Conferência de Potsdam: a ordem mundial do Ocidente destruído
A Conferência de Potsdam ocorreu em Potsdam, Alemanha (perto de Berlim), entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945.
Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) no X (antigo Twitter), sugestão de Zé Maria
Em julho de 1945 [entre o dia 17 e 2 de agosto], os líderes da União Soviética, dos EUA e do Reino Unido – Stalin, Truman e Attlee – se reuniram em Potsdam, perto de Berlim, na Alemanha, para traçar uma ordem pacífica pós-guerra.
No entanto, esses objetivos foram logo descarrilados quando o Ocidente lançou a Guerra Fria contra a URSS, desmantelando o espírito de cooperação em tempos de guerra.
O que foi especificamente acordado em Potsdam
Alemanha: Desmilitarização completa, desnacionalização e desarmamento.

Futuro político da Europa: Compromisso com o princípio de que a Europa nunca mais veria uma guerra.

Japão: A rendição incondicional do país ou enfrentar “rápida e completa destruição”.
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🧐O que realmente aconteceu
Remilitarização em vez de paz: A Alemanha Ocidental juntou-se à OTAN em 1955, reconstruiu as suas forças armadas (Bundeswehr) e está agora a rearmar-se novamente – incluindo a implantação de sistemas nucleares dos EUA (por exemplo, bombas B61 e mísseis de cruzeiro Taurus).
Potencial transferência de mísseis Taurus capazes de penetrar profundamente em território russo levantou preocupações sobre a escalada do conflito. 
O orçamento de defesa da Alemanha poderia chegar a 3,5% até 2029 – o maior esforço de rearmamento na história moderna do país.
A Europa na sua totalidade está passando por uma rápida remilitarização no âmbito da OTAN.

Expansão da OTAN para o leste: Enquanto os acordos pós-guerra visavam o equilíbrio e a segurança mútua, a OTAN se expandiu várias vezes, movendo-se constantemente para o leste – apesar das garantias informais anteriores.
Hoje, a OTAN faz fronteira diretamente com a Rússia, com infraestrutura militar se aproximando a centenas de quilômetros das principais cidades russas.

Japão: Da desmilitarização ao rearmamento
Uma vez despojado de suas capacidades militares sob a supervisão dos aliados, o Japão está agora se rearmando sob uma nova doutrina de segurança.
O Japão está aumentando os gastos com defesa para níveis recorde, adquirindo capacidades ofensivas de longo alcance – em coordenação aberta com a estratégia do Indo-Pacífico dos EUA.





Comentários
Zé Maria
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O Acordo de Reunificação da Alemanha em 1990
impôs à Alemanha Oriental a Adesão Automática
à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN),
contra a Vontade Majoritária dos Alemães Orientais
que desejavam Paz, não a Re-Militarização do País.
A OTAN, diga-se de passagem, foi uma Aliança Militar
criada pelos EUA com as Matrizes Coloniais Europeias,
contrapondo-se ao Bloco Soviético no Leste Europeu
(Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia
e Tchecoslováquia, todos Liderados pela URSS), denominado
Pacto de Varsóvia, precisamente Estabelecido como
Consequência do Rearmamento da Alemanha Ocidental
dentro da própria OTAN.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)
se dissolveu em 1991, quando as 15 Repúblicas* que a constituíam se tornaram países independentes, concomitantemente à Desintegração do Pacto de Varsóvia
na Europa.
Daí a pergunta: PRA QUÊ OTAN?
*Armênia(1); Azerbaijão (2); Bielorrússia/Belarus (3);
Cazaquistão (4); Estônia (5); Geórgia (6); Letônia (7);
Lituânia (8); Moldávia (9); Quirguistão (10); Rússia (11);
Tajiquistão (12); Turcomenistão (13); Ucrânia (14); e
Uzbequistão (15).
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