Áustria abate primeira “conquista” diplomática do governo Bolsonaro e ONU detona Brasil da Cúpula do Clima

Tempo de leitura: 3 min
Araújo balbucia alguma coisa na Wikipedia.

Médico diz que Bolsonaro não deve ir a ONU por risco de morte; “vai matar muita gente de vergonha”, explicou o doutor. Da Trolha de S. Paulo, no twitter

Da Redação

O Conselho Federal da Áustria, equivalente à Câmara Federal no Brasil, vai exigir que o governo do país vete o acordo da União Europeia com o Mercosul, que vinha sendo negociado desde o governo Fernando Henrique Cardoso e depende da aprovação de parlamentos para seguir adiante.

Isso significa que o compromisso fechado entre paises sulamericanos e a União Europeia não vai passar ao menos em uma das casas do Parlamento austríaco, que é bicameral.

Apenas o partido liberal Neos, que tem 10 dos 183 deputados, manifestou-se em defesa do acordo, rejeitado tanto pela social democracia quanto pela direita e extrema-direita.

O vice-líder social democrata, Jörg Leichtfried, admitiu que a decisão foi em defesa dos agricultores locais: “O acordo teria sido ruim para a nossa agricultura, mas especialmente para a proteção climática e os direitos trabalhistas na América do Sul.”

O diário austríaco Die Presse ilustrou a notícia da decisão com a foto de uma queimada na Amazônia,  com a legenda “a derrubada da floresta e as queimadas no Brasil provocaram a rejeição do acordo”.

O acordo foi vendido pelo governo Bolsonaro como sua primeira vitória diplomática internacional.

Quando o desmatamento recorde e as queimadas na Amazônia se transformaram em uma crise internacional, o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou Bolsonaro de “mentiroso”, por supostamente não cumprir promessas que havia feito em encontro no Japão.

O entorno do presidente brasileiro reagiu com uma escalada de ofensas.

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Galvão, um cientista respeitado em todo o mundo, foi demitido depois de polemizar com Bolsonaro.

Só quando o agronegócio se viu ameaçado com a perda de mercados por causa de um eventual boicote de consumidores, o governo brasileiro recuou e passou a mobilizar recursos para combater as queimadas.

Porém, o dano à imagem do Brasil já estava feito no Exterior.

A posição do governo Bolsonaro em relação à questão climática e à defesa do meio ambiente e da Amazônia permanece dúbia.

Há uma semana, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, em discurso na Heritage Foundation, em Washington, denunciou um certo “climatismo”, que seria uma espécie de conspiração e teria o objetivo de ceifar liberdades individuais.

O condicional deve-se ao fato de que o discurso foi um tanto confuso ou enigmático — depende da interpretação ou do ponto-de-vista de quem assistiu.

A fala foi definida por um colunista do diário Washington Post que estava presente como baboseira — ou, no popular dos norte-americanos, o famoso bullshit.

Como o Brasil não apresentou nenhum novo compromisso climático desde que Bolsonaro assumiu, de maneira inédita o País não terá participação na Cúpula do Clima das Nações Unidas, que acontece na próxima segunda-feira, 23.

Estados Unidos, Arábia Saudita, Japão, Coreia do Sul e Austrália também não terão direito a discurso no evento, que antecede a abertura da Assembleia Geral.

Alegando questões médicas, o presidente Jair Bolsonaro ainda não confirmou presença em Nova York. O Brasil tradicionalmente faz o discurso de abertura da Assembleia.

Encontros bilaterais que Bolsonaro teria com outros líderes já foram cancelados.

Apoiadores do presidente brasileiros, liderados pela deputada federal Carla Zambelli, fazem campanha para que Bolsonaro não viaje.

Anteriormente, ele disse que faria o discurso em Nova York mesmo que fosse “numa cadeira de rodas”.

Um dos maiores parceiros de Bolsonaro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cancelou a viagem.

Com 95% dos votos apurados, a coalizão liderada por Bibi está perdendo por 56 a 55 assentos para a centro-esquerda, nas eleições recém-realizadas em Israel.

Um impasse, já que nenhum dos blocos deverá alcançar os 61 assentos necessários para formar maioria.

É possível a formação de um governo que inclua o partido de Bibi, o Likud, mas sem a participação do parceiro de Bolsonaro, que governa há dez anos e é alvo de várias denúncias de corrupção.

Se Bibi perder o poder, será o segundo peixe de Bolsonaro a cair no ostracismo em pouco tempo: o presidente da Argentina, Maurício Macri, já tem data para ser guilhotinado.


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Comentários

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Renato

E o gado? O gado continua mugindo e alguns, que sofreram mutação, zurrando… Muuuuuuu! WoohoohoohooHOO!

Zé Maria

Outra pro Catálogo de Vergonha Alheia do Reverendo Araújo:

Em reunião com investidores e empresários, nos EUA,
Ministro Ernesto Araujo fez críticas a levantamentos
baseados em satélites, como os da NASA, que, segundo ele,
não diferenciam “fogueiras de acampamento” de “grandes incêndios.”

A Nasa, agência espacial americana, por sua vez,
reportou que 2019 foi o pior ano de incêndios na floresta
desde 2010, com “perceptível aumento de focos
de queimadas grandes, intensas e persistentes ao longo
das principais rodovias do centro da Amazônia do Brasil.”

O monitoramento da Nasa é feito justamente por satélites
que, segundo especialistas, são os primeiros a detectar
queimadas em áreas remotas.

Os satélites que fazem o monitoramento de queimadas
só identificam incêndios maiores do que 30 metros,
sendo impossível a detecção de fogueiras menores
do que isso ou queimadas que afetem somente o chão
de matas fechadas …

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/09/nos-eua-araujo-diz-que-satelite-nao-diferencia-fogueira-de-acampamento-de-incendio.shtml

Cleber

E a extrema imprensa segue na sua parcialidade em prol de seus interesses. Informar que é bom, nada! Que tara é essa em torcer contra o Brasil?

Rosicleia Tôrres Liarte

Uma vergonha esse arquivo de última.

Naoede sua conta

Não matou de vergonha com Lula um presidente que não sabia ler e Dilma que só falava merda!
Bolsonaro na ONU vai tira de letra se bem que essa ONU não serve pra nada.
A população dos países da África uma grande maioria continuam morrendo de fome .
A guerra nos países mulçumanos continuam.
Estados unidos ainda acham que são os donos do planeta .
E agora por último apareceu um tal de “lacron”,esse só quer “lacrar” um louco que acha que a França e dona da Amazônia.
Não se preocupe DR° se vc não quer morrer de vergonha e só não ir e simples.????

    magda

    realmente bozo tira de letra pois slo fala po monossílabos tem que levar cola na mão!! o “analfabeto” é indicado a um Nobel e reconhecido por todos os países onde andou como um estadista!!

Danilo

Reportagens extremamente tendenciosas mostra só mostra que seus autores são contra o crescimento do nosso Brasil! Sempre vão procurar fazer reportagem para decredibilizar o governo.

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