Quarta-feira, 4 de agosto de 2010 às 14:20
África é peça-chave para novo ciclo de expansão da economia mundial
Em almoço oferecido ao presidente de Camarões, Paul Biya, o presidente Lula se disse entusiasmado em ver a África cada vez mais senhora de seu destino, e justamente no ano em que se comemora os 50 anos de independência de Camarões e outras 16 nações africanas. Lula enfatizou ainda que, com seus 800 milhões de habitantes, a África é uma das peças-chave para um novo ciclo de expansão da economia mundial, “que combine crescimento, combate à fome e à pobreza, redução das desigualdades sociais e desenvolvimento sustentável”.
“Este meio século de vida independente é rico de significado e de esperança. São cinquenta anos lutando contra o legado de atraso e subdesenvolvimento deixado por séculos de colonialismo, que via na África apenas uma fonte de matérias-primas e um reservatório de mão-de-obra escrava. No limiar do século XXI, vemos com entusiasmo uma África senhora de seu destino, que não será mais presa fácil de nenhuma partilha entre potências dominantes.”
Em seu discurso, Lula destacou também que as duas nações têm trabalhado em favor do multilateralismo, da eliminação dos subsídios agrícolas e do acesso das exportações dos países em desenvolvimento aos mercados das nações desenvolvidas. Lembrou ainda que tanto Brasil como Camarões têm importantes reservas florestais e assim devem promover o manejo racional dos recursos naturais e acordo para redução de emissão de gases do efeito estufa.
Em 2005, quando esteve nos Camarões, Lula reabriu a Embaixada do Brasil em Iaundê, reforçando os contatos em nível governamental e privado. Entre 2002 e 2008, Brasil e Camarões elevaram seu intercâmbio de US$ 14 bilhões a US$ 136 milhões. Em 2010, será superada a marca dos US$ 200 milhões.
O presidente Lula anunciou que em setembro próximo será enviada nova missão técnica aos Camarões nas áreas de extensão rural, pecuária e cooperativismo.
Em conjunto com a França, estamos concluindo os ajustes necessários para implantar projeto trilateral em aqüicultura, que possibilita um maior contato nosso com o Centro-Oeste africano.




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