Paulo Metri: Quem diria, o petróleo não é mais nosso, sem desembarque de um único marine

Tempo de leitura: 4 min
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O petróleo não é mais nosso

Paulo Metri, via e-mail

José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, afirmou, recentemente, o que alguns especialistas em petróleo já vinham identificando.

“É impossível retomar o controle do Pré-Sal”, disse ele.

Acrescento à sua fala, que áreas do polígono do Pré-Sal e de outras regiões já foram entregues a petrolíferas estrangeiras; a Petrobras foi esquartejada e apequenada; e a legislação relativa ao “Contrato de Partilha” foi desfigurada.

Neste quadro, alguns juristas trazem o argumento das privatizações terem sido realizadas a preços vis.

No entanto, não vejo processos colocados com essa argumentação.

Consta que {Hugo] Chávez conseguiu reformular contratos existentes com este argumento.

Contudo, o poder bélico do país e de seus aliados deve também ser levado em conta.

O ex-senador Roberto Requião, também nacionalista e socialmente comprometido, sugere a aprovação pelo Congresso de um referendo revogatório, para o qual a população seria convidada a se posicionar, revogando, de preferência, as barbáries aprovadas pelos entreguistas.

Neste momento surgem os brados dos entreguistas: “E o ‘ato juridicamente perfeito’? Como revogar estes atos? Eles serem revogados significa a existência de instabilidade jurídica do país.”

Para trazer um mínimo de nexo a este debate, busco racionalidades em vez de só lançar palavras de emoção.

Para tanto, parto do princípio que o único objetivo de um governo é maximizar o bem-estar social.

Lutar pelo poder só faz sentido se for para maximizar o grau de satisfação da população.

Posto isto, quais são os atores relevantes, cujas tomadas de decisões influenciam o citado “grau de satisfação da sociedade”?

São muitos, assim só cito os mais relevantes.

Primeiramente, os políticos se dividem em dois subgrupos claros: os que conseguem a representação do povo, sem verdadeiramente representá-lo, e aqueles que merecem o título.

Os primeiros, além de crápulas, são também grandes atores.

​Algo análogo surge em outros grupos. Por exemplo, existem os sindicalistas que lutam pelos reais interesses dos trabalhadores e os que fazem jogo de dissimulação para atender interesses dos patrões.

São os pelegos.

A divisão dos grupos patronais passa por diferente viés de análise, pois existem os nacionalistas e os entreguistas.

Estes últimos se contentam em serem representantes comerciais de empresas estrangeiras.

O empresariado possui os grandes meios de comunicação.

Assim, por pertencerem ao capital, só divulgam as noticias com suas visões.

Com relação às redes sociais, há diversidade de opiniões, se bem que existem também as “fake news”.

Ainda dentro do grupo empresarial, existem cinco bancos com enorme dominação do mercado.

Detalhe: o CADE não faz absolutamente nada.

Todos com lucros excepcionais e poder político grandioso.

Existe também o agronegócio, também com enorme força política e que é protegido por gerar muita divisa.

Dentre os religiosos, existem os exploradores da necessidade da fé de muitas pessoas, que aproveitam a fragilidade de muitos fies, para explorá-los, e os verdadeiros religiosos altruístas.

Dentro do setor público, não quero falar do atual Executivo aparelhado, não só por ser mais uma das tantas obviedades que escrevo, mas por ser noticia deprimente.

Ainda dentro do setor público, existe uma casta que mereceria atenção especial de um hipotético grupo de racionalização social do Estado brasileiro: o Judiciário.

Para justificar esta afirmação, me apoio no fato da ocorrência nos seus quadros de Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

É bom sempre lembrar o prejuízo incomensurável de uma sentença injusta, só comparável a uma averiguação policial tendenciosa.

Os militares, incluindo não só os das Forças Armadas, mas também os das policias estaduais e municipais, os da Polícia Federal, enfim, os servidores públicos que usam armas, merecem uma observação inicial.

A meu ver, o militar perfeito é aquele que se sente guardião da arma que a sociedade lhe entregou, cumpre estritamente a Constituição do País e, em hipótese alguma, usará esta arma contra a sociedade.

O militar reformado poderá participar da política, mas o da ativa não pode emitir posição política e nem exercer cargo público, a menos daqueles das próprias Forças Armadas.

Merecem citações as forças armadas das milícias e do tráfico.

São forças opressoras da sociedade, bandidos, capazes dos atos mais violentos.

Neste balaio de interesses, está solto na escuridão, desnorteado, sem saber onde se apoiar, o povo brasileiro.

Ele pode não ser mais cordial, como foi considerado no passado.

Contudo, afinal de contas, por que deveria ser?

O Estado, cada vez mais, o ajuda menos.

A grande mídia o ludibria, não sabe em quem confiar nas redes sociais, o vírus, segundo alguns estudiosos, liberado devido à destruição ecológica, ataca violentamente os mais necessitados.

No meio de tanta desgraça, surge uma mão amiga, resquício do Estado solidário: o SUS, que busca salvar indistintamente, chegando ao ponto de poder salvar seu algoz futuro.

Empresários só não apertam mais a corda que está no pescoço do povo porque podem perder o consumidor.

Políticos e religiosos inescrupulosos, milicianos e traficantes maltratam, extorquem e seviciam a população.

Neste quadro dantesco, o butim é inevitável.

Todos os setores da Economia estão sendo destruídos, a menos dos bancos e outros setores arrivistas, sob a batuta do Ministro Guedes.

Assim, o mesmo ocorreu com o setor do petróleo, que já foi chamado de “passaporte para o futuro”, expressão criada pelo Engenheiro Fernando Siqueira da AEPET e, depois, adotada pela Presidente Dilma em campanha eleitoral.

Os Estados Unidos desfecharam uma guerra de mais de US$ 2 trilhões contra o Iraque, que possuiria imaginárias armas de destruição em massa e possuía cerca de 240 bilhões de barris de petróleo reais.

Por outro lado, empresas estrangeiras ganharam blocos de petróleo no Brasil em leilões ofertando quantias comparativamente ínfimas, cujo petróleo a ser descoberto pode corresponder a uma parcela considerável dos 240 bilhões iraquianos.

E nenhum marine desembarcou na costa brasileira, a menos os que vieram para o carnaval.

Além disso, as petrolíferas estrangeiras, que ganharam blocos no Brasil, tiveram isenção de impostos por 25 anos de cerca de R$ 1 trilhão.

Assim, o setor de petróleo brasileiro, como outros, foi destruído e desarranjado.

Mas, a ironia do destino é que o governo Biden parece querer comprar briga com as petroleiras internacionais ao liberar US$ 2 trilhões para as energias limpas.

É interessantíssimo o fato que o Brasil é também exuberante em reservas de fontes alternativas para geração de energia limpa.

Mas, o problema é que um novo “quinta coluna” ou o mesmo, irá entregar graciosamente estas reservas.

A máquina de extorsão do povo está montada


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Comentários

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Sebastião Farias

Esse, é o Brasil que o povo gosta e que as elites, rurais e urbanas, aplaudem e batem Palmas.
Brasil, que seus parlamentares aéticos, infiéis à CF e que desrespeitamcomo, representantes, legisladores e fiscais do povo, transformaram o dono do Poder, o povo brasileiro, num eterno porto de lenha.

    Sebastião Farias

    Retificação integral, do nosso comentário, esse texto, é o correto : “Esse, é o Brasil que o povo gosta e que as elites, rurais e urbanas, aplaudem e batem Palmas.
    Brasil, que seus parlamentares aéticos, infiéis à CF e que desrespeitam, como representantes, legisladores e fiscais do povo, o verdadeiro dono do Poder Constitucional, o povo brasileiro e, parabéns, transformaram assim o Brasil, num eterno porto de lenha.

Richard Feynman

No fim das contas quem deu uma PEDALADA foi os EUA. E de cinema.
Pedala Robinho !!! Kkkkkk
Faynman tem razão sobre o Brasil. É duro, é triste, mas é a pura verdade.

Sebastião Farias

O povo deve acordar e começar a defender o que é seu, e principalmente, começar a comfrontar os atos de seus representantes, legisladores e fiscais constitucionais, os membros dos Poderes Legislativos, com o que dizem os 03 primeiros Artigos da CF, dentre outros e, com seus benefícios e interesses, como afirma a CF, desses atos.
O que fazer? Acordem e ajam enquanto existe o que defender.
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

abelardo

“Quem diria, o petróleo não é mais nosso, sem desembarque de um único marine”
Brilhante, Paulo Metri, brilhante!
Apenas a obra prima do título, já define a vergonha que são os nossos três poderes.

Sebastião Farias

É amigos, a coisa tá feia e a Ficha de muita gente, ainda não caiu. Nessa Pandemia, que não é uma doença qualquer, aqueles acostumados a explorarem e fazerem o mal aos seus semelhantes, que continuem;
Àqueles que se dedicam a fazerem o bem e a ampararem solidariamente, os seus semelhantes, que continuem pela graça de Deus, porque cedo ou tarde, a hora da prestação de contas de cada um ao Juiz Verdadeiro, chegará, vejam e Meditem sobre isso e, se arrependam enquanto é tempo.
“Mensagem aos cristãos -12 Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. 13 Ouvi, então, uma voz que vinha do céu, dizendo: «Escreva: Felizes os mortos, aqueles que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem de suas fadigas, pois suas obras os acompanham.» (Apocalipse 14, 12 e 13).
Paz e bem.

Reinaldo Figueiredo dos Santos

BRASIL, uma vocação à servidão!

Bíblia do Bolsonarismo

Que levem tudo , mas não mate um brasileiro que seja. O que eles quiserem, daremos de todo grado, nem precisa pedi. Se quiser pagar, como os 20 bi que estão oferecendo pela Amazônia, melhor.

    Nelson

    Meu chapa, os EUA não precisam matar. Eles têm o Bolsonaro e os militares entreguistas para fazerem o serviço. Aliás, já estão a fazer, com a covid-19 servindo de desculpa.

Richard Feynman

Cuba é o retrato fiel do Brasil de agora.
Cuba foi destruída pelos americanos. Cuba se rebelou e até hj enfrenta sanções econômicas americanas.
O Brasil é bem maior que a ilha, tem bem mais importância no mundo, mas como desfazer esses contratos sem sofrer sanções internacionais. Não vejo como.
Simplesmente o povo rodou e ainda não percebeu que rodou.
Dizem que na época de Fulgencio Batista os americanos transformaram Cuba num puteiro. Historiadores sabem disso. Dão aula disso.
Agora, Inês é morta. O petróleo é dos caras.
O Moro deveria se candidatar a rei do Brasil, rei dos bobos.
Engenheiro desta vez foi moído mesmo pelas engrenagens do sistema. Deve dar para fazer biodiesel com o bagaço da laranja. Ainda tem esse recurso mineral …
E tem gente espertissina que insiste que o PT é o vilão da história.
Como os EUA vão mover os tanques e aviões de guerra numa guerra sem petróleo ? Com lenha. Tanque elétrico. Avião de guerra que atira movido a sol.
O Brasil vai viver de lenha, impulsionar a indústria á lenha.
E tem esquerdista que praticamente beija os pés do Obama pq ele é democrata cristao igual o Eymael . São outros que só podem ter interesses por trás desse pensamento simplesmente ridiculo.
A Dilma levou um rodaço e caiu de boca na cobrona do Obama. Mulher foi mais quem se fudeu nessa patranha.
Porra ! Ainda o brasileiro médio não viu que levou uma pedalada dos EUA. Vão ver qdo. Em 2100.
Dizem que o petróleo dura mais uns 60 anos.
Se não refina petróleo aqui. Vão fechar as refinarias, então, numa guerra é pedir o diesel para o americano. Povo bobão.
Petróleo é recurso altamente estratégico ainda. Põe petróleo bruto no motor do tanque que vai funcionar.
Veja o tamanho do QI do brazuca.
Como fazer uma guerra sem combustível. No caso Diesel. Claro que isso é um caso extremo, mas e a indústria.
Lenha o PT que dá certo.

enganado

O ex-BRASIL não existe mais como Nação, pois somos um bando famintos desgarrados correndo atrás de 1 DÓLAR AMERICANO, para engraxar sapatos do MISTER.

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