O estudo do Dieese sobre o impacto da Lava Jato: redução da massa salarial foi de R$ 85,8 bilhões no Brasil

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Da Redação

A Operação Lava Jato (2014-2021) custou 3,6% de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil, concluiu estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba pouparam os bancos, alegadamente temendo causar uma crise sistêmica.

Porém, os maiores bancos privados brasileiros, como Bradesco e Itaú, são imbricados com grandes interesses internacionais.

Na prática, a operação demoliu a maior construtora brasileira, a Odebrecht, além de provocar desemprego na construção civil, em empresas da cadeia de petróleo e gás e construção naval.

Baseando-se na exposição diária, através dos noticiários, dos nomes e logotipos de empresas supostamente envolvidas em corrupção, a Lava Jato demoliu as firmas  e empregos, enquanto poupou os executivos corruptos através da oferta de leniência em troca de delações.

O objetivo era “fazer uma limpeza” no sistema político, que acabou resultando numa onda antipolítica que colocou o extremista Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Além de garantir a Moro e aos procuradores empregos na área de compliance, a operação quase foi usada para gerar um fundo bilionário, com dinheiro da Petrobras, para ser administrado pelos integrantes do MPF — o que acabou barrado pelo STF.

A colaboração ilegal da Lava Jato com as promotorias dos Estados Unidos e da Suiça resultaram em multa bilionária contra a Petrobras, empresa que foi vítima da corrupção de terceiros.

A desmoralização pública da estatal brasileira, promovida especialmente pela TV Globo, facilitou a entrega do pré-sal a multinacionais estrangeiras, especialmente a britânica Shell, além da privatização da Transpetro.

Como demonstrou o diário francês Le Monde, os Estados Unidos atuaram na formação e no incentivo às ações do juiz federal Sergio Moro, que trocou a condenação do ex-presidente Lula por um cargo no governo de Jair Bolsonaro.

Moro e os procuradores, com suas práticas ilegais, como a promoção clandestina de encontros em território brasileiro com agentes do FBI e do Departamento de Justiça, colaboraram para estender ao Brasil a jurisdição do Foreign Corruption Practices Act, uma lei que os Estados Unidos podem utilizar seletivamente — e com objetivos estratégicos — para combater a corrupção fora de seu próprio território.

Impactos lavajatoeconomia de Luiz Carlos Azenha


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Zé Maria

Infelizmente, as Cúpulas do Poder Judiciário
e do Poder Executivo, principalmente o Ministério da Justiça – mesmo na época do Governo Dilma Rousseff (PT) – não prestaram atenção às Operações ilegais no Brasil da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público
Federal (MPF), sob Coordenação do Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados
Unidos da América (EUA) que sempre atuaram como Donos do Continente Americano.
Observe-se o conteúdo do Discurso do então
Vice-Presidente dos EUA, Joe Biden, na 20ª
Conferência Anual do Banco de Desenvolvimento [SIC]
da América Latina (CAF), ocorrida em Setembro de 2016, quando o Conspirador
Golpista Michel Temer já tinha se apossado
do Governo do Brasil:

Excertos:

“Pela primeira vez na história, na minha opinião, é possível imaginar um continente de classe média, democrático e seguro desde o norte do Canadá até a ponta do Chile.”
[…]
“Nenhuma região do mundo é mais importante para a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos do que este continente. [SIC]
É do nosso interesse ver o continente atingir todo o seu potencial.
É por isso que uma de nossas prioridades é aumentar a cooperação econômica de alto nível e alavancar nossas relações comerciais em toda a região.
Quase metade de nossas exportações – US$ 670 bilhões anualmente – vai para os países do continente.

É por isso que criamos programas para impulsionar o empreendedorismo, construir relações entre empresas e promover mais empresas pequenas e médias que gerem emprego e crescimento econômico …
Quanto mais a região cresce, quanto mais ela prospera, melhor nós ficamos no continente e também nos Estados Unidos.
É nosso interesse genuíno ver isso acontecer, além de ser a coisa certa a fazer.”
[…]
… “decidimos mudar nossa política relativa a Cuba, que era ineficaz e um grande obstáculo às nossas relações bilaterais com vários países da região, em todo o continente.
O restabelecimento das relações diplomáticas com Cuba nos abriu mais espaço para fazer coisas na região [SIC].

Agora ficou mais fácil para nós conversar com nossos vizinhos, cooperar com eles e falar abertamente, sem ofender, sobre direitos humanos. [Logo quem fala em DH].

Todo mundo no continente deveria falar sobre direitos humanos – seja em Cuba, na Venezuela ou em qualquer lugar onde eles são negados de forma esporádica ou sistemática.

Ao mesmo tempo, deixamos claro que apagar o último vestígio da Guerra Fria nas Américas não significa abandonar nosso compromisso com os direitos humanos.
Pelo contrário, como eu disse, esperamos que nossos parceiros na região fiquem do nosso lado e condenem os abusos que desafiam nossos [SIC] valores democráticos mais básicos onde quer que eles ocorram.”
[..]
Mesmo hoje aqui reunidos, estamos vendo grandes mudanças políticas em toda a região. No Brasil, o povo realmente fez isso ao seguir sua Constituição para atravessar um período de dificuldades políticas e econômicas, respeitando os procedimentos estabelecidos para efetuar a transição de poder.

Os Estados Unidos continuarão a trabalhar em estreita colaboração com o presidente Temer durante este período em que o governo brasileiro enfrenta seus desafios mais prementes, porque o Brasil é e continuará sendo um dos parceiros mais próximos dos Estados Unidos na região. Isso porque, nas democracias, a parceria não se baseia em dois líderes, mas sim em uma relação duradoura entre dois povos.

Na vizinha Venezuela, no entanto, estamos vendo o governo retomar táticas repressivas em violação à sua própria Constituição – táticas que desrespeitam a Carta Democrática Interamericana, que diz claramente: “Os povos das Américas têm direito à democracia, e seus governos têm a obrigação de promovê-la e defendê-la.”
[…]
Um referendo revogatório deve ocorrer até o fim deste ano, e a Constituição venezuelana deve ser respeitada. E os presos políticos devem ser libertados.

Os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com todos os seus parceiros da região com o intuito de facilitar um diálogo entre governo e oposição que ajude a melhorar a vida do povo venezuelano.

Ao mesmo tempo, também há pontos muito positivos – como a incrível transformação que está ocorrendo e incorpora uma enorme promessa na Colômbia. O povo colombiano demonstrou grande coragem e determinação para superar mais de cinco décadas de conflito esmagador e tirar seu país da beira do colapso econômico.

Líderes sucessivos fizeram escolhas difíceis para colocar o bem-estar do povo colombiano em primeiro lugar. E graças a essa força moral, o governo colombiano e as Farc chegaram a um acordo que oferece esperança de paz. Ressalto: esperança de paz.

Sabemos que um acordo assinado não será o fim, mas apenas a próxima fase na difícil jornada da Colômbia pela paz duradoura.

A implementação será complicada e custará caro. É por isso que os Estados Unidos prometeram uma ajuda inicial de mais de US$ 390 milhões para o plano de paz colombiano.

E, juntos com a comunidade internacional, continuaremos a apoiar o povo colombiano na construção de um novo futuro. Existe uma promessa verdadeira. Um bocado de trabalho, mas uma promessa real.

Estamos vendo também um impulso positivo na Argentina, onde o presidente – novo presidente, a propósito – preparou uma agenda de reformas para que a Argentina retorne à comunidade financeira internacional.

E a parceria revigorada entre Argentina e Estados Unidos já abriu portas para a melhora da segurança, o incremento do comércio e do investimento e o fortalecimento da cooperação entre as duas nações no setor energético.

Portanto, este é um momento crucial para a região. Uma situação crítica, marcada por oportunidades e desafios reais.

As escolhas que fizermos agora definirão o caráter do nosso continente no restante deste século. Por isso, no resto do meu tempo aqui hoje, gostaria de focar em três áreas nas quais, acredito eu, se fizermos a coisa certa poderemos acelerar nosso progresso e melhorar a vida das pessoas em todo o continente.

Primeiro, nenhuma democracia pode se sustentar sem crescimento econômico.
E o crescimento econômico não pode prosperar sem Estado de Direito.[SIC]

Isso não é um julgamento moral por parte dos Estados Unidos.
É uma espécie de nova física das relações econômicas.
As empresas não investem em nações onde as regras não sejam transparentes e previsíveis, onde o sistema judiciário não seja justo, onde a propriedade intelectual não seja protegida.
Portanto, é absolutamente crucial erradicar os significativos vestígios de corrupção remanescentes nos países onde os governos funcionaram por tempo demais por meio de suborno e tráfico de influência.

A corrupção é um câncer que devora o corpo político, dilacera o tecido de qualquer sociedade onde se prolifera, promovendo a desigualdade e exaurindo bilhões de dólares do governo que poderiam ajudar a alimentar crianças, construir escolas, melhorar a infraestrutura e aumentar significativamente a capacidade de segurança.

[Parece até discurso do juiz Moro e do DD]

A corrupção propicia e incita abusos contra os direitos humanos, abastece o crime organizado, semeia instabilidade no país onde prevalece e também na região.

Esses problemas alimentam uns aos outros, e os Estados Unidos, entre outros países, estão tentando ajudar [SIC] seus parceiros a adotar as medidas duras, mas necessárias, para cessar o ciclo de corrupção onde ele existe.

Junto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e outros parceiros, apoiamos os esforços para melhorar o ambiente empresarial – mais transparência, eficiência nos procedimentos aduaneiros, aprimoramento da cobrança de impostos.
Representantes do Departamento de Justiça [SIC !!!] estão auxiliando as autoridades locais nas investigações para combater o crime organizado.
Enviamos assessores de segurança [SIC] para ajudar a treinar as forças de policiais civis a respeitar os direitos humanos e auxiliar os promotores [SIC !!!] para que as pessoas possam confiar no Estado de Direito.
Onde não haja impunidade.
Onde não haja impunidade.

[Parece até os Artigos d@s C@lunistas do
Grupo GA.F.E. (Globo, Abril, Folha, Estadão)]

Isso está ganhando força em toda a região.
Temos visto cidadãos que antes estavam nas sombras tornarem-se ativistas [SIC].
Temos visto promotores e juízes corajosos perseguir autoridades corruptas e começar a provar ao povo da região que ninguém está acima da lei. [SIC].

Na Guatemala, por exemplo, o procurador-geral, trabalhando com a Comissão Internacional da ONU contra a Impunidade, desmantelou redes criminosas, processou autoridades militares e até acusou o ex-presidente e a ex-vice-presidente de corrupção.
Quando estávamos fazendo o que eles chamaram de uma versão do “Plano Colômbia”, o presidente em exercício não queria manter a Cicig [Comisión Internacional contra la Impunidad en Guatemala].
Fizemos disso uma condição.
Ou vocês a mantêm ou não obterão ajuda, a própria instituição internacional que ajudou a derrubar um sistema corrupto – que começou a derrubar um sistema corrupto.

Insistimos para que o mandato da comissão fosse renovado, com o objetivo de gerar confiança nas instituições da Guatemala e continuar com seu bom trabalho.

E quando a Guatemala elegeu Jimmy Morales, um ex-comediante [da Direita Reacionária(*)], por sua promessa de fazer uma limpeza no governo, peguei um avião e fui até lá assistir à sua posse” [SIC].
(https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/jymmi/52086/jimmy-morales-arremedo-de-ditador)*
[…]
“O segundo ingrediente importante para o crescimento econômico depende da garantia de obtenção de energia confiável a preços acessíveis [SIC].”
[…]
É por isso que a segurança energética da região tem sido uma prioridade do nosso governo desde o início.
E este é o momento de consolidar a segurança energética [SIC] de forma sustentável para que a região possa estar preparada para enfrentar uma nova e inevitável alta dos preços voláteis do petróleo.

A boa notícia é que, graças à abundância de gás natural e recursos de energia limpa e renovável na América do Norte, a América do Norte é agora o epicentro da energia do século 21.
Não a península da Arábia Saudita. Não a Venezuela [SIC: não faz parte do continente?]. Não a Nigéria. Não a Rússia.
A América do Norte. América do Norte: México,
Estados Unidos e Canadá.
Isso nos dá uma enorme oportunidade de mudança.
E os Estados Unidos são agora um exportador líquido.

No começo deste ano, inauguramos um novo
terminal de exportação de gás natural
liquefeito.
A primeira carga saiu da Louisiana para o Brasil [SIC] em fevereiro.
E agora que a nova ampliação do Canal do Panamá está em pleno funcionamento, as oportunidades são ainda maiores para suprir as necessidades energéticas de nossos parceiros na América Latina e no mundo, se fizermos investimentos inteligentes para modernizar nossa infraestrutura, acomodar os navios pós-Panamax e comprar novos cargueiros de GNL.

No Caribe, onde os custos da energia são os mais altos do continente por causa da dependência da importação de petróleo, isso pode representar uma mudança no jogo.
Estive com líderes caribenhos duas vezes este ano para ajudá-los em seus esforços de transição para uma energia mais limpa e a custos mais acessíveis.
É por isso que lançamos a Iniciativa Segurança Energética Caribenha em 2014.
E, desde então, temos visto avanços importantes para diversificar o fornecimento de energia das ilhas e começar a reduzir os custos
– um novo acordo para exportar gás natural para a Jamaica;
um novo acordo de compra de energia geotérmica em Nevis;
novos acordos financeiros e usinas de energia geotérmica em São Vicente e Granadinas;
uma rede elétrica reestruturada nas Bahamas para acelerar a transição para um sistema de energia diversificado e moderno.

Na América Central, estamos investindo milhões no desenvolvimento do setor energético – inclusive ajudando os fornecedores regionais de eletricidade a elaborar planos de energia limpa e apoiando os esforços para maximizar o uso da linha de transmissão regional.

Nos últimos anos, vimos o volume de eletricidade comercializada através das fronteiras triplicar.
Ao criar um mercado de energia regional, países como El Salvador, Honduras e Costa Rica estão reduzindo seus custos com a importação de eletricidade dos países vizinhos, em vez de acionar suas próprias usinas térmicas.

Isso é fundamental porque, se os países da América Central trabalharem juntos, a região pode ser um canal de ligação para todo o continente – integrando e conectando os mercados de energia dos Estados Unidos [SIC] e do México com os da Colômbia, do Peru e de outros países.

E na América do Sul, estamos trabalhando com parceiros da Argentina ao Chile [SIC] e à Colômbia para incrementar o uso da energia renovável e promover o desenvolvimento seguro e responsável de recursos não convencionais de petróleo e gás.

… Se voltarmos um pouco no tempo e considerarmos o New Deal, o fator fundamental da mudança de jogo para os Estados Unidos da América foi a Associação do Vale do Tennessee, que levou eletricidade para o interior da região Sul, transformando os Estados Unidos – a economia americana.

Com escolhas e investimentos inteligentes em energia e infraestrutura, podemos criar a mesma oportunidade para a região.
Podemos lançar as bases de um futuro de segurança energética que vai melhorar o destino das pessoas em todo o continente.

E isso me leva ao terceiro ponto.
Por tempo demais, a América Central ficou de fora da história da ascensão da América Latina.
A América Central é o elo que une a nossa região – Norte e Sul.
Mas é também o centro de muitos dos nossos maiores e mais importantes desafios regionais – insegurança energética, corrupção, pobreza esmagadora, violência endêmica, carência de sistemas educacionais, crime transnacional.

Vimos claramente o custo humano desses problemas há exatos dois anos, quando milhares de menores desacompanhados da América Central chegaram à nossa fronteira sul.
Só há um motivo para que pais enviem seus filhos em uma jornada precária, longa e perigosa, nas mãos de coiotes ou no fundo de um vagão: o desespero.
[…]
Mas devo acrescentar aqui.
Uma das razões de sermos o país mais inovador do mundo é termos uma corrente ininterrupta de imigrantes muito especiais, os mais corajosos [SIC], mais inteligentes [SIC], mais aventureiros, mais otimistas, porque é preciso uma enorme coragem para tomar a decisão e partir.
E eles são as pessoas que causam a maior perda consequencial para o próprio país, pois seu espírito é o de: ‘Eu vou correr o risco para que a minha família tenha uma vida melhor’. Foi isso que construiu os Estados Unidos da América …

Íntegra em:
https://br.usembassy.gov/pt/pronunciamento-vice-presidente-joseph-biden-na-20a-conferencia-anual

Esse é o Novo Imperador da América Latina e do Mundo
.
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Silas

O povo anuiu tudo isso.
E tem gente que adora o Moro. Votaria nele de olho fechado. Principalmente os ricos e os muito ricos. Mas não só eles, pobre tb.
Ele pode desbancar o Bolsonaro pq a mídia pig que teve verbas do governo cortadas não gosta do presidente.

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