Brasileiros se articulam em todo o mundo pelo impeachment de Bolsonaro

Tempo de leitura: 6 min
Brasileiros se juntaram à manifestação Kill the Bill, em Londres

A Fibra e os atos Fora Bolsonaro (também!) no exterior.

Por Flávio Carvalho*

“Fogo eterno pra afugentar o inferno pra outro lugar. Fogo eterno praconsumir. O inferno. Fora daqui”. Gilberto Gil

Os protestos de rua contra o Genocídio brasileiro e de denúncia dos atos criminosos do Governo Bolsonaro não ficarão na história somente pelas imagens impressionantes exibidas em toda a imprensa mundial (e escondidas pela grande mídia brasileira).

Não representam (apenas!) o extraordinário retorno dos movimentos sociais brasileiros às ruas de todo o país.

Nem somente a brutalidade da repressão policial ocorrida em Recife, que não oculta o fascismo crescente dentro das “polícias políticas” (o Ovo da Serpente do Golpe já anunciado para 2022).

Foi um sábado marcante na agenda política nacional e talvez obteve mais repercussão internacional do que tentou ser escondido pela grande imprensa brasileira.

Dá-se a casualidade de que o bloqueio informativo possa ser mais“furado” no exterior do que no próprio país (principalmente pelo podercrescente das redes sociais e mídias alternativas).

Dezenas de coletivos representantes das comunidades brasileiras que vivem fora do país também ajudaram a realizar um forte trabalho de incidência política, em cada cidade onde residem.

Lugares onde se percebe que a simples menção do nome do Presidente da República, gritado em qualquer principal cidade do exterior já está associada a uma ideia de Genocídio e, principalmente, de Ecocídio.

Alguns fatores são determinantes.

Como a preocupação internacional com a destruição do meio-ambiente (a Amazônia e todo o seu poder vital perante o mundo) e das vidas que são perdidas nos crimes ambientais de Bolsonaro.

Incluindo a dramática situação dos povos indígenas e de todas as comunidades tradicionais brasileiras – além do massacre racista do povo negro (a maioria da população; nunca se há de esquecer).

A capacidade de incidência de organizações e redes que articulam as comunidades brasileiras no exterior a partir da luta antifascista, nunca foi novidade.

Ganhar uma pequena matéria em qualquer jornal europeu, por exemplo, é uma conquista comparada ao eco de repercussão na grande imprensa de um Brasil dominado pelos oligopólios da comunicação.

Aqui o Complexo de Vira-lata (descrito, por exemplo, no mais recente livro da filósofaMárcia Tiburi), ajuda a reflexão.

Visto de fora, ainda melhor.

“De perto, ninguém é normal”, já dizia Caetano Veloso.

Como se qualquer notícia vinda da Europa tivesse mais valor do que vinda do próprio Brasil. Um claro absurdo.

A novidade em tudo isso? A existência (e o crescimento!) da Fibra, aFrente Internacional Brasileira contra o Golpe e pela Democracia. E a formacomo consegue estabelecer sinergias entre ativistas e militantes, unidos por umobjetivo comum, o Fora Bolsonaro Genocida – Urgente.

Principalmente de forma virtual. Mas agora também – devido ao número de países que já vacinaram parcela significativa da população e estão conseguindo diminuir a incidência de contágios do Covid, no exterior – da melhor forma que sempre souberam fazer: ocupando as ruas e praças, expressando sua indignação aos gritos, e protestando em solidariedade aos amigos e familiares, mesmo de longe.

Sofrimento vira luta, enfim.

E tudo isso enfrentando sérias complexidades.

Como sair às ruas e compatibilizar a responsabilidade de distanciamento social, medidas de prevenção sanitária e respeito à vida?

Denunciando o falso moralismo de um bolsonarismo que não cumpre nada disso!

Como exercer o direito de manifestação e liberdade de expressão em um mundo onde aumentaram as estratégias de controle social e criminalização do direito de manifestação?

Com criativa rebeldia, e somando-se aos movimentos sociais locais.

Pois cada vez mais se percebe o interesse e a participação não apenas de brasileiros, mas de ONGs, movimentos sociais e cidadãos de todo o mundo, somando-se aos nossos protestos no exterior.

Não são poucas as vezes em que a Fibra promove encontros virtuais de crescente repercussão nas redes e convida representantes dos movimentos sociais brasileiros para participar.

O que acontece é que agora também recebemos convites de todo o Brasil.

Havendo multiplicado em tão pouco tempo o número de seguidores da Fibra em todas as redes sociais, é quase natural que hoje comemoramos o êxito também internacional do sábado histórico, o 29 de maio de 2021.

E da forma que passamos a brevemente resumir, em seguida, em poucas linhas.

Em Amsterdam, como em outros países, os discursos não foram realizados somente em português, mas incluíram os idiomas e participantes locais.

Na capital dos Países Baixos, o momento marcante foi durante a emotiva escuta dos depoimentos dos parentes e amigos das vidas perdidas pelo Covid – e pela necropolítica de Bolsonaro.

Em Paris, a famosa Place de la République (Praça da República) reuniu mais de duzentos participantes, incluindo a presença de famílias inteiras com crianças.

O destaque foi a arte da convocatória, elaborada pela artista — e filósofa, já mencionada — residente em Paris, Márcia Tiburi.

Paris, mais que o simbolismo da importante capital francesa, tem sido um ponto crucial na luta antifascista brasileira.

Em Lisboa, o ato convocado na Alameda de Dom Afonso Henriques contou comparticipação ativa do Coletivo Andorinha e reuniu mais de 400 pessoas.

Um número que sempre impressiona, como em Paris, apesar de que já tem se demonstrado um costume: o grande êxito de participação.

Lisboa seguirá como um exemplo de participação das comunidades brasileiras. Sempre!

E a cidade do Porto soma e multiplica: lá também houve manifestação de famílias inteiras, além das associações existentes.

Em Barcelona, uma centena de pessoas se reuniu na Font de Canaletes, tradicional ponto turístico onde se comemoram as vitórias do Futebol Clube Barcelona – situada no começo das Ramblas, ponto mais famoso do centro da cidade.

Um par de atos somou-se, em unidade estratégica: havia manifestação também convocada por um grupo de mulheres brasileiras; e outra que intencionalmente vinculava o protesto dos trabalhadores dos Correios da Espanha com a luta sindical das trabalhadoras dos Correios brasileiros.

Houve passeata e parada efusiva diante do Carrefour: racismo que não se esquece, jamais.

Em Palma de Mallorca, somando-se ao protesto dos movimentos sociaisespanhóis que lutam por uma aposentadoria digna, a comunidade brasileirapresente sabia que só teria a ganhar.

Dezenas de brasileiras e brasileiros, além de apoiadores espanhóis, se reuniram na Plaça d’Espanya, e repercutiu na mídia local.

Essa estratégia solidária (“a união faz a força”; lembra?), está impulsando um fator muito importante: a importância da luta antifascista brasileira somada às lutas mundiais em defesa da democracia, da liberdade de expressão e da vida, como um bem comum. Ganha a classe trabalhadora.

Em Berlim, a imensa faixa contra Bolsonaro, estrategicamente situada (deforma belíssima), diante do majestoso Portal de Brandenburgo, foi uma dasimagens que mais ganharam o mundo.

Também por haver sido uma das primeiras. Poisa comunidade brasileira em Berlim – como já vem acontecendo diante de várias embaixadas e consulados brasileiros – reuniu-se já na sexta-feira, dia 28, para protestar.

Sem deixar de voltar às ruas no sábado, no centro turístico da capital alemã.

Em Londres o ato se juntou à imensa marcha Kill the Bill – com batucada e tudo –, em pleno centro da capital do Reino.

Com direito à transmissão ao vivo (como em outras cidades mencionadas), a inteligência das comunidades brasileiras participantes soube unificar um fato político local: o protesto contra as políticas de discriminação dos controles de segurança (controle social), associados à indignação pela política antidemocrática do genocida brasileiro.

Importante ressaltar que no mesmo momento, em Centenary Square, centro de Birmingham, o Comitê de Lutas do Reino Unido, organizou o Fora Bolsonaro, com direito a roda de capoeira.

Na Bélgica, diante da Estação Central de Bruxelas, o ato, também com transmissão simultânea pelas redes sociais da Fibra, conseguiu um dos principais objetivos (além do grito indignado e uníssono contra Bolsonaro): prestar depoimentos à imprensa local, muito interessada em saber o que realmente está acontecendo com o Brasil, com o genocídio e com o aumento do fascismo.

No Canadá, o Coletivo Brasil-Montreal organizou o ato Povo na Rua, com meia centena de pessoas da comunidade brasileira, diante da icônica estátua de George-Étienne Cartier.

Lá, o protesto somou-se à manifestação da comunidade colombiana emigrada ao Canadá. Uma tendência que certamente se replicará nas próximas manifestações.

Novos atos estão sendo articulados também entre a comunidade latino-americana residente no Canadá, na Europa e em outros lugares do mundo.

Cenas dos próximos capítulos. Ninguém perde por esperar…

Sobre os próximos passos, neste sábado, 5 de junho de 2021, Dia Mundialdo Meio-Ambiente, quem acha que não voltaremos às ruas – que sempre foramnossas?

Com absoluto respeito e responsabilidade, evidentemente. As datas comemorativas estão para ser reivindicadas…

Não é pouco destacar, enfim, que houve protesto em outras importantes capitais mundiais.

Também em Buenos Aires, Zürich, Genebra, Nova York, Montevideo, Vancouver, Madri, Oxford, Dublin e em algumas cidades italianas (onde foi realizado, inclusive, um flashmob contra Bolsonaro).

Entre tantas outras, há que felicitar os milhares de participantes da comunidade brasileira, no geral.

As imagens, belíssimas, poderão ser vistas e compartilhadas em todas as redes sociais da Fibra (consulte nossa página web e inscreva-se para receber informações periódicas). As imagens não param de chegar!

Este texto, como uma breve compilação de dados (escrito sob uma visão pessoal, de organizador e participante nas ruas), sabe que comete uma injustiça com as diversas outras cidades do mundo onde se realizaram manifestações de Fora Bolsonaro.

Porém, de fato, o mais importante é a alegria e revolta, presente no êxito de cada comunidade brasileira, em cada cidade do mundo, com seu cartaz e sua emoção: esteja onde estivermos, seguiremos gritando. Não aguentamos esperar 2022. Quantas mortes mais?!

Quanto mais longe e mais tempo fora do nosso país, mais sentiremos o Brasil dentro de nós.

*Flávio Carvalho, sociólogo e escritor, é integrante da Fibra e coordena o Coletivo Brasil Catalunya.


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Zé Maria

Na contra-mão de entidades judaicas que evitam o termo, 230 dos principais profissionais e estudiosos judeus e judias brasileiros subscrevem Carta Pública na qual afirmam que “é preciso chamar as coisas pelo nome”
“Bolsonaro tem inclinações nazistas e fascistas”.

No Blog da Mônica Bergamo

O uso de termos relacionados ao nazismo e ao holocausto para se referir a atos do governo federal e à gestão da epidemia da Covid-19 tem sido criticado por entidades judaicas.
A carta, no entanto, afirma que “é chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, nos posicionarmos, como atores sociais diante do debate público, sobre o atual momento nacional”. E diz, com. todas as letras: “É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas”.

íntegra da Carta e os nomes dos subscritores do texto:

“É preciso chamar as coisas pelo nome.
É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional.
É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas.

É preciso chamar as coisas pelo nome.

Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários.

Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas.
A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua.

Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas.

O projeto de poder avança. Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas.
Cabe a nós brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior.

O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora.
É o chamado contra o genocídio.”

Assinam:
Adriana Sulam Saul Zebulun
Alan Besborodco
Alberto Kleinas
Alexandre Wahrhaftig
Alexandre Zebulun Ades
Aline Engelender
Alinnie Silvestre Moreira
Alon Shamash
Ana A Ribeiro Divan
Ana Maria de Souza Carvalho
Ana Roditi Ventura
André Gielkop
André Liberman
André Vereta-Nahoum
Andréa Basílio da Silva Chagas
Andrea Paula Picherzky
Angela Tarnapolsky
Ângela Valério Horta de Siqueira
Anna Cecilia Negreiros
Annita Ades
Artur Benchimol
Assucena Halevi Assayag Araujo
Bárbara Ferreira Arena
Beatriz Radunsky
Beni Iachan
Bernardo Furrer
Betty Boguchwal
Bianca Rozenberg
Boris Serson
Breno Isaac Benedykt
Bruna Barlach
Carla Araujo
Carlos Alberto Wendt
Carlos Eduardo Lober
Cecília Schucman
Celso Zilbovicius
Clara Politi
Clarisse Goldberg
Claudia Heller
Claudia Mifano
Claudio Estevam Reis
Cleber Candia
Cristina Catalina Charnis
Daniel Raichelis Degenszajn
Daniel Reiss Mendes
Daniela Wainer
David Albagli Gorodicht
David Levy de Andrade
David Tygel
Débora Abramant
Deborah Kotek Selistre
Deborah Rosenfeld
Deborah Sereno
Denise Bergier
Denise Gaspar da Silva
Desiree Garção Puosso
Diana Victoria Aljadeff
Dina Czeresnia
Dina Lerner
Dirson Fontes da Silva Sobrinho
Edith Derdyk
Edna Graber Gielkop
Eduardo Sincofsky
Eduardo Weisz
Eliane Pszczol
Elias Carlos Zebulun
Elias Salgado
Elizabeth Scliar
Estela Taragano
Esther Hamburger
Fabio Gielkop
Fabio Silva
Fabio Tofic Simantob
Fernando Perelmutter
Flávio Geraldo Ferreira de Almeida Motprista
Flavio Monteiro de Souza
Francisco Carlos Teixeira da Silva
Gabriel Besnos
Gabriel Douek
Gabriel Frydman
Gabriel Inler Rosenbaum
Gabriel Melo Mizrahi
Gabriela Korman
George William Vieira de Melo
Gerald Sachs
Geraldo Majela Pessoa Tardelli
Gisele Lucena
Giulia Cananea Pereira
Helen Da Rosa
Helena Cittadino Tenenbaum
Helena Waizbort Henrique Waizbort
Helio Schechtman
Horacio Frydman
Iara Rolnik
Ilana Sancovschi
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