Antônio David: Nos últimos dez Roda Viva, os entrevistados são de direita. É isso liberdade de imprensa?

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augusto-nunes-roda-viva-890x395por Antônio David, especial para o Viomundo

O Roda Viva, da TV Cultura é apresentado pelo jornalista Augusto Nunes. Nas dez últimas edições (contando com a de hoje, 18/5) do programa, foram entrevistados um esportista (Amyr Klink), duas pessoas da televisão (Marília Gabriela e Maria Adelaide Amaral) e 7 personalidades ligadas à política/judiciário:

1) Marcelo Castro – deputado federal pelo PMDB, ex-ARENA.

2) Ricardo Setti – manteve até esse ano um blog na VEJA.

3) Demétrio Magnóli – geógrafo, comentarista da Globo News e Folha de S. Paulo.

4) Alexandre de Moraes – secretário de segurança de SP, filiado ao PMDB.

5) José Renato Nalini – presidente do TJ/SP.

6) Rogério Chequer – empresário e líder do movimento “Vem pra Rua”.

7) Eduardo Cunha – presidente da Câmara, filiado ao PMDB.

Se quiserem tirar dessa lista Alexandre de Morais e José Naliini, pois para estes o foco da entrevista não foi estritamente a conjuntura política, ainda assim sobram cinco. Todos representantes da direita brasileira.

Para a TV Cultura, não existe proporção? Não existe esquerda na sociedade brasileira? Por que só a direita tem espaço? É isso liberdade de imprensa?

A questão poderia ser estendida também aos entrevistadores.

O RODA VIVA já foi muito mais sério.

Antônio David é doutorando na Faculdade de Filosofia da USP. 

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Comentários

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Antonio

Quanto ao Augusto Nunes,
“Quem nasceu para capacho não chega à rodapé”
Que se mire no exemplo de um antecessor que fez o serviço sujo para o Serra e acabou onde está.
Uma biografia e uma história de vida exemplar jogada no lixo.
Até hoje não entendo as razões.

Fernando

Ô Jader, você poderia ter ido dormir sem essa. Sabe de nada, inocente!

Sergio

Pois é a Roda Viva faz tempo que virou Roda Morta, não assisto mais a tempo!!!!

Elias

Nessas quase duas décadas de comando do PSDB, o setor de comunicação em São Paulo foi todo dominado pelo partido. Não afirmo, mas talvez a Rádio USP se salvou. A mais explícita dominação se deu na TV Cultura. Precisamente em dois programas de maior audiência. Roda Viva e Jornal da Cultura. Vou me ater apenas ao Roda Viva (hoje chamado de Roda Morta) que foi o mais atingido. Cito somente meia dúzia dos últimos mediadores que, na minha opinião deram início a degringolada do Roda Viva. Lillian Witte Fibe; Heródoto Barbeiro (sim, Heródoto, apesar de ter peitado Serra e perdido o comando do programa); Marília Gabriela; Mario Sergio Conti, e o “tiro de misericórdia” Augusto Nunes, este matou o Roda Viva de vez. Sabe-se que A Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura), sofre influência do governo paulista. Por consequência, não devemos nos espantar com as últimas dez entrevistas do Roda Viva são de direita, como diz no título acima Antônio David.

Marat

É o aparelhamento do Estado de SP, nunca divulgado pela impren$$$a que ganha muita grana do governo do Estado, para divulgar apenas o que vê de bom no Estado!

FrancoAtirador

.
.
E a TV Brasil ainda retransmite um troço desses.
.
.

abolicionista

Isso sem mencionar a demissão do Heródoto, somente porque fez uma pergunta a José Serra a respeito do pedágio. A Cultura virou um aparelho do PSDB e presta um desserviço à democracia. Além de direitistas, os entrevistadores são também muito mal formados, comentem erros grosseiros e não sabem conduzir o debate, intrometendo-se o tempo todo para “corrigir” os argumentos dos entrevistados.

Angela Simoes

O programa Roda Viva considera liberdade de imprensa , venda de jornais em banca de rua e nao em revistaria

Hilário

O geógrafo e o juiz são a mesma sopa . A prova de que conhecimento não induz à sabedoria .

Hilário

O melhor mesmo foi o de Almino Afonso . Ele detonou o villa , Qualificou com exatidão o romancista ruim e desinformado que ele sempre foi .

Afonso Guedes

Esse Augusto Nunes é uma decepção. Beira a cretinice.

jader

Quando que a Carta Capital, o Viomundo, o Conversa Afiada, o Brasil 247 ou o Opera Mundi entrevistaram personalidades da Direita?

    Saulogeo

    A TV Cultura é uma empresa privada ou pública?

    Vamberto

    Jader, porém, nenhum dos citados por você é uma concessão publica.
    No Brasil não se deve exigir diploma de jornalista para os profissionais dessa área e sim um curso de TEATRO.

    jader

    O artigo fala de imparcialidade jornalística, não de obrigação de uma empresa pública de radiodifusão de dar voz a esta ou aquela corrente ideológica. É uma crítica à linha editorial da empresa. Assim, não importa se é pública ou privada.
    Portanto, enquanto os veículos citados não derem exemplo de imparcialidade não podem exigir absolutamente nada da TV Cultura ou de outra emissora qualquer.
    P.S.: E a linha editorial do programa não vai de encontro a nenhuma lei vigente no país. O choro é livre.

    Antônio David

    Meu caro,
    Você não entendeu o artigo que escrevi.
    O artigo fala da obrigação de uma empresa pública de radiodifusão de ser plural, o que significa NÃO dar voz a APENAS uma corrente ideológica.
    As empresas privadas podem dar voz a quem quiserem dar. As públicas, não. E isso é estipulado pelo estatuto da TV Cultura e pela CF.
    AD

    abolicionista

    Matou a pau, caro Antônio David.

    Também gostaria de acrescentar que salta aos olhos a falta de formação dos jornalistas. Augusto Nunes e seus asseclas do Tea Party tupiniquim cometem erros crassos na condução da entrevista. É jornalismo de baixo nível.

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