Post publicado originalmente com o título Fátima Oliveira: Oi submete cliente a tortura moral
Sob a mira do “navegador” e da tortura moral de ser cliente Oi
FÁTIMA OLIVEIRA, no jornal O Tempo
Desde 11 de junho estou sem acesso à internet e TV a cabo. No dia 13 fiquei sem TV, internet e telefone, que no ano passado emudeceu dias e dias por não-manutenção dos fios na rua, disse o técnico! Sou cliente de uma empresa sem dono, sem prepostos, sem responsáveis e que não se acanha da práxis de causar danos materiais e morais; e a maioria dos funcionários não fornece nomes completos (“é norma da empresa”). Quem não se identifica devidamente não está apto a lidar com o público e se vale da impessoalidade para nos desrespeitar.
Desde 12 de junho registrei mais de 50 protocolos da mesma queixa. Enviaram zilhões de “pulsos” e cinco “equipes técnicas” à minha casa. A primeira, cinco dias após a queixa! Trocou umas pecinhas do modem e desde então a internet volta, religiosamente, de meio-dia às 15h ou 16h e, quando some, as TVs enlouquecem como que por encanto! Nenhuma “pega” os canais e a imagem a que tenho direito. A “equipe técnica” boiou. Ao comunicar, ouvi que a “norma da empresa” era agendar a segunda visita para o dia disponível: 25 de junho! “O defeito é na rua”. Resolveriam naquela noite! Papo pra vaca dormir.
“Você não entendeu! O problema do dia 11 não foi solucionado! Entrei na espera da agenda da Oi de 11 a 16, daí a 25! Os técnicos boiaram! Como entrar na fila outra vez?” Suspiros de desdém… “Senhora, é o procedimento. Tem de entrar na disponibilidade da agenda. Não há outro! Ou continuará sem internet! Escolha! Se não tiver quem receba a equipe, pagará R$ 30! Acompanhe. Exija ver a peça nova e a velha!” É desaforo demais. Além de lesada pela Oi, devo fiscalizar sua equipe técnica!
O pior é a Oi autorizar entrar em minha casa gente em quem ela não confia. É um absurdo naturalizado e banalizado por quem deseja instalar um programa espião para vigiar sua clientela (“Navegador”, da Phorm), surrupiar e vender os dados obtidos – invasão de privacidade que não podemos permitir! “Cadê seu supervisor?”. A resposta padrão: “Não adianta falar com o supervisor; quem passa os problemas sou eu. Ele não atende cliente!”. Durante o dia, em geral, está em reunião e à noite em “outra operação”. Só falei com um supervisor três vezes e… nada!
Por mais de 20 vezes tentei cancelar o contrato, em vão! Enfim, no dia 29 consegui falar no “cancelamento do contrato”. O atendente, “todo ouvidos”, se disse incrédulo: “Desconheço cliente Oi que ficou tanto tempo sem internet”. Seeeeei! Fiz de conta que acreditei porque insisto em crer no ser humano e em outras operadoras o descaso é similar. Pediu um tempo para consultar a supervisora. Fui convencida de que no dia seguinte tudo seria resolvido, “embora a senhora esteja agendada para o dia 1º”. (Ô favorzão!).
Após 19 dias, formularam uma hipótese, a mesma chutada, por telefone, por um atendente na primeira semana: “Deve ser o cabo. É preciso trocá-lo”. Os demais diziam ser “intermitência” (com hora marcada?). “Vamos trocar o cabo”. Quando? “Espere dois a três dias!” Em 1º de julho, nova visita que, conforme o técnico, foi engano. Ele faria o diagnóstico que, pela nota de serviço, fora realizado no dia anterior. “Aguarde a troca do cabo”.
Trocaram o cabo no dia 3 e continuo desplugada! É incompetência técnica demais. A quem queixar, além do bispo? Há alguma autoridade que tenha coragem de dar um basta à atitude contumaz da Oi de tripudiar dos clientes? Os fatos atestam que uma empresa da dimensão da Oi possui igual incapacidade de resolutividade técnica.
Publicado em: 06.07.2010
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Acrescento mensagem que recebi do Gilberto Melo:
Caro Azenha,
O problema que a senhora Fátima está passando tornou-se coisa corriqueiro para clientes da Oi. Tenho um problema parecido, escuta só meu drama: infelizmente sou cliente Oi conta total (internet banda meio larga, fixo e dois celulares). Estava comprando uma passagem para a Espanha, quando ao preparar um cadastro na agência a atendente informou pendência no SPC, como?? Constava débito na OI. Mas pago todas as contas em dia!!
Aí foi aquela via crucis. Liguei inúmeras vezes e bota inúmeras nisso, e a/o atendente informava um débito mas não conseguia localizar qual a conta em atraso. Depois de um monte de reclamações fui ao juizado de Pequenas Causas e o funcionário nos orientou a abrir uma queixa por danos morais e solicitou uma indenização bem alta. Acreditei que quanto maior o valor pedido, maior seria o impacto na Oi. Puro engano, na primeira audiência, marcada para três meses depois, a advogada com uma funcionária “preposta” sentaram-se à nossa frente e disseram o seguinte: O senhor tem uma conta em aberto do mês julho de 2008.
Só que minha esposa tem todas as contas pagas e arquivadas. Abriu a pasta, retirou a conta e mostrou à funcionária. Elas cochicharam, a preposta pediu para sair da sala um instante e quando retornou disse que havia ocorrido um engano, que retiraria meu nome do SPC e ofereceu um cala a boca de 400 reais. O próprio mediador do juizado sugeriu um valor maior, mas as moças alegaram que este seria o teto.
Foi marcada uma segunda audiência para maio de 2011, mas não sei como, recebemos uma correspondência antecipando para o início de maio deste ano.
Mas vamos ao que interessa. Enquanto aguardávamos, prestando atenção na sala de espera, pude constatar o seguinte: havia catorze audiências de conciliação naquele dia, DOZE eram da Oi, uma da concessionária de energia (onde trabalho) e uma de uma loja de informática.
Nas primeiras três, os reclamantes aceitaram indenizações que variavam entre 400 e 600 reais. Quer dizer, mais que isso a Oi não paga, e você teria de ir a uma instância superior, os advogados não querem representar clientes contra a Oi, pois há consenso de que os valores pagos são irrisórios. Com isso, a Oi deita e rola, faz o que quer, pois é preferível pagar 500 reais a doze clientes por audiência, o que daria 132.000 por mês a mudar seu procedimento.
E onde entram a justiça e autoridades nisso? Se a justiça aplicasse multas bem maiores, que doessem no caixa, com certeza a Oi mudaria a maneira de agir e tratar seus clientes. Enquanto isso, a justiça faz de conta que defende direitos e a Oi vai muito bem obrigado. Essas empresas que surgiram após as privatizações não estão aqui para prestar serviço e sim dar lucro, muito lucro aos acionistas, e nós consumidores estamos órfãos, sem ter a quem reclamar, nem mesmo ao Bispo.
Gilberto Melo
Recife/PE
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Prezado Azenha
Sobre o caso da Oi
Meu nome é Walter Augusto Osorio Junior, telefone 86-88******, Teresina Piaui, CPF 48958******, Supervisor de Informatica da Justiça Federal no estado e durante dois anos fui vitima de mensagens não solicitadas enviadas em meu telefone que iam desde Quis premiado, a chat gay, procura de namoradas, promoções de revistas da editora abril etc…
Várias vezes, acredito que mais de 100 vezes, solicitei à Oi que o serviço fosse bloqueado e isso nunca aconteceu. Havia um hiato de 2 ou 3 dias após a reclamação e as mensagens voltavam.
Fiz duas reclamações à ANATEL e na primeira delas, em janeiro deste ano, o serviço foi bloqueado e fiquei sem receber mensagens por uns 2 meses. Em março elas voltaram em carga atômica.
Fiz reclamação novamente, desta vez pelo telefone, protocolo da chamada 3750412010-Protocolo ANATEL.
Isso às vésperas da semana santa. As mensagens continuaram e aí, com o perdao da expressão, literalmente em****cido, passei a pesquisar na internet e me vi obrigado a comprar um smartphone, ainda sem ter acabado de pagar o telefone anterior, porque descobri que o smartphone tinha alguns programinhas que bloqueavam as mensagens, gravavam chamadas telefônicas e outras pequenas filigranas.
Aliviei na quarta feira antes da semana santa quando, não obstante continuasse a receber mensagens, elas passaram a ser automaticamente descartadas pelo software que eu comprei para o telefone.
Qual não foi minha surpresa quando, no sábado de aleluia, 9 horas da manha, recebi a chamada da operadora que se identificou como Ana Paula, da Oi , telefone 2132****** , gravada pelo meu software do telefone e a qual eu te envio em anexo, apenas editando o número do meu telefone e meu local de trabalho, mas de resto transcrita na íntegra, para que você possa ver como esses cana**** da telefonia privatizada trabalham.
Ouça e pasme.
Segue o link da empresa mafi***, http://www.comperantime.com/pt/ sócia da Oi e das demais companhias de celulares. Não sei se você sabe mas essas mensagens esgotam os créditos de usuários pré-pagos, que não é o meu caso.
O mais espantoso e que após essa conversa (a da gravação) nunca mais eu recebi uma mensagem espúria da Oi e de seus asseclas.
Você tem minha total solidariedade em denunciar como esses vaga****** operam, e minha autorização para publicar a gravação que te envio, caso ache interessante.
Atenciosamente
Walter A. Osorio Junior
Tecnico Judiciario Federal
Teresina-PI
Clique abaixo para ouvir a gravação:




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