordo, mas não.

Um valor de salário mínimo mais elevado pode trazer consistência a nossa economia e é um distribuidor de renda extraordinário e motivo de inclusão social. Então tem que ter o mesmo tratamento dado aos empresários e aos banqueiros durante a crise. Esse é o nosso argumento.


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Comentários

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Emilio Matos

Mesmo com o aumentinho, houve um ganho ao se colocar em lei a regra de reajuste baseada na inflação e aumento do PIB. O aumentinho já vem com o amparo legal de um aumento bem maior ano que vem, que deve deixar o salário próximo dos tais 600 reais, se não maior.

Há outras maneiras de se aumentar o poder de compra de quem recebe salário mínimo além de um aumento no mesmo. Uma possibilidade seria resolver esse absurdo da regressividade dos impostos. Ver uma família que ganha 1000 reais pagar quase 50% de imposto por mês enquanto uma família que ganha 30 mil pagar perto de 25% é desanimador, triste, lamentável. Não ver o governo mexer nisso dá um sentimento de impotência enorme.

João

Senhores, cuidado para não desviarem-se da questão central: "Guido Mantega: Mínimo superior a 545 reais causará inflação".
Assim como os atuais elaboradores das politícas econômicas, ninguém pode ter esta certeza, agora é certo que só comer manga com leite causa caganeira.

André

Éhehe o discurso do atual governo e seus comparsas é exatamente o mesmo adotado pela oposição quando no governo anos atrás….
parabéns a vcs que ainda acreditam e gastam saliva defendendo suas teses acadêmicas que provavelmente servirão de papel para rascunho quando se derem conta de que o país é de e para aproveitadores.
Abs a todos

Salahadin

Façam as contas: 513 deput. fed.; 81 senadores; 1154 dep. estaduais; 60.230 vereadores; 1 presidente, 1vice-pres.; 27 governadores, 27 vice-governadores; 5.561 prefeitos, 5.561 vice-prefeitos; 24 ministros de estado; centenas de secretários estaduais, etc.
Quem paga a conta de tanta gente? Os deputados e senadores, sem greve, aumentaram livremente seus proventos, e isso não abala as despesas. Mas defender o reajuste dígno, o do DIEESE, por exemplo, todos, inclusive os da neo-esquerda, começam a xoramingar, dizendo que vai quebrar isso e aquilo.
Nesse ítem não tem diferença, pt e psdb são farinha do mesmo saco; estão todos de combinação,
Precisamos de uma revolta "egípcia" urgente no Brasil.

Salahadin

O salário mínimo hoje é de R$ 510,00, uma miséria.
O salário mínimo necessário, conforme os cálculos do DIEESE, (departamento esquecido pela esquerda nos governos) em dezembro de 2010 era: R$ 2.227,53.
Os parasitas deram a si mesmos aquela bagatela de reajuste de 61,78%, e um deputado que ganhava R$ 16.512,09, da noite para o dia passou a ganhar R$ 26.723,13, um aumento de mais de 10 mil reais. É bom lembrar que os deputa e senadores de todos os partido, menos os do psol (não se sabe porque), votaram a favor dessa vergonha.

SILOÉ

Acontece que a base dessa pirâmide é muito larga, o ideal seria que a grande maioria ganhasse bem acima disso mas infelizmente ainda não é assim.
Com a inflação nos nossos calcanhares qualquer reajuste poderá ser corroído. Por isso muita calma nessa hora, é melhor ter um reajuste menor agora e controlar a inflação, para depois, já com os cortes nos gastos do governo visíveis e o reajuste atrelado ao PIB, termos aí sim, um reajuste digno da nossa classe trabalhadora.

marcio gaúcho

O salário mínimo não cobre as despesas mínimas de uma existência digna sobre a face dessa terra chamada Brasil. O valor maior que R$ 545,00 provocará inflação – isso é uma falácia. E a inflação que temos hoje, foi causada pelo salário de R$ 510,00? Mais uma vez, os empresários chorões, que colocam em carteira do trabalhador apenas o salário mínimo, bradam que vão quebrar! E o governo fala que os gastos da previdência vão aumentar o deficit. Ora, que o governo fiscalize melhor a arrecadação e vá buscar o que foi sonegado pela iniciativa privada. E, vamos falar sério!

    Salahadin

    Denise Gentil (Doutora em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; professora e pesquisadora nas áreas de Macroeconomia e Economia do setor público do Instituto de Economia da UFRJ. Diretora-adjunta de Estudos e Políticas Macroeconômicas [email protected]) diz outra coisa sobre um suposto "déficit da previdência". Ela chama de déficit midiático, isso que os empresários e seus sócios nos diversos governos verbalizam nos meios de comunicação e mídias.

    Salahadin

    O que existe sim, é um aumento de privilégios nessa questão dos salários no Brasil. Não só no Brasil, é claro, mas no mundo inteiro as classes mais favorecidas- grandes empresários, banqueiros, etc. – mantém governos de direita e neo-esquerda, inclusive o do Brasil, repassando esse discurso mentiroso contra os trabalhadores. Os altos funcionários das corporações e seus apadrinhados, recebem altos salários, os governantes aumentam seus salários da noite para o dia, com aumentos abusivos, de mais de 10 mil reais, e conta não prejudicam a economia.

    Salahadin

    Mas aumentar, corrigir a distorção no salário mínimo não pode, "vai quebrar a previdência". E os mais de 15 milhões de empregos tão badalados no guia eleitoral da campanha de Dilma hein!? E eu votei nela entende.
    Agora, não dá para aceitar esses discursos. Tem que mudar essa históra.
    Segue abaixo as falas de Denise Gentil.

    (http://blog.controversia.com.br/2007/04/07/entrevista-com-denise-gentil-sistema-previdenciario/ http://www.jornal.ufrj.br/jornais/jornal12/jornalhttp://www.youtube.com/watch?v=Yg_lGe0wo9E http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,…

ZePovinho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1

Miro: com Palocci no Planalto, ortodoxos voltaram a ganhar força
As decisões recentes do governo parecem indicar um triste regresso ao “malocismo” – uma mistura de Pedro Malan, czar da economia no reinado de FHC, e Antonio Palocci, czar da economia no primeiro mandato de Lula. Os seus efeitos poderão ser dramáticos, inclusive para a popularidade da presidenta Dilma.

por Altamiro Borges, em seu blog

ZePovinho

Alguém,se conhecer,poderia enviar esse artigo (do sempre atento professor Michael Hudson) para o ministro Mantega.
Eu acho que ele fica até constrangido por ter de defender essas políticas que retiram renda da base pirâmide e jogam lá pra cima.
Não dá para continuar nesse caminho.Ou enfrentamos os rentistas ou eles nos matam de fome como está acontecendo na Europa.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

A morte da Europa Social

A história da Europa dependerá de como ela lidará com esta crise; se segue o curso pacífico do benefício mútuo e prosperidade econômica tão apreciados nos manuais de ciência econômica, ou se segue a espiral baixista da austeridade, que tanto tem tornado impopulares os planejadores do FMI, nas economias devedoras. É nesse barco que a Europa embarcará? Esse é o destino do projeto de uma Europa social, de Jacques Delors? É isso o que os cidadãos da Europa esperavam, quando adotaram o euro? Há uma alternativa, nem é preciso dizer. É que os credores do cume da pirâmide econômica arquem com as perdas. O artigo é de Michael Hudson e Jeffrey Sommers.

Michael Hudson e Jeffrey Sommers – SinPermiso

ZePovinho

O GLOBO: OS POBRES PODEM ESPERAR

"…a presidente Dilma Rousseff fixou como meta prioritária do governo acabar com a miséria, estimada em 5% da população. Estudo do Ministério do Desenvolvimento Social calcula em R$6 bilhões por ano os recursos adicionais destinados ao Bolsa Família a fim de cortar este índice para 2%. Se a injeção de dinheiro novo chegar a R$10 bilhões, a faixa de pobreza absoluta minguará para 1%; e a miséria será, enfim, eliminada caso o orçamento anual do Bolsa Família dobre para R$28 bilhões. O ponto-chave a debater é a oportunidade da aceleração dos gastos com o Bolsa Família, por mais justificável que seja a extirpação da miséria. Se de um lado há sólidos argumentos nos planos ético, social e político a favor deste ataque final à pobreza extrema, de outro existem não menos concretos constrangimentos macroeconômicos, de origem fiscal. Imaginar que, nesta conjuntura, se pode ampliar o Bolsa Família, até mesmo duplicá-lo, é ir na contramão da realidade" ( editorial Globo, trechos; 16/02)

EM TEMPO: escapou ao editorialista dos Marinhos examinar outros valores robustos que pressionam o gasto público , competindo diretamente com a meta da Presidenta Dilma Rousseff de erradicar a miséria até o final de seu mandato. Recuerdos: a) a dívida pública brasileira é da ordem de R$ 1,5 trilhão; b) o pagamento de juros sobre esse montante custa cerca de R$ 190 bilhões ao ano aos cofres púbicos -leia-se, de cerca de R$ 800 bi em arrecadação fiscal líquida, o Estado transfere quase ¼ aos rentistas, um custo que o Globo omite em suas reflexões prudenciais. Cada ponto percentual de elevação da taxa de juros representa um gasto adicional de R$ 15 bilhões ao ano. Portanto, mais que o total dispendido com os pobres do Bolsa Família. Os dois pontos de alta da Selic previstos para este ano –requeridos, seria uma expressão mais apropriada para externar a sofreguidão dos 'mercados' e da mídia– somam gastos suficientes para erradicar a miséria prometida pelo novo governo.
(Carta Maior, 4º feira, 16/02/2011)

Pedro

Por que será que aqui nesse blog ninguém critica o PSOL por propor um mínimo de R$700,00???
O PSDB é chamado de golpista por pedir R$600,00, mas sobre o PSOL, nem um pio…
Azenha, assim não dá!!! Sejamos equilibrados!!!

    Ramon

    Não falo em nome de Azenha, mas me dê licença para colocar as minhas impressões sobre o assunto: o PSOL fala em R$600,00, assim como Rui Costa, candidato do PCO prometia um mínimo de R$1.500,00. Talvez ninguém se dê ao trabalho de criticar estas colocações pela dificuldade do PSOL e do PSTU de chegarem ao poder ou devido às suas forças de pressão social serem reduzidas, proporcionais às suas responsabilidades com as promessas e discursos. Diferentemente do PSDB que já esteve no poder e reajustou o salário mínimo, no máximo repondo as perdas, quase nunca, ou nunca trazendo ganhos reais. Eis que agora, surgem como críticos a uma gestão responsável das contas públicas. O quadro é bem outro, não é uma questão de utopia ou desconhecimento e sim, o exercício da mais pura hipocrisia.

    Pedro

    Daí deduzo que os políticos do PSOL não o façam por má-fé, como o PSDB, mas sim por incompetência técnica, segundo os seus argumentos.
    OK. Então das duas uma: ou não se deve levar o PSOL a sério por serem mal-intencionados, ou não se deve levá-los a sério por serem incompetentes. Acertei?

    Ramon

    "o aumento real no período, entre 2003 e 2010, foi de 53,67%, segundo dados oficiais do Dieese.

    Esse percentual inclui o reajuste concedido em janeiro último de 9,68% ao salário mínimo, que passou para R$ 510, o que significou um aumento real de 6,02%, segundo o Dieese – foi o segundo maior reajuste acima da inflação do período Lula. Em 2006, outro ano eleitoral, Lula implementou o maior aumento real de seu governo: 13,04%.

    Nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, o aumento real do salário mínimo foi de 44,71%, também de acordo com o Dieese. O aumento real médio por ano na gestão tucana foi de 4,73%. Na do petista, de 5,81%". http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/201

    Gustavo Pamplona

    PSOL quem?

    Pora acaso é um partido insignificante fundado por uma ex-petista (uma traíra) que inclusive deixou a presidência e hoje não passa de uma reles vereadora?

André

Vcs tem certeza de que está tudo sob controle ? Penso que assistimos a verdadeira herança maldita.
O megalomano antecessor da atual presidente mergulhou o país na inflação, aparelhou as agências e instituições, foi promíscuo nos relacionamentos da peça de marketing denominada pac, pôs a perder esforço anteriormente realizado para equilíbrio fiscal, implementou elevada carga tributária como nunca antes na istóriadestepaiz
A fatura da festança teria que chegar. Agora pergunto a vcs que sempre tem resposta pra tudo, mas não vivem de salário mínimo, adivinha quem vai pagar a conta.

    Carlos Cruz

    O Brasil foi um dos ultimos paises a entrar na crise mundial e um dos primeiros a sair. Lula procedeu correto com a distribuição de renda plausivel do momento. Se há necessidade de rigor momentaneo nas contas públicas é pq estados e municípios não podem pagar os tais 580 (ou 600). Não gosto da contenção dos gastos público, recaem principalmente sobre os mais pobres e classe média. Do aumento da selic, bilhões para os rentistas. Mas se para que haja a continuidade, em um momento posterior, do que foi feito nos 8 anos Lula, que assim seja. Há muita demagogia nos atuais defensores da distribuição de renda, radicalmente contra qualquer aumento do SM. Necessitamos de controle na entrada de dinheiro especulativo, imposto nas grandes fortunas, repressão a sonegação e ao desvio de dinheiro público, aparelhamento da PF e SRF, diminuição da selic, reforma das leis penais e tributarias. Nosso Congresso, eleito em 2010, está disposto? Ficaremos apenas oilhando e fazendo de conta que é apenas missão do governo federalr? A fatura chegou há tempos. Na democracia se não exigimos do CN estamos a mercê de demagogias e pilantras, de um passado bem recente…

Mario

Ai, ai, ai, vai vendo brasilzão … congressistas cujos rendimentos são incalculáveis degladiando-se entre 545,00 560,00 ou 600,00 para o povão que o governo tanto quer bem.

Rubens

Fico bastante indignado para não dizer outra coisa com os politicos , sendo de que origem for,eles tem uma caracteristica comum a cara de pau.Falam em respeitar acordo, falam do retorno da inflação, etc… Mas se tudo isso é verdade porque eles não dão exemplo de economia no gasto público, abrindo mão das mordomias é o que é mais grave, a primeira coisa que o congresso fez foi votar o próprio aumento senão me engano de 67% nos seus salários. Acho que passou da hora do brasileiro dar umas sapatadas nesses hipócritas. Se o momento e de austeridade eles deveriam de ter vergonha na cara de dar exemplo.

augustodafonseca13

Serra e seguidores: campeões da irresponsabilidade fiscal
http://migre.me/3Tf3E

*

Ronaldo Caetano

A questão não é essa… Quem propunha um mínimo de R$ 600 foi derrotado nas urnas… Ponto final.

O que estamos assistindo é apenas mais uma demonstração de hipocrisia e mau-caratismo da nossa mídia golpista querendo constranger Dilma junto ao povão e já visando as eleições de 2.014.

Jamais se interessaram pelo mínimo que, se hoje vale três vezes mais do que no tempo de FHC, foi pelo acordo selado por Lula com o sindicalismo onde havia uma fórmula – que está sendo respeitada – que garantia aumento real progressivo.

Não deixem-se iludir por demagogos ou mal informados ou provocadores. Se tem alguém que jamais fez qualquer movimento em favor de um salário mínimo mais justo foi o PSDB/DEM e seus aliados midiáticos.

Avelino

Caro Eduardo
Aumentar os juros para se pagar as dividas internas e externas não causam inflação, mas aumentar o salário gera inflação.
Estou com o PT desde que ele foi formado, e estou aprendendo muitas coisas.
Saudações

    fernandoeudonatelo

    Mas geram aumento no custeio dos serviços da dívida,
    que traz corte nos investimentos públicos e despesas sociais totais,
    que geram desaquecimento econômico,
    que cria uma base cada vez menor para a distribuição,
    que gera uma necessidade proporcionalmente maior de custeio dos serviços da dívida,
    que diminui investimentos e despesas sociais …………
    CIRCULO VICIOSO

    Abraços

    Luiz Parussolo

    O senhor observou a LOA 2011 e sabe porque não se tem investimentos? Porque o país está quebrado e devendo até as cuecas e precisa dos encargos sociais para cumprir os demais custeios fora as despesas absurdas de pessoal que levará os R$ 312,0 bilhões que sobram subtraindo-se as verbas sociais, os juros e amortizações de dívidas e os repasses a estados e município. Cite-se, ainda, que terá de negociar R$ 673,0 bilhões de dívidas com vencimentos previstos para este ano.
    Afinal! O senhor conseguiria viver com o salário mínimo brasileiro como quase 60 milhões de brasileiros?
    O salário mínimo está sendo esprimido devido à previdência, sendo que quem aposentou-se antes de 1993 com até 6 salários mínimos está com um salário em seu benefício e as verbas previdenciarias e sociais estão sendo destinadas às outras finalidades orçamentárias, inclusive pagamento de dívidas e salários marajás.
    Enquanto do outro lado, correm solto as sonegações, a corrupção e os contrabandos, estes de saída e de entrada.

    ZePovinho

    Minha nossa,Avelino!!!!!!Como tu pode dizer um negócio desses,homi de Deus??????????????

Gina

Aumento real do salário mínimo causa inflação, mas a correção da tabela do imposto de renda, proposta como compensação, não causa inflação? Não seria uma opção pela classe média mais bem remunerada, minoritária, em detrimentos da maioria dos trabalhadores que ganham até um salário mínimo? O outro argumento de que o salário mínimo já teve aumentos reais em demasia, como o jornal matinal da Globo de hoje, despreza a necessidade de um salário mínimo digno, como o indicado pelo Dieese, por exemplo. Outro dado é que o aumento de juros tira mais dinheiro dos cofres públicos para colocar exatamente nas mãos daqueles que ganham mais do que gastam, os famosos rentistas. Quanto mais juros, menos salários, falou algum economista em algum artigo.
Não sou contra nem a favor, não tenho informações precisas para tanto, apenas destaco as incongruências, mas o resultado é o mesmo filme velho reprisado o tempo todo, os trabalhadores da base da pirâmide mais uma vez pagam a conta para que os privilégios de poucos sejam mantidos.
A discussão sobre o aumento do salário mínimo é a discussão sobre quem vai ficar com a maior parte do bolo (orçamento) e quem vai pagar a maior parte conta.
Isto é, se há uma projeção de redução do dinheiro em circulação para arrefecer a inflação (de quanto seria este montante?), qual parcela da população vai ser prejudicada?
E nos termos da tabela do imposto de renda, uma pessoa que ganha 3.743,20 mil reais paga o mesmo percentual de 27,5% de uma pessoa que ganha 30, 50, 100 mil ou 1 milhão de reais por mês. Qual a lógica deste agrupamento? Gostaria que alguém me explicasse.

    Emilio Matos

    A lógica é fazer que os donos das maiores rendas paguem menos imposto. A carga tributária brasileira é altamente regressiva como um todo, não é só o imposto de renda que é injusto. Somando tudo, famílias que recebem por volta de um salário mínimo pagam quase 50% de sua renda em impostos, enquanto famílias que recebem mais de 30 mil por mês, pagam perto de 26% de impostos. Absurdo… Gostaria que esse governo fizesse a reforma tributária com o objetivo de resolver esse problema, mas parece que, mais uma vez, isso não vai ser atacado. Esse governo tá cada vez mais com cara de um FHC 3.

ZePovinho

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-terror

O terrorismo dos inflacionistas
Enviado por luisnassif, qua, 16/02/2011 – 09:59

Coluna Econômica

O economista Armando Castelar tem um papel manjado no mercado. Sua função é a mensageiro que passa pelas ruas das vilas medievais gritando "fogo", para manter a população permanentemente de sobreaviso.

Não se trata de um exercício banal de terrorismo. Ao espalhar temores infundados sobre situação fiscal, inflação e outros bichos, visa criar um clima para aumento de juros e para cortes em investimento e programas sociais. Por maldade? Não. Mas quanto maior o corte fiscal, maior será o espaço para aumentar os juros. Ou seja, há uma lógica nessa histeria.

Foi o que ocorreu ontem em entrevista ao Estado de S. Paulo, valendo-se da forma extremamente acrítica com que parte da imprensa recebe análises superficiais.

***

O primeiro terrorismo é em relação aos rumos da inflação.

Dos 5,94 do IPCA de 2010, 2,3 pontos se deveram ao grupo alimentos e bebidas, fortemente influenciado pela explosão das cotações internacionais.

Inflação é variação de preços – não meramente preços altos ou baixos. Se determinado preço está em 100 e passa para 120, por exemplo, a alta é de 20%. Se, num segundo momento, vai para 130, o preço estará mais alto, mas a inflação desse produto será de 8,3% sobre o período anterior.

Para manter a mesma inflação, os preços teriam que saltar para 144, depois para 173, em um crescimento insustentável.

Justamente por isso, em mercado não indexado (como é o de commodities) depois de um salto especulativo há acomodamento, pela simples razão de que a repetição do movimento despregaria completamente o preço financeiro do seu componente real – o mercado físico.

Essa aceleração dos preços de alimentos se deu no segundo semestre. Agora, há sinais de acomodamento de preços em vários setores, ou com preços andando de lado ou com variação menor do que no período anterior.

***

Em relação ao aquecimento da economia, os próprios dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE – divulgados ontem – mostram acomodação no setor que mais cresceu nos últimos anos: as vendas no varejo, comprovando que as medidas prudenciais e creditícias do ano passado estão surtindo efeito.

No acumulado de 2010, o crescimento foi de 10,9% – porque em cima da queda do ano anterior. Já em dezembro, descontada a sazonalidade, as vendas mantiveram-se estáveis – zero de crescimento.

***

Mesmo com tais dados, Castelar se esmerou em traçar um quadro assustador, duvidando do corte de R$ 50 bi – sem apresentar um dado sequer para corroborar sua desconfiança. Cortes de R$ 50 bi não são um ato banal que se esconde debaixo do tapete. Nem é necessário anúncio do detalhamento, basta conferir ministros esperneando contra os cortes.

***

Aonde se quer chegar com esse tipo de terrorismo? Corte nos programas sociais? O país chegou a um estágio de mudanças sociais em que não se aceita mais falta de oportunidade para as classes de menor renda. Corte nos investimentos? A economia demanda mais e mais investimentos em infra-estrutura.

Pretender ampliar cortes ou aumentar juros significa condenar o país a um crescimento pífio.

    Alex

    Gostei da postagem, bom buscar refer~encias mais cacifadas…

    ZePovinho

    O Emilio Matos,aí em cima,completa o que o Nassif diz,Alex.

Alex_SRT

Mano! Dá licença aqui, mas aqueles que cobram das centrais sindicais compostura deviam antes lembrar da infinidade de medidas anticrise que foram favoráveis ao empresariado (sabe como é, empresário ganhar grana de barbada "póóóde", Bolsa Família pra tirar o povo da miséria, "nããão póóóde"). Não me sinto representado nenhum pouco pelo jogo da oposição, mas o sindicalismo nesse país trabalhou para a vitória de Dilma e tem expectativas concretas de avanços, conquistas e novos rumos. Vamos, ao invés de falar de SM e impacto nas contas públicas e previdência, falar da taxa de juros e o custo do serviço da dívida pública, das sonegações e fraudes…não dá pra se confundir nesse debate, senão corremos o risco de achar que o "culpado era o cara que morreu", como diz o povo

Edna Nogueira

Bom, acho que o PT está agindo de forma competente e até ágil.
A luta por este aumento já vem de longa data, mas seria interessante tb para os empesários não aumentar o valor do Kg de feijão. LoL Isso, pela construção de uma nova sociedade que possa valorizar e usufruir bem seu rico e suado dinheiro. Abraços à todos.

renan

Tah doido, aqui em Uberaba a passagem de ônibus custa 2,40 agora (a cidade não tem nem 300 mil habitantes). Se o salário for para 600 reais tenho certeza que que vai subir de novo…

A questão é se o reajuste seguir essa regra no ano que vem o aumento será maior por conta do PIB do ano passado, correto? Então aceito que seja assim, mas, bem, pra falar a verdade quando vejo discussão sobre o mínimo e lembro do reajuste que os deputados deram a eles (e ao pessoal do executivo), nossa, fico com raiva viu…

Julio Silveira

O inaceitavel a Lei de Medios, não dá para tergiversar e contar com a compreensão de quem colocou eles lá para resolver. E não me chamem de direita.

Julio Silveira

Duas coisas ditas pelo mesmo homem uma compreensivel, até aceitavel, outra completamente inaceitavel, quais são?
a Compreensivel minimo de R$545,00, pelas consequencias que podem trazer a economia do País com reflexo nos mesmo trabalhadores que se pretende beneficiar. Infelizmente por politicas publicas que sempre buscaram atrelar os beneficios salariais do trabalhador com os sistemas criados para amortecedor para suas mazelas, maldosamente de forma inversamente proporcional, os trabalhadores ainda terão que amargar perdas, que poderiam ter sido resolvidas caso tivessemos autenticos representantes de seus interesses, resolvidos a democratizar os ganhos do País. Mas temos visto que o povo sempre tem sido enganado. Esquerda e direita, dois lados da mesma face.

Morvan

Boa tarde.
Dos muitos posts que vejo aqui, a maioria muito felizes em suas colocações, diria:
a) O aumento um pouco maior geraria sim, uma inflação vestigial; mas, como a raiz do problema da inflação nos é exógeno, não parece ser este o tópico principal;
b) eu, como Ministro, fecharia a conta em R$ 550,00, pois, através de contorcionismos financeiros, contingenciamentos, mobilidade de rubricas, etc., daria, penso, sem os cálculos tão solidamente à mão como a equipe econômica, para honrar este valor. Que o aumento reduz proporcionalmente a capacidade de investimento do Governo, é patente;
c) daria um pronunciamento à Nação lembrando ao povo brasileiro que, malgrado houvesse um acordo entre o Governo e as Centrais Sindicais, o Governo, com muito esforço, conseguiu dar este aumento um pouquinho maior. Isto ajudaria ao povo brasileiro a sentir a importância de se manter o que fora acordado, em qualquer circunstância, algo que ainda não parece fazer parte da nossa cultura.
P.: esqueçam os Tucanos e o que eles querem (solapar o Governo e a sua capacidade de planejamento); estamos falando em Brasil, com "S".

Morvan, Usuário Linux #433640

Gunter Zibell

1. O problema não é de contas públicas federais, passar agora para 560 representa apaenas R$ 4 bi no ano para o governo.
2. O problema é para munícipios (e seus funcionários) e para a atividade privada rural
3. Provavelmente dificultaria sim o controle de inflação, atualmente 6%. Se não houve aumento real agora, não se deve esquecer que o ponto de partida é relativamente elevado e o desemprego anda baixo
4. É um "bode na sala". O governo pode dizer perfeitamente que aceita os R$ 560 a partir de julho, até lá a inflação de oferta (alimentos) já terá amainado.

Roberto Locatelli

O Governo paga, por ano, R$ 190 bilhões de juros da dívida pública, para a felicidade dos banqueiros.

Se a taxa Selic for reduzida em um pontinho percentual, sobrará dinheiro para aumentar o salário-mínimo.

Sardenberg, da Globo, um fiel devoto do deus mercado, elogiou o governo nessa questão do salário mínimo. Êpa!!

    Carla Lipton

    O problema meu caro amigo, é que não é só Sardenberg que elogia a presidenta Dilma, é boa parte do PIG.

    Tem muita gente do PIG elogiando Dilma.

    Espero que ela não traia Lula.

    Tem caroço nesse angu.

    Avelino

    Caro Roberto
    Também entendo assim, mas o compromisso de um governo dito progressista, vai até onde não se bula com o rendimento dos megaespeculadores.
    Saudações

Paulo

Acordo é acordo e ponto final.

Ou vamos continuar a ignorar os acordos como sempre fizemos?

Quando vamos dar garantias e tranqüilidade sobre os acordos feitos??

Quando vamos ser sérios de verdade?

Jairo_Beraldo

O X do problema não é o valor do salario minimo, mas a cultura do empresariado brasileiro. Se o governo falar que o aumento será X, os empresarios reajustam seus produtos/mercadorias 5X. Se conscietizassem seria mais fácil organizar a casa. Mas infelizmente a elite gananciosa, usa destes subterfúgios para dar vazão a sua sede de tirar proveito da situação.

    Paulo

    Os empresários só fazem isso porque o povo não sabe comprar.. No EUA se um empresário faz isso todos param de comprar e dão lhe uma "banana". Se todos os empresários fizerem isso, caracteriza quartel que é proibido por lei.

    Elton

    Quartel é pra militares, o correto é CARTEL….

    Paulo

    kkkk OK..

    Desculpa ai..

Guilherme_RJ

Mentira.

ZePovinho

Assim tenho dito!!!!!!!!!!!!!

ZePovinho

A irresponsabilidade do PT com as contas públicas é um dos pontos que fazem a água entrar no nosso navio.Ao privilegiar o gasto público com os rentistas,se mantêm dentro da institucionalidade bandida que os neoliberais aprovaram nos anos 90.
Se o PT não se afastar desse caminho,seremos tragados como o foram os outros partidos."Menomale",como dizem os italianos.Talvez seja a hora do PCdoB começar a aceitar a ideia de ser governo em 2014.
A inflação que se vê,em grande parte,vem da enxurrada de dólares que os EUA mandaram imprimir para tentar levantar sua economia baseada na finança bandida.Essa massa de papel vem para cá,por causa dos juros,e contribui enormemente para aumentar a inflação brasileira.Se o governo prefere colocar a culpa em cima dos trabalhadores,problema dele.Já vimos casos de trabalhistas que foram para o outro lado e viraram mortos-vivos.Tony Blair é um deles,com a ironia de que tem o mesmo primeiro nome do grande Tony Benn.Eles gostam de espicaçar a nós,trabalhistas de velhas cepas.
http://en.wikipedia.org/wiki/Tony_Benn

Cuidado,Mantega.Preto Velho ZePovinho pode mandar você para o Cemitério dos Mortos-Vivos do Cabôco Mamadô.

[youtube uSsEnZGJgUY http://www.youtube.com/watch?v=uSsEnZGJgUY youtube]

fernandoeudonatelo

Apesar de ser a favor da manutenção em 545, acredito ser mais objetivo de esforço fiscal do que contenção da inflação, tanto que ontem o secretário-executivo do Ministerio da fazenda afirmou que o SM iria melhorar junto aos cortes orçamentários (os quais sou contra), o preenchimento pelo teto do superavit primário e não mais pelo piso.

Também há o fato de que apenas 30% da atual estrutura inflacionária que se ancora na demanda interna, seria reduzida, enquanto que 70% se dão com um misto de alta das commodities, derivados de petróleo no mercado internacional e pressão sobre os alimentos na bolsa de futuros.

O Monitor Mercantil ainda afirma que há o componente do aumento das tarifas de ônibus pelos municípios de maneira continuada, contribuindo para afetar o IPCA.

É claro, o contracionismo fiscal e monetário, poderão levar o indice inflacionário atingir mais próximo do centro da meta, mas ainda dentro do limite superior.

Julio

O DEMo defendendo salário mínimo maior? O DEMo do lado dos trabalhadores? Ilusão. Partido de latifundiário, banqueiro e empresário nunca está ao lado do trabalhador. Querem desestabilizar, trazendo inflação e sufocando o governo afim de impedir mais investimentos e melhorias. Já o PSDB, depois do salário mímimo pífio dos tempos de FHC, só pode estar de sacanagem.

    @BernadeteFarhat

    É isso mesmo Julio. E tudo o que a oposição tem para fazer é tentar estes golpetes sem sentido. Os interesses do país não são nada diante de seus própiros. Vamos sonhar enquanto isso com uma oposição responsável e consistente.

Marcelo Fraga

De que adianta um salário maior se com isso vier uma inflação maior que praticamente anulará esse aumento?

De todas as opções eu prefiro a da estabilidade econômica. Quando a situação melhorar, garanto que o governo não irá se opor ao aumento.

Gustavo Pamplona

Pessoal… vamos parar de comparar o salário mínimo da fatídica era FHC e da era Lula e também parar de convertê-lo em dólares, já que o dólar

Explico: Vocês se lembram que antes das eleiçoes de 2002 aquela péssima equipe ecônomica liderada pelo Pedro Malan (ou seja um "mala") e pelo Armínio Fraga, então presidente do BC fizeram um chamado "terrorismo eleitoral" elevando o valor do dólar para quase 4 reais.

Vocês devem se lembrar o porque eles fizeram o "terrrorismo eleitoral"… eles elevaram o valor do dólar tentando fazer com o que o sistema financeiro não apoiasse o Lula e um eventual governo petista

O leitor "Alvaro Tadeu Silva" mais abaixo o converteu e mdólares e ele está correto ja que na época um salário mínimo de 200 reais valia uns 50 dólares com aquele câmbio de quase 4 reais, mas mas se formos converter o salário minimo da época com o câmbio atual, valeria uns 120 dólares.

Mas não é isso o que eu quis dizer… o fato da conversão ou não-conversão em dólares não influencia no resultado final… o que influência mesmo é o chamado "custo de vida";

Por exemplo… O custo de vida português é cerca de 4 vezes maior que o brasileiro e para eles alguém que recebe lá digamos uns 1500 euros por mês, ou seja uns 3400 reais de acordo com o câmbio atual, seria o mesmo que alguém receber 850 reais aqui. 3400 / 4 = 850.

Por isto este negócio de converter em dólares não serve de "base"

    Emilio Matos

    Fala Gustavo,

    Como é que se faz para saber essa comparação entre custos de vida entre os países? O tal do PIB PPP não dá uma diferença tão grande assim, de 4 vezes.

    Gustavo Pamplona

    Sei o que você está falando… o PIB per capita do Brasil é de quase 11 mil dólares e o de Portugal é de quase 22 mil dólares…

    O Brasil tem quase 2,030 trilhão de PIB e isto dividindo pela população de 190 milhões = 10.684 dólares enquanto Portugal tem apenas 240 bilhões divindo pela população de 11 milhões = 21.818 dólares.

    Mas lá o custo de vida é bem maior ainda mais que eles aderiram ao Euro e ekes tiveram que se adaptar a países de PIBs e custo de vida elevados como Alemanha, Reino Unido e França.

    Aliás… eles quase abandonaram o Euro na crise européia…

    Julião

    Caro Gustavo

    Quem esteve bem recentemente em Portugal informa de que a vida (pelo menos em Lisboa) está uma droga, com pedintes nas ruas, pessoas empobrecidas (mal vestidas), e uma população majoritariamente de idosos, já que os mais jovens deixam o país para trabalhar no restante da Europa e uma grande parte não retorna mais a terrinha.

    Em suma mesmo um país que esta na "draga" tem um salário mínimo muito mais alto do que o nosso, já que esta comparação de 4 X 1 de custo de vida comparado com o nosso não é real.

    Julião

    Gustavo Pamplona

    Complementando a primeira linha

    …convertê-lo em dólares, já que o dólar é uma moeda flutuante.

    Tem alguns erros de digitação também… mas não vou corrigí-los.

Remindop Sauim

Sou bom soldadso do partido, a Dilma falou, tá falado. Agora, ela devia bater o martelo em 600. Iria distribuir mais ainda a renda e diria que é uma homenagem ao popular Zé Serra.

Carla Lipton

O SM era de 540,00 reais, esse seria o valor correro, a presidenta Dilma concedeu mais 5,00 reias, esses 5,00 reais foram além do acordo. Acho que está bom demais.

O que esses caras querem mais.??? vão plantar batatas tucodemos.

Felipe

Ninguém que vai votar ou que comenta aqui ganha um salário mínimo.
Seria interessante ouvir o que essas pessoas acham do argumento "ano que vem aumenta mais".

sergio

Acordo é acordo. Se as regras forem alteradas ao bel prazer dos negociantes, não há necessidade de acordo. Quanto ao argumento da UGT é de fazer rir. Como que as isenções só tivessem contribuído para os empresários. Trabalhador não ganhou nada? Consumidor não ganhou nada? Fala sério com um argumento deste como esperar seriedade destes sindicalistas?
O fato é que ao se respeitar o acordo este ano, os sindicalistas, vão ter a certeza de que o governo não poderá recuar o ano que vem. Muda-se o acordo este ano, e se por ventura acontece uma hecatombe este ano, os sindicalistas vão ficar quieto caso o governo decida romper o acordo, ou vão sair gritando que o governo quer romper acordos? Seriedade é disto que o país precisa de todos os lados, e não oportunistas que querem sempre o acordo ganha-perde.

Edson Augusto

Sou pela manutenção do acordo que rendeu ganhos reais ao Salário Mínimo. Se em 2009 houve um decréscimo do PIB, o seu reflexo é natural. A renúncia fiscal para montadoras e para materiais de construção ajudou a gerar milhões de empregos e evitou que a crise aqui se assentasse. Queremos um salário digno mas com bases para sua manutenção.

Alvaro Tadeu Silva

Depois de 7 anos de PSDB, por causa das eleições de 2002, FHC deu 2% de reajustamento para o funcionalismo. Em outubro de 2002, o SM era inferior a US$ 50.00. Sob Lula, o aumento foi trazido de maio para janeiro, ou 4/12=33,3%, quer dizer, a antecipação do reajustamento significou um aumento real de 33,3% sobre as taxas pactuadas. Estamos num momento delicado, pois as medidas anticíclicas de 2009 (necessárias), estão mostrando sua conta com aumento já perceptível das taxas de inflação. Vamos arrumar a casa este ano, pois as perspectivas para a Economia e o SM são excelentes para 2012. Quem sofreu no desemprego e na desesperança 12 anos, de Collor a FHC, pode esperar mais. Além disso, a desoneração não foi para ajudar indústrias, foi para salvar empregos e manter a Economia funcionando. Quem acende um fósforo para ver se há gasolina no tambor, está com saudades da desgraça que foi o fascismo de 12 anos de governo demotucano.

    Lucas Cardoso

    As taxas de inflação estão aumentando no mundo todo, isso não é um problema brasileiro. Segundo o Guardian, a inflação do Reino Unido já é duas vezes maior que a meta deles. E não adianta lutar contra a inflação deixando de promover o crescimento e a redistribuição de renda. Esse aumento dos juros, não-aumento do salário e austeridade fiscal é péssima política econômica.

    Julião

    Caro Alvaro

    Esta história de comparar o SM da época de FHC com o "aumento" dado pelo Lula é uma falácia.

    O SM deveria um salário digno para uma familia viver e ponto final. Este SM do Lula tambem é uma "merreca" e ponto final.

    Hoje ele virou indexador das contas do governo para com a previdencia social. A Previdencia é deficitária não foi por causa das aposentadorias dos que pagaram durante mais de 30 anos. Ela quebrou quendo passaram a aposentaria rural (que é absolutamente justa) para as contas da Previdencia Social. Esta aposentadoria deveria e deve ser paga pelos nossos impostos e que se não são suficientes que para tanto, que diminuam os juros pagos pelo Brasil aos agiotas, ou taxam-se as fortunas/banco, ou que quer que seja . Agora lançar no INSS é pura cara de pau.
    Porque ninguem fala nada das aposentadorias dos funcionários publicos, não o barnabé comum mas os "caras" que ganham acima de R$ 30.000,00 do judiciário e legislativo. Tenho certeza que as contas dos recolhimentos e dos pagamentos são deficitários, mas entra governo e sai governo (inclusive os do PT) e todo mundo aumenta os salários dos amigos e cupinchas. E os nossos impostos pagam por tudo isto e muito mais.

    Só para saber, a mais de 20 anos voto no PT, porque os outros eram muito piores, não porque o PT era bom.

MA_Jorge

O trabalhador e também sindicatos devem fazer uma escolha que talvez o governo já saiba e se antecipa ao problema.

O que é melhor, uma aumento maior agora e talvez nova onda de desemprego por conta de uma economia desbalanceada ou um aumento realista, um que permita um crescimento econômico balanceado e estável.

Sempre haverão aqueles que ganham com uma ou outra opção; a verdade sempre é aquela que demonstra que a vítima em todo o processo de ajuste econômico, é o trabalhador que paga com desemprego.

waleria

Lula conseguiu definir uma boa politica para o minimo com as centrais.

Apenas acho que esse bom acordo deve ser mantido.

Ou as Centrais não são sérias – como disse De Gaulle?

    Rodrigo Leme

    Eu acho engraçado que as pessoas pensem que as centrais sindicais se reportam para o trabalhador e não para os governos petistas dos quais recebem as benesses. Que ilusão…

Fernando

Mantega está certo. Os tucanos querem quebrar o Brasil, não vamos deixar!

Os serviços públicos gratuitos melhoraram bastante no governo Lula, hoje o pobre pode ir a uma boa escola gratuita, ser atendido no SUS, ter crédito, recebe o Bolsa Família… não há necessidade de um valor mairo que esse para o salário mínimo.

    Roberto Locatelli

    Não acho viável, na situação atual, os R$ 600,00 propostos hipocritamente pela oposição. Mas acho que R$ 560,00 seria bom… Mais R$ 15,00 representam mais 6 kg de feijão por mês…

    LuisCPPrudente

    O Mantega estaria certo se ele mandasse cortar os juros que o Governo paga para os banqueiros, infelizmente ele não faz isto, diz que o salário mínimo não pode ser superior a R$ 545,00 pois pode causar problemas aos cofres públicos.

    Votei na Dilma, sempre votei no Lula e apoio o governo Dilma, mas não cortar os juros dos banqueiros e que sangram os cofres públicos é muito mais pernicioso do que manter o salário mínimo no valor de R$ 560,00.

Klaus

Legal ver o PT ser tão responsável com as contas públicas. O país só tem a ganhar.

    Emilio Matos

    Quem sabe na próxima eleição até você vota neles?

    Pedro

    Pra que isso aconteça, eles precisam melhorar muito. Leiam as notícias sobre a fortuna em dívidas que o Deus Lula deixou pra Dilma pagar. Isso porque ela é do clube. Imagina se o sucessor fosse de oposição…
    Só não digo que a notícia saiu na Folha porque os radicais deste blog começarão a cuspir seus perdigotos e certamente não lerão o texto.
    Sugiro que leiam, no entanto. E não precisam falar aquela lenga-lenga de PIG, eu já sei… já deu.

    Emilio Matos

    Bem, a dívida diminuiu. Para fazer parecer que aumentou, o truque é usar números absolutos, e não percentuais do PIB. Então, não faz muito sentido isso que você diz.

    Pedro

    Negativo. A dívida de 2009 para 2010 foi de 7,9 bilhões. A de 2010 para esse ano, de 11,5 bilhões. Isso significa inflação de 9% em relação a janeiro de 2010, que foi um ano eleitoral.
    Lembrando que grande parte desses gastos foram para as obras inacabadas e mal-executadas do PAC, além da poderosíssima máquina publicitária do governo Lula e do PT, os descobridores do Brasil.
    Pelo menos a Dilma não fica o dia inteiro falando sobre as suas qualidades nem dá palpites idiotas sobre qualquer assunto. Provavelmente ela será melhor que o antecessor. Vejamos.

    Emilio Matos

    Não é possível você realmente acreditar que analisar um único ano faça algum sentido. Analise a trajetória da dívida nos últimos 20 anos. E pare de repetir bobagens, isso até um papagaio faz. Não tenho mais paciência com esse tipo de palhaçada…

    Pedro

    Você está muito nervosinho. Baixa essa bola. E lembre-se que se o governo Lula conseguiu alguma coisa, foi porque abandonou as palhaçadas que defendia quando era oposição e aproveitou bem as bases deixadas pelo governo FHC, que todos (ou quase) aqui neste blog insistem em demonizar. Acho que vc ficou descontrolado pelas minhas críticas ao Lula, o Inatingível. É melhor você repensar os seus conceitos, meu rapaz.
    E tente ser mais cavalheiro da próxima vez!

    Emilio Matos

    Reveladoramente, você não respondeu ao meu comentário com o link, mais acima. E não votei no Lula.

    Will

    Sim Pedro, aumentou, mas foi por causa da crise de 2009 e a eleição. Desde o começo do governo Lula a relação da dívida pública com o PIB (que nesse caso é o indicador mais correto a ser usado) tem caído constantemente.

    Emilio Matos

    Olha só: https://muitopelocontrario.wordpress.com/2010/09/

    De 1995 a 2003, a dívida passou de 30% do pIB para 60% do PIB, mas isso você não quer falar, né, meu caro? De 2003 a 2010, a dívida passou de 60% para esses 43% do PIB do último ano, e você vem me dizer que foi o governo Lula que aumentou a dívida? Haja espírito de papagaio. E você vem criticar quem reclama da imprensa? Qual é a sua explicação para adequar essa gritaria sobre a dívida com esse perfil que você vê no gráfico? Gritaria, aliás, que você repete mecanicamente, sem questionar nem pensar. Só pode ser esquizofrenia, interesses ocultos, ou, no seu caso, aparentemente, espírito de papagaio.

    LuisCPPrudente

    É herr Klaus, isto que você escreveu neste tópico prova muito bem o que você escreveu num outro tópico sempre foi da boca para fora. Você diz apoiar o fim da famigerada Lei de Responsabilidade Fiscal, mas no seu íntimo e do seu partido privateiro e sorrateiro, vocês defendem a Lei de Responsabilidade Fiscal, principalmente quando se fala em reajustes salariais e aumentos dos gastos em custos sociais.

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