Fátima Oliveira: Uma agenda estratégica para a saúde no Brasil

Tempo de leitura: 2 min

Pensando uma agenda estratégica para a área da saúde no Brasil

À frente do ministério, alguém comprometido com o SUS

por Fátima Oliveira, em O Tempo

Médica – [email protected]

Compartilho pontos de um documento vital para o povo brasileiro: “Uma Agenda Estratégica para a Saúde no Brasil”, discutido por organizações da reforma sanitária com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e a equipe de transição em 24 de novembro passado. O pano de fundo é a análise dos inegáveis avanços do Sistema Único de Saúde (SUS) em seus 22 anos, cuja espinha dorsal é a eliminação da figura do indigente da saúde.

“Há limitações importantes à efetivação dos princípios e das diretrizes do SUS”, logo o principal desafio é de ordem eminentemente política: respeitar o SUS como a política de Estado que é, efetivando seus princípios e diretrizes — tarefa de que o governo Dilma não pode se furtar nem pegar atalhos equivocados que minem o modelo de atenção universal. Manter e ampliar o que o SUS faz bem, focando questões renitentes que empanam o seu brilho —  o que exige ter à frente do Ministério da Saúde alguém comprometido com o ideário do SUS.

O segundo ponto, que não pode mais “passar batido”, é um “acerto de contas e de condutas” com instituições privadas que prestam serviços ao SUS, que tratam a clientela SUS como esmoler, achando que fazem favor ou caridade. Na verdade, elas são contratadas do SUS! Caso das filantrópicas, que ganham pelo que produzem e ainda recebem benefícios fiscais e creditícios (dinheiro público na bandeja); em muitas, o atendimento à clientela SUS é temático (algumas doenças) e discriminatório, vide porta de entrada dupla (SUS e convênios/particulares), chegando ao cúmulo que muitas possuem serviços de urgência que não atendem SUS! É imoral, mas virou regra o SUS abrir mão da regulação de serviços contratados e num município de gestão plena do SUS haver castas de serviços intocáveis, ainda que fora da lei!

O terceiro ponto é “assegurar aos trabalhadores da saúde condições adequadas ao exercício de suas atividades”; em quarto lugar, a busca da uniformidade na gestão; e em quinto: respeito e implementação do modelo de atenção à saúde do SUS. São propostas que “visam a enfrentar os problemas de caráter estrutural, e não apenas conjuntural, do sistema de saúde brasileiro”.

1. Financiamento da saúde: alcançar a aplicação de 10% do PIB no setor da saúde; aprovar no Congresso Nacional lei que regulamente a EC-29 e assegure fontes estáveis e suficientes de financiamento;

2. Regulação do setor privado: que a Agência Nacional de Saúde Suplementar seja pautada pelo interesse público;

3. Política de gestão do trabalho em saúde: eliminar a precarização, adotando parâmetros nacionais de cargos, carreiras e vencimentos para os trabalhadores da saúde;

4. Modelos de gestão pública: fortalecer a capacidade gerencial do Ministério da Saúde e os processos de coordenação interfederativa;

5. Modelos de atenção à saúde: fortalecer e expandir as estratégias de promoção da integralidade e da universalidade;

6. Desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde: buscar a articulação entre as políticas de saúde, de ciência e tecnologia e de indústria e comércio; e

7. Valorização do controle social e participação social.

Eis as propostas das instituições do Movimento da Reforma Sanitária: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva , Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Rede Unida, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Associação Paulista de Saúde Pública e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade .


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Caetana Campos

"Compreendemos a necessidade de composição política com os partidos aliados na indicação dos nomes dos futuros ministros, mas colocamo-nos contrários à nomeação de um Ministro da Saúde que não esteja identificado firmemente com os princípios já mencionados e que não tenha já demonstrado capacidade de gestão e comando político no processo de construção histórica do SUS. O Movimento Sanitário tem várias lideranças com este perfil que apresentam um bom trânsito político em muitos dos partidos aliados. Seria um grande retrocesso, depois de tanto esforço do Movimento Sanitário, ver o SUS entregue a técnicos e políticos desconectados com esta construção e até mesmo com propostas contrárias, como é o caso de muitos nomes que vêm sendo cogitados. A luta pela saúde mobiliza setores muito amplos da sociedade. Caso contrário, nos sentiremos traídos em nossos esforços nestas eleições."
.
Da CARTA DOS MOVIMENTOS E COLETIVOS DE EDUCAÇÃO POPULAR EM
SAÚDE SOBRE DESAFIOS DA SAÚDE NO FUTURO GOVERNO
06 de dezembro de 2010.
http://www.saudecomdilma.com.br/

Daniel Rodrigues

Fátima Oliveira, vc foi muito feliz em divulgar esse manifesto das instituições que integram a Reforma Sanitária, pois coincidiu com o período em que a escolha do ministro da saúde está sendo feito. Concordo com o teor do documento, que já li. Mas discordo da forma como as referidas instituições tentam impor um nome indicado por elas. Já somos suficientemente grandinhos para ficarmos brincando de fazer política. Onde já se viu querer emplacar uma pessoa como ministro e ficar brincando de expor tais nomes num blogue, fala sério! Parto da opinião que isso não ajuda.
Concordo inteiramente com o documento e achei o seu artigo um excelente resumo dele. Meus parabéns

paulo sergio

Fátima ,
O Fausto que está sendo um nome forte p/ ministro da saúde , homem seerio , competente , decepcionou muito à frente da ANS , os pontos que vc lista em sua matéria são exatamente os que o desafiaram enquanto preseidiu essa agência , por isso vai ser dificil avançar nessa relaçnao SUS / Planos de saude privados . Trabalho há dez anos na saude do municipio e encontrei lá um bom secretário , o sr Helvécio mas a decisão é bastante politica .
Abç
Paulo

Silvio

Azenha:
Os governantes de São Paulo, agora, estão querendo que aquelas pessoas que tem convenio, os hospitales públicos, pagando os atendas. O SUS e pago com os impostos que paga toda a população. Essas pessoas que tem convenio já estão pagando duas vezes, por um serviço médico.O ideal será um bom atendimento, de primeira categoria para a toda a população, e gratuito. Em este momento tem pessoas, que dorme na porta do hospital fazendo fila para ser atendidos ao outro dia, quem sabe a que hora. Os hospitais atuais não dão cumprimento a atender bem, a os atuais usuários. Já imaginarão esse pobre que fez fila, ser deixado de lado para atender alguém que pagou? O seja que si e aprovada essa lei, e este povo permite, será relegado no atendimento,as calendas gregas.Si ser aprovada essa lei, Eu estou as ordens para levantar as assinaturas necessárias, para ser anulada.

carlos saraiva

A luta pela formulação da politica de saude na constituinte, que deu origem ao SUS, foi a possível pela correlação de forças. A complementariedade do serviço privado, foi a grande derrota. Assim abre as portas a maior ou menor privatização do sistema. Por isso a importancia de termos gestores comprometidos com o SUS, público. FHC/Serra, seguiram o caminho da privatização. Serra manteve o mesmo espirito em S. Paulo.O discurso do financiamento, pode ser um discurso falso, privilegiando recursos para a iniciativa privada, bem como a "boa gestão". Precisamos estar atentos e reforçar a importancia do Plano de Carreira e Salarios para os profissionais do SUS.

José Almeida

Gostei muito da posição da Fátima sobre quem deve estar à frente do Ministério da Saúde. É que não dá pra colocar raposa pra cuidar de galinheiro

Silvio

Azenha:
Tem hospitais conveniados por o SUS, que atendem pacientes ate os 75 anos. Após essa idade Deus cuidará de eles. Tem Hospitais particulares conveniados, pendurados no SUS, não dão de alta a pacientes, e estes continuam indo ao hospital e cada 15 o 20 dias, faz ficha assinam e com isso o hospital saqueia ao SUS. Existem casos de 8 e 10 anos sendo tratados, por algo que já está bom. Esses pacientes continuam indo ao hospital, por medo de amanha, não ser mais atendido. Desta forma essas instituições particulares, continuam construindo hospitais de luxo com o dinheiro roubado do SUS. O problema que não existe fiscalização,o os órgãos responsáveis de controlar, estão levando alguma coisa.

    Conceição Lemes

    Silvio, vc teria os nomes dessas instituições? abs

    Laura Antunes

    Conceição, minha sugestão é que vocêe faça uma matéria só com os hospitais filantrópicos da cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horionte credenciados pelo SUS e descubra coisas do arco da velha. Não são apenas as Santas Casas que são filantrópicas, a maioria dos hospitais ditos religiosos também são. E muitos que posam de "particulares" também são instituições filantrópicas que promovem apartheid com a clientela do SUS. Desde só atender o que é muitíssismo lucrativo (escolhem o doente e a doença) a não abrir o seu pronto-socorro para o SUS. Comem o filé do SUS e deixam os ossos para os hospitais próprios do SUS ou para os hospitais universitários. Deu pra entender o que a Dra. Fátima Oliveira fala de casta de hospitais intocáveis ainda que fora da lei?

    Conceição Lemes

    Laura, na cara dura, vão na contramão do que é o SUS. Quer coisa mais absurda que a dupla porta? Já fiz reportagem sobre ela nos dois maiores complexos hospitalares universitários de São Paulo. Muitas vezes para pacientes do SUS certos exames só são agendados para dali quatro, cinco, seis meses . Porèm, na porta do convênio, vc consegue às vezes na semana seguinte. É tremendamente injusto, pois os aparelhos da porta convênio foram comprados com a grana do SUS. Obrigada pela sugestão. beijo

    Silvio

    Conceição Lemes:
    Sim tenho o nome de esasas instituições, e posso dar elas.abs

carlos saraiva

Excelente artigo. Acho, Helvécio, Fausto e Padilha, bons nomes para o ministério. Gostaria à titulo de colaboração de lembrar o nome da Dep. Jandira Feghali. Alem de aumentar o número de mulheres no governo, o que acho importante, premia uma companheira lutadora e comprometida com a implantação e defesa do SUS.

Cabeção

Quanto aos pontos destacados pela autora, na minha opinião os mais críticos são o financiamento e a gestão – englobando a gestão do trabalho e enfrentamento da precarização dos vínculos trabalhistas. O cenário é pouco favorável: muitos Estados e Municípios adotam o modelo de Organizações Sociais da Saúde – OSS, repassando a verba da saúde para tais organizações assumirem a gestão acordada por meio de um contrato de gestão. No financiamento, penso que deve haver uma luta para aumentar os gastos públicos em saúde, que hoje estão por volta de 3,5% do PIB. Mas tão importante quanto aumentar os recursos é a regulação do setor privado que corrói o setor privado (as OSS são um exemplo, além daquele apontado pela autora).
Temos de lutar muito ainda pela reforma sanitária! Conseguiu-se efetivar o direito a saúde, mas ainda há muitas lutas para consolidar esse sistema de saúde que pode ser um modelo para uma nova sociedade

Cabeção

Bom texto!
Raro conteúdo sobre saúde pública que aparece na mídia e que não se limita a bater na falta de leitos, na demora para atendimento, etc. Problemas sperios que devem ser superados, no entanto são problemas decorrentes do êxito do movimento de reforma sanitária que conseguiu efetivar o direito à saúde para todos os brasileiros. Antes do SUS, quem poderia ser atendido pelo INAMPS eram apenas aqueles inseridos no mercado formal de trabalho. Portanto, com o SUS há um grande aumento na demanda já que boa parte da população não trabalha de carteira de trabalho assinada.

felipeolcav

Cara Fátima e Azenha, os pontos levantados no artigo são importantes e não prescindem de quem será o ministro da saúde do governo Dilma. É por isso que apoiamos Fausto, Helvécio e Padilha para o Ministério da Saúde. http://www.saudecomdilma.com.br

Há também um manifesto com mais 900 assinaturas circulando em http://www.petitiononline.com/faustoms/petition.h

Larissa

Andei bisbilhoatando o blogue de apoio ao Dr. Fausto Pereira dos Santos para ministro da saúde. Ele realmente faria diferença em diferenstes sentidos. É um técnico competente e destacado que é filhote do SUS, sempre trabalhou no serviço público. Já foi da secretária de saúde em Ipatinga e secretário adjunto de saúde da prefeitura de Belo Horizonte, cargos que o credenciaram para a Agência Nacional de Saúde Suplementar, onde foi diretor-presidente por dois manadatos. É funcionário público da saúde que por onde passou fez a diferença. Tra-se de um médico que é portador de deficiência física, que nunca pousou de coitadinho: é médico e trabalha com afinco e amor. Para o Governo Dlma seria o máximo.
Anteontem era quase certo que o Dr. Fausto seria o ministro. Acaba de entrar o ministro Alexandre Padilha, das Ministro das Relações Insitucionais, que também é medico, minha gente!!!
O Movimento da Reforma Sanitária dveria se contentar em indicar o ministro! Secretário-executivo é cargo de confiança do ministro, por que colocar um contrapeso no pescoço do ministro? Meteram os pés pelas mãos!

    Fabrício

    Larissa, como você acho que de algum modo pessoas mais afoitas, embora bem intencionadas, acabaram quimando o melhor nome do PT para ministro da saúde: Dr. Fausto. Não era hora de fazer um site com o nome "faustoministro". Foi uma incompetência política. Agora mudaram para para http://www.saudecomdilma.com.br
    E pasmem agora estão dizendo que a luta é pra emplacar um dos três: Fausto, Padilha ou Helvécio. Parece que são neófitos da política. O nome era o fausto? Então vamos brigar por ele. O Helvécio nunca foi undicado para ministro por ninguém, pelo que estou sabendo e procurei saber. Não era secretário-executivo do Fausto? Como se lambusaram por indefinição, Padilha enrou na área e pode ganhar a parada porque se apresentou como "comequieto", mineiramente, mais que os mineiros.
    A Dra. Fátima Oliveira poderia me dizer porque seus colegas velhos de guerra, quero dizer do Movimento Sanitário, não aprendem coisas elementares da política e acabam metendo os pés pelas mãos?

    Eliana

    Concordo com a Larissa quando ela diz
    "Anteontem era quase certo que o Dr. Fausto seria o ministro. Acaba de entrar o ministro Alexandre Padilha, das Ministro das Relações Insitucionais, que também é medico, minha gente!!!
    O Movimento da Reforma Sanitária deveria se contentar em indicar o ministro! Secretário-executivo é cargo de confiança do ministro, por que colocar um contrapeso no pescoço do ministro? Meteram os pés pelas mãos! "

ebrantino

Para mim, os ministérios ditos economicos, Fazenda, Planejamento, Banco Central, administram atividades "meio", isto é, não administram a finalidade do Estado. A finalidade do Estado, no nosso sistema e estágio politico institucional, e em nossa correlação de forças sociais, são o conjunto Segurança, Saude, Educação e Seguridade Social. Além desses, de forma intermediária entre meios e fins, Industria e Comércio, Exterior e Agricultura e Minas e Energia. De todos esses setores, o que chama mais a atenção e queixas do povo, aquele em que aparecem mais queixas, de longe á a saude. Para os brasileiros, em face do perfil econômico da população, e do carater cada vez mais custoso (caro) assumido pela medicina, a assistência à saude, de uma hora para outra pode tranformar todos os sonhos de uma vida em pesadelo, dada a precariedade eventual do atendimento em determinadas ocasiões. A qualquer momento, por uma fatalidade, qualquer um poderá se defrontar com a transformação até de uma pequena enfermidade ou acidente, em tragédia, que poderá causar a morte ou sequelas permanentes atingindo a sí ou a entes queridos. Esperemos que a Presidente tenha a possibilidde de resolver, esse problema. É estratégico para a continuidade do projeto popular do governo. Se não for resolvido esse assunto vai ser a escada para a oposição subir ao poder logo adiante.

José Neto

Dr. Fausto Pereira dos Santos para ministro da Saúde.
– Dr. Fausto é uma das grandes inteligências da história do SUS, hábil negociador, harmonioso e respeitoso com as diversidades, um sábio humilde que pensa a dores dos desvalidos como motor de sua caminhada de solidariedade e práticas criativas de inclusão social… Ele encarna o SUS, ele encarna o cuidado-acolhimento, o cuidado-vínculo e o cuidado-compaixão e corresponsabilização… Democrata por índole e convicção ira avançar o controle social e a construção do novo modelo assistencial… Além, de ser um homem meigo, terno e autêntico, transparente incorruptível… O Brasil o necessita… Ele ministro avança o SUS e o nosso povo será pensado e cuidado com o carinho que lhe faz um amigo de todos os que sofrem…
Para assinar, basta acessar o site: http://www.petitiononline.com/mod_perl/petition-s

Gustavo Pamplona

Vejam a diferença entre o PIG e o não PIG… bastante didático! ;-)

G1: Brasil melhora média, mas fica entre piores em ranking de ensino da OCDE

Exame avalia conhecimentos de leitura, matemática e ciências.
Piores resultados são de alunos de escolas públicas estaduais e municipais.
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia

R7: Brasil cumpre meta internacional de educação

País foi um dos que mais melhoraram a pontuação no Pisa em uma década
http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/not

    mello

    E, ainda etá no ig: rede federal tem índices melhores que estados unidos, frança….

Aracy_

Concordo com Fátima e acrescento que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem de cobrar, efetivamente, dos planos e seguros de saúde o atendimento prestado pelo SUS ao usuários/segurados dos serviços privados. Chega desses serviços ficarem com o filé da saúde e largarem o osso para o SUS roer.
Além disso, combater a epidemia de obesidade na população brasileira deve ser uma das prioridades do Ministério da Saúde.

Se Nagao

Fátima Oliveira, parabéns.
Sou usuário do SUS e tenho sido atendido e tratado nas minhas doenças, tive dificuldades como todo usuário do SUS passa, como falta de macas, falta de leitos, problemas para internação. Já dormi debruçado em uma mesa de consultório (à noite) com soro pendurado no braço – se não tivesse sido atendido poderia ter morrido.
Entendo que a saúde pública precisa melhorar, já melhorou muito e sou testemunha disso. Já tive plano de saúde e posso dizer que em alguns momentos tive mais dificuldades de ser atendido do que como usuário do SUS.
O grande problema da saúde pública no Brasil está nos governos (federal, estadual e municipal) que não tem compreeensão do que vem a ser o SUS, acham que o SUS é saúde para pobres e por isso não precisa de recursos. esses níveis de governo acham que a saúde deve ser através de plano de saúde particular.
O governo Lula aumentou o repasse "per capita" para o SUS mas ainda não foi suficiente pois, o governo FHC manteve o repasse congelado durante todo a sua gestão mesmo com a CPMF.
O SUS é como a única reforma do estado brasileiro contemporâneo e tem sido graças aos abnegados que entendem que a saúde é um direito universal e de política de estado, mesmo com toda a campanha contra a saúde pública.
A discussão que vem sendo apresentada pela transição de governo é desanimadora.

Mariana Rodrigues

Arrepiei! Fátima Oliveira é uma das grandes batalhadoras pela Reforma Sanitária no Brasil. Sua luta vem de longe, desde a 8a. Conferência Nacional de Saúde, em meados da década de 1980. Viu nascer o SUS e o contrói cotidianamente em sua prática médica. Sabe o que diz. Já escreveu muito sobre os tempos pré-SUS. Era pior. Bem pior. Como dizia o avô dela: "Na doença quem tem um cavalo só vale um cavalo!"
Lembram de uma crônica em que ela dizia que quem nos salvavam eram os nosso bichos? Hoje, abaixo de Deus o SUS e não nossos animais!
Conhece o que diz. E está certa ao dizer o que pensa à presidenta eleita. No Ministério da Saúde alguém que conheça e respeite o SUS como política de Estado. Não precisa inventar a roda, ela já existe, é O SUS, precisa rodar bem e no rumo certo.

Paulo

Azenha, há uma intensa movimentação do Movimento da Reforma Sanitária pela indicação de um ministro da saúde comprometido com o SUS e disposto a dar um salto de qualidade nesta que é a maior (talvez única) política de estado, no Brasil, que tem como compromisso um acesso universal, integral e equitativo, com participação social na definição dos seus rumos. Maiores informações no blog:
[email protected]

    Alice Matos

    Paulo, o Dr. Fausto é uma grande promessa e pode dar um grande ministro. Passa confiança e seriedade. Mas o Dr. Helvécio, ex-secretário municipal de saúde de BHorizonte não foi nenhuma brastemp. Nem conseguiu segurar os ganhos que tivemos no Governo Patrus na área de saúde. Foi em sua gestão que o déficit de leitos de retaguarda do SUS aumentou bastante. E ele nada fez. E ainda achava tudo ótimo. Ia pra TV dizer isso, sem nem tremer a cara. Foi um secretário chinfrim, mesmo assim o PT o colocou como presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde. Um erro. Um prêmio imerecidoi. Nunca enfrentou os que destratam usuários do SUS em BH. E eles existem. São os credenciados do SUS como filantrópicos, que promovem o partheid no atendimento da clientela SUS. Hoje em dia nem mexe com saúde, é Secretário de Planejamento da Prefeitura de Belo Horizonte. Há putros nomes com mais gabarito que ele.

    Alice Matos

    Vocês sabiam que, por exemplo o Hospital Feício Rocho é filantrópico? Pois é não paga impostos, mas vá lá no pronto-socorro dele pra ver se é atendido? E nesse caso, como esse que falei, há muitos e muitos que só atendem o filé das doenças, aquelas que o SUS paga mais, como transplantes, hemodiálise, neurocirurgias, inclusive hospitais religiosos. E Dom Serafim? Nem aí. Quer dizer, aqui não podemos nos queixar nem ao bispo! Se Helvécio concordou com tudo isso, porque vai ser premiado em ser secretário executivo do ministerio da saúde?

    Gimed

    Inclua Hospital Madre Teresa, entra SUS golden-plus, isto é, de amigos próximos ou parentes de funcionários, ou procedimentos rentáveis… neurocirurgia, CCV… Ridículo.
    Veja outros… http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Ind_Habilitacoes_L

jose

Como sempre Fátima Oliveira, lúcida e ousada! Parabéns, Fátima

Deixe seu comentário

Leia também