As usinas atômicas e a atividade sísmica

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Nosso amigo Anônimo recomendou e, de fato, os gráficos do Washington Post sobre os acontecimentos na usina de Fukushima, no Japão, são os melhores que vi por aí.

O que aparece acima combina áreas de atividade sísmica (muito alta, alta, moderada, baixa) com a posição das usinas nucleares existentes no mundo.

Para ver o conjunto de gráficos, clique aqui.


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Comentários

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Mauro Toshiuki

Ainda bem que o Hugo Chaves foi inteligente o suficiente para perceber que sendo a Venezuela sujeita a terremotos a construção de usinas nucleares lá seria assumir um risco grande e desnecessário. A ele sim muito obrigado, já ao Mercadante espero que reflita melhor sobre suas idéias e desista do projeto nuclear brasileiro, em todo caso se ele se candidatar a prefeito de sampa dessa vez não terá meu voto como teve como candidato a governador pois parece que temos aspirações diferentes para nosso povo. Prefiro morrer de outra forma qualquer e não por contaminação radioativa.

Melinho

ENTENDA DE ONDE VEM AS PRESSÕES CONTRA BELO MONTE

Lobby da indústria nuclear no Brasil é violento, diz ex-diretor de Angra

Dayanne Sousa – No JB online

PublicidadeSÃO PAULO – O medo de um grande acidente nuclear que hoje vive o Japão deveria desestimular projetos de construção de usinas nucleares no Brasil, opina o professor Joaquim Francisco de Carvalho. Ele, que já foi um dos diretores da empresa responsável pelas usinas de Angra 1, 2 e 3 (antiga Nuclen, hoje chamada de Eletronuclear), acredita que o Brasil não precisa correr tamanho risco e revela: "Há um lobby violentíssimo da indústria nuclear".

Pois é. São os lobistas da indústria nuclear, aliados à velha mídia (o famoso PIG), ao PSDB, DEM, PV que são contra à construção da usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ainda ontem eu vi um vídeo no blog da Dilma Presidente (salvo engano) com um lobista dando uma explicação mirabolante sobre porque não devemos ter medo da energia nuclear. A comparação que ele fez entre a energia gerada pelos reatores nucleares, pelas termoelétricas e pelas hidrelétricas foi uma (des) graça. Ele não disse, por exemplo, que a energia nuclear é, no atual quadro econômico mundial, a mas cara delas. Disse que uma barragem de uma usina hidrelétrica pode também ceder durante um terremoto, o que é verdade. Mas esqueceu de dizer que a energia hidrelétrica continua sendo a mais barata, a mais limpa e a mais segura.

Também não disse que radiação não tem cor, cheiro ou sabor e que a radiação que foi liberada dos reatores de Fukushima vai provocar câncer em muita gente nos próximos anos. Também não disse que muitas das crianças japonesas que nascerão no futuro serão portadoras de deformidades. E tudo isto por conta da radiação que vazou de Fukushima.

E que o Brasil com o seu potencial hidrelétrico pode esperar mais um pouco pela energia nuclear. Isto porque a pesquisa no campo da utilização do tório (atualmente a obtenção de energia nuclear é feita pela FISSÃO dos átomos de urânio) como combustível nuclear vai receber, depois do acidente no Japão, um aporte financeiro considerável. E os pesquisadores provavelmente voltarão a pensar no processo de FUSÃO do átomo. A China já anda pesquisando a utilização do tório há algum tempo. O Brasil tem gente qualificada para entrar de cara nesta pesquisa.

Portanto, lembrem-se disto: tem muito dinheiro por trás dessa resistência à construção de mais usinas hidrelétricas no Brasil.

Antonio Alves

Penso que diante do ocorrido no Japão, nossas dificuldades para dar início à construção de hidrelétricas de Belo Monte e outras, diminuam consideravelmente, e que essas ONGs mercenárias, essas, que sabemos que defendem interesses estrangeiros em nosso território, comecem também a perder força

augusto

atn azenha, inernautas:
obamapolio vem ai.
Começar agora mesmo a campanha nos blogs: "Obama, o pre-sal é inegociavel'

Anônimo

Azenha, sou leitor assíduo do seu blog e fiquei muito feliz ao ver minha pequena colaboração em destaque.

Um dos fatores que torna o gráfico do WP importante é o desenho correto da localização da piscina de combustível exaurido (mas altamente radioativo e gerador de calor), que fica na parte superior da construção. Aliás, essa característica do projeto está sendo muito criticada.

Ontem mesmo, eu li artigos de acadêmicos americanos, provavelmente mal informados, que faziam pouco caso da explosão no andar superior, mas a verdade é que elas podem ter sido danificadas e estarem parcial ou totalmente secas e, nesse caso, é uma situação muito grave e mais uma frente de trabalho em um ambiente extremamente hostil. Confesso que estou pessimista, o complexo nuclear está cheio de problemas que parecem só aumentar com o passar do tempo.

PS – O Jornal Nacional de ontem apresentou um gráfico horrível, onde a referida piscina foi desenhada enorme e ao lado do prédio da usina.

Gerson Carneiro

Quem pariu Mateus, que balance.

Marcelo de Matos

O mais engraçado é que querem impendir atividades nucleares no Irã.

    Gustavo Pamplona

    Tinha falado disto aqui outro dia… E você Marcelo de Matos tinha até me respondido, segue o comentário:

    —-
    Sabendo que o Irã também é frequente vítima de terremotos, como é que teria sido se tivesse acontecido um acidente nuclear por lá?

    Provalvemente a imprensa internacional com os EUA, União Européia e todo mundo sentariam o pau em cima do Ahmadinejad.

    Mas NÃOOO!!!! Como isto ocorreu no Japão e já que alinhado com o Ocidente…é outra história.
    —-

Marcelo de Matos

Caraca. Essa é a perfeita visualização de uma tragédia anunciada.

FrancoAtirador

Depois de o jornal mais importante do país, o "Yomiuri Shimbun", ter dedicado o editorial de ontem a criticar a lentidão e "a forma de dar informações do governo", um especialista em energia nuclear juntou a sua voz à do diário.

Iouli Andreev – especialista em segurança nuclear e um dos homens que participaram nas limpezas de Chernobyl depois do desastre de 1986 – disse à Reuters que a ganância da indústria e a influência empresarial sobre a AIEA terão contribuído para o desastre japonês:

"Depois de Chernobyl, toda a força da indústria nuclear foi direccionada para esconder o acontecimento, para não manchar a sua reputação."

Fonte: ionline.pt

FrancoAtirador

O QUE A MÍDIA OLIGÁRQUICA OCIDENTAL ESCONDE

Neste caso, de iminente acidente nuclear de grandes proporções no Japão,
há uma questão político-empresarial mercantil,
diretamente relacionada à segurança das usinas nucleares,
que os governos e a mídia oligárquica dessas "potências" ocidentais
estão tentando esconder da população, desviando o assunto:

A PRIVATIZAÇÃO DAS USINAS NUCLEARES

Não é a primeira vez que a TEPCO (Tokyo Electric Power Company),
empresa privada que opera um terço do setor elétrico japonês,
que projetou, construiu e administra as usinas nucleares de Fukushima,
tem problemas relacionados à segurança no Japão:

Em 29 de agosto de 2002, o governo do Japão revelou que a TEPCO era culpada de divulgar informações falsas à fiscalização governamental de suas usinas nucleares e ocultação sistemática de incidentes de segurança na planta dessas usinas.
Todos os dezessete de reatores de água fervente (em inglês: BWR = Boiling Water Reactor) foram fechados, após o resultado da inspeção.
Em 30 de setembro de 2002, foram afastados o presidente da TEPCO, Hiroshi Araki, e todos os membros da direção executiva da empresa, que acabou admitindo que, entre 1977 e 2002, em mais de duzentas ocasiões houve a apresentação de dados técnicos falsos às autoridades japonesas.

Ao assumir responsabilidades de liderança, o novo presidente da TEPCO assumiu um compromisso público garantindo que a empresa iria tomar todas as medidas preventivas necessárias para evitar fraudes e restaurar a confiança do país.
Até o final de 2005, a geração nas usinas suspensas havia sido reiniciado, com a aprovação do governo.

Em 2007, entretanto, a empresa anunciou ao público que uma investigação interna revelou um grande número de incidentes não declarados.
Entre eles, uma unidade de criticidade inesperada em 1978 e falsa sistemática de informações adicionais, que não haviam sido revelados durante o inquérito de 2002.
Porém novamente a empresa não fez qualquer esforço para identificar os responsáveis.

Junto com outros escândalos em empresas japonesas de energia, esta falha para assegurar o cumprimento das normas técnicas de segurança, resultou em fortes críticas públicas à indústria de energia elétrica e ao governo do Japão.

Agora, em 2011, veio à tona um outro dado importante, que diz respeito ao projeto de construção das usinas nucleares japonesas:

A TEPCO, no projeto original de construção das usinas nucleares de Fukushima, não previu a possibilidade de ocorrência de um evento como este que atingiu a costa japonesa, tanto que o tsunami ultrapassou a barreira de contenção, construída externamente à usina, e inundou os geradores de segurança, a diesel, que estavam localizados abaixo do nível do mar, deixando toda a estrutura sem alternativa de geração de energia elétrica.
Este foi o fator fundamental desencadeante de todo o processo de falhas subsequente.

Detalhes em: http://archives.cnn.com/2002/BUSINESS/asia/09/02/
http://en.wikipedia.org/wiki/Tokyo_Electric_Power

    Gustavo Pamplona

    "…os governos e a mídia oligárquica dessas "potências" ocidentais estão tentando esconder da população, desviando o assunto"

    Isto não é novidade… o mais interessante é que outro dia assisti na Globo uma "reporcagem" em que eles criticaram a Chernobyl falando que o desastre lá aconteceu por que o estado russo era fechado (e vocês sabem muito bem o que eles pensam do comunismo)

    E até cheguei a ouvir uma falácia da boca do Marcos Losekann (o jornalista que fez a reporcagem) dizendo que o governo russo admitiu 15.000 mortes mas que segundo ONG's foram mais de 70.000.

    O mais interessante é que esta mesma mídia oligárquica está fazendo o possível para minimizar o número de mortos. Ontem a Globo nem falou o número, disse apenas em "milhares". Já está em quase 4000 o número de mortos.

    E respondendo seu outro comentário, a AIEA é digamos uma outra extensão do governo americano, não serve para nada… enquanto países alinhados podem muito bem desenvolver energia atômica outros como o Irã simplesmente não podem

    Este desastre nuclear está sendo até bem didático… está mostrando outra "hipocrisia" do mundo.

    E como você falou em mídia oligárquica, segue minha assinatura com o PORCO.

    —-
    Gustavo Eduardo Paim Pamplona – Belo Horizonte – MG
    Desde Jun/2007 fazendo história no "Vi o Mundo"! ;-)
    Fundador do PORCO – Partido de Oligarcas Representantes de Capitalistas Opressores (PIG)

    ratusnatus

    Essa notícia não passou pelos meus padrões de qualidade.

    Me diz uma cosia, se todos os BWR foram desligados, porque este esta derretendo?

    O problema da notícia com defeito é que não se sabe até onde vai este defeito.

    FrancoAtirador

    .
    Tudo bem.

    Você deve ter chegado agora há pouco do Japão,

    por isso não sabe de nada do que está acontecendo.
    .

Gustavo Pamplona

Legal! então acho que vocês vão gostar de conhecer este site. ;-)
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