Confira lista de políticas públicas e ações realizadas nos 100 dias de governo Lula

Tempo de leitura: 6 min

Da Redação

O mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva completa hoje 100 dias.

Na manhã desta segunda-feira, 10/04, o presidente fez reunião ministerial dos 100 dias de governo.

Foi no Palácio do Planalto.

Mais cedo o governo federal divulgou uma lista de políticas públicas e ações já executadas.

“Cerca de 250 itens integram a cesta de políticas públicas e ações realizadas neste primeiro trimestre”, informa.

COMBATE À FOME

O Bolsa Família retornou com valor mínimo de R$ 600 assegurado e com uma novidade: um adicional de R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos na composição familiar.

Em março, primeiro mês de pagamentos, mais de 21,1 milhões de famílias, dos 5.570 municípios, receberam um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado na história dos programas de transferência de renda do país.

Além disso, os mais de R$ 14 bilhões de investimento representam o recorde mensal do programa.

A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para cada dependente entre sete e 18 anos e para gestantes.

Outra ação fundamental para o combate à insegurança alimentar foi o reajuste médio de 36,4% nos repasses dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Com a correção, o orçamento destinado à compra da merenda escolar saltou de R$ 4 bilhões para R$ 5,5 bilhões, garantindo uma maior qualidade nas refeições oferecidas em escolas e creches de todo o país.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que havia sido extinto em 2019, foi restabelecido e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) foi restituída.

Os dois órgãos passam a assessorar o Governo Federal nas ações voltadas ao combate à fome.

SAÚDE

Em outra frente do eixo social, a Saúde voltou a ser vista como protagonista.

Neste campo, destacam-se pontos emblemáticos desses 100 dias, como o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, que garantiu R$ 600 milhões em apoio a estados e municípios que aderirem à iniciativa.

A retomada do Mais Médicos para o Brasil assegurou a abertura de 15 mil vagas e espera fixar até o fim do ano 28 mil profissionais em todo o país, principalmente em áreas de extrema pobreza.

Já o Movimento Nacional pela Vacinação foi retomado com uma grande campanha para ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Governo Federal assegurou ainda o auxílio financeiro às 3.126 entidades privadas sem fins lucrativos, incluindo as Santas Casas, que complementam o SUS em 1.738 municípios.

Os recursos serão aplicados para custeio de serviços prestados por essas entidades que complementam o SUS até o limite de R$ 2 bilhões.

HABITAÇÃO

O Minha Casa, Minha Vida retornou para encarar a questão do déficit habitacional e restabelecer a Faixa 1, de imóveis subsidiados para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Foram entregues 5.693 moradias em 14 municípios de oito estados e anunciada a retomada de obras de mais de 6,5 unidades.

A meta do Governo Federal é contratar 2 milhões de moradias até o fim de 2026.

INFRAESTRUTURA

A duplicação da BR-101 em Sergipe marcou a discussão sobre a retomada de 14 mil obras que estavam paralisadas em todo o país, mais de quatro mil só na área de educação.

Apenas em 2023, o Ministério dos Transportes investirá mais de R$ 23 bilhões nas 27 Unidades da Federação. O volume supera os R$ 20 bilhões investidos pela gestão anterior em quatro anos.

EDUCAÇÃO

O Governo Federal reajustou em até 200% as bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores e estudantes, incluindo graduação, pós-graduação, iniciação científica e a Bolsa Permanência.

O piso salarial de professores da educação básica foi reajustado em quase 15%, com vencimentos passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.

O presidente Lula reafirmou o compromisso de retomar o diálogo e os encontros anuais com reitores de universidades e institutos federais e recebeu representantes de mais de 100 instituições de ensino superior no Palácio do Planalto.

PACTO FEDERATIVO

Nas relações políticas, o Pacto Federativo, que havia sido completamente desmantelado nos últimos quatro anos, foi retomado.

O Palácio do Planalto recebeu por três vezes governadores e abriu as portas para prefeitos de todo o país, de modo que estados e municípios tenham voz na formulação das políticas.

Um dos retratos disso é a implementação da plataforma Mãos à Obra, em que gestores municipais indicam investimentos prioritários para recebimento de recursos federais.

SEGURANÇA

Além do desafio enfrentado no dia 8 de janeiro com os ataques antidemocráticos ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, a Segurança também passou por ajustes importantes nesses 100 primeiros dias com o relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Destinado à prevenção, controle e repressão da criminalidade e atuando contra a violência em raízes socioculturais, o Pronasci articula ações de segurança pública e das políticas sociais.

Trata-se de um amplo projeto executado pela União em cooperação com Estados, Distrito Federal e Municípios, que já conta com R$ 700 milhões assegurados para investimentos em ações voltadas à prevenção, controle, segurança pública e repressão da criminalidade e combate ao feminicídio.

Diante da crise de segurança no Rio Grande do Norte, a Força Nacional foi acionada e mais de R$ 100 milhões em recursos foram destinados ao estado.

MEIO AMBIENTE

A proteção à Floresta Amazônica e demais biomas brasileiros, as ações de combate às mudanças climáticas e os trabalhos voltados à transição para uma economia verde, sustentável e de baixo carbono passaram a estar no topo das prioridades dos 100 primeiros dias, numa guinada de curso em relação às políticas adotadas nos últimos quatro anos.

O Fundo Amazônia, parado desde 2019, foi reativado por meio de decreto assinado já no dia 1º de janeiro.

A partir daí, o Governo manteve contatos com representantes internacionais de países como Noruega, Alemanha e Estados Unidos, que apoiaram a iniciativa e sinalizaram investimentos.

O aumento da Fiscalização de Barragens de Mineração, o combate ao garimpo ilegal e a quitação da dívida de Itaipu, em fevereiro, são outros exemplos conectados ao setor.

POVOS INDÍGENAS

O principal desafio nesse período foi a ação de socorro diante da grave crise humanitária do povo Yanomani, em Roraima.

O presidente Lula editou decreto que criou o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das populações em território Yanomami e o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional diante da necessidade de ação urgente frente à crise.

A partir daí, diversas ações de amparo em áreas como saúde, segurança alimentar e segurança pública foram tomadas para promover o socorro e a assistência ao povo Yanomami e a retirada dos garimpeiros ilegais.

O presidente também se comprometeu com a política de demarcação de terras indígenas em visita à Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

COMBATE AO RACISMO

O combate ao racismo foi intensificado com uma série de iniciativas, em que se destacam a publicação da Lei nº 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo, e do decreto que determina a reserva de 30% de cargos de confiança para pessoas negras em cargos em comissão e funções de confiança da administração federal.

O prazo para que a Administração Pública alcance os percentuais é 31 de dezembro de 2025.

EQUIDADE ENTRE HOMENS E MULHERES

Entre as múltiplas políticas públicas anunciadas para promover a igualdade de gênero, destacam-se o projeto que institui a Lei de Igualdade Salarial e Remuneratória entre Mulheres e Homens que exerçam a mesma função e o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que visa assegurar a oferta gratuita de absorventes higiênicos e outros cuidados básicos de saúde menstrual no Sistema Único de Saúde.

O pacote de ações contou, ainda, com o Programa Mulher Cidadã, voltado à promoção da cidadania fiscal e de capacitação a mulheres empreendedoras em situação de vulnerabilidade ou de risco social.

No esporte, o avanço ficou por conta de um Projeto de Lei que visa alterar o Bolsa Atleta para resguardar os direitos das mulheres gestantes e no puerpério.

As mudanças nas normas do programa garantem que as atletas recebam até 15 parcelas mensais sucessivas do benefício, mesmo afastadas de competições.

POLÍTICA EXTERNA

Recuperar o prestígio do Brasil e fazer o país voltar a ter protagonismo no cenário internacional foi o esforço do Governo Federal nesses 100 primeiros dias.

O presidente Lula visitou a Argentina e o Uruguai, onde se reuniu com os Chefes de Estado dos dois países com o intuito de discutir parcerias comerciais, questões ambientais e o fortalecimento do Mercosul.

Esteve reunido com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, e teria visitado a China se não fosse impedido por um problema de saúde.

Além disso, o presidente recebeu no Palácio do Planalto diversos líderes estrangeiros, como o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, a chanceler francesa, Catherine Colonna, e conversou por telefone com dezenas de presidentes e líderes mundiais, como Volodymyr Zelensky, da Ucrânia; Andrés Manuel López Obrador, do México; e Emmanuel Macron, da França.

Nas conversas, o presidente levantou a bandeira de uma mobilização mundial em torno da paz entre Ucrânia e Rússia.

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Conselho Nacional de Saúde e Abrasco apontam pontos positivos nos 100 primeiros dias, mas avisam: há um longo caminho para reverter perdas


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Comentários

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Zé Maria

O LULA terá feito verdadeiramente um Milagre,
se fizer a Economia do Brasil crescer, depois de
7 Anos com o Ilan Goldfajn e o Campos Neto
ocupando a Presidência do Banco Central.

Zé Maria

Pesquisa aponta que a Maior Parte dos Brasileiros
é CONTRA Venda de Estatais;
Maioria NÃO VÊ MELHORA em Serviços Privatizados.

A pesquisa demonstra que a política de Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes
estava desalinhada dos interesses da população, o contrário do que ocorre
agora, quando o governo Lula (PT) começa a cancelar processos de
privatização abertos no governo anterior.

Realizada em 126 municípios, a pesquisa ouviu 2.028 pessoas com 16 anos
ou mais entre os dias 29 e 30 de março, e tem margem de erro de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa foi realizada, portanto, antes do anúncio do governo Lula que
retirou do programa de privatizações – que fora criado por Bolsonaro –
sete estatais, entre elas os Correios.

A mesma pesquisa trouxe o detalhamento de algumas posições
dos entrevistados e das entrevistadas sobre privatizações em
áreas específicas.

A maioria, por exemplo, é contrária à cobrança de pedágios nas estradas: 55%
contra 44% que se disseram favoráveis.
Os resultados também sugerem que a população não associa a privatização
a melhorias nos serviços: apenas 33% defendem que a privatização do
aeroporto de Cumbica, por exemplo, foi ótima ou boa para os usuários
(23% responderam que foi “regular”, 12% que foi “ruim ou péssima” e
32% não soube opinar).

Outro caso que chama a atenção é o da Sabesp, a companhia de saneamento
do Estado de São Paulo:
53% dos entrevistados e entrevistadas se disseram CONTRA a Privatização
da empresa, contra apenas 40% favoráveis;
43% acreditam que o serviço oferecido melhoraria com a privatização,
enquanto 49% acredita que ficaria igual ou pior (7% disse não saber).

A Sabesp é a equivalente em São Paulo à Corsan no Rio Grande do Sul,
que o governador Eduardo Leite (PSDB) vem tentando privatizar.

Correios e outras seis estatais retiradas do PND

Na última quinta-feira, 6, o governo Lula (PT) retirou sete empresas estatais
do Programa Nacional de Desestatização (PND):
os Correios, a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF),
a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência (Dataprev), a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep),
o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o Centro Nacional
de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).

Outras três empresas foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI): a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),
a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A.
– Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e a Telecomunicações Brasileiras S.A.
(Telebras).

(Sintrajufe com informações da Folha SP, do Correio Braziliense e da CUT).

Zé Maria

Espera-se que os Prefeitos Municipais e os Governadores Estaduais
procurem o Governo Federal para fazer suas Reivindicações Justas,
que serão Atendidos,e não vão reclamar da Imprensa Antipetista.

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1645535762287403008

100 Dias de Governo LULA III (2023-2026)

E o Gás de Cozinha tem o MENOR PREÇO em 1 Ano.

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