Após vazamento de vídeo, Capitã Cloroquina descobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Da Redação

O vazamento de um vídeo encontrado em uma mensagem de e-mail da Capitã Cloroquina, a secretária da Gestão do Trabalho e Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, levou o senador Randolfe Rodrigues a reagir: de acordo com o vice-presidente da CPI, na gravação ela demonstra descaso com as vítimas da Covid ao tratar do assunto com a leveza de um “chute ao gol”.

Neste “chute”, Mayra, que mantém o cargo sob o ministro Marcelo Queiroga, contava com os governistas que integram a CPI. No vídeo, ela prepara perguntas que seriam enviadas a eles para que Mayra pudesse “acertar o gol” durante seu depoimento à CPI.

No dia 21, o Jornal Nacional revelou que Mayra e assessores estudaram implantar tendas em Manaus onde poderiam driblar a resistência de médicos do serviço público para receitar o kit covid. O plano também previa o uso de enfermeiros para indicar o kit para uso doméstico.

No vídeo do treinamento para seu depoimento, Mayra, que é pediatra, troca informações com um biólogo da Universidade Estadual do Pará, Regis Andriolo.

Ela própria parece incerta sobre estudos que poderiam definitivamente comprovar que o uso do coquetel de drogas era eficaz.

Nenhum dos remédios indicados pelo governo Bolsonaro teve aprovação da Organização Mundial da Saúde para uso contra a covid.

Jair Bolsonaro intercedeu diretamente junto ao governo da Índia para facilitar a exportação de insumo utilizado pelas farmacêuticas Apsen e EMS na fabricação de drogas do kit covid.

Os donos das empresas são apoiadores do presidente — e tiveram lucros milionários com a propaganda feita pessoalmente por Bolsonaro, especialmente da cloroquina.

Em resposta ao vazamento do vídeo, obtido a partir da quebra de seu sigilo telemático, Mayra Pinheiro acionou o STF e disse que fará a denúncia da violação de seus direitos junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Bolsonaristas, em geral, repudiam o STF e pregam “direitos humanos para humanos direitos” — o que a CPI está descobrindo que não é exatamente o caso de Mayra.


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Comentários

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Zé Maria

Nem na Ditadura Militar se viu tanto Salafrário no Governo Federal.

    CLAUDIO DA CHAGA SOARES

    Não se via porque a Ditadura censurava a liberdade de expressão. A corrupção fez e faz parte do ethos da Ditadura.

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