Grupo de Ijuí contra Bolsonaro: Impedidos de exibir outdoor, fizeram protesto virtual; vídeo

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 Da Redação

Morgana Correa postou em seu perfil de rede social o vídeo no topo, acompanhado desta observação: “Vivemos tempos bárbaros, mas para além disso nossa frágil democracia cada dia mais ameaçada! O interior resiste!”

O vídeo é uma resposta de um grupo de cidadãos do município, no Rio Grande do Sul.

Eles pretendiam exibir na cidade um outdoor contra o presidente Jair Bolsonaro.

Porém, a empresa que cuida da veiculação deste tipo campanha recusou.

Em função disso, o grupo recorreu a um protesto virtual.

A sugestão de publicá-lo é do também gaúcho Paulo Pimenta, deputado federal e presidente do PT-RS.


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Nelson

Governador e de volta de uma viagem a Brasília, em 2017, se não me engano, José Sartori anunciava a grande sacada para salvar o Estado do Rio Grande do Sul.

Tal sacada tinha sido engendrada em conluio com o governo golpista de MiShell Temer. Já dava para imaginarmos, então, o quão “boa” para a gauchada seria.

Falo do Regime de Recuperação Fiscal. Pois os anos se passaram e, não reeleito, Sartori repassou a tarefa de implantar o tal RRF para seu sucessor, o Leite.

Uma mostra clara de que nada tinham de diferente, a não ser algumas poucas nuances, os projetos que ambos apresentaram durante a campanha eleitoral para engabelar a gauchada.

Em meio a tantos absurdos que já vimos, o RRF parecia apenas mais um. Mas, não era; o RRF é um absurdo elevado ao quadrado, ao triplo …… Na verdade, o tal RRF nada tem de recuperação, mas, podemos afirmar, de possível inviabilização, pelo resto dos tempos, do Estado gaúcho.

Se não, vejamos, de uma forma resumida. No início de 2018, o RS acumulava uma dívida de cerca de 60 bilhões e tinha para receber da União, a título de perdas com a também absurda Lei Kandir, cerca de R$ 50 bilhões.

Pela proposta salvadora de Sartori/Temer, encampada por Leite – o RRF -, o RS teria o direito de ficar até três anos sem pagar a dívida. Algo bom, sem dúvidas, dando um alívio nas contas do Estado.

Mas, não fiquemos tão eufóricos antes de darmos uma olhada nelas, as sempre presentes, condicionalidades.

Entre elas, privatizações, congelamento dos salários dos servidores, congelamento de concursos e, pasme, “esquecimento” dos créditos que o RS tem, junto à União, os já citados R$ 50 bilhões.

É possível que você até chegue a pensar: “se for feito tudo isso e a dívida cair bastante, pela metade ou quase toda ela, se não toda, talvez valha a pena”. Não é o caso. Assinado o RRF, a dívida aumentaria para algo em torno de R$ 100 bilhões.

Ou seja, pelo RRF o RS entregaria todo ou quase todo o patrimônio e riquezas que ainda lhe restam, esfolaria ainda mais o já esfolado servidor público, detonaria ainda mais o já detonado aparato público, aparato de grande importância para a grande maioria do povo, para ver sua dívida crescer em 2/3.

Mas, diante de tamanha ignomínia, diante dessa imensa calhordice, o que fez a mídia hegemônica já passados três anos desde que a proposta do RRF foi trazida por Sartori?

Essa mídia e seus comentaristas, que aparecem a nossa frente, a todo momento, como ferrenhos defensores dos recursos públicos e do Estado do Rio Grande do Sul, não se dignaram, até agora, a explicar ao povo gaúcho de que se trata, na verdade, o RRF.

Qualquer QI, mesmo o mais ralo, faria uma conta bem simples: se eu devo 60 e tenho 50 em haveres, então a minha dívida real é de cerca de 10. Assim, não há porque desesperar e fazer bobagens por causa da dívida.

Mas, diante de tamanha evidência do absurdo da coisa toda, não vemos, no meio midiático, quem questione, minimamente que seja, o tal RRF. O que dá uma boa medida do compromisso real – não o propagandeado – que tem a mídia com os recursos públicos, o povo gaúcho e o Estado do Rio Grande.

Quando me refiro a “fazer bobagens por causa da dívida”, há que separarmos as coisas. Ao olharmos a questão pelo viés do povo gaúcho em geral, o RRF não passa disso mesmo, um amontoado de bobagens que só virão piorar em muito a situação do nosso Estado.

Porém, se você olha pelo viés do grande capital, da grande mídia, dos rentistas em geral, nada há de bobagens no RRF. Há, sim, uma grande esperteza, pois é justamente esse grupo, composto por bem menos de 1% dos gaúchos e mais um punhado de gente de fora, que será o grande beneficiado com a implementação do RRF.

    marcio gaúcho

    As dívidas do setor público não foram feitas para serem pagas, mas para serem roladas. O Estado do Rio Grande do Sul foi altamente penalizado pela Lei Kandir, devido ao alto grau de exportações da produção gaúcha, isenta de tributação e com a esperança de, em lei, reaver essa diferença tributária via regulamentação, o que nunca foi de interesse do Governo Federal e do Congresso Nacional fazerem. Portanto, pela constatada preguiça e interesses alheios à maioria do povo gaúcho, osnossos nobres deputados estaduais não devem aprovar a nova RRF proposta pelo Governador Leite e, em consequência, deixar vencer a lei que limita até dezembro/2020 aquele roubo, aumento das alíquotas do ICMs, aprovado no governo do Sartori. No mais, melhor seria propor uma renegociação para a redução do valor da dívida ou o seu simples calote por parte do governo estadual. A União e os demais credores que esperem mais 100 anos para receber. O que não dá para aceitar é aumentar as alíquotas do ICMs da cesta básica e baixar a dos combustíveis, gás e energia elétrica das indústrias, promovendo mais pobreza e miséria ao nosso povo, já combalido, no intuito de manter e aumentar a arrecadação, atendendo as demandas da minoria voraz dos credores.

marcio gaúcho

Bastante corajosa a oposição ao governo federal em Ijuí-RS, cidade que concentra uma imensa maioria de cidadãos de direita, maçons e produtores do agronegócio, que apoiam Bolsonaro. Agem na calada da noite para desfazer qualquer oposição ao seu pensamento fascista. Um dia, os filhos da direitona gaúcha terão vergonha e nojo das atitudes de seus pais!

Nelson

Os gaúchos se arvoram o estrato mais politizado do nosso país. Ainda que, ao longo de décadas, tenham perpetrado um monte de barbeiragens e feito um monte de cagadas nas eleições que vimos tendo desde o fim da ditadura.

Em 2014, tínhamos a oportunidade de colocarmos no Senado um cidadão que já acumulava mais de 50 anos de dedicação às lutas e às causas da classe trabalhadora e do povão em geral. A maioria de nós preferiu uma cria da mídia hegemônica regional.

Quem tiver votado nessa cria e for olhar como, no Senado, ela votou em medidas de imenso impacto social, como a PEC 241, as “reformas” Trabalhista e da Previdência, para ficar só nessas, vai se dar conta da enorme cagada que fez e de como o “Tio Olívio”, o “El Bigodón”, teria votado diferente e estaria, ele sim, a trabalhar pelo bem de todos.

Infelizmente, serão poucos os que farão essa “autocrítica”. Ainda que nos achemos os mais politizados, a grande maioria se limita a votar a cada dois anos e a dar umas choramingadas de vez em quando.

Porém, essa maioria logo volta volta a seus afazeres cotidianos, imersa, em muitos casos, na banalidade. E a vida segue, enquanto que os governos e o parlamento estadual, com poucas exceções, com o decisivo apoio do grande capital e da mídia hegemômica, se põem a demolir cada vez mais o Estado e a lhes roubar o futuro.

“Politizados”, tivemos a coragem de entregar o comando do Estado a gente como Antônio Brito, Yeda Crusius, José Sartori e, por último, Eduardo Leite e a outras tantas coisas espúrias no parlamento estadual.

Não é à toa que, no último quarto de século, estejamos assistindo a uma decadência abismal do Rio Grande do Sul. Com as honrosas exceções dos governos do “Tio Olivio” e de Tarso Genro, principalmente do primeiro, os demais vieram se dedicando, com estreita colaboração da assembleia legislativa, a demolir o Estado.

Francisco Alves de Assis

VOLTAMOS AOS TEMPOS NEGROS DA DITADURA. É O BRASIL ENTREGUE AO LADO PODRE DA POLÍTICA MILICIANA

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