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Nem e a Rocinha

Tempo de leitura: < 1 min

Reportagem especial para o Domingo Espetacular.


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Comentários

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Daniel Alves

E agora, com o Nem preso, será que parou o tráfico de drogas na Rocinha??
E os consumidores, pararam de consumir drogas depois que o Nem foi preso??

    Gabbie

    concordo… ainda caso cm ele kkkkkkkkkkkkk

José

É AZENHA, JESUS DIZ QUE OS FILHOS DAS TREVAS SÃO MAIS ESPERTOS QUE OS FILHOS DA LUZ. DESTA VEZ ELES FALHARAM

flavio wittlin

Caro Azenha,

A Conceição Lemes abriu espaço para que a ONG Viramundo (www.viramundo.org) pudesse fazer algumas considerações sobre o lugar social concreto, onde se concentra toda uma mixórdia de conflitos e contradições.
Para o seu artigo "Rocinha: Preconceito social, um problema de saúde pública?", buscamos responder de modo a contextualizar o problema como um fenômeno social, mais do que um problema policial ou de segurança pública.
No vídeo que acompanha o artigo há o ponto de vista de jovens moradores resilientes, que resistiram às tentações oferecidas pelo mundo do tráfico e querem saber se o mundo sugerido pelas forças da ordem, a grande mídia e os círculos abastados de S.Conrado e Gavea será mesmo melhor… na prática.
Convém ouví-los nas entrevistas que elaboraram e implementaram!
Abraços
Flavio Wittlin

Fernando

Agência Nacional de Favelas

Operação “Choque de Paz” na Rocinha: o sensacionalismo caro com a invenção de uma guerra
http://www.anf.org.br/2011/11/operacao-%E2%80%9Cc

Robert

Caros senhores
o Brasil é piada de mal gosto, até o Nem da Rocinha, recentemente preso consegue enxergar melhor do q os nossos políticos e/ou dirigentes esportivos: “UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade. Como pode Cuba ter mais medalhas que a gente em Olimpíada? Se um filho de pobre fizesse prova do Enem com a mesma chance de um filho de rico, ele não ia para o tráfico. Ia para a faculdade” fonte http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2011/

Luis Carlos

Prezado Azenha,

As valiosas imagens do filme em anexo mereciam uma análise mais profunda da questão da violência no RJ. Nos últimos trinta anos vários "bandidões" foram presos sem que o tráfico tenha desaparecido. O motor do consumo de drogas está na classe média aliada à conivência da "banda podre" da polícia com o envolvimento cada dia maior de membros do legislativo e do judiciário. Sua reportagem, focada em tecnicalidades dos armamentos dos traficantes, acabou espetaculosa e conservadora.

FrancoAtirador

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Para delatar casos de policiais envolvidos com o tráfico,
o traficante Nem poderá ter proteção judicial, diz Beltrame

Keila Cândido, na Revista Época

Após o primeiro dia de ocupação da favela da Rocinha, onde vivia o traficante mais procurado pela policia do Rio de Janeiro, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil, na manhã desta segunda-feira (14), que Nem pode ter proteção judicial.

O objetivo é fazer o traficante delatar casos de policiais envolvidos com o tráfico.

“Seria uma oportunidade importantíssima o oferecimento de alguma medida judicial para que ele pudesse contribuir com a Justiça e, obviamente, com a polícia. Qualquer tipo de palavra ou assunto no depoimento dele vai ser minuciosamente [analisado]. (…) Nós temos policiais que prestam certo tipo de ajuda a ele [Nem] fora da favela. E ele tem basicamente dentro, mas ele conta com algum serviço de segurança fora”.

Em sua prisão, na quinta-feira (10), nas vésperas da ocupação da Rocinha, o traficante disse que parte do dinheiro que ganhava com o tráfico ia para as mãos de policiais.

http://colunas.epoca.globo.com/ofiltro/2011/11/14

kleber Carvalho

Nenhuma surpresa, os poderes judiciário, executivo e legislativo são muito mais podres que o tráfico de drogas, são bandidos de toga como bem disse a ministra Eliana Calmon do CNJ sobre o judicario, a única diferença é que estes poderes representam o estado, por isto suas mazelas são institucionalizadas, estão dentro da lei, da ordem, da moral e dos bons costumes. Outra quastão é a seguinte: compra cocaína quem quer, nunca vi ninguém sendo obrigado se drogar e quem consome a maior quantridade de cocaína no RJ são justamente os mauricinhos e as patricinhas que a globo tanto defende.

Pablo

Azenha, gosto da matéria mas tenho algumas perguntas e dúvidas:

Por que o primeiro exemplo de consumo da cocaína é o de uma moradora da favela, quando sabemos que grande parte do consumo não está na favela?

A importância econômica da Rocinha nessas áreas ricas do Rio, parece-me, é sobretudo oferecer mão-de-obra, que é mal paga e tem pouco acesso à moradia em melhores condições, não é só o fornecimento de droga.

Não gosto da descrição dos tipos de armas e acho que dizer que elas chegam quase sempre pelo Paraguai é transferir (como fez o Serra para a Bolívia) um problema que é nosso.

Acho que a corrupção policial, as milícias e o consumo/proibição de drogas são os problemas centrais, dos quais provém a violência. Isso aparece a partir da metade da matéria, mas sinto falta de uma discussão sobre a descriminalização e sobre o perfil dos compradores.

O retrato do traficante Nem me parece muito limitado para um personagem que é bem mais interessante, como mostra a entrevista da Época com ele (http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2011/11/meu-encontro-com-nem.html).

De todo modo, parabéns pela matéria.

Gerson Carneiro

Não há surpresa alguma que nos locais aonde se dão os negócios do tráfico de entorpecentes há homens fortemente armados, que os líderes são ricos (aliás, se fosse para ser pobre o traficante prestaria concurso público para professor do Estado em Minas Gerais, salário de R$ 369,00). Uma repórter da Rede Globo chegou a dizer que “é revoltante um traficante ter uma casa de luxo no meio de uma comunidade de casas pobres”. Eu não acho revoltante não. O traficante quer mais é ser rico. A Globo exibe luxúria em suas novelas mas não admite que pobre tenha jacuzzi em seu barraco. Deixa ter (ainda que pela via do tráfico).

E as regras do Tráfico são mais consistentes do que as da Política e da Justiça. Por isso alguns morrem, porque no jargão: “vacila”.

Já na política, temos presente o caso do ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que há um ano foi cassado por corrupção, enquanto governador, e hoje ostenta no twitter o diploma de senador da república. E é rico, tem mansões com banheiras e piscinas.

“Agora a pouco fui ao gabinete de@cassiocl e fiz questão de entregar seu broche de senador da República.” – @cicerolucena.

Na Justiça, inúmeros casos de favorecimento dos donos da lei. Temos presente o caso revoltante do desembargador Teodomiro Mendez que espancou um homem na delegacia “por engano”. O homem preso, ele acompanhado de um investigador e do delegado, adentrou à cela e espancou o preso, e nada lhe aconteceu além da promoção a Desembargador. Alguma semelhança com o tribunal do tráfico? Várias.

Oras, quem disse que se alguém roubar minha casa poderei ir à delegacia e adentrar a cela e ao menos perguntar para o preso se ele é o autor do roubo? Quantas pessoas estão presas a mais de ano julgamento julgamento? E esse sujeito fez o que fez e não ficou nem um segundo preso.

“Os chefes dos criminosos é mais interessante ser visto como líder, como pai, como amigo, como mestre da comunidade. Ele afaga a cabeça de criancinha, ele ajuda velhinha a atravessar a rua”

Qual é o político safado que não usa essa tática?

Por isso o mundo do tráfico para mim não é surpreendente porque esse mundo fora dele em que vivemos acontece fatos iguais ou pior, de abuso de poder, de favorecimento. O uso da força policial pelo Governador para sufocar manifestações e plantar provas, como o recente caso da USP, consiste no mesmo abuso de poder do chefe do tráfico. Ele tem o poder na mão e o usa para se proteger. É diferente? A diferença é que um é “legalizado” e outro não pela questão simples de que o tráfico obedece outras regras.

Ou seja, é desolador. Tráfico, Política e Justiça se equiparam na maneira de agir. Inocentes morrem em consequência da ação dos três.

Este ano de 2011, em nove meses, ocorreram 27 assassinatos de índios só em Mato Grosso do Sul. Quem são os responsáveis? Quem está sendo processado e quem pagará por estes assassinatos?
http://ordemeliberdadebrasil.blogspot.com/2011/11

    Gerson Carneiro

    *Ele tem o poder na mão e o usa para se proteger – para ameaçar, para oprimir.

    Francisco

    Perfeito, Gerson. É o tal do discurso do poder ou o poder do discurso, que faz exclusões, restrições e louvações aonde deve fazer, de acordo com o ritual do discursante, do próprio discurso e o lócus em que está quem discursa e o próprio discurso. Ora, mas não é só o discurso, pois quem mantém o discurso é o poder e, hoje (como ocorre há pelo menos 200 anos), ter poder é ter o capital, ou saber jogar com ele.

    Klaus

    Luxúria : comportamento desregrado com relação aos prazeres do sexo; lascívia, concupiscência.

    Luxo : maneira de viver caracterizada pela ostentação, por despesas excessivas, pela procura de comodidades caras e supérfluas, pelo gosto do fausto e desejo de ostentação.

Pedro Lomba

Eu sou fã declarado da Rede Record, na minha concepção a única emissora isenta e que pratica o bom jornalismo.

Sempre assisto sua programação, notadamente o tele jornalismo de primeira qualidade.

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