Coletivo de Advogados: Prefeitura de Curitiba deixa mulheres e crianças indígenas em situação de rua; vídeos

Tempo de leitura: 2 min
Fotos: Agência Brasil, reprodução de vídeo e Haide Maria jesus

NOTA PÚBLICA

Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD)

‘Na quarta-feira (14/12), o Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD) protocolou Notícia de Fato junto à Sexta Procuradoria Federal de Curitiba, responsável pela defesa dos direitos das Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais.

A questão é o fechamento da Casa de Passagem de Curitiba determinada pela prefeitura do município.

Em consequência, mulheres que vêm à capital com suas crianças para vender seu artesanato ficam em situação de rua, desabrigadas. São amparadas somente pela sociedade civil, uma vez que a municipalidade não oferece soluções.

Na tarde de hoje, advogadas do CAAD, coletivo que desde 2016 apoia juridicamente os povos indígenas (Arpin Indígenas) participaram de uma mesa de negociação que reuniu autoridades municipais, estaduais e federais para discutir a questão.

Eram 17h quando a reunião foi interrompida por um tempo.

Temíamos que não se construísse uma solução para abrigar, ainda hoje, essas mulheres e crianças que estão acampadas em três diferentes locais públicos de Curitiba.

Um pouco antes, a fala emocionada do cacique Eloi Jacinto dá uma mostra da situação dramática.

Ele se apressa para ir embora. Precisa providenciar mais lonas para estruturar os acampamentos e não deixar mulheres e crianças indígenas ao relento, expostas ao sol e a chuva.

Infelizmente, aconteceu o que se temia, como é possível constatar neste outro vídeo abaixo. 

Após cinco horas de duração, a reunião terminou e nenhuma solução foi oferecida.

É vergonhoso e inacreditável que Fabiano Vilaruel, presidente Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), tenha fugido do debate.

Igualmente vergonhoso e inacreditável que a representante da FAS na reunião não tenha dado resposta sequer ao pedido de, ao menos, providenciar alimentação e um banheiro químico para o acampamento das mulheres indígenas até que a mesa de negociação seja retomada.

A gestão municipal de Curitiba quer vencer o movimento indígena pelo cansaço e fazer com que seus representantes nunca mais apareçam em Curitiba.

É o que se pode concluir dessa lamentável reunião.

Fortaleça essa causa! Apoie as Indígenas deixadas em situação de rua em Curitiba, sob sol, chuva e intempéries com suas crianças por conta da crueldade da gestão atual”.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!

Deixe seu comentário

Leia também