Ualid Rabah, presidente da Fepal: Do triunfo do sionismo ao genocídio em Gaza; vídeo

Tempo de leitura: < 1 min

Da Redação

Com o vídeo Palestina — Do triunfo do sionismo ao genocídio em Gaza, estreia hoje, sexta-feira, 07/06, no You Tube o canal Internacionalistas Brasileiros.

É uma conversa com Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil — Fepal,  que aborda, entre outros pontos, estes:

  • as reais origens do sionismo;
  • polêmica envolvendo a relação EUA/Israel/sionismo
  • o papel da Inglaterra e de outros países europeus na construção do Estado sionista

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Zé Maria

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Golda Meir, o Pilar do Apartheid Israelense

Uma das Fundadoras do Estado de Israel
deixou como Legado um dos Regimes
Mais Sangrentos da História Mundial

Golda Meir, a chamada Dama de Ferro do Oriente Médio,
única mulher primeira-ministra de Israel pelo Knesset,
há 50 anos, também era conhecida pelos seus comentários
Racistas, Políticas Genocidas e o Protagonismo na Guerra
do Yom Kippur.

A premiê, que deixou um rastro de destruição que perdura até hoje,
chegou a dizer que “não existiam palestinos” para o Sunday Times
e o Washington Post em junho de 1969.

Meir, como o atual premiê Netanyahu, pretendia limpar etnicamente
a população autóctone da Palestina para dar lugar aos imigrantes judeus.

Por cinco anos, Golda se agarrou ao poder e, com mãos de ferro,
infligiu aos palestinos marginalização, restrição de direitos civis
e guerra.

As feministas ocidentais, que hoje vacilam em defender as mulheres
palestinas, adotaram Golda Meir como símbolo de liderança.
Golda, no entanto, não deu a menor importância a isto, vez que o cargo
que exercia não representava o de uma líder de gênero influente,
mas a própria significação política do Estado de Israel em perseguição
e destruição étnica dos árabes na Palestina Histórica.

Nascida na Ucrânia, em 1898, ela emigrou para os EUA ainda criança
com sua família, que se estabeleceu em Milwaukee, Wisconsin, onde
completou seus estudos e se tornou professora.
Em 1921, após se casar, ela e o marido emigraram para a Palestina,
então sob Mandato Britânico.
Em 1948, quando o Estado de ‘isRéu’ foi unilateralmente estabelecido,
ela já tinha cimentado seu lugar na história de fundação do país.

Antes de assumir o cargo mais poderoso de ‘isRéu’, Meir foi ministra
do Trabalho e, depois, dos Negócios Estrangeiros.
Na primeira função, e à medida que os imigrantes judeus se aglomeravam
para se estabelecerem no território alheio, e os palestinos eram forçados
a abandonar suas casas, ela supervisionou a construção de habitações
e de um sistema de bem-estar social exclusivamente judaico.

O governo de Meir ilustra como a imposição da colonização sionista
da Palestina está na raiz do conflito e também o impulsiona.

A ‘dama de ferro’ médio-oriental recebeu apoio incondicional dos EUA
– tal como Netanyahu recebe hoje – para seguir adiante no plano de
exclusão do mapa palestino.
E nos mostra que o apoio dos EUA à ‘isRéu’ está enraizado num cálculo
geopolítico frio e muito bem estruturado.

Golda Meir, em meio à Guerra do Yom Kippur, recebeu conselhos
de Henry Kissinger [então Chefe do Departamento de Estado do
Governo dos Estados Unidos da América (EUA)] e teve um poderoso
lobby sionista atuando a seu favor nos EUA, liderado não apenas
por judeus, mas também por cristãos conservadores [protestantes ‘restauradores’], racistas anti-muçulmanos.

Essa pressão sionista utiliza-se da ‘guerra ao terror’ para criar um ambiente político de animosidade contra os árabes de tal forma que dar apoio ao Povo Palestino torna qualquer um suspeito de defender ou praticar ‘terrorismo’.

Examinar a política de Golda Meir no Oriente Médio é também descobrir
a racionalidade do apoio dos EUA a ‘isRéu’.

Sendo um Estado proxy, ‘isRéu’ ajuda o esforço de longa data dos EUA
para controlar o mundo através da apropriação do petróleo.

Golda Meir dedicou a sua vida para pôr em prática a doutrina do
“Destino Manifesto” em formato sionista.

Em 1973, o General Moshe Dayan, que também tinha grande proximidade
com Golda, proferiu um discurso num programa em uma reunião da Ordem
dos Advogados de Israel.

O jornal Ha’aretz (18.02.1973) informou que Dayan “surpreendeu os seus
ouvintes”:
os advogados que o tinham convidado esperavam que, como Ministro
da Defesa, ele falasse de assuntos militares.

Em vez disso, ele leu uma texto em que expôs a “Doutrina” do seu mentor,
o fundador do Estado de Israel, David Ben-Gurion. Este último ainda estava vivo – morreria ao final de 1973 – e é correto assumir que Dayan estava certo
da sua aprovação (de fato, não é tão fantasioso supor que Ben-Gurion
estava transmitindo uma mensagem à nação através do seu protegido
preferido).

Dayan citou o que Ben-Gurion tinha dito muitos anos antes, em debates
internos sobre o relatório da Comissão Peel, mas salientou que essas
palavras, proferidas em 1937, eram “pertinentes também hoje”.

Esta é a síntese da doutrina de Ben-Gurion, tal como citada por Dayan:

“Entre nós [os sionistas] não pode haver debate sobre a integridade
da Terra de Israel [isto é, da Palestina], e sobre os nossos vínculos
e direito a toda a Terra [SIC].
Quando um sionista fala sobre a integridade da Terra, isto só pode significar
colonização [hityashvut] por parte dos judeus da Terra na sua totalidade.
Isto é: do ponto de vista do Sionismo a verdadeira questão não se limita
[à questão de] a quem pertence politicamente este ou aquele segmento
da Terra, nem mesmo à crença abstrata na sua integridade.
Pelo contrário, o objetivo e a verdadeira questão de fundo do sionismo
é a implementação concreta da colonização pelos judeus de todas
as áreas da Terra de Israel”.

Golda Meir nunca negou sua avidez por colocar em prática a ideologia
sionista, e até os líderes militares, como Moshe Dayan, foram forçados
a admitir que Israel estava lançando as sementes da violência em Gaza.
Ele confessou:
“O que podemos dizer contra o terrível ódio deles por nós?
Durante oito anos, eles permaneceram nos campos de refugiados de Gaza
e observaram como, diante dos seus olhos, transformamos as suas terras
e aldeias, onde eles e os seus antepassados viveram, na nossa casa.”

Durante as décadas seguintes, ‘isRéu’ sujeitaria Gaza a uma série violenta
de invasões e ocupações, ataques e ofensas, incursões e administrações
militares, campanhas de bombardeamento e ataques aéreos, repetidos
massacres e deslocações em massa, e a um bloqueio de anos que ainda está em vigor.

Dayan e Levi Eshkol consideraram mesmo a transferência de refugiados
de Gaza para a Cisjordânia, para o Sinai ou para o Iraque – ou ainda para
um país árabe no Norte da África (a Operação Líbia).

Eles até conceberam um plano secreto, o “plano Moshe Dayan” para transferir refugiados de Gaza para a América Latina.

Entretanto, os refugiados de Gaza tiveram de sofrer o terrível destino
de viver sob o jugo das mesmas forças que os tinham desenraizado
décadas antes.
Bombardeados, sitiados e presos numa jaula a céu aberto construída
por ‘isRéu’, jaula esta que Golda Meir também arquitetou.

Íntegra em:
https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/hoje-na-historia-ha-50-anos-morria-golda-meir-o-pilar-do-apartheid-israelense/
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Zé Maria

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“isRéu está cometendo um Genocídio de novo tipo, ainda não conhecido:

O Extermínio Programado pelo Colapso da Capacidade Reprodutiva
da Sociedade Palestina.

O que quer dizer que pela primeira vez na História se está esterilizando
coletivamente por meio do Genocídio uma Sociedade Inteira.“

https://youtu.be/a4TdANq-jZE?t=2671
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“Na verdade, todos os Experimentos Coloniais foram Genocidários.

Entretanto, o Experimento Sionista é o Único que parte,
– a partir de 1897, quando escolhe a Palestina Histórica –
já parte de um Pressuposto de que vai Substituir a População
Originária [palestina] por uma Estrangeira [judaica].

Portanto o Sionismo já parte do Pressuposto do Genocídio.“

https://youtu.be/a4TdANq-jZE?t=2921
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“isRéu é o Modelo Totalitário Ocidental do Futuro.

isRéu é o Modelo de Sociedade Totalitária que o Ocidente vai implementar
porque o Ocidente não pode mais sustentar o seu Modelo de Domínio
sem Genocídio.

Portanto na Palestina, hoje, se trava a Grande Fronteira Civilizatória.”

https://youtu.be/a4TdANq-jZE?t=3835
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UALID RABAH
Presidente da FEPAL BR
Em Debate no Canal
do Barão de Itararé:
https://youtu.be/a4TdANq-jZE?t=2671

Íntegra:
https://www.viomundo.com.br/politica/ao-vivo-17h-barao-debate-o-que-fazer-pela-palestina-no-campo-da-solidariedade-internacional.html
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Zé Maria

God’s ‘just Gaza war’: futurity foreclosed through evangelical
apocalypse as ‘orthogonal promise of Eretz Israel’
“Os Sionistas Cristãos Americanos [dos EUA] justificam a Guerra
Contra os Palestinos em Gaza através da Imaginação Colonial
de ‘Terra Nullius'[*] de Três Maneiras:
1) negando que os Palestinos existissem
como uma Identidade Nacional Legítima
*[Daí o Slongan/Factóide Sionista Europeu:
‘Uma Terra Sem Povo para um Povo Sem Terra’];
2) negando a Capacidade de Raciocínio dos Palestinos [desumanização]; e
3) Inevitabilidade Profética [Predeterminação Fatalista].”
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/04353684.2021.1891557
Christian Zionism and the ‘Apocalyptic Landscape of Gaza’
“Os sionistas cristãos são um poderoso lobby político e uma força cultural
tanto na política como na geopolítica dos Estados Unidos da América.”
“Os sionistas cristãos brancos americanos [dos EUA] explicam e
repercutem estes eventos [Atrocidades em Gaza] através do Prisma Escatológico Oportunista pelo qual vêem o Mundo.
Afirmam que tudo isto faz parte do ‘plano maior de Deus’ para o ‘seu filho’,
o ‘messias’, para vencer o mal e trazer um ‘milênio de paz cristã’.
Essas idealizações do passado/futuro estão presas ao ‘tempo
ortogonal’, um conceito tomado emprestado de Philip K. Dick para ilustrar
as maneiras pelas quais imaginam que tais eventos ‘já’ aconteceram,
à medida que os eventos futuros de Deus para o apocalipse são
definidos no tempo como um disco numa eletrola.
Os sionistas cristãos interpretam o ataque a Gaza como um desses
acontecimentos empurrando a agulha [do tempo] para a frente
como prova do ‘retorno iminente de Cristo’.
Esta temporalidade explica como as ‘profecias’ sionistas cristãs para Gaza
naturalizam as terríveis atrocidades humanas – demasiado humanas –
como uma predeterminação fatalista.”
(Tristan Strum)
https://contendingmodernities.nd.edu/theorizing-modernities/christian-zionism-apocalyptic-gaza/
The History of a Metaphor: Christian Zionism and the Politics of Apocalypse
(Jan Nederveen Pieterse)
https://www.jstor.org/stable/30116133
https://www.jstor.org/page-scan-delivery/get-page-scan/30116133/0

Zé Maria

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Hoje a Mídia Venal Internacional ‘Ocidental’, incluindo a NaZional no braZil,

estaria papagaiando o Slogan Sionista do Final do Século 19 na Europa:

‘uma terra sem povo [a Palestina Histórica] para um povo sem terra [judeu]’.

Um Factóide criado pelos ‘Restauradores Cristãos’ [Sionistas] Europeus.

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