General que inspira enfrentamento com o Congresso fora de combate: testou positivo para o coronavírus

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Alan Santos/PR

Da Redação

O general Alberto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, testou positivo para o coronavírus e aguarda contraprova.

Ele informou em rede social que está em isolamento e não vai atender telefone.

O general tem 72 anos de idade. Heleno escreveu que está assintomático.

Foi o vazamento de um áudio do general Heleno que inspirou bolsonaristas a organizarem a manifestação do dia 15 de março.

Heleno disse “fodam-se” em relação a congressistas que disputavam o controle do orçamento com Jair Bolsonaro.

Ele afirmou que o presidente da República tinha sido feito refém por lideranças do Congresso.

Nas redes sociais, bolsonaristas passaram a atacar os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.

Por causa da idade, o general Heleno faz parte do grupo de risco.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, é outro que está no grupo de risco e testou positivo depois de fazer parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que visitou a Flórida.

Ele também tem 72 anos.

Bolsonaro viajou dia 7 de março para os Estados Unidos. Naquela mesma noite participou de um jantar com Donald Trump e Mike Pence na mansão de Mar-a-Lago.

Trump, além de receber a delegação brasileira, na mesma ocasião comemorou o aniversário da namorada do filho — por isso a presença de parentes, parlamentares e do vice Pence.

Bolsonaro retornou na terça-feira, 10. A esta altura seu secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, já tinha sintomas da doença. Foi testado na quarta-feira 11 e deu positivo.

Desde então 17 pessoas que tiveram contato com a comitiva de Bolsonaro testaram positivo, inclusive o prefeito de Miami, Francis Suarez.

Os outros são Heleno, o senador Nelson Trad (PTB-MS) e o deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC); Fabio Wajngarten e Samy Liberman, respectivamente secretário e secretário adjunto de Comunicação da Presidência; Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia; Nestor Forster, embaixador e encarregado de negócios do Brasil nos Estados Unidos;  Alan Coelho de Séllos, chefe do cerimonial do Ministério das Relações Exteriores; Robson Andrade, presidente da CNI;  Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg); a advogada e o marqueteiro do Aliança pelo Brasil, respectivamente Karina Kufa e Sérgio Lima; quatro integrantes da comitiva de apoio que não foram identificados pelo governo.

Ainda nos Estados Unidos, Bolsonaro reproduziu o comportamento de Donald Trump e fez pouco caso da pandemia, durante discurso a empresários.

Trump, porém, deu uma guinada de 180 graus em sua atitude perante o coronavírus e agora diz que sempre soube que haveria uma pandemia.

No dia 27 de fevereiro, Trump dizia: “Vai desaparecer. Um dia — é como um milagre — vai desaparecer”.

Em 10 de março, nos EUA, Bolsonaro declarou: “Muito do que tem ali é mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga”.


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a.ali

FODA-SE heleno…

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