Guilherme Amado: Viúva de miliciano diz que foi procurada por advogado dos Bolsonaro antes e depois da morte de Adriano

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Viúva de Adriano relata contatos com Wassef, advogado de Flávio

Júlia Lotufo, viúva de miliciano Adriano da Nóbrega, relatou em sua delação que Wassef fez contato com ela enquanto marido estava foragido

Por Guilherme Amado, no Metrópoles

Júlia Lotufo, viúva de Adriano da Nóbrega, contou em sua delação premiada, negociada com o Ministério Público do Rio de Janeiro e remetida para a Procuradoria-Geral da República, que Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro, fez contatos com ela ao longo da fuga do marido e também depois de sua morte.

Segundo os relatos de Júlia, nesse contato após a morte de Adriano, Wassef insistiu para que ela abraçasse sua teoria para explicar a morte de Adriano, de que o miliciano havia sido assassinado por policiais do Rio de Janeiro a mando de políticos.

De fato, na época, esta era a versão que Wassef queria fazer prevalecer, conforme entrevista dada para esta coluna em junho de 2020.

Na ocasião, Wassef afirmou que a ordem de matar Adriano teria partido de políticos interessados em colocar a culpa em Bolsonaro.

“(É) a política que está por trás disso. Queiroz ia ser assassinado. Eles iriam matar o Queiroz. Ele teria sido enterrado há muito tempo. De quem é a culpa? A culpa seria do presidente Bolsonaro. Queiroz pode ser morto na cadeia para incriminar Bolsonaro. E você ia torturar a família, porque não tem o pai para assessorar. Eles iriam sequestrar, barbarizar”, disse.

Perguntado que político, respondeu:

“Você é maluco que vou falar. Daqui a pouco, matam Queiroz na cadeia e vão falar que ele se suicidou, que foi briga de preso. Ele ainda corre risco de vida. Se acha que quem quer matar o Queiroz é bandidinho, PM, esquece. É canhão calibre grosso, forças políticas. O plano é um só: derrubar Bolsonaro”.

Procurado para confirmar se de fato ocorreram os encontros, Wassef leu as mensagens, mas se calou.


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Comentários

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Zé Maria

É evidente que quem mandou matar Marielle
e depois o Capitão Adriano não foi um “bandidinho” qualquer.
Está claro que “foi canhão calibre grosso”,
“forças políticas” então do Rio de Janeiro
e agora de Brasília.

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