Coletivo Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestina quer que Brasil rompa relações com Israel; petição

Da Redação

A Praça Sete de Setembro, usualmente chamada Praça Sete, é a praça mais movimentada da cidade de Belo Horizonte.

Fica no centro, no cruzamento de duas grandes avenidas, a Afonso Pena e a Amazonas.

Nos últimos tempos, quem passar por lá a partir das 13h30 vai se deparar com a barraca do Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino.

No momento, seus integrantes coletam adesões para um abaixo-assinado destinado ao presidente Lula, pedindo que o Brasil rompa as relações comerciais e diplomáticas com Israel.

O comitê mineiro é provavelmente um dos mais ativos no Brasil.

Eis as atividades que já realizou desde o final de 2023:

1 de dezembro — Seus integrantes ‘’acordaram” de forma inusitada a praça de alimentação do Shopping Diamond Mall, em BH. De repente, mulheres e homens, jovens e adultos, um a um, foram entrando e, com frases, denunciando o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia pelo Estado de Israel

 6 de dezembro — Promoveu o Tribunal Popular para julgar os crimes do estado sionista de Israel na Palestina.

Participaram:

— o jornalista Breno Altman, fundador do Opera Mundi, como advogado de acusação;

— o desembargador aposentado José Eduardo de Resende Chaves Júnior, como juiz.

— e, na condição de testemunhas, as militantes palestinas Tânia Abdallah e Soraya Misleh, que também é jornalista, e a médica infectologista Raquel Bandeira, que trabalhou na Faixa de Gaza.

21 de dezembro — Realizou a manifestação Natal sem Genocídio, em frente ao consulado dos EUA, em BH.

13 de janeiro de 2024 — O comitê mineiro mais uma vez manifestou sua solidariedade à causa palestina, a exemplo de ações similares que aconteceram nesse dia em países dos cinco continentes.

Foi durante ato na Praça Sete.

No mesmo dia, o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino lançou o abaixo-assinado pelo rompimento das relações comerciais e diplomáticas com Israel.

Destinada ao presidente Lula, a petição diz:

”Nós, abaixo assinados, cidadãs e cidadãos do Estado de Minas Gerais, moralmente irmanados ao Povo Palestino, em sua inabalável resistência como nação e espaço de convivência com a população judia não sionista, vimos reivindicar de V. Exa. o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com Israel, Estado assassino, pária da comunidade internacional.

Há três meses, a humanidade convive com um dos mais brutais genocídios que a História Mundial já presenciou, que já resultou em mais de 30 mil civis massacrados, sendo maioria crianças e mulheres, em bombardeios teleguiados.

Essa carnificina, de contornos bíblicos, revela o claro propósito sionista: a matança de uma etnia, a destruição de todo o povo palestino, e o roubo de seu território, onde ele vive há milênios.

Essas ações desumanas e extremamente violentas, aprimoradas a cada dia pelo sionismo, têm provocado repúdio sistemático em cada canto do planeta, resultando em gigantescas manifestações populares.

Em sinal de protesto, muitos governos já retiraram seus embaixadores de Israel. Alguns países, a partir da iniciativa da África do Sul, exigem o julgamento de Israel na Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas por genocídio e crimes de guerra.

O Governo Federal do Brasil apoiou essa iniciativa, aderindo a ela e reconhecendo que Israel é um Estado genocida. Por isso, reafirmamos nossa tradição de resistência e democracia.

Manifestamos o mais veemente repúdio a qualquer tipo de conivência com o genocídio perpetrado pelo Estado sionista ao Povo Palestino.

Reiteramos, portanto, que se torna imperativo romper quaisquer relações estabelecidas entre Brasil e Israel. Que sejamos capazes de dar uma resposta firme à matança generalizada levada a cabo pelo nazismo sionista! Por sua importância estratégica no mundo, o Brasil pode e deve contribuir efetivamente para a autodeterminação dos povos oprimidos!

Para assinar o abaixo-assinado do Comitê Mineiro, clique aqui