Em nota, Federação dos Palestinos pede apuração rigorosa do ataque ao bar Al Janiah

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Os palestinos dizem não ao ódio

Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

O ataque realizado ao Al Janiah, em São Paulo, centro cultural, bar e restaurante conhecido por sua culinária árabe e identificado com o ativismo político, dirigiu-se a um bem maior da humanidade, isto é, ao direito de seres humanos viverem conforme suas culturas e ao direito humano básico de livre expressão do pensamento.

Tratou-se de um ataque estimulado pela intolerância, inclusive religiosa, pela xenofobia dirigida quase que exclusivamente a imigrantes asiáticos e africanos, mais especialmente aos árabes, pelo racismo, pelo ódio ao “diferente”.

Isto é intolerável, um perigo à convivência humana, às liberdades individuais e coletivas, à democracia. Um perigo à existência do Brasil enquanto projeto nacional soberano.

Por isso o denunciamos. Por isso dizemos não ao ódio.

A FEPAL já alertava para isto em documento levado a público e às instâncias governamentais em 14 de abril de 2011, intitulado “Difamação das religiões: os riscos à comunidade muçulmana e árabe residente no Brasil e os perigos de intolerância religiosa e de conflitos inter-religiosos no País”.

Era um alerta frente à reportagem da revista Veja, toda baseada em fatos inexistentes ou distorcidos e com vistas à criminalização de toda a comunidade árabe-brasileira, a palestino-brasileira em especial, e claramente destinada à promoção da agenda da islamofobia em primeiro plano e levando automaticamente a outra agenda desejada, a da arabofobia e da palestinofobia.

O Estado Brasileiro, à época, levou a sério a denúncia da FEPAL e apurou o caso, chegando a um ex-chefe do Serviço Antiterrorismo (Santer) e ex-diretor de Inteligência da PF, então secretário de segurança pública do DF, cargo do qual acabou exonerado.

Pedimos às autoridades brasileiras que façam hoje o mesmo: apurem com máximo rigor o ocorrido, cheguem aos responsáveis e apliquem-lhes as penalidades expressas na legislação brasileira. Basta de ódio.

Diretoria FEPAL


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