Dr. Rosinha: A floresta chora

Tempo de leitura: 4 min

por Dr. Rosinha, especial para o Viomundo

Como se fosse uma via sacra, dividida em vários atos ou estações, há muito tempo a floresta chora. Se a via sacra é composta por 14 estações, a de agressão à floresta tem infinitas.

Primeiro Ato ou Estação

Poderia voltar no tempo e buscar um fato que constituiria a primeira Estação, como, por exemplo, a morte de Chico Mendes, em 1988. Ou, mais antigamente, a morte do primeiro índio em solo brasileiro. Ou então a derrubada do primeiro pau-brasil. Para ficar no contemporâneo, fui buscar o primeiro ato no dia 24 de maio passado. Dia em que foi derrotado o Código Florestal.

Segundo Ato

Três dias depois, no dia 27, após o duplo assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, também foi morto Adelino Ramos, presidente do Movimento dos Camponeses de Corumbiara e da Associação dos Camponeses do Amazonas. Adelino era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, em 1995, quando foram assassinados dez trabalhadores sem-terra. Ele vinha sofrendo ameaças de morte por denunciar a ação de madeireiros, que raramente agem em separado dos grandes fazendeiros do agronegócio, que no Congresso Nacional são representados pela bancada ruralista. Adelino foi morto a tiros por um motociclista enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia, ou seja, era um agricultor familiar e não um fazendeiro.

Terceiro Ato

No dia 25 de maio, os Ministérios Públicos dos Estados e diversas outras entidades, presentes na 102ª reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, divulgaram carta de repúdio ao Novo Código Florestal. Manifestam “profunda indignação diante da aprovação das alterações na Câmara Federal do Código Florestal Brasileiro, que enfraquecerá ainda mais a proteção das florestas, das águas, do ar, do solo, do clima, da biodiversidade, das populações em área de risco e da agricultura sustentável”. Chamam a atenção para a gravidade do fato “face aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil” e por ocorrer “às vésperas da Conferência Rio+ 20”. A aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), torna “mais vulnerável o meio ambiente, as instituições e o Sistema Nacional do Meio Ambiente”. Torna mais vulnerável a vida humana.

Quarto Ato

Recebi centenas de mensagens me parabenizando por ter votado contra o relatório do Aldo Rebelo. Entre elas reproduzo uma recebida no dia 24, dia do assassinato de Zé Cláudio e Maria. “Olá, Doutor Rosinha. Venho aqui lhe pedir encarecidamente que impeça a força ruralista de vencer na votação do Novo Código Florestal. O assassinato de Zé Cláudio e sua esposa são uma demonstração terrível e clara de que essas pessoas só querem fazer o bem a si mesmas em prol de lucro e riquezas. Por favor, Doutor Rosinha, ajude o Brasil a vencer essa doença devastadora.”

Quinto Ato

Assim como a morte de Santiago Nasar foi uma “Crônica de uma Morte Anunciada” (romance de Gabriel Garcia Marquez), as mortes de José Cláudio e sua esposa Maria do Espírito Santo, assassinados em 24 de maio, não foram diferentes. Domingos Jorge Velho, um dos bandeirantes, fez um colar das orelhas que ele arrancou dos índios que ele matou na chamada “Confederação dos Cariris”, e por isso foi elogiado. A história se repete. Zé Claúdio teve a orelha decepada e levada pelos seus assassinos, provavelmente como prova do serviço realizado. Qual foi o fazendeiro (ruralista) que exigiu essa prova? Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, agricultores familiares, viviam e produziam de forma sustentável num lote de aproximadamente 20 hectares, onde 80% da terra era de floresta preservada. Representavam aquilo que os ruralistas querem destruir, por isso a aprovação do relatório de Aldo Rebelo. Há muito Zé Cláudio e Maria vinham sofrendo ameaças de morte e, apesar de pedirem proteção, nunca foram ouvidos, até que a morte se anunciou.

Sexto Ato

Sob o pretexto de uma suposta modernização, no último dia 27 de maio, o governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (PSDB), criou um grupo de trabalho para alterar a Lei Estadual de Agrotóxicos. Hoje no mundo todo se discute a restrição do uso de agrotóxicos. Como a lei estadual é restritiva, Richa e seu secretário Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento) querem mudanças nos procedimentos para o cadastramento de agrotóxicos, para facilitar a compra de venenos (agrotóxicos) pelos produtores em geral e em especial de mandioca, frutas e arroz. Atualmente, muitos agrotóxicos disponíveis no mercado não podem ser vendidos no Paraná por falta de um segundo cadastro dos produtos, exigida pela Lei Estadual de Agrotóxicos. De acordo com Ortigara, as indústrias evitam arcar com os custos de um segundo registro no Paraná. Ora, por termos uma das leis mais avançadas do país, Beto Richa que flexibilizá-la. No caso, flexibilização significa ajuda para as empresas venderem mais veneno.

Sétimo Ato

Este ato está mais do que conhecido, foi o que ocorreu quase que simultaneamente aos atos anteriores, foi a aprovação festiva da morte da floresta, animais e seres humanos. Ocorreu na noite de 24 de maio, com a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo pelo plenário da Câmara dos Deputados. Nesta noite os ruralistas comemoravam a dor da floresta, por isso ela chora e nós choramos juntos.

Oitavo Ato ou Estação

“A floresta chora”, frase tão bem traduzida numa das faixas que manifestantes usaram para fechar uma das rodovias no estado do Pará em protesto pela morte de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo. A floresta chora, e eu choro junto. Infelizmente esta via sacra não vai parar nestas oito estações, e tampouco sabemos quando se chegará ao fim do calvário.

Dr. Rosinha, médico pediatra, é deputado federal (PT-PR).


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Comentários

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Pitagoras

Choro com você caro Dr. Rosinha e com a floresta. É por cidadãos como você e outros não menos relevantes que não posso sucumbir à tentação de jogar todo um Congresso na sarjeta da História.

A Voz da Liberdade

Gerson, você disse tudo!! Os que querem o retalhamento do estado do Pará, em especial a criação do estado de Carajás , são encabeçados pelo deputado federal Giovani Queiroz que veio para o Pará e aqui se tornou um grande latifundiário(ele é baiano) e que conta com o apoio dos seus pares (pecuaristas e que por tabela também são donos de grandes estabelecimentos comerciais), sendo que a maioria dos que habitam estas regiões é de cidadãos que vieram do sul e sudeste do Brasil, com uma ganância voraz pelas riquezas que a região possui. Instalaram seus FEUDOS aqui e agora se acham no direito de determinar o que é bom para eles, ou seja, a divisão. Se algum dia você quiser e tiver a oportunidade de conhecer a região norte, e querer se aventurar lá para as bandas de Marabá partindo de Belém, pegando a estrada da Alça Viária que ligará a Pa 150, verá a quantidade de fazendas a perder de vista…De Marabá segue-se para Parauapebas que fica no pé da Serra de Carajás., a paisagem também é de grandes extensões de terras transformadas na sua grande maioria para a criação de bois. Se quiser conhecer a Serra terá que ter autorização. Lá em cima a paisagem é bela, e foi construído um complexo habitacional super organizado, com toda infraestrutura , para abrigar os funcionários da Vale é suas famílias. O clima lá em cima é de montanha, fresquinho e andando pelas ruas pode se deparar com algum animal circulando tranqüilamente.(lógico que as onças ficam enjauladas no parque ambiental). Para ter acesso a estrada que leva até a Parauapebas você obrigatoriamente terá que passar pelo trevo onde ocorreu o Massacre de Eldorado de Carajás. Há um monumento representando os 19 sem-terras assassinados. Vocês que estão ai nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, não imaginam a beleza que é a região amazônica. É tanta água, vegetação que parece infinita… Infelizmente o povo da região norte não recebe o mesmo tratamento que os das outras regiões brasileira. Penso que se houvesse investimento massivo na saúde, habitação e em especial na EDUCAÇÃO, alertaria a população para tornar-se consciente dos grande saqueadores de nossas riquezas. Este seria o passaporte para botar pra correr todos os aventureiros que aqui se instalaram e estão destruindo nossas matas, nossos animais e por tabela nossos rios…… Para quem quiser se inteirar melhor tem o livro do jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto cujo título é este: Contra o Poder – 20 anos de Jornal Pessoal:uma paixão amazônica. Vale a pena….
Dr. Rosinha, a floresta amazônica já chora desde que os portugueses aqui chegaram e se instalaram….

FrancoAtirador

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Impressiona a sensibilidade do fotógrafo:
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Talentos da Maturidade

Este trabalho é parte da galeria de: Natanael Longo de Oliveira, 64 anos – Jundiaí, SP

Inspiração do artista: "quando da remoção de uma tipuana, plantada em lugar incompatível,fiquei muito comovido ao ver que a seiva que ela solta é como sangue.é muito triste."

Edição em que participou: 2010
Dimensões do trabalho: Altura: 19.00 cm Comprimento: 13.00 cm
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HÁ 11 ANOS, o Concurso Talentos da Maturidade vem sendo marcado por novas e emocionantes histórias. Mas isso só tem sido possível porque construímos essa iniciativa juntos: nós, os artistas com 60 anos ou mais, e os amigos e familiares que fizeram questão de apoiar os participantes.

Criado em 1999, em homenagem ao Ano Internacional do Idoso, o Talentos da Maturidade é mais do que um concurso, é uma iniciativa transformadora que tem como intuito despertar um novo olhar da sociedade sobre a Terceira Idade.

E desde 2009 o site tem se tornado um canal de comunicação e interatividade direta dos participantes com todas as obras inscritas, com a história do Concurso e ainda permitiu a participação efetiva e o apoio do público em geral.

Nesta 12ª edição trazemos uma grande novidade. Os participantes e o público sugeriram e juntos criamos mais uma categoria no Concurso: Fotografia. Afinal, acreditamos que esta é mais uma oportunidade para você mostrar o seu talento.

E é assim, ano a ano, que conseguimos, juntos, trazer novidades pertinentes que podem enriquecer ainda mais a experiência dos participantes.

Artes Plásticas, Fotografia, Literatura, Música Vocal e Programas Exemplares. Seja qual for seu talento, participar já traz inspiração. Se você se inscreveu ou apóia esses grandes artistas, prepare-se: em breve teremos o resultado.

http://www.talentosdamaturidade.com.br/

niveo campos e souza

O estado brasileiro é que devia estar chorando de vergonha.
Está de joelhos diante dos assassinos das florestas e seus defensores.
É um estado da pior qualidade possivel:SUBMISSO AO INTERESSE DOS PODEROSOS.

Niveo Campos e Souza

Alberto porem Jr.

Sabe eu não sou nada e não entendo das coisas do mundo,mas…
Não acham estranho três importantes nomes da defesa do ambientalismo no Pará serem mortos justamente nas proximidades de aprovação do Código Florestal?
No Congresso havia a certeza da aprovação, então porque este "tiro no pé" pelos ruralistas?
Iriam por tudo a perder com esta grotesca atitude? insana?
Sabe eu já vi muita coisa e acredito piamente que depois das armas de destruição em massa no Iraque e o massacre de 100.000 iraquianos por petróleo, qualquer coisa é possível.

    betinho2

    Tudo é possível, até a idiotia de certas opiniões, que nem opiniões são, mas torcida. Nem vou preguntar qual é teu time.

waleria

As arvores não estão a chorar.

Mas o Greenpeace e as outras ONGs multinacionais, estão em prantos.
Não vão conseguir destruir o agronegocio, nem a produção agricola brasileira – chorem bastante.

    betinho2

    Ninguem quer destruir a produção, o que não vamos permitir é que destruam nossos rios, suas nascentes e seus córregos afluentes.
    O resto é conversa de interesseiros para justificar o crime.

    waleria

    Você acredita mesmo no Greenpeace Betinho?

    E você acredita mesmo que nós – os brasileiros que estamos há 500 anos aqui e deixamos 60% de mata nativa – é que somos os vilõies que querem destruir rios, matas, cachoeiras?

    Não serão quem sabe os fazedores de vacas loucas, de pepinos transgenicos, de pepinos organicos (sic) contaminados com escherichia coli, os desmatadores das florestas de pinheiros na Europa, e os destruidores de rios e biomas inteiros na America do Norte – os vilões verdadeiros Betinho?

    Será que você ainda acredita que a culpa é dos indios e não dos brancos europeus Betinho?

    Mas isso está no senado – eu não discuto mais.

    Aqui não dá para falar com seriedade – só dá para rir do Greenpeace desesperado mesmo!

    Repito – as matas não choram – quem chora é o Greenpeace – e seus mercadores.

    betinho2

    O Greenpeace está no mesmo grupo de poder que estão as Monsantos da vida, apenas fazem o contraponto. Nunca defendi, quero que se exploda. Não preciso pensar pela cabeça dos outros. Tenho olhos, ouvidos e ando nos locais de devastação. Eu seria desonesto em negar o que vejo, ao contrário dos que promovem isso e querem posar de corretos.
    Quanto aos dematadores e eliminadores de APP não quererem destruir, não é essa a pergunta, mas porque não começam a repor, pois já destruiram e querem lavar as mãos?

    betinho2

    Waléria
    Os vilões do lado de lá dos mares que se expliquem por lá. Aqui tem de se explicar é conosco.
    Veja ai um que também tem uma ONG e andou querendo tungar 50 bilhões de dólares para "preservar" nossa floresta. Se voce pensa que estamos alinhados com ONGs internacionais estás totalmente enganada:

    Ibama multa madeireira de milionário sueco em R$ 450 mi no Amazonas
    Publicidade
    da Folha Online

    Reportagem de Kátia Brasil e de Hudson Corrêa, publicada na edição desta sexta-feira da Folha (reportagem disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL), informa que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Amazonas multou em R$ 450 milhões a madeireira Gethal, pertencente ao empresário sueco-britânico Johan Eliasch.

    As multas referem-se ao comércio e transporte de madeira nobre da floresta na região de Manicoré (AM) –699.809 m3 ou 230 mil árvores– sem seguir a legislação ambiental brasileira. A madeireira de Eliasch também não teria cumprido acordo firmado com o Ibama.

    As multas foram lavradas ontem após conclusão dos processos jurídico e administrativo que tramitavam no Ibama desde 2007, quando a Gethal foi notificada. Os processos foram acelerados em razão de um pedido de urgência do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), diante da polêmica sobre a compra de terras na Amazônia por estrangeiros.

    betinho2

    Waleria
    Pra você que diz que morou na Alemanha, o desmascaramento de um picareta desmatador se passando por preservacionista. Para os demais ponho a tradução Google abaixo.

    177 Millionen Dollar Strafe fuer illegales Baumfaellen

    Der schwedische Geschäftsmann Johan Eliasch, der auch als Berater fuer den britischen Premier Gordon Brown arbeitet, soll umgerechnet 177 Millionen Dollar Strafe zahlen. Er erwarb 2005 in der Naehe von Manicoré ca. 162.000 ha Land. Der Banker gruendete die Organisation Cool Earth und warb fuer Investitionen. Er gab vor, auf seinem Grund 200.000 neue Baeume pflanzen zu wollen und sich aktiv fuer den Umweltschutz einzusetzen.

    Er soll jedoch nach Angaben der Umweltbehoerde Ibama ohne Genehmigung Baeume gefaellt haben und dafuer nun die nicht unerhebliche Geldstrafe bezahlen. Bei einem durch die Sunday Times geschaetzten Vermoegen dieses Mannes, der zugleich auch Chef des Sportartikelherstellers Head ist, von 446 Mio. Euro, ist diese Summe durchaus nicht zu hoch angesetzt.

    Es kam in letzter Zeit immer wieder zu Protesten in brasilianischen Medien wegen der zunehmenden Landkaeufe von Auslaendern unter dem Deckmantel des Schutzes der tropischen Regenwaelder. So kursierte auch die Summe von 50 Miliarden Dollar, fuer die angeblich der gesamte Amazonasregenwald zu haben waere. Mit einer Gesetzeserweiterung soll diesen Erwerbungen nun ein Riegel vorgeschoben werden.

    Tradução do alemão para português

    177.000.000 $ multas para madeireiros ilegais

    O empresário sueco Johan Eliasch, que também trabalha como consultor do primeiro-ministro britânico Gordon Brown vai pagar o equivalente a 177 milhões de dólares EUA multa. Ele comprou em 2005 nos arredores de cerca de 162 000 ha de terra Manicoré. O banqueiro fundou a organização Cool Earth e solicitando apoio para o investimento. Ele fingiu que quer plantar 200 mil novas árvores em sua propriedade e usar ativamente para a proteção ambiental.

    Convém, no entanto, ter gostado, de acordo com as árvores Umweltbehoerde Ibama sem autorização e pagar a multa agora considerável. Com uma fortuna estimada pelo Sunday Times, este homem, que também é diretor da fabricante de artigos esportivos Head, a partir de € 446 milhões, este montante não é de forma muito alto.

    Foi recentemente os protestos na mídia brasileira sobre o Landkaeufe crescente de estrangeiros, sob o pretexto de proteger as florestas tropicais. A Sun também circulou a soma de 50 dólares Miliarden para o alegado seria a de ter a floresta amazônica inteira. Com uma extensão legislativa destas aquisições serão agora parou.

    betinho2

    Waléria
    Olha o desmatador brincando de "preservacionista" pra enganar bobo. Esse também tem ONG. Será que ele é contra o Cóidigo da Impunidade, mesmo se dizendo "acologista"?:

    Ibama multa madeireira de milionário sueco em R$ 450 mi no Amazonas
    Publicidade
    da Folha Online

    Reportagem de Kátia Brasil e de Hudson Corrêa, publicada na edição desta sexta-feira da Folha (reportagem disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL), informa que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Amazonas multou em R$ 450 milhões a madeireira Gethal, pertencente ao empresário sueco-britânico Johan Eliasch.

    As multas referem-se ao comércio e transporte de madeira nobre da floresta na região de Manicoré (AM) –699.809 m3 ou 230 mil árvores– sem seguir a legislação ambiental brasileira. A madeireira de Eliasch também não teria cumprido acordo firmado com o Ibama.

    As multas foram lavradas ontem após conclusão dos processos jurídico e administrativo que tramitavam no Ibama desde 2007, quando a Gethal foi notificada. Os processos foram acelerados em razão de um pedido de urgência do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), diante da polêmica sobre a compra de terras na Amazônia por estrangeiros.

    waleria

    Eu acho divertido esse esquerdismo pro ONGs multinacionais, e o entreguismo despudorado deste blog.

    Aliás, este blog está cada dia mais virando uma posição uniforme e linear a favor dos estrangeiros que nos querem ver quebrar.

    E agridem o PHA só por ter uma outra opinião.

    Qualquer semelhança com a mono-opinião do PIG será mera coincidencia?

    Luiz Carlos Azenha

    É o dinheiro verdinho de Washington!

    Miriam

    Chora a floresta, as árvores sangram.

    waleria

    Chora a floresta com a chuva, e sangra a árvore com o latex.

    betinho2

    Volta e volta alguns desses que se molham na chuva para recolher o látex também sangram na mão de assassinos.

sebastião

CARO AZENHA;
A grande diferença do nosso país para uma democracia de primeiro mundo, é a impunidade, esse sistema federativo ta falido, os niveis de responsabilidade política se confundem, ninguem sabe mais quem mando o que !!!!. cada nivel de governo tira o seu da frente, e o povo fica a mercê desse jogo de faz de contas.
A grande verdade é que a impunidade impera no Brasil de norte a sul, veja esse ja discutido e questionado codigo florestal, desde 1965 ta aii, mais ninguem respeita nada, mora em rondonia e no ano passado o em torno da Br que liga vilhena a porto velho, boa parte do serrado do planauto dos parecis queimou de ponta a ponta no mes de agosto, 30% da área queimada a vegetação não brotou mais no periodo chuvoso, foi um ano lamentavel e vai acontecer tudo de novo. ninguem aqui vai tomar providencia, ai eu pergunto pra que codigo florestal, por si só ele não garantirá nada , ele depende de alguem que manda e puna. cade este alguem? O BRASIL precisa DE REFORMAS INTITUCIONAIS JÁ.

FrancoAtirador

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A crise e as saídas da crise

Por Emir Sader, em seu blog, na carta Maior

O governo Dilma não sairá o mesmo da crise.
Ou sairá mais fraco ou mais fortalecido.
Como ocorreu em 2005, que foi o marco decisivo no governo Lula.
A atitude que o governo tomar diante da crise atual
– seja no Código, seja em relação a Palocci –
vai definir um estilo de governo,
uma forma de encarar os interesses públicos
e a forma de enfrentar problemas da ordem da ética pública,
que o marcará por todo o mandato.

Nunca como agora crise significa oportunidade.

Será perdida ou ganha: está nas mãos do governo a decisão.

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostra

Fernando

Nono ato: Ibama concede licença para Belo Monte

Pitagoras

A floresta chora e os agro-terrorista-ruralista-criminosos riem às bandeiras despregadas. De vez em quando trucidam uma liderança humilde ambientalista para mandar uma mensagem ao governo e à sociedade sobre quem manda nesse país.
Será que não daria para mandar essa gente para o TPI junto com Mladic e outros criminosos de guerra, já que o judiciário brasileiro é aliado dos latifundiários?

Luc

2º Encontro de Blogueiros Sujos:

Pauta prioritária:

Expor o assunto acima ao Paulo Henrique Amorim defensor do Aldo Rebelo

    sergio mario

    É isso aí! O PH tá muito estranho.

Álvaro

Dr. Rosinha, sinto-me gratificado de ter dado meu voto a ti nestas 3 últimas eleições para deputado federal, acompanho seus posicionamentos na Câmara. Parabéns e continue firme em suas lutas.

    jose

    Eu também. Desde a primeira candidatura do Dr. Rosinha sempre votei nele e como já disse, me sinto orgulhoso de grande deputado!

betinho2

É isso ai Dr. Rosinha.
E a SBPC também tem motivos para chorar, ao ser substituida pela "sapiência", arrogância e desprezo de Aldo Rebelo e seus agora protegidos assassinos de nossos rios, florestas e extrativistas, com consequências para todos os brasileiros:

SBPC rebate críticas de Aldo Rebelo sobre Código Florestal

Por: Luana Lourenço

Publicado em 31/05/2011, 19:15

Última atualização às 20:15

Brasília – A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) rebateu nesta terça-feira (31) as acusações feitas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de que a entidade foi financiada por organizações internacionais para produzir um documento contrário às mudanças no Código Florestal. Rebelo foi o relator das propostas da nova lei ambiental aprovadas pela Câmara dos Deputados.

Em entrevista à imprensa na última semana, Rebelo disse que o estudo da SBPC, que recomenda que as discussões sobre as mudanças no código tivessem, pelo menos, dois anos de discussões a mais, foi produzido com recursos do que chamou de “lobby ambientalista formado por organizações como Greenpeace e WWF”.

A SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), que elaboraram juntas o documento, disseram que nenhuma organização não governamental ambientalista participou do grupo de trabalho que definiu as sugestões da comunidade científica sobre o novo Código Florestal.

“Em nenhuma reunião houve participação do WWF, do Greenpeace ou de outras ONGs. Além disso, todos os membros do grupo trabalharam de forma completamente voluntária. As despesas para participação dos pesquisadores nas reuniões do grupo de trabalho foram custeadas pela SBPC e instituições às quais eles estão vinculados profissionalmente”, diz a nota divulgada pela entidade.

Segundo a SBPC, Rebelo foi convidado a participar das discussões ainda em 2010, mas recusou o convite dos cientistas alegando estar em campanha eleitoral na época. A entidade também rebateu a crítica de Rebelo sobre a ausência da comunidade científica em debates sobre o Código no Congresso Nacional. A SBPC argumentou que só recusou um convite dos parlamentares, em novembro de 2010, porque as posições dos cientistas ainda não estavam definidas.

“Diferente do sistema político atual, que permite campanhas eleitorais financiadas pelo interesse de poderosos grupos econômicos, a ciência não tem assento no poder. Melhor faria o deputado Aldo Rebelo em ater-se objetivamente aos argumentos substanciais colocados pela ciência no debate em pauta, porque é isto que interessa à Nação e é o que se espera de um legislador independente, consciente e responsável, que represente os legítimos interesses da sociedade”, diz a nota.

Fonte: Agência Brasil http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/

Antonio

Essa história é um teste para a Presidenta Dilma. As máfias da madeira e a máfia dos fazendeiros do Norte querem ver até onde podem ir com desmatamento e matança. Dilma tem que colocar a Polícia Federal, vinda de outros Estados, para intervir na Região Norte e caçar os assassinos e desmatadores. Só assim eles se acalmam. Não pode ter gente daquela região nessa intervenção, pois está tudo dominado por ali.

Niveo Campos e Souza

Estão matando a floresta e seus defensores e o estado brasileiro está perdido em balelas, investigações e fazendo listas dos "encomendados"
Estamos chegando no fim.

Niveo Campos e Souza

Osiris

Quem não te conhece te compra.
http://www.jornaldelondrina.com.br/online/conteud

Gerson Carneiro

Não estou entendendo essa intenção de criar mais um Estado dividindo o Estado do Pará.

Devastam, devastam, devastam… roubam e matam quem protege a floresta. Depois lavam as mãos e repassam o ônus para algum estagiário louco para ser promovido a governador e um bando que baba por um boquinha na Câmara do Deputados Federais. É isso?

Quem se arriscar a herdar a parte conflituosa do Pará (além dos aqui por mim citados)?

    Talles

    É por aí mesmo, Gerson.
    Só que onde vc vê "parte conflituosa" os políticos profissionais e coronéis da exploração vêem mais milhares de cargos e oportunidades de faturar em cima da viúva.

    Elton

    Com mais estados cria-se novas esferas de poder, para que as "elites" locais possam acessá-lo mais facilmente no espaço onde são influentes, sem ter de disputar votos em um espaço amplo e menos povoado, além das "boquinhas" que você mencionou.

Miriam

Deus fez tudo em sete dias, o diabo quer bater recorde.

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