Datafolha confirma que as curvas se inverteram e Haddad já bate Bolsonaro entre os mais jovens; 14% estão indecisos ou vão votar branco ou nulo

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Comício de Fernando Haddad na noite desta quinta-feira em Recife. Foto Facebook da campanha

Há uma semana, Haddad perdia por 9 pontos entre os jovens de 16 a 24 anos, de acordo com o Datafolha. Agora, vence numericamente Bolsonaro por 45% a 412% nessa faixa etária. Virou. Jornalista Mário Magalhães, no twitter

Datafolha mostra Bolsonaro com 56% e Haddad com 44%; diferença cai 6 pontos

Da Folha

A distância entre os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos em uma semana, aponta pesquisa do Datafolha.

A três dias do segundo turno, o deputado tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. No levantamento passado, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%.

Tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se deram acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25).

O resultado é a mais expressiva mudança na curva das intenções de voto no segundo turno até aqui, e reflete um período de exposição negativa para o deputado do PSL.

No período, emergiu o caso do WhatsApp, revelado em reportagem da Folha que mostrou como empresários compraram pacotes de impulsionamento de mensagens contra o PT pelo aplicativo. A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram investigações.

No domingo (21), viralizou o vídeo da palestra de um de seus filhos, o deputado reeleito Eduardo (PSL-SP), em que ele sugere que basta “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal em caso de contestação de uma vitória de seu pai.

A fala foi amplamente condenada, obrigando Bolsonaro a se desculpar com a corte.

No mesmo dia, o candidato fez um discurso via internet para apoiadores em São Paulo cheio de elementos polêmicos: sugeriu, por exemplo, que os “vermelhos” poderiam ser presos ou exilados, e disse que Haddad deveria ir para a cadeia.

Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos.

Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição.

O deputado perdeu apoio em todas as regiões do país, embora mantenha sua liderança uniforme, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e Bolsonaro, 30%.

A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou 4.

Já Bolsonaro mantém uma sólida vantagem na área mais populosa do país, o Sudeste: 53% a 31% do petista.

O Centro-Oeste e o Sul seguem como sua maior fortaleza eleitoral, com quase 60% dos votos totais nas regiões.

Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%.

O segmento em que o petista mais subiu foi entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos.

Ali, cresceu oito pontos, mas segue perdendo de forma elástica para Bolsonaro: 61% a 32% dos votos totais.

Lidera na outra ponta do estrato, entre os mais pobres (até 2 salários mínimos), com 47% contra 37% do deputado.

Entre o eleitorado masculino, Bolsonaro mantém ampla vantagem sobre Haddad, embora tenha caído três pontos — mesma medida da subida do petista. Tem 55% a 35%, distância que é reduzida a um empate técnico por 42% a 41% entre as mulheres.

A rejeição a ambos os candidatos, uma marca desta eleição, permanece alta.

Haddad viu a sua oscilar negativamente de 54% para 52%, enquanto Bolsonaro teve a sua subindo três pontos, para 44%.

A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta: 94% dos bolsonaristas e 91% dos pró-Haddad se dizem convictos. (Igor Gielow)


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Comentários

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Leon

“ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (AsCapes)

Dia do Servidor – Um convite à reflexão

Em 2018, o Dia do Servidor Público, 28 de outubro, coincide com o segundo turno das Eleições Presidenciais. Nenhum pleito desde a redemocratização do país foi marcado por tanta violência – em palavra, mas também em ato – e por tanta mentira, pelo poder da mentira. Se a democracia vive de diálogo e verdade, fica evidente como o processo eleitoral desse ano representa o ápice de uma descrença coletiva no sistema político e, mais profundamente, na própria política.

A falência democrática que vivemos hoje não teve início com essas eleições. Sua gênese talvez se encontre mesmo já no pacto de conciliação que estabeleceu a Nova República. Mas o fato é que desde 2016 temos vivido o aprofundamento de um regime de exceção em que as decisões do rumo do país se tornam cada vez mais autoritárias em nome de uma agenda que é claramente do Capital e não do povo. Basta citar a PEC do Teto dos Gastos, agora EC 95, para se ter um exemplo concreto do que significa essa agenda.

Bem, para termos chegado até esse limbo democrático é preciso compreender que existem muitas causas. Basta de querer entender coisas complexas com simplismo. Mas como Servidores Públicos Federais nos interessa pensar qual é nossa particular responsabilidade nesse processo. Esse dia 28 de outubro pode ser um bom momento para pensar sobre isso.
Nós compreendemos realmente o que significa ser um agente público no Brasil de 2018? Nós temos em nós alguma compreensão do que significa a responsabilidade de representar mais que nossas vontades, construir um coletivo, trabalhar para o Público?

É preciso refletir sobre o quanto o nosso ímpeto de construir um Estado que fosse composto por quadros competentes, meritocráticos e técnicos minou nossa capacidade de compreensão do coletivo. A cultura dos concursos, se por um lado pareceu agir contra uma histórica cultura patrimonialista do Estado, também resultou numa geração de servidores egóicos, que veem a carreira pública como um trampolim individual, decoram leis para passar em provas e demonstram mais compromisso com cargos do que com projetos.

Nós, enquanto servidores, passamos a nos ver muito mais como engrenagem de uma máquina pública do que agentes na construção de um projeto de país. É nessa desconexão que podemos compreender como quadros inteiros de servidores trabalharam para a construção de projetos de políticas públicas nas duas últimas décadas e agora continuam desempenhando suas funções muitas vezes trabalhando pelo desmonte desses mesmos projetos.

E aí o que temos hoje, inacreditavelmente, em uma cidade como Brasília – sustentada por servidores públicos e também sustentada pelo desejo de muitos em ser um dia servidor – é um batalhão de pessoas prontas para defender um projeto de destruição do Estado. Porque não é possível ter mais ilusões nesse momento, o “Estado mínimo” é sempre um recorte de classe, significa pouco Estado para os pobres. Dizer que não haverá mais concursos num futuro próximo é só o começo da história.

Falando especificamente como servidores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC) não poderíamos nos furtar de defender um projeto que esteja ao lado de um sistema de educação público e gratuito, em todos os níveis de ensino, e que promova a integração entre esses níveis. Que reforce o Sistema Nacional de Pós-Graduação, compreenda o valor das bolsas de estudo, das pesquisas de mestrado e doutorado, da Ciência e da Tecnologia, mas também da formação inicial e continuada de professores da educação básica, da interiorização do ensino superior no Brasil e da necessidade de valorizar o professor em sala de aula. A educação é um sistema e queremos trabalhar em prol dele, em prol desse País.

Os últimos tempos tem sido muito ruins para a reflexão. Somos bombardeados por uma avalanche de informações e muitas vezes por uma cobrança à ação de maneira vazia. Que esse texto não seja lido dessa forma por alguns já será uma grande vitória. Nossos votos para esse dia podem não ser os mais otimistas, mas é apenas a partir do olhar sincero para onde estamos que poderemos construir um caminho futuro melhor.

Feliz Dia do Servidor”

luiz roberto

É a mesma pesquisa que elegeu o suplicy a dilma e lindebergh para o senado? Que colocava junto a eles o requiao? Então o hadad ja era… kkkkkkkkkkk

Cláudio

Agora (e sempre) é 13

Vamos ter, sim, Lei de Mídia

Haddad é 13

13 é Haddad

Jardel

Não coloque o Brasil nas trevas do fascismo: Haddad 13
Não coloque SP no bolso do Doria: Marcio França 40

Messias Franca de Macedo

Vem à tona esquema criminoso de Bolsonaro
Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostra que as fake news em grupos de whatsapp favoráveis a Bolsonaro têm produção profissional. Ao mesmo tempo, a revista Época, do grupo Globo, publica reportagem mostrado como funciona o esquema criminoso. A análise é do comentarista político José Lopez Feijóo.
https://www.youtube.com/watch?v=-UiPnDWNGhw
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Bel

É sério o empresário Roberto Justu disse que Bolsonaro “está com boas ideias para o Brasil” e que terá a “liberdade para montar uma grande equipe, porque não tem toma lá dá cá e não tem compromisso com ninguém”. ???
Se não tem compromisso com ninguém não tem tem compromisso nem com os eleitores que o elegerem.

Demerval Goes

Pobre povo que vota em um ser humano que defende um assassino torturador. Matou em nome do Estado e ficou por isso mesmo. É o mesmo caso de um policial bandido que mata um inocente e depois poe uma arma fria na mao do morto e dá alguns tiros para culpar a vítima. Muito comum na policia qdo eles fazem ca.gada. Os policia descarregam a arma em algum terreno baldio.
Quero ver tirar o cara que tem um tanque de guerra igual fizeram com a Dilma. Nao será facil.
O megapreconceituoso só gosta da familia dele. Ja disse que vai eliminar as cotas

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