Jair de Souza: Os laços idílicos entre o sionismo e o apartheid sul-africano; vídeos

Tempo de leitura: 2 min
Nelson Mandela e Yasser Arafat, irmãos de apartheid. Os dois líderes entendiam a necessidade de forjarem a sua unidade contra os interesses coloniais. Em 20 de maio de 1990, encontram-se, no Cairo, Egito. Foto: Reprodução

Os laços idílicos entre o sionismo e o apartheid

Por Jair de Souza*

De acordo com um relatório de Amnesty International, cuja síntese pode ser revista aqui, o Estado de Israel mantém o povo palestino, tanto nas áreas que formalmente integram o país como nos territórios em que exerce a ocupação, num regime racial-administrativo muito semelhante ao que esteve em vigor na África do Sul por várias décadas, até sua derrota pelo movimento nacional popular que levou Nelson Mandela à presidência.

O regime de segregação ao que estamos nos referindo não é outro que o tristemente infame APARTHEID.

Mas, se as coincidências são de fato tão gritantes como o relatório de Amnesty International atesta, cabe indagar quando e de que maneira teriam surgido os laços de uma afinidade que, em princípio, muitos tenderiam a considerar inimaginável.

Para corroborar o que já era sabido por alguns e para causar assombro em outros tantos, o vídeo abaixo  faz um breve, mas muito esclarecedor, resumo de como se iniciaram, se desenvolveram e se fortaleceram os vínculos entre o país que havia se tornado o símbolo maior da segregação e opressão racial na segunda metade do século XX e as autoridades daquele que se autoproclamava o Estado dos que tinham sido vítimas preferenciais do mais perverso esquema de perseguição e extermínio que a mente humana até então tinha sido capaz de engendrar, ou seja, o nazismo.

O que podemos constatar ao assistir a este material é que havia no relacionamento entre os condutores do sionismo israelense e os propulsores do apartheid sul-africano muita afinidade e não apenas coincidências de momento.

Também é muito evidente a sintonia de compreensão de mundo existente entre eles, assim como sua disposição de atuar de modo simbiótico, ou seja, os promotores do apartheid e os impulsores do sionismo faziam planos e atuavam em total consonância e junção de esforços.

Outros detalhes significativos comprovam que a afeição pelo apartheid e pelo estado que o conduzia na África do Sul nunca foi exclusividade da chamada “direita” do sionismo.

Na verdade, todas, repetindo para que não haja dúvidas, TODAS as vertentes do sionismo se empenharam e trabalharam para consolidar o estreitamento de vínculos entre o Estado de Israel e a declaradamente racista África do Sul do apartheid.

Conforme podemos observar no próprio vídeo desta postagem, o envolvimento de figuras do chamado campo de “esquerda” do sionismo está mais do que comprovado.

É o caso, por exemplo, do envolvimento de Shimon Peres, que nunca foi do Likud nem de nenhuma facção do sionismo de direita, senão que do chamado sionismo trabalhista.

Precisamos ter em mente que o sionismo nasceu e cresceu como um movimento essencialmente colonialista, e mesmo os que o advogam pela esquerda e falam em socialismo, em kibutz, etc., sempre se baseiam em socialismo, kibutz, etc., sob o comando exclusivo de uma etnia ou “raça” específica, a deles mesmos, os judeus ashkenazis.

E, convenhamos, por mais malabarismo ideológico que se faça, não dá para imaginar um colonialista de esquerda, jamais.

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ

Veja também:

Jair de Souza: O sionismo é a causa do conflito de Israel contra o povo palestino; vídeo


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Comentários

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José Espare

A máscara do sionismo está caindo. Hoje, é preciso ser muito descarado para apoiar sinceramente o genocídio sionista contra o povo palestino. O triste é constatar que foi necessário imolar tantas vidas de crianças palestinas inocentes, tantas vidas de mulheres palestinas inocentes, tantas vidas de civis palestinos inocentes, para que esta verdade se tornasse conhecida por todos.

Zé Maria

https://t.co/qRy2Z05imH

“Não é que ‘Somos Todos Gaza’.
Na verdade, Gaza Somos Todos Nós”

“O Mito da ‘única democracia do oriente’ Desabou:
Israel mostrou sua Face Mais Sangrenta, Racista,
Cruel, e Fomentada Desde a Educação Primária”

Por Adriana Coelho Saraiva, no Jornal GGN

https://twitter.com/LuisNassif/status/1731702396240159200

https://jornalggn.com.br/oriente-medio/nao-e-que-somos-todos-gaza-na-verdade-gaza-somos-todos-nos/

Zé Maria

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Saramago:
os israelenses “se converteram
em rentistas do holocausto”.
https://twitter.com/PauloNBJr/status/1731398242087141825

Cuando José Saramago visitó los campos de refugiados de Gaza, declaró:

“Un sentimiento de impunidad caracteriza hoy al pueblo israelí
y a su ejército.

Se han convertido en rentistas del holocausto.

Los judíos que han sido sacrificados en las cámaras de gas
quizás se avergonzarían si tuviéramos tiempo de decirles
cómo se están portando sus descendientes”.

Después de estas declaraciones, el gobierno israelí acusó Saramago
de antisemitismo y organizó un boicot contra su literatura.

Saramago sabía que los escritores no podían salvar al mundo,
pero pensaba que debían ser la voz de las víctimas inocentes
de la historia.

Desgraciadamente, cada vez hay menos autores que conciben
la literatura como un servicio público y un testimonio de fraternidad.”

https://twitter.com/Rafael_Narbona/status/1731342029710393627

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Zé Maria

O ‘Sionismo Neopentecostal’ é o que há de Pior na Política nos Dias Atuais.
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“Que moral tem a mulher do Bolsonaro,
um presidente genocida, machista,
que não gosta das mulheres,
pra atacar Lula e falar de Dino?!
A ‘Receptadora’ de ‘Queiroz Rachadinha’ e
‘Mauro Cid Negociador de Jóias’ [Roubadas]
tem muita coisa pra explicar, a começar
pela manipulação da crença e da fé
das pessoas, que ela faz.”
https://twitter.com/Gleisi/status/1731372425739169946
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Zé Maria

Sionismo e Apartheid são Siameses.
Aliás, o Sionismo é um tipo de Racismo.

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