Chanceler cubano diz que EUA impõem declaração que elimina menção a “transição pacífica sem o uso de força” na Venezuela

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Figuras importantes do chavismo romperam com Maduro, mas ele mantém o essencial na Venezuela: o comando militar

Da Redação

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou no twitter que os Estados Unidos estão tentando impor ao Grupo de Lima uma declaração segundo a qual o governo de Nicolás Maduro “está colocando em risco a vida e a integridade dos venezuelanos”.

Washington também convoca a “reconstruir o Estado” através de uma conferência internacional com o envolvimento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

O texto submetido também elimina menção à frase “transição pacífica, sem o uso da força”.

A declaração será emitida na próxima segunda-feira, dia 25, na presença do vice presidente dos Estados Unidos, Mike Pence.

No parágrafo 5, segundo o chanceler cubano, haverá condenação à “ação deliberada” do governo da Venezuela “caso não seja aberto um canal de ajuda humanitária”, o que está previsto para acontecer sábado.

O governo de Nicolás Maduro diz que a “ajuda” é uma farsa dos Estados Unidos para fortalecer o autoproclamado presidente Juan Guaidó, que dirige a Assembleia Nacional.

Caracas anunciou a chegada de 300 toneladas de ajuda da Rússia e afirma que aceitará contribuição externa para enfrentar a emergência econômica, desde que através dos canais tradicionais, como as Nações Unidas.

O governo de Jair Bolsonaro aderiu ao circo de Washington, oferecendo a fronteira em Roraima — fechada desde ontem — como cenário para equipes de televisão que vão denunciar Maduro no sábado.

O mesmo vai acontecer em Cúcuta, na Colômbia.

A Holanda ofereceu as ilhas de Aruba e Curaçao como pontos de apoio à iniciativa dos Estados Unidos.

Uma tentativa de televisionar uma “revolução” na Venezuela fracassou em 2002, quando Washington apoiou um golpe contra Hugo Chávez.


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