Israel-Palestina: O que há de “diretas” nessas “conversações diretas”?

Tempo de leitura: 4 min

2/9/2010

por Larbi Sadiki*, Al-Jazeera, Qatar

Uma falácia nas “conversações diretas” patrocinadas pelos EUA entre israelenses e palestinos marcadas para começar dia 2/9 parece continuar sem receber a atenção que merece: nada há de “direto”, naquelas conversações. O momento da reunião favorece os israelenses. O encontro acontece em momento em que a comunidade palestina está polarizada, enfraquecida, sob sítio e cada vez mais abandonada, com o apoio e o entusiasmo dos árabes já evanescente. Os israelenses partem para Washington com agenda favorável, a serviço deles mesmos e para não desperdiçar a oportunidade de aparecer nas fotos e nas manchetes.

Nem mesmo os participantes involuntários, a “troika da paz” – Egito, Jordânia e Arábia Saudita – embora contribuam para dar alguma útil cobertura ‘árabe’ ao encontro, e acrescentar-lhe  um toque de peso e seriedade –, dão às “conversações diretas” a legitimidade de que elas carecem desesperadamente. Os dois primeiros são signatários de tratados de paz com Israel. O terceiro é aliado chave dos EUA, cujas bênçãos às conversações só são necessárias como barretada aos partidos árabes.

As conversações têm sido apresentadas no invólucro da retórica diplomática internacional, como o início de um processo que deve levar a uma ‘taswiyah‘ (o clichê, sempre repetido, de um acordo de paz definitiva, durável e que atenda às aspirações nacionais de israelenses e palestinos).

Por baixo de um otimismo artificialmente inflado sobre as “conversações”, opera a ‘carpintaria’ de uma solução diplomática à qual se tem de chegar no prazo de 12-24 meses.

Os números desse jogo da paz – não importa o quanto a paz seja objetivo emocionalmente poderoso e moralmente desejável – não batem. Nem o triunvirato nem a ‘troika árabe da paz’ têm poder para garantir qualquer paz, nem, tampouco, todos eles ‘sabem’ ou ‘concordam’ sobre o que significaria alguma ‘paz’ real, como objetivo de médio ou de longo prazo.

O fator definitivo é que falta coragem moral aos EUA, principal negociador da paz (e, ao mesmo tempo, principal apoiador de Israel em todos os níveis), para obrigar Israel, potência ocupante, a investir boa vontade real – e a devolver territórios ocupados, por doloroso que seja – em nome de algum efetivo processo de paz.

Até a semântica da paz é questão ainda controversa: conversações diretas de paz. Mas para que finalidade? Paz em troca de paz, segurança em troca de paz ou territórios em troca de paz? Do mesmo modo, ninguém sabe o que significa “segurança” nem de que “territórios” se trata, se se consideram os fatos consumados criados por Israel. A incógnita perpétua nessa discussão ainda é “quanto território” em troca de “quanta segurança”. E é assim desde as conversações de Oslo via o “Mapa do Caminho” de Bush e Annapolis, até hoje, nas primeiras conversações de paz do governo Obama.

“Indiretamente”, esse é o nome do jogo na rodada de conversações ‘diretas’ que se iniciam. Nem todo o inventário de soluções da retórica política de Obama, com seus “sim, podemos” e “audácia da esperança” bastará para desenredar os problemas que se criam por essas conversações serem inerentemente indiretas.

São encontros para os quais foram convidados egípcios e jordanianos, mas não se convidaram nem Ismail Haniyya, primeiro-ministro palestino, nem seu partido legitimamente eleito, o Hamás. A menos que o governo Obama planeje inventar outra trilha para tentar chegar a outra paz, para a qual convide todos os ausentes, além de Síria e Líbano!

Obama, democraticamente eleito e com poder executivo sem paralelo no planeta, não tem poder para afirmar ou garantir coisa alguma, nem num centro cultural islâmico. É tolice, credulidade, esperar que o ainda mais fraco e atormentado Mahmoud Abbas – cuja legitimidade é duvidosa e contestada – venha algum dia a entregar, em Washington, o que ainda resta da terra que pelo menos metade de todos os palestinos consideram terra sagrada. E também é preciso cérebro ginástico, com músculos de Hércules, para conseguir supor que os israelenses, por passe de mágica, concordem com abrir mão do que, para eles, seria seu ‘direito bíblico’ e também espaço sagrado.

Em teoria, as conversações se fazem sem precondições. Foi exigência dos israelenses, que EUA e a ‘troika árabe da paz’ aceitaram. Na realidade, as conversações se fazem sob a principal condição que Israel impôs: nenhum quadro de referência orientará as “conversações diretas” (o que implica dizer que não se consideram, sequer, as Resoluções da ONU, com atenção especial para que se ignore completamente a Resolução n. 194, que assegurou aos palestinos o direito de retorno).

Parece pouco? Pois o governo de Netanyahu quer arrancar de Abbas o reconhecimento de Israel como “Estado judeu”. Seu governo não discutirá o destino de milhares de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, nem o status de Jerusalém, nem o fim do bloqueio desumano a Gaza. Nem se entende por que, afinal, tanto os israelenses se preocupam com obter dos palestinos o ‘reconhecimento’ de seu “Estado judeu”.

Reconhecer algum “Estado judeu” será como pregar o último prego no esquife de qualquer noção de direitos para os palestinos. Fato é que ninguém fala da ocupação israelense como colonialismo. Há “assentamentos”, não há “colônias”. Nem o conflito é chamado pelo nome próprio: não se fala de territórios ocupados, só de territórios “disputados”. Assim, em vez de discutir direitos legais e legítimos dos palestinos, consagrados (até!) nas Resoluções da ONU, os israelenses já viraram a mesa contra Abbas e seus co-negociadores palestinos.

É Israel quem está reivindicando seu ‘direito’ de ser “Estado judeu” e, portanto, de ser senhor de Jerusalém e, portanto também, de manter só parcialmente congeladas as construções nas colônias. Nenhum direito de retorno é pressuposto para os refugiados palestinos, nem se pensa em qualquer referência a algum ‘mapa’ ou ‘geografia’ do possa algum dia vir a ser algum Estado palestino viável. E os herdeiros do Fatah de Arafat, nem eles, creem ainda em seus slogans revolucionários pelos direitos dos palestinos.

Trata-se, afinal, não de ‘taswiyah’, mas de ‘tasfiyah‘ (liquidação da causa palestina) – o que explica a absoluta descrença, o absoluto ceticismo na opinião pública árabe em relação às “conversações diretas” de paz, de Obama. A mascarada dessas “conversações diretas” e “sem pré-condições” não disfarça, nem superficialmente, a iniqüidade entre os interlocutores israelenses e palestinos que lá estão. Tampouco sugerem real empenho em superar o impasse.

Israel talvez obtenha mais ‘direitos’. Obama talvez obtenha os votos que lhe faltam nas próximas eleições de meio de mandato. Os palestinos acabarão ainda mais distantes de alcançar o direito a um Estado viável.

* Larbi Sadiki é professor de Política do Oriente Médio na Universidade de Exeter e
autor de The Search for Arab Democracy: Discourses and Counter-Discourses (Columbia University Press, 2004).


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Comentários

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O_Brasileiro

Deu no Luís Nassif:
"Israel expulsa crianças não judias
Enviado por luisnassif, qua, 08/09/2010 – 10:32

O Estado Judeu e as crianças que 'não são judias'.

Do Estadão
Israel expulsará 400 crianças filhas de imigrantes por não serem judias
Decisão aprovada em agosto pelo gabinete de Netanyahu deve entrar em vigor dentro de um mês
07 de setembro de 2010 | 21h 28"

Imaginem o escândalo da mídia brasileira e americana se fossem crianças judias sendo expulsas de países em que predominam outras religiões!

    Confuso da Silva

    Esta polêmica já existe em Israel há muito tempo, e essa decisão absurda do governo israelense está sendo combatida com muitos protestos, e muita gente em Israel está se manifestando contra: http://www.haaretz.com/news/national/barak-appealhttp://www.haaretz.com/jewish-world/elie-wiesel-dhttp://www.haaretz.com/news/national/peres-deport

    O artigo a que o Nassif se refere é esse: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,…

    …que por sua vez, foi beber na fonte deste: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/

    Há alguns detalhes que ficaram de fora desses artigos. A história toda começou com 1200 famílias de imigrantes ilegais ou cujo visto de permanência já venceu, e que estão ameaçadas de deportação. As famílias inteiras estão ameaçadas de deportação, não só as crianças, mas estão lutando para ficar alegando que essas crianças nasceram em Israel, e que portanto deveriam ter direito à cidadania israelense – garantindo assim o direito da família inteira permanecer em Israel. O tema de "crianças-âncoras" é polêmico em qualquer país que atrai imigrantes, e divide opiniões nos EUA, nos países europeus e até no Brasil.

    Confuso da Silva

    No entanto, o que difere Israel dos outros países é a famigerada Lei do Retorno. Quando o país foi fundado, havia um ideal difundido de que ele deveria servir de abrigo e porto seguro para os judeus de todo o mundo (usando o holocausto como um exemplo da necessidade desa lei). Criou-se então uma lei que garantia a todos os judeus o direito à cidadania israelense, ao contrário de outros países, em que a cidadania é garantida apenas a descendentes diretos de cidadãos, ou até 2 gerações em alguns países. Essa lei parecia fazer sentido para eles na época, e mais ainda, foram criadas leis complementares para incentivar judeus de fora a imigrarem, sob forma de incentivos fiscais, isenção de impostos, auxílio-moradia pelos primeiros anos, entre outros.

    Os tempos mudaram, e hoje em dia os israelenses não enxergam mais a imigração de novos judeus como fundamental para a sobrevivência do país, e acham injustos os tantos incentivos a novos imigrantes, quando os que nasceram lá devem pagar seus impostos normalmente. Além disso, alguns ousam até se manifestar dizendo que essa lei é racista, já que concede benefícios a judeus que não são disponíveis a outros povos. Mas a lei continua de pé, e apesar dos benefícios terem diminuído muito, ainda existem. Portanto, se estas 1200 famílias fossem judias, elas teriam direito garantido à cidadania israelense.

    A discussão seguiu por anos a fio, muitas dessas crianças já estão em idade escolar, cresceram lá, falam hebraico como língua nativa, se sentem israelenses. Só que os partidos de ultra-direita de Netanyahu, Lieberman e Eli Ishai vêem essas crianças e suas famílias como ameaça à identidade judaica do país, pois acham que se as deixarem ficar, abrirão uma brecha para milhares de imigrantes ilegais que teriam filhos em Israel, garantindo assim seu direito de permanecer, e "diluindo" a população de judeus no país. Eles temem que eventualmente os judeus se tornem minoria dentro de Israel, e que as características judaicas do país sejam eliminadas por decisão da suposta nova maioria.

    Confuso da Silva

    Depois de muitas acaloradas discussões no congresso isralense, ficou decidida por votação apertada uma série de critérios para a concessão de visto de permanência para essas crianças (garantindo por consequência a permanência de suas famílias):
    – A criança deve estar matriculada no sistema escolar israelense;
    – Ela deve falar hebraico;
    – Ela deve ter nascido em Israel, ou deve ter entrado no país antes de completar 13 anos;
    – Ela deve ter morado em Israel por pelo menos 5 anos consecutivos, e os pais devem ter entrado no país de maneira legal

    Por volta de 800 famílias se enquadram nesse critério, mas 400 ficaram de fora. A decisão autoriza a polícia de imigração a prender e deportar à força os que não se enquadram. Muitos grupos estão protestando contra a decisão, exigindo que se permita a permanência dessas 400 famílias, e o Movimento Kibbutz (união de fazendas comunitárias) de Israel já afirmou que se uma família sequer for deportada, eles esconderão as outras em alguns de seus 250 kibbutz.

    É curioso notar que o texto da Telesur reproduzido pelo Estadão e divulgado no blog do Nassif e aqui por nosso colega O_Brasileiro apresenta algumas marcas típicas do jornalismo manipulativo do PIG (do qual, se não me engano, o Estadão é membro de carteirinha). Apesar da gravidade do tema e das implicações da decisão, o título e o conteúdo do artigo levam a crer que o governo israelense decidiu de repente expulsar 400 crianças do país simplesmente por não serem judias – o que não é exatamente verdade, por tudo que expus acima. O título sensacionalista lembra algumas manchetes do PIG contra Dilma nos últimos tempos. Mas como se trata de falar mal de Israel, tudo bem, podemos deixar como está para espalhar o ódio e o pânico, certo Nassif? Certo, O_Brasileiro?

André Frej

Azenha e cia,

Parabéns por postar conteúdo tão elucidativo quanto este.

Dr Marcelo Silber

Confuso da Silva

Tudo Bom ???
Usei o clássico "reductio ad Hitlerum " apenas para mostrar ao Azenha a infelicidade de se publicar comentários de tão baixo nível. Acho que o Azenha e a querida Conceição deveriam tomar "um pouco mais de cuidado na moderação"
Não discuto com pessoas como Wagner da Silva, deveriamos é aplicar a Lei Afonso Arinos (que considera um comentário como esse-CRIME INAFIANÇÁVEL) para uma justa reflexão na cadeia !!!
Só que infelizmente esses tipos são covardes e intimados judicialmente sempre negam o que escreveram, fazer o que???
Todos sabemos o que as partes precisam fazer para o fim do conflito
Israel-Fim da ocupação e dos assentamentos religiosos-radicais.
Palestina-Fim do terrorismo e reconhecimento do Estado de Israel
Nào sou pessimista. Assisti o discurso de Anwar Sadat (que saudade) na Knesset e o aperto de mão de Itzak Rabin (que saudade) e Yasser Arafat.
França e Alemanha se mataram em cinco guerras diferentes nos últimos 150 anos (duas delas mundiais) e hoje coexistem pacíficamente….tudo na vida muda…
Shalom
Dr Marcelo Silber

    Confuso da Silva

    Dr Silber, quanto ao Wagner _Souza_ (não da Silva – da Silva sou eu, entre outros), apesar de seu comentário ser infeliz e paranóico, não se enquadra na lei Afonso Arinos (mais precisamente, na lei 7.716/1989, art. 20). Não é nem articulado o suficiente para ser entendido, muito menos para ser caracterizado como incitação ao racismo. As leis contra racismo não foram feitas para coibir leitores de blogs de postarem comentários preconceituosos, mas sim para proteger membros de minorias de danos causados por preconceito. Acho que os moderadores não podem se dar ao luxo de ficar analisando em detalhes todos os cometários, eles apenas filtram o que é claramente spam ou ofensivo.

    Quanto ao resto do que você falou, acho que os passos que você menciona são bons para começar um verdadeiro processo de paz, mas não vejo isso acontecendo no futuro próximo, pois falta aos líderes políticos de ambos os lados a vontade e o apoio necessários para tal.

monge scéptico

O homem bomba da direita sem rumo ou proposta(pelo menos), Atira com uma rotativa, ÍNOCUA.
mUDEM ISRAEL para a groelândia e, terão paz no orente médio. SACO!!!

    Confuso da Silva

    Desculpe, mas não entendi nada do seu comentário. Quem é o homem bomba a que você se refere? Ele atira o quê? Com uma o quê rotativa? Como se muda um país para outro? Nossa, agora fiquei confuso…

Confuso da Silva

Entendo o descrédito do autor ante as atuais conversações, e lhe dou o devido mérito em alguns pontos cruciais – principalmente o fato de o Hamas estar de fora dessas conversações, já que é de fato o líder do povo palestino.

No entanto, não foi citado no artigo – e nem vi nenhuma referência a isso na mídia, a não ser no próprio site da Al Jazeera – que o Hamas, junto com outros grupos radicais, prometeu intensificar seus ataques para fazer fracassar essas conversações ( http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2010… ).
Por que, ao invés de sabotar negociações de paz através de mais violência, o Hamas não propõe uma nova rodada de negociações, estendendo a mão e oferecendo paz? Tenho certeza que o que o povo palestino mais quer é o fim desse conflito. E se o Hamas participar, é possível conseguir acordos que beneficiem mais o povo palestino do que sem o Hamas.

Ao invés disso, eles irão promover atentados terroristas – e não me venham falar que isso ( http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2010… ) não é ataque terrorista. O Hamas sabe que os comandantes do exército de Israel não têm escrúpulos, e que vão retaliar a qualquer ataque com mão pesada, como já começou a acontecer ( http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2010… ). O Hamas sabe que é isso o que vai acontecer, e que assim o Oriente Médio vai novamente mergulhar numa espiral de violência, e as conversações atuais irão por água abaixo. E novamente quem vai sofrer com isso é o povo palestino. Se os líderes do Hamas realmente se interessassem pelo bem do povo, eles estariam exigindo sua participação no processo de paz, e não apenas tentando sabotar as negociações.

    Confuso da Silva

    O autor condena a participação de Egito e Jordânia na atual rodada por serem países que têm acordos de paz com Israel – mas quem melhor para representar o mundo árabe do que países que já obtiveram acordos de paz duradouros com Israel, sem prejuízo de seus interesses nacionais?

    O autor ainda afirma, em frase repetida em um comentário do turmadazica, que "Reconhecer algum “Estado judeu” será como pregar o último prego no esquife de qualquer noção de direitos para os palestinos". O que isso quer dizer? Que os palestinos não devem aceitar a existência de Israel, e que devem reivindicar todo o território para si? Assim nunca haverá paz pois, como já digo há algum tempo, nenhum lado no conflito irá banir o outro da face da terra, então é melhor aprenderem a conviver de uma vez por todas.

    Do outro lado, Obama deveria forçar os israelenses a congelar de uma vez os assentamentos em territórios ocupados, que é o mínimo que se espera de um país que legitimamente anseia a paz. Só que ele não quer incomodar o lobby sionista em Washington, e Netanyahu não tem poder político para impôr tal congelamento. Mas mesmo que essa rodada de negociações tenha o mesmo fim das anteriores, pelo menos é uma tentativa. Gostaria de ver ao menos uma vez o Hamas tentar estabelecer negociações de paz.

Dr Marcelo Silber

Luiz Carlos Azenha e Blogueiros

Fiquei pensando onde li algo igual a pérola escrita pelo "blogueiro intelectual" Wagner Souza
"Os Eua sao dominados pelos Israelenses e todo mundo sabe disto, sao judeus nascidos nos Eua em todos os postos chaves da sociedade civil americana, jornalistas, juizes, promotores, politicos, secretarios de estado, banqueiros, enfim os Eua sao um grande territorio ocupado "…. pensei e descobri…Troque EUA por Alemanha e É IGUAL AO TEXTO DE MEIN KEMPF do insuperävel ADOLF HITLER….

Queridos Azenha e Conceição, que tal um pouco mais de cuidado??
Abs
Dr Marcelo Silber

    Confuso da Silva

    Dr Silber, você me parece ser inteligente o bastante para contra-argumentar sem apelar para reductio ad Hitlerum ( http://en.wikipedia.org/wiki/Reductio_ad_Hitlerum ). Pode dizer, por exemplo, que apesar do comentário paranóico e conspiratório (e ligeiramente nostálgico do ponto de vista ortográfico) do Wagner Souza, há de se convir que existe um lobby pró-Israel muito ativo em Washington. Ou que se realmente os judeus dominassem os EUA dessa maneira que ele diz, já se teria "descoberto" armas de destruição em massa em poder dos palestinos. Ou que ele está querendo ser o próximo Nasser, que fará ressurgir das cinzas a fênix do pan-arabismo, e unirá sunitas e xiitas para empurrar os judeus para o mar.

    Mas não impute nazismo a um comentário onde só existe anti-semitismo velado e teoria da conspiração.

turmadazica

OLha esse comentário do W. Souza… Com todo respeito a quem modera, pq o comentário nazi é aprovado, e quando eu fico p… da vida com que insulta SP vcs não aprovam…

Wagner Souza

Nao existe exercito mais poderoso…o hizbolah mostrou aos Israelenses que do ar se pode tudo mas quando tem que entrar pelo chao para conquistar o que se quer a coisa fica preta. Americanos assim como Israelenses so lutam e massacram atualmente paizes e pessoas quase que desarmadas, sem poder de defesa, nao sao fortes e valentes como nos querem fazer crer a grande midia (inclusive a Brasileira…ou sera americana?) sao um bando de covardes e duvido que tenham pelotas para enfrentar paizes que podem lhes causar um dano de igual para igual. Bombas atomicas nao resolvem nada, voce destroi mas nao pode ir la buscar o que quer entao qual e a vantagem de usa-las? Os Eua sao dominados pelos Israelenses e todo mundo sabe disto, sao judeus nascidos nos Eua em todos os postos chaves da sociedade civil americana, jornalistas, juizes, promotores, politicos, secretarios de estado, banqueiros, enfim os Eua sao um grande territorio ocupado e os americanos se preocupando com uma mesquita sendo construida perto do world trade center…bando de otarios. Paz? que paz? os Arabes tem que tomar de novo seus governos, Jordania, Egito, Arabia Saudita e ai sim com a uniao dos Arabes mudar Israel para o estado do Texas!

O_Brasileiro

Se fosse realmente para promover a paz, coisa que esse encontro não é, já que é quase um clichê de ano eleitoral nos EUA, o encontro seria diferente nos seguintes aspectos:
– seria realizado num país neutro, sem interesses diretos na região. Talvez Japão, ou Brasil ou África do Sul;
– teria a participação do Hamás, já que é inegavelmente uma liderança palestina, apesar de ser considerado terrorista (os ingleses negociaram a paz com o IRA, os espanhóis com o ETA, por que não poderia haver paz entre Israel e o Hamás???);
– o interlocutor seria a ONU, e as decisões seriam ratificadas por decisões desta!
Não sendo assim, fica parecendo que tudo não passa de encenação eleitoral!!!

Marat

A tal da "Comunidade Internacional", como por exemplo, a França que expulsa ciganos, a Inglaterra, que mantém a Irlanda do Norte unida (à força) e que dizima o povo afegão, a Alemanha que como país é uma piada e tambéma massacra afegãos, o decadente Japão que, mesmo arrasado pelas bombas atômicas lambe as botas do Tio Sam e outros trastes de menor expressão, como Polônia, Itália, Austrália et caterva, morrem de medo de um governo que diz que quer riscar Israel do mapa…, ao passo que apóiam o governo israelense que efetivamente está riscando a Palestina do mapa, ou seja, as tergiversações, os eufemismos e, principalmente, o sofisma mantêm essa tal "comunidade internacional" com suas torpes mentiras… o objetivo dessa escumalha é eliminar os árabes da face da terra!

andré frej

Essa negociação, efetivamente, não levará a uma paz justa na Palestina.
Free Palestine !

Jairo_Beraldo

Têm sido isso os 60 anos do jugo israelense sobre a população palestina. Europeus invadem e ocupam a Palestina, expulsam sua população e ao invés de invasores são tratados como vitimas por essa mídia que agora revela sua verdadeira face. E quando os palestinos se defendem, são denominados terroristas. Israel, que possui um arsenal atômico e o terceiro exercito mais poderoso do planeta, é apresentado como um Davi, enquanto os palestinos, que se defendem com paus e pedras recebem a pecha de Golias.

Helcid

… mais um papel ridículo da globo !! e pra ser sincero, o jornalista André Trigueiro foi bem contemporizador com as opiniões de outros jornalistas da globo. Ridículo mesmo foi Merval Pereira, que parecia um inconformado, até gaguejava e no final ainda disse que o acordo firmado não valeu nada… patético..

[youtube QQYnnvk-bE8 http://www.youtube.com/watch?v=QQYnnvk-bE8 youtube]

    Marat

    É, de vez em quando o PIG entrevista alguém lúcido, como é o caso do professor Pinguelli Rosa… Ele foi no ponto: Israel deve tambem ser desarmado!!!

vilmar de freitas

Essa imprensa podre dominada pelos opressores dos palestinos.

turmadazica

Vamos explodir Higienópolis! Schmuchs maledetttos!

    Confuso da Silva

    Sim, porque incitar a violência é a melhor solução para se obter a paz. Ô dazica, você não está sendo muito preconceituoso não? O que é que o bairro de Higienópolis na cidade de São Paulo tem a ver com as conversações de paz do Oriente Médio?

    turmadazica

    Foi sarcasmo, parte da minha família é judia… Olha o meu comentário abaixo: ele foi retirado do texto… Duas coisas que me incomodam por aqui(nos comentários): antissemitismo e tratar os paulistanos como se fossem todos filhos de Geroge W. Bush…

    Confuso da Silva

    Desculpe-me, não tinha entendido como sarcasmo.

turmadazica

"Reconhecer algum “Estado judeu” será como pregar o último prego no esquife de qualquer noção de direitos para os palestinos"…

Urbano

Nisso tudo eu sou palestino até a medula.

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