Paulo Teixeira e Adriano Diogo explicam por que Temer foi escorraçado pelos sem teto em São Paulo: enterrou políticas de Lula e Dilma

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) foi secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo quando Marta Suplicy era prefeita.

O ex-deputado estadual Adriano Diogo também foi secretário, do Meio Ambiente, sob Marta.

Os dois fizeram uma visita aos desabrigados pela tragédia do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou depois de pegar fogo durante a madrugada do Primeiro de Maio, no Largo do Paissandu, em São Paulo.

Os moradores o conheciam como “prédio de vidro”, possivelmente por causa das janelas. Talvez não soubessem que, originalmente, a construção foi encomendada ao arquiteto francês Roger Zmekhol para servir de sede a uma empresa do setor de vidros.

Vários projetos chegaram a ser desenvolvidos para ocupar o edifício, depois que ele ficou desocupado, mas não avançaram.

O prédio pertencia à União, mas havia sido cedido à Prefeitura de São Paulo, em 2017, com o intuito de transformá-lo na sede de uma secretaria municipal.

Paulo Teixeira lembrou de vários casos em que ocupações se transformaram em moradia social na região central da cidade, que tem um grande déficit habitacional.

Isso dependia, acima de tudo, de vontade política: os ocupantes recebiam bolsa aluguel e os prédios eram reformados a partir de financiamento federal, em parceria com o estado e/ou município.

Um dos exemplos dados por Paulo Teixeira foi o do edifício Riskallah Jorge, na rua do mesmo nome. O prédio foi construído nos anos 40 para abrigar o Hotel Pinguim, do grupo Antarctica. Passou a ser sede do grupo Votorantim e foi comprado pela Beneficência Portuguesa.

A ocupação aconteceu nos anos 90. Segundo a página Prédios e Casas de São Paulo, a reforma feita pela construtora Cury, com financiamento da Caixa Econômica Federal, entregou 167 apartamentos de cerca de 30 metros quadrados a famílias que pagariam prestações mensais de R$ 174.

O mesmo programa da Caixa, o PAR (Programa de Arrendamento Residencial) recuperou os edifícios Maria Paula, Fernão Salles, Olga Benário e Labor, dentre outros, em São Paulo.

Como os problemas econômicos do Brasil se agravaram enormemente, é difícil acreditar que o mesmo tipo de programa poderia atender à população que não tem renda ou depende de bico para sobreviver.

No entanto, de acordo com Paulo Teixeira e Adriano Diogo, depois do golpe contra Dilma Rousseff a interlocução com movimentos sociais por parte do governo federal praticamente acabou.

O dinheiro para programas de moradia social foi congelado.

Seria essa a explicação, inclusive, para a hostilidade com que Michel Temer foi recebido nas imediações do prédio que desabou: ele fechou as portas para programas que, mesmo que com grandes dificuldades, atrasos e tropeços, tinham representado algum avanço para os sem teto durante os governos Lula e Dilma.

As coalizões lideradas pelo PT passaram longe de qualquer reforma urbana que batesse de frente com a especulação imobiliária, projetos como o Minha Casa, Minha Vida atenderam também ao interesse das empreiteiras, mas ao menos havia certa disposição política para enfrentar o tema.

“Esse diálogo foi destruído a partir de abril de 2016”, sintetizou Paulo Teixeira, referindo-se ao mês do golpe contra Dilma Rousseff.


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Comentários

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RONALD

Foi muita ousadia do infame vampirão morto-vivo ir lá, querendo angariar simpatia.
Se eu estivesse lá, iria chutar seu traseiro também !!!!! Vade retro zumbi dos infernos !!!!

Guanabara

Impressiona a frequência desses incêndios em comunidades em São Paulo.

Julio Silveira

O povo está é perdendo as ultimas gotas de paciencia com o status quo golpista e seus sicarios. Feitos de gente tipo esse e seus lugares tenentes, encrustrados nas instituições publicas para fabricar golpes contra o estado democratico de direito (e seus apoiadores privados corruptos beneficiarios), sempre que o governante sai do lugar comum de prejudicar o povo costumeiramente desassistido e passa a inverter a logica de apoio incondicional aos ricos cleptocratas desses país. Com toda essa pressão de violencia que essa gente vem exercendo contra o povo, não demora o povo muda da posição de vitima contumaz e passa a ensinar aos cleptocratas e seus sicarios golpistas que também eles podem sentir dor.

Sílvia

NossO judiciário é uma piada. Malas de dinheiro não são provas. Aecio tá solto, loures tá solto e Temer está solto tb.
Quem em sã consciência vai investir num país desse. Tá explicado por que o Brasil quebrou. Não se tem segurança jurídica para se iniciar qualquer negócio no Brasil atual. Tá todo mundo guardando o dinheiro, pois tudo caminha para um grande golpe após a derrota da direita novamente.
É capaz de sequestrarem o dinheiro da conta do povo assim como foi feito na época do Collor empossado pela rede Globo. Na época do Collor foi a mesma perseguição contra o Lula e deu no que deu. Vivemos um remeiker de 1989 ampliado 1000 vezes.

FrancoAtirador

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https://pbs.twimg.com/media/DcJcqoOX4AIzGAD.jpg

Campanha de Solidariedade às Famílias
Vítimas do Incêndio e do Desabamento

https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/991456770781515776

Cláudio

:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. .:. Poema acróstico para o maior e melhor brasileiro de todos os tempos : LULA :

L ouvemos quem bem merece o mais pleno louvor:
U m homem simples, como as coisas boas da vida,
Í ntimo camarada, nosso irmão e amigo de valor,
Z elando sempre pelo bem da humanidade querida.

I nimigo dos maus, amigo dos bons, trabalhador
N ascido do povo que muito o ama e admira,
Á rvore de bons frutos, os de melhor sabor,
C onsciência plena de tudo que no mundo gira,
I magem perfeita do homem de si senhor,
O humano defensor de humana lira.

L uz de nossa gente, lutador incansável,
U m verdadeiro herói do povo brasileiro,
L úcido e consciente do mais admirável
A mor pelo ser humano e verdadeiro.

D igno e sincero, fraterno e muito humano,
A migo do povo, honesto e sempre lhano.

S eja o meu/nosso canto para te louvar,
I sso que a voz do povo já disse várias vezes:
L ula, o BraSil vive mais feliz só por te amar,
V itória da melhor sorte no número treze,
A fazer do brasileiro a humanidade a se ampliar.
::
Autor: Cláudio Carvalho Fernandes ( poeta anarcoexistencialista )
.:.
L uz do povo brasileiro,
U m digno e fiel lutador,
L astreando com real valor
A honra do BraSil inteiro.
.:.
L ivrando da miséria extrema 36 milhões de brasileiros,
U m feito sem igual, que, por si só, já bastaria,
L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia.
.:. ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ * * * * * * * * * * * * * | * * * *
Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) ! ! ! ! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem contemporizações indevidas) 2018 neles/as (que já PERDERAM, tomaram DE QUATRO nas 4 mais recentes eleições presidenciais no BraSil) ! ! ! ! ! * * * * | * * * * * * * * * * * * * ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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