Jeferson Miola: Boicote à bestialidade israelense

Tempo de leitura: 3 min
Ilustração: Laerte ( @LaerteCoutinho1) Folha

Boicote à bestialidade israelense

Por Jeferson Miola, em seu blog

No dicionário Houaiss da língua portuguesa, bestial é descrito como o que é “relativo a besta (no sentido de ‘animal’)”; “que se distingue pela ferocidade, selvageria; desumano, sanguinolento, cruel”; “da natureza do bruto; grosseiro, boçal”; “em que falta espiritualidade”; “que é sórdido; imoral, baixo, devasso”; “que causa repulsa; horrível, repugnante”.

Está definitivamente demonstrado que as bestialidades de Israel não têm fim, não têm limites e que, apesar de todo o cenário dantesco que acompanhamos ao vivo pela TV e internet, o regime nazi-sionista continua contando até hoje com a cumplicidade criminosa dos EUA.

O ataque que matou sete trabalhadores humanitários da instituição de caridade World Central Kitchen em Gaza é mais um desses atos bestiais de Israel, que assassina uma criança palestina a cada 12 minutos, deixa outra aleijada a cada 2h e 30 minutos e condena à orfandade outras dezenas delas todo dia – muitas sem sequer um único familiar sobrevivente para cuidá-las.

É uma hecatombe da infância palestina e do futuro palestino. É um plano meticuloso de extermínio para substituição étnica.

Na verdade, um projeto que dura mais de 100 anos, desde os anos 1920, com o início silencioso da invasão e colonização da Palestina disfarçada da compra de terras por colonos judeus.

A Inglaterra já tinha prometido antes [Declaração Balfour, 1917] entregar aquela terra alheia, que não lhe pertencia e que tinha um povo originário que a habitava, a Palestina, para a formação do Estado judeu, que se converteu num Estado étnico-teocrático – ou seja, um Estado racista, segregacionista, colonialista e anti-secularista.

Um mês atrás, Israel massacrou pelo menos 112 palestinos famélicos que estavam na multidão que em desespero buscava água e alimentos transportados pelo comboio de socorro alimentar da ONU.

Como se vê, é uma rotatividade de um horror pior que o outro, executado em “sínteses superadoras” de maldades sucessivas, que vão tecendo a “dialética do mal”, infinitamente má.

Assistimos a um filme de terror. Israel se esmera na escolha das violências mais asquerosas, sádicas e emblemáticas para chocar o mundo.

Este crime do governo Netanyahu tem um sério agravante, pois aconteceu poucos dias depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução de cessar-fogo imediato e de ajuda alimentar, médica e humanitária urgente no território palestino.

Israel é um Estado que, apesar de criminoso e pária perante o direito internacional, a cujas leis nunca obedece, não sofre sanções porque conta com o respaldo incondicional dos EUA na limpeza étnica.

É preciso parar urgentemente a bestialidade israelense contra os palestinos.

As sociedades nacionais não podem continuar assistindo impotentes e paralisadas a barbárie evoluir até a “solução final”; até o extermínio total do povo palestino.

Mesmo que os EUA continuem financiando e equipando o exército genocida de Israel, a consciência humanista mundial precisa se insurgir para deter esta monstruosidade.

É preciso asfixiar a máquina mortífera do nazi-sionismo e tornar o custo do seu financiamento inviável para a economia estadunidense.

O movimento BDS – Bloqueio, Desinvestimentos e Sanções pela liberdade, justiça e igualdade dos palestinos, nascido no início deste século por inspiração no movimento anti-apartheid sul-africano, é uma iniciativa potente na luta para deter o genocídio.

O movimento está ao alcance das organizações, movimentos sociais e cidadanias, que podem se somar nas campanhas de boicote acadêmico, cultural, econômico e pelo embargo militar de Israel.

Esta iniciativa pode e deve ser empunhada pelas sociedades nacionais na animação de movimentos de pressão sobre os respectivos governos nacionais para que denunciem e isolem Israel nos fóruns internacionais, e rompam negócios que oxigenam a engrenagem bélica genocida.

A humanidade não está condenada a continuar assistindo passiva e impotentemente as bestialidades de Israel bancadas pelos EUA.

Leia também

Marcelo Zero: Ataque grave e preocupante do governo de Israel

Jair de Souza: A catástrofe atual do povo palestino e seus responsáveis; vídeo

Ualid Rabah: Do arranjo genocida de britânicos e sionistas ao atual genocídio televisionado em Gaza


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Comentários

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Zé Maria

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“FIVE EYES”
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“A Embaixada do Canadá em Damasco
está Localizada a 30 Metros de Distância
da Embaixada do Irã, na Capital da Sìria.

Meia Hora antes da Representação Iraniana
ser Vítima do Ataque Terrorista de isRéu,
os Canadenses Desocuparam o Prédio.”

https://twitter.com/vermelhos_sim/status/1775879900286648494
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São as tais “Coincidências “Pra Inglês Ver”.
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Zé Maria

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Exército de isRéu afirma que “reforçou o estado de alerta
das unidades de combate” após o Ataque Aéreo Israelense
ao Consulado Iraniano em Damasco, Capital da Síria.

https://www.aljazeera.com/news/2024/4/4/israel-boosts-defences-after-iran-consulate-attack-in-syria
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Genocidas Biguinhos dos EUA
agora tão com Medinho, é?
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Zé Maria

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“isRéu Reforça Defesas Após Atacar o Consulado do Irã na Síria”

“O Exército Israelense informou que reforçou suas defesas
depois que o Ataque Aéreo Mortal ao Consulado Iraniano
em Damasco, capital síria, gerou ‘Ameaças de Retaliação’.”

http://aje.io/zwp9adque
https://twitter.com/AJEnglish/status/1775987958467957090
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Os Sionistas Genocidas, Assassinos de Mulheres e Crianças Palestinas,

Queridinhos dos Estados Unidos da América, estão agora com Medinho, é?
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ed.

Envio de FORÇAS DE PAZ à Gaza! (antes tarde do que nunca!).
É a única atitude que trará um “cessar fogo imediato”.
Custa bem menos do que os bilhões em armas fornecidos pelo dito “ocidente” (tá, não interessa aos produtores delas, mas aos contribuintes que afinal as patrocinam em gigantescos orçamentos militares que, sozinhos, já mitigariam boa parte da miséria humana, fonte de conflitos, infames explorações e os custos inúteis de “manutenção” de subvidas).
Seriam bem vindas no território em “conflito”, digo, massacre e destruição.
Facilitariam as negociações, incluindo a libertação de reféns.
Colocaria a arrogância criminosa de Netanyahu e “suas” IDF em seu lugar, a menos que queira substituir seu atual e covarde “tiro ao pato” por uma guerra de verdade com forças internacionais.
Enfim solução sempre tem, até “fáceis”. O que falta é vontade, atitude e interesse da hipocrisia e desfaçatez que domina a humanidade.

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