Globo imita Bolsonaro: nada de falar sobre os dólares de Messer

Tempo de leitura: 2 min
José Aleixo é o canal. Reprodução

Globo imita Bolsonaro e não responde por que Messer entregava pacotes de dólares para os Marinho

Por Jeferson Miola, em seu blog 

Bolsonaro não responde por que Fabrício Queiroz, o parceiro de pescarias, capataz e gerente financeiro dos esquemas criminosos do clã depositou R$ 89 mil na conta bancária da sua esposa Michele Bolsonaro.

Quando perguntado a respeito, Bolsonaro se descontrola totalmente e reage com raiva e violência.

Ameaça “encher de porrada” a boca de jornalista e xinga repórter de otário, bundão, safado …

Uma reação, enfim, que seria incompatível para quem não tivesse nada a esconder.

A Rede Globo imita Bolsonaro e não responde por que Dario Messer “entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50.000 e 300.000 dólares” “em espécie para os Marinho”, conforme reportagem da revista Veja sobre delação do “doleiro dos doleiros”.

Segundo Messer, “a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico”, e “os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo)”.

Na delação, Messer também detalhou que “a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo”.

De acordo com Fernando Brito, editor do site Tijolaço, Aleixo “não só sempre foi o homem forte das finanças da Globo, como assessorava o próprio Roberto Marinho em suas movimentações financeiras desde os tempos dos acordos com a Time Life que permitiram a construção do império”.

Como se observa, na delação o “doleiro dos doleiros” não economizou detalhes acerca [1] da quantia de dinheiro vivo entregue – pacotes com entre 50 mil a 300 mil dólares; [2] da regularidade de entrega – de duas a três vezes por mês; [3] dos destinatários do dinheiro – os irmãos Roberto Irineu e João Roberto; [4] do receptador do dinheiro – José Aleixo e [5] do local de entrega – dentro da sede da Rede Globo no Jardim Botânico.

Ora, com tal riqueza de detalhes, a Rede Globo está obrigada a responder: por que, ao longo do período, Messer entregou milhões de dólares em dinheiro vivo e em moeda estrangeira na sede da emissora?

A omissão da Globo, assim como o ocultamento deste fato do jornalismo da emissora como se fosse um não-acontecimento, é o equivalente da Globo à postura raivosa e violenta do Bolsonaro quando provocado a responder por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da Michele.

Tanto a Rede Globo como Bolsonaro devem apresentar suas respostas.

Afinal, em matéria de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, a lei deve valer para todos, se as instituições de fato funcionam normalmente.


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yudna

BRASILEIROS ÉTNICOS PERGUNTAM: PORQUE O BRASIL, PAÍS CONTINENTAL- com 212 MILHÕES DE HABIT. , POSIÇÃO NA ECONOMIA MUNDIAL, COM DUAS DAS MAIS ANTIGAS CONCEITUADAS INSTITUIÇÕES DE PESQUISAS DO MUNDO, NÃO ESTÁ DESENVOLVENDO NENHUMA VACINA PARA COVID-19, NESSAS INSTITUIÇÕES ÉTNICO-NACIONAIS ?? ATÉ CUBA ILHA PEQUENA E POBRE – ESTÁ DESENVOLVENDO VACINA PRÓPRIA (MAS LÁ NÃO TEM FOME , NEM DOENÇAS, TEM OS MAIORES NÍVEIS EDUCACIONAIS MUNDIAIS- INFANCIA A SUPERIOR , SEM FALTA DE MORADIA. (AFINAL É ÓBVIO : MULTINACIONAIS DE VACINAS SÃO ESTRANGEIRAS- financiados por trapaceiros e contraventores de investimentos) .

Zé Maria

“R$ 270 Milhões? Só se foi aquele doleiro que entregou pra família Marinho. Eu não recebi!”

Governador do RJ Wilson Witzel.
Na Coletiva de Imprensa, antes de se afastar do cargo por Decisão do STJ.

abelardo

Quem diria que justamente a Globo, mestre em colocar tubulação supostamente de esgoto jorrando dinheiro em horário nobre do Jornal Nacional, construiu uma imunda coleção de envolvimentos em transações escusas, tais como: apoiar e se beneficiar de favores da ditadura militar; fraude em documentos (na compra de TV); escândalo do Papatudo; sonegação de impostos (Copa do Mundo de Futebol); ocultação de patrimônio (Mansão Triplex em ilha de Parati); a fortuna entregue por Dario Messer e outras tantas, que pode preencher um livro. Por incrivel que pareça, apesar da quantidade de provas apuradas pela justiça, nenhum dos proprietários passou um dia sequer na cadeia, enquanto que Lula ficou mais de 500 dias sem que fosse apresentada uma única prova apresentada

Zé Maria

Dario Messer era o líder de um banco paralelo que movimentou
US$ 1,6 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 5,3 bilhões) de 2011 a 2017
envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países.

Ele também é apontado como o controlador do banco Evergreen (EVG)
em Antígua e Barbuda, no Caribe.

Uma lista de mais de 400 clientes está nas mãos do Ministério Público Federal
para apurar quais casos envolvem crime – o banco misturava negócios legais e ilegais.

A atuação da família Messer no câmbio ilegal remonta à década de 1980,
pelas mãos do patriarca Mordko Messer, espécie de mentor do esquema
mantido por Dario.

As amizades do “doleiro dos doleiros” vão desde o ex-atacante
Ronaldo Fenômeno até o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes,
que o chamou de “irmão de alma”.

O paraguaio foi socorrido pelo patriarca Mordko numa fase de dificuldades
financeiras.

https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/politica/2020/08/752699-doleiro-dos-doleiros–messer-e-condenado-mas-prisao-ocorrera-so-apos-pandemia.html

Zé Maria

http://www.casarobertomarinho.org.br/exposicao/6?locale=pt-BR

Uma relação de FamiGlias, desde os tempos do “Dotô Roberto”.
O Dario entrou no mundo do Crime através do Pai, Mordko,
um polonês que, assim como Roberto Marinho, adorava
Obras de Arte, principalmente as de Di Cavalcanti …

A VIDA DE LUXO DO DOLEIRO DOS DOLEIROS

Dario Messer tinha quatro imóveis
no Leblon e Ipanema, no Rio,
além de quadros de Di Cavalcanti

(https://t.co/MW9GGpELbV)

| Reportagem: Chico Otavio e Thiago Prado | Época/Globo | 31/07/2019 |

[…]
Desde os anos 90, a cobertura de Dario Messer na Avenida Delfim Moreira,
no Leblon, o metro quadrado mais caro do Brasil [SIC], foi palco de festas
que misturavam os mundos do samba, do futebol e da política.

A última delas, memorável para quem participou, ocorreu no ano passado,
meses antes da Operação Câmbio, Desligo, que ordenou sua prisão.

O doleiro abriu o terceiro andar do apartamento para a despedida de solteiro
do filho Dan, de 27 anos.

A celebração para 80 convidados foi marcada por champanhe Veuve Clicquot
e charutos Gurkha Black Dragon, itens costumeiros em seus rega-bofes para
a elite carioca [SIC].

A lista de bens de Messer inclui quatro imóveis, dois deles residenciais
e dois comerciais nos bairros de Ipanema e Leblon [no Rio de Janeiro].

Sua coleção de arte incluía pinturas da autoria de Di Cavalcanti.

No material avistado pela Polícia Federal durante a operação de 2018,
há até um desenho com uma dedicatória de Di Cavalcanti
ao polonês Mordko Messer, já falecido, pai de Dario e
apontado como o primeiro doleiro a atuar no Brasil.

A entrada de Dario nos negócios com dólares, euros etc. remonta aos anos 90
e se deu graças a seu pai.

No mesmo período, Horacio Cartes era foragido da Justiça por evasão de divisas.

Ele foi acolhido no Rio por Mordko Messer.

Nascia assim uma parceria de longo prazo em operações de câmbio.

Cartes foi fundamental na conexão entre Ponta Porã, cidade de
Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai,
em que corria o fluxo de recursos que poderiam ficar no Brasil
ou seguir para os Estados Unidos.

Na época, uma casa de câmbio e um banco chamado Amambay S.A.
uniam as atuações das famílias.

Além de atuar no mercado de câmbio, Cartes tornou-se um milionário
da área do tabaco e comandou até time de futebol.

Entrou na política em 2008, pelo partido Colorado, e cinco anos depois
alcançou a Presidência da República [após o Golpe no Presidente Lugo].

Enquanto o amigo assumia o comando do país vizinho — Cartes já declarou
certa vez que Messer é seu “irmão de alma” —, os negócios do doleiro prosperavam.

Um levantamento de bens feito pelo governo paraguaio mostra que Messer
construiu um patrimônio de quase US$ 100 milhões.

As autoridades locais já confiscaram sete fazendas espalhadas pelo país,
uma granja, dois edifícios de luxo para escritórios e 30 lotes de terrenos
no luxuoso Paraná Country Club, próximo a Assunção.

Em um deles, Messer construiu uma estrada própria para ter acesso
ao Rio Paraná.

Em sua fazenda preferida, chamada Diana, ele cuidava de cerca de
8 mil cabeças de gado e quase 9 mil hectares de plantação.

Doleiros e amigos do passado [SIC] afirmaram que Dario Messer
não era deslumbrado com sua fortuna (e, justamente por isso, atraía a tantos).

“Não existia arrogância, não existia mostrar o que ele tinha financeiramente.

Ele era simples e educado, não se sentia superior a ninguém”,
disse um frequentador [SIC] da cobertura da Avenida Delfim Moreira.

Íntegra: https://t.co/MW9GGpELbV

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