Articulação Judaica de Esquerda exige apuração completa da barbárie cometida contra imigrante congolês no Rio

Tempo de leitura: < 1 min
Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos. Foto: Rede social

Da Redação

Na noite de segunda-feira passada, 24-01, o imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos, foi espancado até a morte por um grupo de homens na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Moise trabalhava no quiosque Tropicália como ajudante de cozinha.

Ao final do expediente, ele foi cobrar do gerente duas diárias atrasadas.

Só que o gerente e seus amigos passaram agredir Moïse com pedaços de pau e um taco de baseball.

Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político.

Nesta segunda-feira, 31-01, a Articulação Judaica de Esquerda (AJE) divulgou nota na qual exige “completa apuração desse crime bárbaro”.

Abaixo, a íntegra da nota.

“A AJE – Articulação Judaica de Esquerda – vem manifestar e se associar à indignação pela barbárie cometida contra o trabalhador imigrante congolês, Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, brutalmente assassinado e violado quando buscava os seus mais elementares direitos.

Vemos, no caso, não apenas as mãos e o método cruel dos assassinos que cometeram o crime inominável, mas também a ação da xenofobia e do racismo estrutural que segregam e matam e o incentivo de um governo cuja marca inescondível é a necropolítica.

Nesse horror todo, visível também a solidão a que foram relegados os trabalhadores e trabalhadoras com o desmonte da rede de proteção social e trabalhista. Ficam à mercê, inclusive da violência física, de patrões inescrupulosos.

Exigimos das autoridades a mais completa apuração desse crime bárbaro e, desde já, a segurança e proteção de sua família, amigos e comunidade.

Racistas e fascistas não passarão!”


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

https://viagemcombagagem.com/wp-content/uploads/2019/05/IMG_2595.jpg
https://viagemcombagagem.com/wp-content/uploads/2019/05/IMG_0556.jpg
https://viagemcombagagem.com/wp-content/uploads/2019/05/Pedra-do-Pontal.jpg
https://viagemcombagagem.com/wp-content/uploads/2019/05/RIOGH_P146-Prainha-Beach.jpg
https://viagemcombagagem.com/wp-content/uploads/2019/05/Pedra-do-Pontal.jpg
https://pbs.twimg.com/media/FKcmiX9XsAEuqiP?format=jpg
https://pbs.twimg.com/media/FKhez_fWQAIvQtF?format=jpg

Infelizmente, o Jovem Congolês
teve o ‘azar’ de ser Negro Africano
trabalhando em Região de Xenófobos,
um Paraíso Raro transformado
num Lugar de Racistas Assassinos
com Preconceito de Classe Social.
E que ‘coincidência’ o Condomínio
Vivendas da Barra [Pesada] ficar
precisamente na Barra da Tijuca,
origem dos Milicianos que mataram
a Vereadora [Negra] Mariele Franco;
e onde moram uns ‘Zeros’ à Direita.
E, pior, quem irá investigar o Crime é
a Polícia do Estado do Rio de Janeiro.
Não daremos a eles, porém, o prazer
sádico de rirem das nossas lágrimas.

“A gente chegou aqui e os brasileiros sempre foram pessoas boas.
Mas, hoje, não sei. Eu fugi do Congo para que eles não nos matassem.
No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu país.
Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho”.
“Vi na televisão que, aqui no Brasil, se um cachorro morrer,
há várias manifestações. Então, eu quero que todo mundo
me ajude com justiça. Mataram o meu filho porque ele era negro,
porque era africano”.
Lotsove Lolo Lavy Ivone, mãe de Moïse Mugenyi Kabagambe
#JusticaPorMoise #JusticaparaMoise #FogoNosRacistas

https://twitter.com/Cecillia/status/1488460863216435201

Deixe seu comentário

Leia também