
Donald é Nome de Pato
(Covid-2025)
Por Marcelo Zero*
Há uma nova pandemia espalhando-se rapidamente pelo planeta.
Trata-se de uma variante ainda mais letal que a Covid-19, que tanto dano causou ao mundo. É o novo coronavírus 2025, também conhecido como “Donald, the Virus”.
A OMS ainda não se pronunciou sobre o tema, pois foi muito afetada pelo novo vírus, que provocou uma grave hemorragia em seus recursos financeiros.
Mas os sinais de sua propagação já são visíveis nas bolsas do mundo inteiro, fortemente acometidas por febres súbitas e violentas. Outros sintomas incluem intensa dor de cabeça, ataques generalizados de pânico, depressão e perplexidade.
Em prazo mais longo, afirmam os cientistas que a nova pandemia produzirá, em suas vítimas, desemprego, inflação e aumento das taxas de juros.
Os pacientes mais graves deverão ser acometidos de recessão e de forte “desarranjo” das cadeias produtivas, o que poderá levar a óbito, em razão da perda de fluidos de bens, serviços e investimentos.
Como na epidemia da Covid-19, os cientistas estão alarmados e perplexos com a velocidade de propagação do novo vírus, que cruza as fronteiras celeremente, apesar de barreiras sanitárias e fitossanitárias, bem como de tarifas supostamente saneadoras.
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Dessa vez, contudo, ao contrário do que aconteceu com a Covid-19, os cientistas estão absolutamente certos de que o vírus foi gerado em laboratório, por deliberada e perversa ação humana.
Com efeito, a fonte do vírus foi localizada em um laboratório, situado em Washington DC, capital dos EUA, chamado M.A.G.A (MAKE AMERICA GARBAGE AGAIN).
Lá, uma equipe de ignotos “cientistas”, sem diplomas de ensino universitário ou médio, provenientes de obscuras Middle schools estadunidenses e chefiados por um senhor de prenome Donald, estavam tentando produzir uma droga miraculosa intitulada TARIFF.
Segundo as expectativas dos “cientistas” do M.A.G.A, e do seu chefe, Donald, a TARIFF produziria efeitos espetaculares com pouco tempo de uso.
Em questão de poucos meses, a TARIFF, como que por mágica, acabaria com doenças estadunidenses incômodas e graves, como déficits comerciais, dívidas, desemprego e falta de inovação.
Aparentemente, a TARIFF teria o efeito bizarro e nada trivial de obrigar os demais países do mundo a financiarem todos os déficits estadunidenses e a resolverem os problemas econômicos dos EUA, preservando seus bilionários de pagarem impostos sobre a renda. Uma nova maravilha imperial.
A TARIFF, ademais, neutralizaria vírus perversos e insidiosos, como o Vírus Beijing, o Vírus Bruxelas, o Vírus Ho Chi Minh, e centenas de outros vírus semelhantes espalhados pelo mundo, os quais provocam fraqueza, impotência, decadência e apequenamento, nos EUA.
Segundo o M.A.G.A e Donald, os hospedeiros de todos esses vírus seriam, estranhamente, os pinguins.
Mas o caso é que, segundo Donald, agora conhecido como “Doutor Covid-25”, em pouco tempo, o paciente U.S.A. teria voltado a ser, como no passado mítico, a grande e inconteste “hiperpotência” do planeta, bafejada por um incontrolável unilateralismo, pelo “destino manifesto”, com energia revigorada para se tornar novamente a “fábrica do mundo”, exibindo superávits comerciais gigantescos e bem eretos.
Esperava vender mais que Viagra e Ozempic, somados.
Algo, entretanto, saiu muito errado, e foi criado, em seu lugar, o novo vírus, que provoca efeitos totalmente opostos aos desejados. A TARIFF virou o fentanil das economias.
Segundo a investigação das autoridades, das verdadeiras autoridades no assunto, o M.A.G.A não tinha competência para produzir uma droga desse tipo.
Na realidade, somente o famoso “Laboratório Congress”, também situado em Washington DC, teria real competência, após anos de debates e investigações e com todas as cautelas necessárias, para produzir uma droga de tal tipo, a qual só provocaria os resultados almejados, após uma década, pelo menos.
Como resultado da incompetência e da falta de medidas de acautelatórias, o vírus escapuliu para o mundo, através de uma abertura de segurança chamada de “Executive Order”, uma espécie de cloaca que expele vírus autoritários envoltos em matéria fecal, algo que, de forma alarmante, vem se tornando muito frequente no M.A.G.A.
Felizmente, as verdadeiras autoridades sanitárias mundiais já identificaram o “paciente zero”, o que facilita a busca da cura.
Trata-se da OMC, que foi a óbito por “falência múltipla de princípios”, devido à Covid-25.
Com efeito, o coronavírus 25 provocou a falência, entre outros princípios da OMC, do “princípio da nação mais favorecida” e do “tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento”.
O primeiro princípio assegurava a imprescindível função da não-discriminação e a adoção de medidas tarifárias por bens e serviços; não por países.
Já o segundo assegurava que os desiguais fossem tratados desigualmente, no sistema de comércio mundial, assegurando não apenas free trade, mas também fair trade, algo que era fundamental para o funcionamento regrado e global do “paciente zero”.
Outro dano letal à OMC se deu pela paralisação do seu sistema de solução de controvérsias, por falta de juízes de seu Orgão de Apelação, que produziam os linfócitos encarregados de combater as infecções ocasionadas pelas bactérias das práticas ilícitas de comércio.
Segundo os cientistas, a cura da Covid-25 deveria passar pela recomposição da OMC, dos seus princípios e das regras multilaterais do comércio. Como no combate à Covid-19, isso demandaria grande empenho internacional.
A criação de uma droga antiviral chamada MUTILATERARIUM já está a caminho e promete bastante.
Porém, em virtude da gravidade da situação e da celeridade da propagação do vírus, alguns cientistas consideram que deve ser elaborada logo uma vacina, com base em tecnologia antiga e bastante conhecida. Teria a vantagem ser produzida rapidamente e de “cortar o mal pela raiz”, impedindo a propagação imediata do vírus, de modo muito eficaz e sem efeitos colaterais, exceto para o “Doutor Covid-2025” e o M.A.G.A.
Já tem nome: “impeachment 2025”, e está sendo desenvolvida pelo Laboratório POLÍTIKA. Produziria, prometem, imunidade perpétua.
O planeta, com a respiração suspensa e se desfazendo de seus dólares, aguarda ansioso.
Bem que avisaram, quando foi anunciada a droga “miraculosa” TARIFF, que Donald era nome de pato.
*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais
*Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
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Comentários
Zé Maria
https://www.academia.edu/79027999/Contemporaneidade_uma_psicopatia_americana
Zé Maria
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Livro: “PSICOPATA AMERICANO”
Autor: Bret Easton Ellis
O “Psicopata Americano”, é um sujeito aparentemente invejável.
Jovem, bonito, bem nascido e bem educado, S.K. trabalha em um conhecido banco de investimentos em Wall Street, enquanto passa as noites entre jantares, boates e festa particulares, regadas com todos os aditivos inerentes ao lado mais sombrio da vida noturna de Nova York.
O Psicopata Americano, porém, tem alguns segredos bem guardados.
Por trás da fachada de normalidade, possui o instinto de
um Serial Killer, com toda a torpeza, degradação, asco e
repulsa que um psicopata consegue provocar.
Formado em Exeter e Harvard, S.K. também é gourmand, entusiasta do bronzeamento artificial e de infindáveis tratamentos estéticos, implacável crítico de moda e consumidor ávido das últimas traquitanas tecnológicas da modernidade. Mora em um luxuoso apartamento no Upper West Side, em Manhattan, e é vizinho do astro de Hollywood, Tom Cruise.
Os dias e as noites de S.K. seriam banais, não fossem os crimes abjetos e sem razão aparente que ele comete e de maneira que não conseguimos compreender.
Sem remorso. Sem piedade. Contra mulheres. Contra mendigos. Contra músicos de ruas. Contra colegas. Contra crianças.
Expressando seu verdadeiro eu através da tortura e do assassinato, S.K. prefigura um horror apocalíptico que nenhuma sociedade suportaria encarar.
Uma violência represada, escondida, inaudita, porém insistentemente presente na sociedade norte-americana, como o autor sugere ao descrever o programa de TV favorito do protagonista, The Patty Winters Show, que apresenta trivialidades (como dicas de beleza da princesa da Inglaterra), sensacionalismo (“Adolescentes que trocam sexo por crack”) e horror real (neonazistas e assassinos de crianças).
Psicopata Americano é um relato cáustico e uma crítica mordaz sobre a banalidade da violência, o consumismo supérfluo e exibicionista e o vazio de uma geração que viveu sua juventude discutindo combinações de roupas e outras futilidades diante de drinques e pratos exóticos e esdrúxulos em caríssimos e concorridos restaurantes da moda.
Para completar, o ídolo de S.K. é ninguém menos que o então empresário Donald Trump.
Sua obra a Arte da Negociação é seu livro de cabeceira.
O sonho de S.K. é ser convidado para alguma festa em que o empresário, apresentador de reality show e futuro presidente dos EUA estivesse presente.
Bret Easton Ellis conduz os leitores a encarar o sonho americano ― e, em sua sombra, o pesadelo.
Em retrospecto, porém, é difícil não considerá-lo visionário.
Na conduta abominável de seu psicopata, o autor denuncia os riscos da falta de empatia e da dessensibilização perante a violência, apontando a relevância de uma discussão que hoje, mais do que nunca, se faz necessária.
Monstros modernos como S.K. nos levam a enxergar o adoecimento de nossa sociedade e a reconhecer que o horror muitas vezes não é uma ameaça fantasmagórica ou alienígena; o horror pode estar ao nosso lado.
É nesse reconhecimento que obras como Psicopata Americano denunciam a banalização da violência e a glorificação de criaturas hediondas, dentro e fora do universo ficcional.
https://www.estantevirtual.com.br/busca/o-psicopata-americano?autor=bret-easton-ellis
https://elivros.love/ler-online/baixar-livro-o-psicopata-americano-bret-easton-ellis-em-epub-pdf-mobi-ou-ler-online
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