Artur Henrique: A propaganda enganosa e os mitos da carga tributária

Tempo de leitura: 3 min

A propaganda enganosa e os mitos da carga tributária

por Artur Henrique, presidente da CUT, em seu blog

Um certo tipo de crítica que se faz à carga tributária brasileira esconde propósitos muito egoístas, apesar da aparência patriótica. É uma campanha que tem até painel eletrônico numa rua da capital paulista – o “impostômetro” de uma associação empresarial – e humorista de televisão se fingindo de frentista de posto para vender gasolina mais barata, “sem imposto”. Algo que os patrocinadores dessas ações querem de verdade, mas tentam ocultar, é a diminuição dos investimentos do Estado em programas sociais ou em políticas de transferência de renda como o Bolsa Família.

Essa conclusão salta aos olhos diante de um levantamento divulgado recentemente pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Alguns de seus dados contrariam abertamente a mais comum das críticas, a de que o governo federal tem aumentado seus gastos com a folha de pagamento ou com o “inchaço” da máquina.

Em 2002, último ano de FHC, o governo federal gastava 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) com pagamento de pessoal. Em março de 2010, depois da “gastança”, do “aparelhamento” e outras imprudências atribuídas ao governo Lula, a folha de pagamento dos servidores consome… 4,8% do PIB. Houve, sim, aumentos salariais e contratações, essenciais para o processo de recomposição do Estado, mas dentro de uma lógica de acompanhamento da arrecadação e do crescimento da economia. Aliás, esses investimentos também funcionam como motivadores do crescimento econômico.

Por outro lado, os programas de transferência de renda, que em 2002 correspondiam a 6,4% do PIB, em março de 2010 saltaram para 9,1% do PIB, o que representa algo em torno de R$ R$29,6 bilhões de reais. Assim, se a carga tributária fosse simplesmente reduzida, como bradam analistas e empresários, as políticas públicas e sociais estariam entre as mais fortemente atingidas.

Para esses analistas, quando o Estado aplica recursos em programas e projetos para combater a fome, a miséria e diminuir as desigualdades sociais existentes, isso é de política assistencialista. Mas quando o estado fortalece os bancos públicos, garantindo recursos para os investimentos privados a juros subsidiados por toda a sociedade, aí eles aplaudem.

Outro dado do levantamento desfaz a crença de que o atual governo vem sistematicamente aumentando a carga tributária, enquanto o governo anterior – atualmente na oposição e querendo voltar – era mais comedido. Entre 1998 e 2002, período do segundo mandato FHC, marcado por momentos de forte retração da economia, de desemprego e doação do patrimônio público, a carga tributária da União subiu 3,32%. Em sete anos de governo Lula, a quantidade de impostos arrecadados pela União subiu 1,02%. Bem menos, e sem vender ou doar nenhuma empresa pública, ao contrário.

A carga tributária está em torno de 34% do PIB. Mas não se trata de loucura sem paralelo no mundo civilizado, como querem fazer parecer muitos analistas por aí. Essa proporção está na mesma faixa de países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha e muito, muito abaixo de nações com forte estrutura de bem estar social, como Suécia e Dinamarca. Sem os impostos, como investir no papel social do Estado, nas políticas públicas?

O debate correto seria discutir a qualidade dos gastos, as prioridades, o orçamento participativo, e outros instrumentos que garantam que o Estado esteja realmente a serviço da maioria da sociedade.

Para os trabalhadores e trabalhadoras, mais importante que a proporção dos impostos em relação ao PIB, é chamar a atenção para quem é mais penalizado. Segundo estudo do economista Amir Khair, famílias que ganham até 2 salários mínimos pagam quase 49% de sua renda mensal em impostos. Já os mais favorecidos, que ganham acima de 30 salários mínimos por mês, comprometem 26,3% de sua renda com impostos. Muito menos.

Então, o desafio é alterar essa lógica perversa e criar um modelo tributário progressivo: quem ganha mais, paga mais. Quem ganha menos, paga menos. Voltaremos ao assunto.

******

Nota do Viomundo: Fabrício e Estevam questionaram nos comentários os números. Por precaução, contatamos a CUT, que nos informou que os dados estão corretos.  De março de 2009 a março de 2010, o PIB acumulado é de R$3.251 trilhões. Desse total, 9,1%  estão sendo  investidos em programas de transferência de renda, ou seja, em torno de R$ R$29,6 bilhões. Atentem à tabela do Ministério da Fazenda elaborada com dados do Banco Central.


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Comentários

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Benedito

Quero parabenizar o Arhur Henrique pelo seu lúcido artigo. A diminuição da carga tributária só interessa aos ricos, que não necessitam tanto dos serviços públicos, tais como educação e saúde. Dos serviços públicos, eles defendem mesmo é a segurança pública, já que a privada não é suficiente para que possam desfrutar do dinheiro ganho, nem sempre honestamente, e economia com o não pagamento de impostos, com tranquilidade, e que seja truculenta contra os injusitçados e os movimentos sociais que lutam por melhor distribuiçao de renda .

Alberto

Azenha, instale um pedagiômetro de São Paulo no alto do seu blog. Que tal comparar?

william porto

A carga tributaria no Brasil e uma imoralidade. Veja-se o caso da energia eletrica aqui em Pernambuco, o governo fica com quarenta e cinco por cento. E ninguem chia, Acho isso um absurdo.

Estevam Silva

Azenha, continua muito errado! R$3,251 trilhões * 9,1% dariam incríveis R$0,296 trilhão, ou seja, R$296 trilhões, que é claramente um número absurdo! Essa tabela mostra que 9,1% *** das despesas do governo *** são referentes a transferência de renda!

Mc_SimplesAssim

Tudo bem apoiar o governo Lula e sua candidata dona Dilma, sabe-se lá por qual motivo, mas é preciso preservar o espírito crítico.

Se por um lado, o fator previdenciário foi mantido sob o pretexto de evitar gastos adicionais com os futuros aposentados, não nos esqueçamos que a brilhante e imexível equipe econômica subiu a taxa de juros da dívida pública aumentando os gastos adicionais com os grandes especuladores internacionais, para não dizer crime organizado.

Muita calma nessa hora.

    Carlos

    "…equipe econômica subiu a taxa de juros…"
    Mantega e Bernardo integram o COPOM?

carlos hely

Aqui nas minas gerais o nosso governador do PSDB cobra 30% de ICMS sobre o valor da energia. Um roubo!

cecel peixoto

Acho que deveriamos fazer uma vaquinha, e bancar um painel do sonegômetro…

Hildermes Medeiros

Como referido, a não ser aqueles impostos pessoais como imposto de renda, empresário algum paga impostos sobre o produto, que são levados aos custos, e repassados ao consumidor nos preços dos produtos que vende. Os impostos indiretos simplesmente arrecadam e repassam. Por isso, não fica estranho esse impostômetro dos empresariado em São Paulo? Tinha que ser em São Paulo! Que mudança, empresários defendendo trabalhadores! Pelo visto, e partindo do empresariado paulista, em pouco tempo o Brasil implanta o socialismo, quiçá o comunismo, porque com menos impostos atender as demandas sociais e permitir que o Estado cumpra suas funções não seria possível com a economia de mercado. Alvissaras!

Hildermes Medeiros

Como referido, a não ser aqueles impostos pessoais como imposto de renda, empresário algum paga impostos sobre o produto, que são levados aos custos, e repassados ao consumidor nos preços dos produtos que vende. Os impostos indiretos simplesmente arrecadam e repassam. Por isso, não fica estranho esse impostômetro dos empresariado em São Paulo? Tinha que ser em São Paulo! Que mudança, empresários defendendo trabalhadores! Pelo visto, e partindo do empresariado paulista, em pouco tempo o Brasil implanta o socialismo, quiçá o comunismo, porque com menos impostos atender as demandas sociais e permitir que o Estado cumpra suas funções não seria possível com a economia de mercado. Alvissaras!

SáeBenevides

Prezado Azenha,,
não diz respeito a esse assunto específico, mas tenho que enviar um comentário:

O Globo On Line de hoje, 15/07 noticia:

O Tribunal de Justiça do Paraná condenou um ex-prefeito de Maringá a devolver cerca de R$ 500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luis Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.

Qual o partido desse “ex-prefeito do Paraná, Jairo Gianoto”? O Globo não sabe. Por que o Globo não saberia?

Mas, eu posso informar . É do PSDB

Ivan Bispo

A nossa carga tributária é muito baixa. Empresas chegam e poluem nossas águas sem o mínimo cuidado. Despoluir nossas águas custam muito dinheiro. A responsabilidade social de uma empresa é mínima.

Carla Lipton

No Brasil atual, precisamos de muitos impostos para sustentar uma máquina pública inútil e cara, eu falo da máquina concursada mesmo, fora a máquina pelega e sindical, ainda mais inútil, infelizmente beirando a desonestidade. Será que trabalham mesmo???? tem ex integrante do MST que fundou ONG prestadora de serviços para a Petrobrás, que hoje tem mansão e carro importada na garagem em Brasília, é por essa e outras que os impostos não caem no país, além de claro ter que pagar a dívida pública. Lula recebeu 1,2 Trilhões de FHC e vai passar quase 3 Trilhões para o próximo.

    Emilio_Matos

    Carla, dá uma olhada no link o José Antonio Rocha postou mais abaixo: http://meiradarocha.jor.br/news/2010/04/07/a-impo

    Você conseguirá ver que a arrecadação brasileira per capita é muito menor que nos países mais ricos (É quase tautológico isso, impressiona como é necessário dizer). Não existe essa história que o Brasil tem muitos impostos. Em porcentagem do PIB, está no mesmo nível dos outros países. Em arrecadação per capita, que é o número que tem que ser visto para se analisar a qualidade dos serviços prestados, é bem menor. Mais de 6 vezes menor que a da Noruega, por exemplo.

    Não há como negar que seria possível melhorar a qualidade dos gastos, aumentar a eficiência, diminuir os desperdícios. Mas não dá pra fazer milagre, com um orçamento tão menor. Nem fazer milagre, e muito menos reduzir ainda mais.

    Como o artigo propõe, a discussão correta parece ser corrigir as distorções da arrecadação, discutir prioridades, etc…

    Carlos

    "ex integrante do MST que fundou ONG…"
    Nome da pessoa e fonte da "informação", por gentileza.

    Alguém do PT na linha possa responder sobre a dívida pública?

Felipe Amaral

O pior é que o capital e o que os representam fazem campanha absurda contra a tal da carga tributária, querendo tornar censo comum que os impostos devem ser diminuídos. Pergunte para um pobre, que morreria sem a saúde pública (apesar de seus problemas), e ele vai ladrar contra os impostos. Eles querem defender seus próprios interesses atacando a carga tributária. Se estivessem pensando na sociedade e no país, atacariam o modelo de tributação, a corrupção de políticos e políticas (muitas vezes associados a grandes corporações que "mamam" no Estado) e principalmente na forma de prestação de serviços públicos para a população. O artigo diz tudo. O que existe sobre esse tema na mídia é hipocrisia sustentada na desinformação da população.

Jairo_Beraldo

Carnero, veja o que escrevi….my god!

    Gerson Carneiro

    Óh mai Padim Ciço… Berardão, não tô conseguindo ver… pris, me acode.

Marcelle

Gente, os numeros estao certos: Sao 3 trilhoes e 251 bilhoes, nao 3 mil trilhoes. Acho que nem os EUA tem um pib de 3 mil trilhoes!

    Mircon

    3 Trilhões x 10% = 300 Bilhões
    3 Trilhões x 9% = 270 Bilhões
    3 Trilhões x 0,9% = 27 Bilhões

    3,251 Trilhões x 9,1% = 295 Bilhões

    A matemática é clara e algum dos dados foi informado errado!

Eugenia

Esse papo sobre os impostos no Brasil, é sinal que estamos bem seguros do que queremos para o nosso país e para o nosso povo. A vida está aí, agora é com a gente. Prcisamos expugar esses falsas morais do planeta. Esses sonegadores burgueses. Vamos mudar esse país, a hora é essa. Dilma 2010, e o resto que busquem sua integridade moral. Chega de vagabundos em nossas vidas. Estejamos de olho, porque o resto é conosco. Dilma 2010!!!!

Mircon

Azenha, há algo de errado aí!
9,1% de 3.251 Trilhões = 295 Bilhões.
Ou seja, 10 vezes mais do que o valor que a CUT afirmou.
Quem está ficando com os outros 266 Bilhões? (295-29)
Tem algum dado errado aí!
Os investimentos em transferência de renda não seriam apenas 0,91%?
Ficou confuso!
Abraço.

luis

Comparar governo Lula e FHC já está ficando um tédio. Todas as receitinhas do neoliberalismo foram testadas pelo "príncipe". Basta lembrar mais uma comparação: no setor elétrico, a lógica do período FHC era leiloar para encher os cofres do governo e…; no governo Lula é a modicidade da tarifa. O PROBLEMA É QUE EU ACHO TAMBÉM QUE UM PRESIDENTE DA CUT DEVERIA SER MAIS REIVINDICATIVO E MENOS GOVERNISTA!

De Paula

Faltou a CUT informar: Do impostometro, que parcela cabe à União, ao Estado e ao Município. Enquanto está no painel está tudo muito bonito e a classe média burra até bate palmas. Agora, quero ver a chiadeira que vai dar, se mexerem no IPI, ICMS e ISS e no IRPJ e IRPF, na hora dos repasses constitucionais,

Denise

Gostei da ideia do sonegometro, pois essa é a realidade. Falam dos impostos ,mas vivem sonegando. Se houvesse meno,s sonegacaoprovavelmente a txa diminuiria. Conheco muitos empresarios que criticam o governo pelos impostos,que o governo rouba e etc, mas compram R$ 15.000,00 , R$ 20.000,00 reais em mercadorias e fazem notas fiscais de saídas de R$ 700,00 , R$ 2.000,00 e isso todo mês e masa diferenca nao e colocada como estoque. Simplesmente nao declaram as Notas Fiscais de compra.
E ainda se acham honestos e bradam contra a pesada taxa de impostos , que na realidade nao, pois quem paga e o povao. Cadê as mercadorias mais baratas dom a retirada da CPMF????
Nem boi dorme mais com essa conversa!!!

    Pitagoras

    Denise, reparou que esses cara-de-pau se uniram de norte a sul para derrubar a CPMF. Porquê? Afinal eram uns trocados que pagavam em relação a Imposto de Renda IPI, ICMS, PIS/COFINS, ISS, que sonegam.. A questão é que a CPMF era um imposto que permitia ao fisco detear facilmente, com um mínimo de custos, os sonegadores, além de praticamente insonegável. Era o pavor dos sonegadores e escroques. Porque, em vez de brigar para eliminá-la, não propuseram uma alíquota menor, mínima? Porque continuaria a expor ao fisco suas patranhas.. 0,1% não pesaria nem no bolso de um desempregado, mas escancarava ao fisco sonegação, lavagem de dinheiro, remessas ilegais, etc, toda sorte de bandalheira.
    Repito, é um monte de pilantra travestido de moralista.

    Angelo Frizzo

    É isso Denise.
    Desde que comecei a trabalhar como contador em empresas, ha mais de 40 anos, sempre rolou uma afirmação entre os profissionais da área: PARA CADA REAL ARRECADADO, DOIS SÃO SONEGADOS.
    Vendas sem nota, com meia nota, fiscalização ???, etc.etc.
    E isso não mudou muito até hoje . Até mudei de profissão(contador)para não ir preso no lugar deles(os empresários). Não dá para assinar balanços no Brasil. No mínimo, está 1/1, ou seja, dam arrecadação deste ano(prevista em torno de 1,2 trilhão), MAIS UM TRILHÃO E DUZENTO BI SERÃO SONEGADOS. Grana no bolso dos "coitadinhos do impostômetro.
    E nós sabemos , quanto mais sonegação, mais o governo tem que aumentar os impostos.

Pitagoras

Esses impostores, autores desse tal de impostômetro, deviam é colocar ao lado de seu reloginho outro: o SONEGÔMETRO, que mediria o que mais se faz nesse país. Cálculos de várias fontes dão conta de que para cada real arrecadadado outro é sonegado. É o esporte nacional. Quantos de nós não praticam a clássica "com nota ou sem nota?" para ganhar uns trocados de desconto, sem se conscientizar do profundo vício social que ajuda a propagar? Os mais "conscientes", principalmente empressários e comerciantes, "racionalizam": o governo não sabe gastar" ou "não vou dar dinheiro prá político ladrão".
Depois vêem estes panacas fazer charlatanice com a desgraça tributária nacional.
Vão pagar teus impostos, bando de parasitas sociais. Protestem contra a sonegação, contra o mal uso dos recursos arrecadados. Mas isto não fazem! Querem mesmo é não pagar impostos.
Ocorre que os impostos é o preço que pagamos pela cidadania, virtude e direito que voces não exercem.

    Pitagoras

    Ah, ia esquecendo. Além de não pagarem impostos querem também é mamar nas tetas dos governos, outro esporte nacional.
    Enquanto o povo não se empoderar e exercer seu papel de fiscalização e vigilância essa cambada de impostores vigaristas continuarão a ditar o triste destino de nosso país.

Leônidas

Concurso não é pra qualquer um não, tem de estudar.
Emprego na empresa de padrinhos é mais fácil.
Mas eu não vejo os concursados reclamando dos salários do "QI" (quem indica) da iniciativa privada.
Acho que cada um tem de ficar na sua.
A inveja é que mata.

Augusto Gasparoni

A idéia do artigo é boa, e se justifica para combater a falsidade do argumento de altos impostos cobrados por este governo, no entanto o autor não foi muito feliz ao atribuir números ao texto. O assunto merece melhor embasamento e cunho didático para não cair em descrédito. Esses 9% de 3,2 trilhões não são 29 bilhões. Assim como o quadro apresentado não é auto-explicativo.
Tenho certeza que quem o fez pode fazer melhor, ou será texto só para iniciados? Não acho que o objetivo é este.
Considero ilustrativo o parágrafo do jornalista Beto Almeida (Serra,Bolívia e Irã….):
"O Brasil, com quase 200 milhões de habitantes, tem nos quadros de sua Polícia Federal, cerca de 50 mil profissionais. Para se dimensionar o esvaziamento da máquina pública pelas políticas neoliberais, o Canadá, com pouco mais de 20 milhões de habitantes, tem na Polícia Federal um efetivo de 180 mil homens. Agora, registramos a retomada dos concursos públicos pela dupla Lula-Dilma, procedimento que é visto pela crítica neoliberal como inchaço da máquina…."

A máquina tem que ser adequada ao serviço que deva prestar.

rita

eu acho que quem é assalariado devia pagar menos. salario não é renda, é sobrevivencia… acho que a faixa de isenção devia ser maior.

Gilmar Bueno

Vou dá meu pitaco:1º o montante/recolhimento da CPMF eram respectivamente 75% advindo da FIESP + FEBRABAN os outros 25% eram dos 14 milhões de brasileiros (eu aí) + tráfico/drogas/armas/bingos.Já nos países ricos, a ajuda vinculada ao tamanho da produção alcançou US$ 250 bilhões em 2008, derrubando preços internacionais e gerando concorrência desleal. Os campeões de subsídios são os EUA e a União Europeia, com 30% e 40% do total respectivamente, o que resulta em acúmulo de oferta e derrubada dos preços mundiais. No Japão e na Coreia do Sul, 90% da subvenção são também vinculados à produção.Outra aprendi que a Previdencia Social lá fora não faz parte do cálculo/impostômetro com aqui.Lá entra como poupança.Alguém aqui sabe quanto o governo gastou nas 91 milhões/doses da vacina do porco.Quanto gasta nos coquetéis/AIDS/ETC???Tem yankee aqui no pedaço pra me dizer se tem vacina de graça,lá???

joaquim machado

Que tal um SONEGAÇÔMETRO instalado lá na Praça da Sé?

Claudio

Na realidade o que estes defensores da diminuição de impostos querem, é se apropriarem de uma parcela de recursos que vão para os cofres do Estado. Todos sabemos que quem determina "preço" é o consumidor. Se hoje se paga 2 reais por uma Coca Cola, este é o seu preço de venda. E continuará sendo com -5 ou -10% de imposto. Esta diferença embolsa-se.
Quando da queda da CPMF, ilustres "economistas" afirmaram que a queda nos preços seriam da ordem de 8%, pois o imposto incidia "em cascata". Como vimos, os preços não sofreram qualquer variação negativa.

Lavrentiy P. Beria

Por quê que a BURGUESIA INDUSTRIAL E COMERCIAL não criam o SONEGÔMETRO??? Seria interessante a população saber o quanto se sonega nesse país.

    Matheus Santos

    Poxa, essa foi muito boa! SONEGÕMETRO já!!!! hehehehee

Davi Sensu

Gustavo, isso não caracteriza a "gastança" e o "aparelhamento", a proporção com relação ao PIB me parece um bom indicador da estabilidade do custeio de pessoal. Com o crescimento do país há uma tendência natural de aumento de salários e demanda por fiscais e agentes públicos em geral. O autor não está dizendo que não houve aumento salarial, agora é ruim aumentar os salários dos funcionários? Esse é outro mito, que os funcionários públicos ganham excessivamente bem. Assim como no setor privado os ganhos são muito desiguais, em poucos cargos se ganha muito bem e em muitos cargos o salário ainda é muito baixo. Para o bem do país tem melhorado, não me importo que o governo aumente os salários daqueles que ganham pouco, me incomoda quando os juízes e o legisladores aumentam os próprios salários, que já estão muito acima da média do país.

    joão

    vide que o aumento do salários dos funcionários públicos foi proporcionalmente um bocado acima do crescimento do PIB. isso traz uma conclusão lógica: o aumento nos gastos com funcionários públicos foi maior do que o aumento da produtividade dos trabalhadores no setor privado — a impressão grosseira é de que é uma distância razoável. agora cabe a pergunta: isso é o preferível?

    **************

    existe uma necessidade ABSURDA para reformar o setor público nesse sentido. vi que você comentou sobre o salário de juízes e outros. lembrei que existem concursados por aí que ganham 4000 reais para cuidar de almoxarifado. é absurdo, novamente. e é por isso que eu acho absurdo que se fale em um suposto mito da 'gastança'. gasta-se mal — a lembrar, só se reclama de gastança quando se gasta mal.

Carla Lipton

Tem uma coisa que este texto esconde…. ou finge não saber…. vamos a elas, relatório da ONU, publicado agora recente, informa que mesmo com essa carga tributária mosntruosa, nossa infra estrutura está em frangalhos, saúde precária e educaçao uma das piores do mundo, ou seja, pagamos uma carga norueguesa com serviços padrão sudão.

outra coisa mais bizarra ainda, que o nobre articulista desconhece, ou finge.. neste mesmo relatório da ONU, informa que se o Brasil fizesse a reforma tributária, desonerando os alimentos e medicamentos, isso teria um efeito ainda maior que os programas sociais de transferência do governo, o pobre paga quase 50% de impostos no Brasil por conta dos impostos sobre os alimentos. A não reforma, atende aos interesses do governo em manter o povaréu sob seu domínio e massa de manobra eleitoral.

    Emilio_Matos

    Carla, a arrecadação per capita norueguesa está próxima de 25000 dólares por ano. A arrecadação per capita brasileira, perto de 4000 dólares por ano. Isso significa que a Noruega tem mais de 6 vezes mais orçamento por habitante. Fica evidente a principal causa da diferença entre os serviços públicos dos dois países, não acha?

    Outra coisa é que o autor não finge desconhecer que a arrecadação brasileira é distorcida, ele cita o problema explicitamente. O penúltimo parágrafo cita o mesmo número citado por você: famílias pobres pagam 49% de sua renda em impostos.

    O último parágrafo do artigo diz claramente que a idéia do autor é que os pobres deveriam pagar menos impostos, e não mais, como acontece hoje.

    Neno Fogaça

    Resta saber se com a eliminação desses impostos em alimentos e medicamentos, reverteria para a população ou ficaria nas mãos dos produtores.
    A ONU acaba de assinar sanções contra o Irã.
    O tal relatório quer beneficiar quem?

    RAfael de O Silv

    Mais um que vai no posto de gasolina com nariz de palhaço!
    é os gastos aplicados, como fazer-lo…e uma pergunta: vc é a favor de quem ganha mais, tem que pagar mais????

    thiago vb

    Nossa, é incrível como você apenas comprova o que o autor do texto diz.
    Começa falando que os impostos brasileiros são noruegueses (que é um dos argumentos falaciosos denunciados no texto) e termina confirmando a tese final.

    Obrigado pela sua opinião, ela tem dupla função: reforça os argumentos do texto e exemplifica concretamente este tipo de gente que ele denuncia.

    Matheus Santos

    A ONU é o mesmo órgão que aprova sanções ao Irã e ao mesmo tempo se cega ao total senso de humanidade de Israel? É no relatório dessa instituição que devemos confiar? Conta outra……

    barreto

    a verdade é que com a redução do IPI muito dos produtos ao invés de baixarem os preços aumentaram, simplesmente porque para o comerciante o que importa é ganhar cada vez mais, é a lógica de mercado, quanto maior a procura maior o preço. Por isso, discordo de que a redução de impostos reduz necesariamente o preço de alguns medicamentos simplesmente porque a coisa não está ligada diretamente a outra. Os preços dependem de diversos fatores, não só da quantidade de impostos.
    Já pensei como a "ïnocente" Carla – que acredita em boas intenções do mercado e outras baboseiras- que a redução de imposto é benéfica par o país. Mas uma verdade atroz escondida sob este argumento: apenas num estado fraco é que podemos dispensar a cobrança de impostos e que quanto mais rica e desenvolvida uma nação maior são as exações fiscais.
    A reforma fiscal é necessária não para reduzir a carga tribuitária( que é razoável) mas para torná-la mais justa e eficaz.

    Leônidas

    A Reforma Tributária não sai por causa de SP.
    Somente por isso.
    A idéia é criar o imposto sobre o consumo, somente ele teria este escalonamento social justo.
    Só que ele seria recolhido no consumo e não na produção.
    Ou seja, SP perderia e ela não quer.

    joão

    nós já temos imposto no consumo. pelo que eu sei, aliás, o escalonamento social justo é o oposto que imposto sobre o consumo causa — uma percentagem no consumo afeta mais quem recebe menos do que aquele que recebe mais.

    para evitar a sonegação, sugiro uma das propostas das mal faladas organizações empresariais e comerciais de são paulo: o imposto único. ou algo perto disso, uma severa diminuição nas formas de cobrança.

    ricardo

    Sabemos que o Brasil é grande e tem muitos problemas, portanto demanda muitos recursos para promover as melhorias de que o país necessita. Como você disse, nossa carga tributária equivale à carga norueguesa. Mas me diga uma coisa: Para que a Noruega necessita de tanto imposto? É um país antigo, pequeno, sem muitas mazelas sociais e de população abastada. Não necessita de obras de infraestrutura nem de políticas de inclusão social. Então a conclusão para seu comentário é de que o Brasil praticamente faz milagre com os impostos que arrecada, pois com a mesma carga da Noruega é capaz de promover as políticas de inclusão social e as obras do PAC em um território de dimensões continentais.
    Não se iluda com a campanha furada que estão fazendo. São os países mais ricos os que menos precisam arrecadar imposto, e não precisa ser um gênio para perceber isso.

Edmilson

Esse percentual de transferências de renda englobam previdência social, seguro desemprego, benefícios de prestação continuada da assistência social (LOAS) e bolsa família. Só a Previdência corresponde a mais de 7% do PIB.

Vejam em (quadro 16):

Apresentação do PowerPoint
2 jul. 2009 … Secretaria de Política Econômica. 16. Resultado Primário do Governo Central …
Investimentos do Governo Federal e Petrobrás … http://www.planalto.gov.br/casacivil/foruns/stati…. –

Marat

Já falei e repito: há muitos empresários sérios, contudo, há muitos mais corruptos e sonegadores. Garanto que se tivéssemos um "Sonegômetro", as cifras seriam espantosas…

Emilio_Matos

Alguém me explique o que estou fazendo errado: Se é verdade que 9% do PIB estão aplicados em programas sociais de transferência de renda, então são 270 bilhões de reais por ano. Supondo que todas as famílias beneficiadas recebam o teto de 2400 reais por ano, teremos cerca de 112 milhões de famílias beneficiadas, o que é claramente incorreto, isso deve ser mais famílias do que as existentes no país.

O que eu (e outros comentaristas) estou entendendo errado?

Emilio_Matos

Azenha, então o número absoluto mencionado no texto está incorreto… 9,1% do PIB não são 29,6 bilhões de reais.

Mário Salerno

Azenha, só para lembrar, nesses 9,1% de transferência estão incluídos os pagamentos de benefícios da previdência. E a política de aumento do salário mínimo real afeta esses números. Ou seja, as políticas de transferência de renda são mais abrangentes do que parece à primeira vista.

leosfera

HOUVE CONTRATAÇÃO TAMBÉM, E REPONDO O DESMONTE DO ESTADO QUE VINHA DESDE O COLLOR. SEM PESSOAL, O ESTADO NÃO ATUA, SE NÃO ATUA, NÃO MELHORA A VIDA DAS PESSOAS. O ESTADO TEM TAMBÉM SE MODERNIZADO, COMBATENDO AS EVENTUAIS DISTORÇÕES. AFINAL, A QUEM INTERESSA O ESTADO MÍNIMO? MAIS: SE VOCÊ PRESTAR ATENÇÃO, SEU CÁLCULO ESTÁ IMPLÍCITO NO TEXTO.

    clemes

    Leosfera, por favor, letras minúsculas nos próximos comentários; é uma das normas do Viomundo. Só letra maiúscula parece que vc está gritando. abs

Fabricoi Vasselai

Abordagem interessante ao lembrar que o aumento de gastos com funcionalismo é um mito.

Mas os dados são duvidosos: de onde se tirou que programas de transferência de rende atingiram 9% do PIB? Ou seja, 100 bilhões de reais? Absurdo: o orçamento do Bolsa Família por exemplo não chega a 20 bi por ano. Tem que citar a fonte, link para o material. O texto aborda bem a questão, mas nem por isso se pode fechar os olhos para a má qualidade do material, que sequer é citado.

    Alberto F. Barbosa

    E o INSS não é política social? E a saúde não é política social? E o Luz para todos, não é política social? E o minha casa minha vida, não é política social? E o seguro desemprego, não é política social? E assim vai…

    joão

    mito? a folha salarial foi triplicada e estamos falando de um mito? os dados, em verdade, provam o seguinte: podemos diminuir os gastos do governo e, ao mesmo tempo, diminuir impostos e manter o bolsa família do jeito que está.

    a grande maioria dos funcionários públicos concursados de brasília sentem-se inclinados a votar na dilma por causa da expansão na oferta de empregos no setor — isso é uma percepção de todo mundo em bsb. volto a notar: como isso é um mito?

    a verdade é que esse texto ficou meio capenga — "aumentos salariais e contratações, essenciais para o processo de recomposição do Estado, mas dentro de uma lógica de acompanhamento da arrecadação e do crescimento da economia" são a razão dos aumentos salariais? tomando isso como toda a verdade por trás dos aumentos, o que eu discordo, o autor acaba nos dizendo que o aumento no poderio de arrecadação do estado toma como prioridade os aumentos salariais do funcionários públicos (EM MUITO) antes da diminuição dos impostos (o que quase nunca acontece no brasil).

    (foi meio inocente tb dizer que esses aumentos funcionariam como um "investimento" na economia. em como um aumento no salário de funcionários públicos será uma alocação mais eficiente do que a diminuição de impostos, ainda no sentido de "investimento"?)

    Carlos

    João aguarda resposta?

Gerson Carneiro

Conheci pessoas que diziam que com o fim da CPMF contratariam pelo menos mais um funcionário. Pois bem, a CPMF acabou e não cumpriram a promessa demagógica.

    voxetopinio

    Gerson, conheci desses também. Fixação Ideológica eu diria, você camou de promessa demagógiga. No fim é só egocentrismo moderno suicida.

    Jairo_Beraldo

    Carneiro, contrataram sim…de onde acha que vieram estes empregos, que Lula criou através de ajustes na economia?

    Gerson Carneiro

    Beraldo, não estou citando o governo, mas empresários que conheço que à época da discussão sobre o fim da CPMF faziam uso desse discurso de que não contratariam pelo menos mais um empregado por conta da existência da CPMF, e eu dizia que isso era demagogia. Como de fato não contrataram. Pelo menos os que eu conheço e que afirmavam isso.

    Jairo_Beraldo

    Como a MariaFro, tambem gosto das suas colocações…mas nem sempre concordo.Mas vc é bom…abraço!
    !

    Sagarana

    Pois é, pena que todos esses empregos que o Lula cria os empresários destroem ao primeiro sinal de crise.

thiago

Mas existe sonegometro na internet, confirem no link: http://www.etco.org.br/sonegometro.php

    Luiz Jornaleiro

    Obrigado. Mas é preciso ser mostrado pelo PIG, com o mesmo (ou até maior) destaque. Será?

Antonio Lyra Filho

O Impostometro recebe o devido apoio da TV Globo.

    Clarivaldo

    O pior:

    Não mostra quanto da arrecadação é feita pelo desgoverno paulista e parace que é tudo arrecadado pela União.

    É um absurdo. Mas o povão nem toma conhecimento.

    É um engodo. No começo, passava la e ficava agastado pela molecagem.
    Hoje nem ligo

José Silva

A única forma que um governo tem de corrigir a injustiças sociais é através de programas que necessitam de arrecadação de mais impostos para serem implementados. Não existe uma sociedade justa sem a mão do governo para corrigir as diferenças injustas, porque se for depender da classe empresarial deste país, o pobre vai trabalhar a troco de um prato de comida. Um país com uma carga tributária muito baixa só interessa aos ricos.

    Olho na oPósição

    São os conceitos de justiça e equidade de John Rawls!

Edinho

Perfeito!

Edinho

Com o devido respeito, o "impostômetro" é coisa de Impostores, ou melhor dizendo, gringos erronamente registrados como brasileiros mas que não escondem a ânsia de servir aos patrões do norte.

Aliás, não me ocorre um único imposto federal que teve a alíquota aumentada durante o Governo Lula. Enquanto isso, antes mesmo de assumir o governo do RS a sra. Yeda Crusius (daquele partido "anti-imposto") enviava à Assembleia Legislativa um projeto para aumentar a alíquota do ICMS… Não foi aprovado, mas também não fez falta. Junto com os governos de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal (!!!!!!!), o governo gaúcho foi um dos quatro flagrados pelo MP a "aplicar" os recursos da saúde no sistema financeiro…

nico

Imposto disfarçado é o aplicado aqui em SP com o nome de "pedágio". Aliás, o povo paulista é o mais onerado em matéria de impostos, pois paga o IPVA mais caro do Brasil, além da farra nas multas de trânsito e a proliferação dos pedágios caros. A tucanada deveria é ter vergonha desse impostometro que instalaram pensando acusar o governo Lula quando na verdade são eles os glutões dos impostos.

    Yacov

    Neste caso, especificamente, temo que terei de concordar com a tucaNADA… Se o sujeito quer ter carro ele que arque com o rio de impostos que acompanham o produto, pois o carro é poluente demais. O que não se justifica, a meu ver, é que com esta carga tributária toda que incide sobre os veículos, não haver dinheiro para fazer mertrÔ e transporte público de qualidade para os paulistas. Isso sim é um absurdo total. São 16 anos de governo e 12 Km de metrÔ… Não dá nem um km de metrô por ano… Como é que esse povo quer governar um país como o BRASIL??? Não teem a mínima condição. Não passam de prepostos de Wall Street.

    "O BRASIL DE VERDADE não passa na glOBo – O que passa na gloBO é um braZil para TOLOS"

    Clarivaldo-SP

    Quase concordo Yacov.

    Ocorre que o pedágio vai para a comida que chega de caminhão em Sampa.
    Ai eu também tenho que pagar o pedágio no meu feijão com arroz.

Roberto Locatelli

Esse impostômetro é uma impostura criada pelo sr. Afif Domingos, do Demo.

    Jose Antonio Rocha

    Planilha comparativa com carga tributária, arrecadação e PIB-PPC de todos os países do mundo: http://meiradarocha.jor.br/news/2010/04/07/a-impo

    Tem desenhos, para quem não entender.

    Jairo_Beraldo

    Afif, ao contrario de dos Ermírio de Moraes, é um abjeto. Saibamos separar o joio do trigo!

sergio

Ainda tem o seguinte: o que os empresários querem com a redução de impostos é simplesmente e tão somente aumentar a margem de lucro, que não é pouca. Alguém ai sentiu a redução de preços com a extinção da CPMF? O que eles diziam que era um imposto em cascata, virou lucro em cascata. Tão simples assim.

Se forem reduzidos impostos os preços dos produtos não vão cair.
E do jeito que os vampiros-empresários são vão usar a diminuição de impostos como pretexto para reduzirem salários, pois se você vive com o que ganha pagando os impostos que paga, se diminuir os impostos você não precisará ganhar o que ganha para continuar a viver. Logicamente que não farão isto de uma vez, mas ao menor sinal eles vão criar uma crise para justificar. Estes caras dão nó em pingo d'água para ganhar mais.

zé da mári

Texto genérico e impreciso….Duvido que os programas de transferência de renda atinjam 9 % do PIB….

Porque será que o autor não fala do quanto se paga de juros a banqueiros pelo governo dos trabalhadores????

    thiago

    Que eu saiba o nosso governo trabalhador, não paga mais juros a banco internacional depois que ele pagou a dívida externa do Brasil, criado pelo o seu governo neoliberal, patronal, etc.

augustinho

O estevam tem razão: um erro grande do autor. Uma questao de tres casas decimais. Os gastos da gastança social subiram NAO a 9.1 % do pIB mas a 0.91, menos de um por cento.
Faça-se uma errata porque a diferença é gigantesca.

Pedro Luiz Paredes

Sem contar que em muitos países com carga tributária semelhante à nossa não há ou há poucos beneficiados pela previdência social. No apanhado geral a assistência social também não é tão ampla como a brasileira porque não é todo País que tem tamanha necessidade. As aves que por aqui gorjeiam também gorjeiam por lá, ou seja, a força político econômica de cunho neo liberalista.

Pedro Tagua

Ótimo texto! Bom para demonstrar que os dogmas da direita, não resistem a uma analise mais detalhada. Como a direita vive da ignorância, e da falta de dialogo e debate, fogem da discussão honesta sobre a tributação no Brasil.
Perguntem pro Serra se ele faria uma reforma tributária justa? Nunca!

kalango Bakunin

o impostômetro
é uma impostura

deveria mostrar impostos
federais
estaduais
e municipais

aí o mussolini-da-mooca não iria lá

    LuisCPPrudente

    Esse impostômetro é tão falso quanto o interesse social que a Associação Comercial de São Paulo tem pelos mais pobres.

    Esse impostômetro da Associação Comercial não mostra o quanto o Estado de São Paulo consome, pois isto acabaria desmoralizando a própria Associação Comercial que costuma se aliar ao ex-governador impostor pai dos genéricos.

Jairo_Beraldo

"O governo da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, cogita aumentar certos impostos em busca de consolidação fiscal, disse um jornal alemão nesta sexta-feira, citando fontes anônimas do gabinete. O deficit da Alemanha, maior economia da Europa, deve crescer para mais de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, em parte devido ao aumento de impostos que o governo Merkel introduziu no início de 2010. "Nós estamos discutindo a implementação de um novo imposto, como um imposto sobre riquezas, mas um peso maior sobre um pequeno grupo de contribuintes", disse uma autoridade do governo ao jornal "Handelsblatt". De acordo com outras fontes da coalizão, o governo está reconsiderando descontos para o imposto sobre valor agregado de certos produtos. Contudo, membros do Parlamento alemão continuam a descartar qualquer forma de aumento de impostos, preferindo cortar gastos."

Luiz Jornaleiro

Concordo com alguns colegas: muito mais importante (e esclarecedor), seria o SONEGÕMETRO. Realmente é impressionante a cara de pau de alguns "empresários". Conheço alguns que sonegam até a "caixinha" de seus funcionários. E não esqueçamos da imprensa, que tem o hábito de sonegar informações quando é de seu interêsse…

alexis

Naquela história da gasolina sem impostos, em Minas Gerais, tentando dar uma sensação de Governo federal perdulário, esqueceram de dizer que o maior imposto de todos é o ICMS, o qual é do governo estadual.

dvorak

"(…)Essa proporção está na mesma faixa de países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha e muito, muito abaixo de nações com forte estrutura de bem estar social, como Suécia e Dinamarca. Sem os impostos, como investir no papel social do Estado, nas políticas públicas?(…)"

Acontece que nesses países, a educação, a saúde e outros serviços são de qualidade, no Brasil, não.Temos, sim, uma das maiores cargas tributárias do mundo e mesmo assim, precisamos pagar por segurança, educação, saúde etc etc.O imposto no Brasil, erradamente, recai sobre o consumo o que prejudica a parcela mais pobre da população…O resto é falácia de quem quer seus 15 minutinhos de fama, como o autor do texto acima que quer defender o indefensável..

    Emilio_Matos

    Dvorak, mas foi isso exatamente o que o autor acima disse no último parágrafo: parar de incidir mais sobre a parcela mais pobre e criar um esquema em que quem ganha mais paga mais. Vocês parecem estar concordando sobre isso.

    A péssima qualidade dos serviços públicos no Brasil não parece ser motivo para reclamações sobre a carga tributária, mas a reclamações para melhorar a qualidade, ué. Diminuir a carga tributária não vai fazer melhorar a qualidade, mas piorar. Essa frase eu ouvi até do próprio FHC.

    O que o artigo tem de importante, e que você ignorou, foi a desmistificação do mito do inchaço, aparelhamento do Estado e aumento da carga tributária.

    Charles

    Desculpe. O autor do artigo não está atrás de 15 minutos de fama, nem defende o indefensável. O que ele pretende é colocar a discussão no trilho certo. Vejamos " (…)O debate correto seria discutir a qualidade dos gastos, as prioridades, o orçamento participativo, e outros instrumentos que garantam que o Estado esteja realmente a serviço da maioria da sociedade (…)"
    Logo, ele não nega a existência do problema, mas destaca justamente o que você contesta, a qualidade dos serviços prestados nos países que usou como paradigma na análise.
    Só destaco, contudo, que não se pode pretender que a carga tributária aqui resulte nos mesmos serviços que acolá. Nos temos que cobrir a distância do abismo social que nossa sociedade gerou (e não adianta adiar mais), eles já se encarregaram disso.

    Estevam Silva

    O aumento da carga tributária no Brasil é um fato recente, começou justamente com o FHC. A carga era de cerca de 25% do PIB em 94 e ele encerrou seu governo com a carga em 34%. Aliás, palmas para ele! Os EUA tem carga tributária de +/- 30% e os cidadão de lá têm q pagar por absolutamente tudo! Serve só pra financiar a indústria da guerra. A França tem carga tributária de 45%.

    A tendência é que essa receita extra faça com q o Estado brasileiro ser mais atuante e tenha condições de ser mais prestativo para a sociedade, mas esse não é um processo instantâneo. E vai ser assim com a Dilma, com o Serra ou com qualquer um que venha a governar o país.

    kalango Bakunin

    você já teve seus 30 segundos de fama aqui no blog

    dedico para você um singelo haikai de pé quebrado

    demotucanos esperneiam
    grunhidos no chiqueiro
    que desespero!

Genghis Khan

Esses malandros da Fiesp deveriam criar o 'sonegômetro'. Esses caras são 'caras de pau'. Sonegam impostos na cara dura, não recolhem INSS, FGTS, descontam do empregado e colocam no bolso. E quando são pegos com a boca na botija, fazem parcelamento para pagar em 200 anos. Eu queria ver o Mário Amato sair com Brasil, como disse que faria em 89, durante a campanha presidencial. Vão sonegar lá nos EUA prá ver o que acontece. Vai….

    Leider_Lincoln

    Disse tudo, prezado, disse tudo!

    Jairo_Beraldo

    Esses caras da FIESP, podem ser cara-duras, sonegadores, mas temos que entender, que também geram empregos, impostos e divisas para o país. Vale lembrar, que o Sr. Antonio Ermírio de Moraes, tem uma população da cidade de Goiania, que recebem seus proventos das empresas do Grupo Votorantin. Isso também é fato. Tanto, que Lula, na época da crise, saiu em auxílio de seu grupo empresarial. Não é destruindo empresários como ele, que se resolverá os problemas do mundo.

    Mc_SimplesAssim

    Sr. Jairo, lamento discordar do vosso brilhante raciocínio, mas ajudar empresários, especialmente empresários monopolistas especuladores como o Sr. Antonio Ermírio, dono do cimento, alumínio e papel do Brasil e até mesmo de cidades inteiras, deveria ser motivo de vergonha e não de orgulho.

    O que deve ser feito é meter na cadeia os ricos vagabundos parasitas e entregar o controle de suas empresas ao conjunto dos trabalhadores que são os verdadeiros produtores da riqueza, a qual deveria beneficiar a todos e não apenas a meia dúzia de "iluminados".

    Empresários se destroem sozinhos e não cabe ao Estado socorrer gente incompetente que aplicou mal os recursos subtraidos da população.

    Simples assim.

    Abraços

soniaS

O Pais com a maior taxa de impostos é a Alemanha,a menor taxa é Honduras..

Se pudesse escolher, onde voce viveria??
Distribuição e justiça social se faz com impostos!!
]

Estevam Silva

Os dados do Arthur estão errados: deve ser 0,64% e 0,91% do PIB, não 6,4% e 9,1% respectivamente.

    Emilio_Matos

    Pelo menos o número absoluto ele acertou: cerca de 30 bi de reais…

Guanabara

Eu sou a favor da criação do "Miseriômetro", que mostraria a dimunuição de pessoas em situação de miséria a partir dos programas sociais pagos com a receita proveniente dos impostos, e ainda o colocaria ao lado desse patético "impostômetro" tucano.

Farpa

O correto seria instalar ao lado do "impostometro" mais dois painéis, o "lucrometro" e o "sonegometro" assim os brasileiros teriam uma visão geral de toda a situação e poderiam fazer as devidas comparações.

patrick

Perfeito!

Jairo_Beraldo

Enquanto isso na Alemanha, a economia mais sólida entre os membros da UE, os grandes empresarios sugeriram ao governo refazer o cálculo dos impostos cobrados para MAIS, para que o estado possa intervir a favor dos menos favorecidos. Esta lenga-lenga, nunca vai chegar a lugar algum!

    Ney Henrique

    Eu não vi essa notícia … o que eu vi é que o governo da Merkel entrou em um ajuste fical, cortando principalmente gastos sociais.

    A política de austeridade fiscal tb foi uma flexa no peito do vize-chanceler – Guido Westerwelle – e seu partido FDP ( a sigla é essa mesma, sem brincadeira ). O vice-chanceler e seui partido foram eleitos com base em uma plataforma cuja única idéia era a de cortar impostos. Mesmo sabendo dos problemas de deficit no orçamento, o lema de campanha do FDP foi "mais Líquido do Bruto" … todos os outros partidos, inclusive seus parceiros de coalisão têm os chamado de irresponsáveis desde então.

    Christian Schulz

    É que na Alemanha o período feudal acabou faz tempo…

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